BCE prepara prolongamento do alívio das exigências à banca até março de 2022

  • ECO
  • 16 Junho 2021

O conselho de supervisão do BCE está a planear permitir que os bancos continuem a excluir parte das exposições no cálculo do rácio de alavancagem. A medida ainda precisa de aprovação final.

O Banco Central Europeu (BCE) está a estudar o prolongamento dos alívios das exigências de capital aos bancos, segundo apurou a Bloomberg (acesso condicionado) junto de fontes próximas do assunto. A medida, que pretende assegurar que os bancos continuam a dar crédito para financiar a retoma da economia, foi implementada no ano passado devido à pandemia e a extensão tem sido pedida pelo setor.

O conselho de supervisão do BCE está a planear permitir aos bancos que continuem a excluir parte das exposições no cálculo do rácio de alavancagem até março do próximo ano. A medida ainda precisa, no entanto, de aprovação do Conselho do BCE para entrar em vigor, de acordo com a agência noticiosa. Sem esse ok final, a isenção chegará ao fim a 27 de junho.

A instituição liderada por Christine Lagarde decidiu permitir aos bancos da Zona Euro sob a sua supervisão direta que excluíssem certas exposições do rácio de alavancagem, incluindo moedas, notas e depósitos no BCE. De forma provisória, estas não contam para o indicador que mede a relação entre o capital e os ativos do balanço dos bancos. Tal permite que as entidades tenham mais espaço para poderem pedir empréstimos sem que o BCE lhes exija mais capital por isso.

Várias autoridades monetárias implementaram medidas sem precedentes de alívio regulatório às instituições financeiras devido à pandemia de Covid-19 para ajudar o setor a absorver perdas e manter a liquidez na economia. Agora que os resultados começam a recuperar, a postura do BCE contrasta com a dos pares na Suíça e nos EUA, que permitiram que as medidas de alívio dos rácio de endividamento cheguem ao fim este ano.

A possibilidade de prolongamento é conhecida numa altura em que o BCE está também a ponderar retirar a suspensão sobre as restrições na distribuição de dividendos. Vamos encerrar essas recomendações de dividendos, esperançosamente em breve”, afirmou esta terça-feira Andrea Enria, que lidera o conselho de supervisão. “Vamos apresentamos uma decisão no nosso conselho em 23 de julho e comunicaremos logo a seguir”, acrescentou.

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