Vamos “trocar a qualidade pelo ritmo de vacinação”. Gouveia e Melo quer tempos de espera inferiores a uma hora

Task force quer alcançar até 140 mil inoculações diárias, o que vai "aumentar imenso a pressão" sobre os centros. Gouveia e Melo admite filas, mas quer tempos de espera inferiores a uma hora.

Portugal vai acelerar o ritmo de vacinação nas próximas duas semanas. A task force da vacinação pretende alcançar até 140 mil inoculações diárias, o que vai “aumentar imenso a pressão” sobre os centros. Gouveia e Melo diz que vai “trocar a qualidade pelo ritmo de vacinação”, antecipando tempos de espera superiores mas que não ultrapassem os 60 minutos.

“Face à rápida disseminação da nova variante de Sars Cov-2 e considerando que se verificou uma disponibilidade acrescida de vacinas, a task force tomou a decisão de efetuar um esforço de vacinação nos limites da capacidade instalada nos centros de vacinação Covid disponíveis, nas próximas duas semanas”, disse a task force.

A meta é a de chegar a 850 inoculações por semana, 1,7 milhões nestas duas semanas, o que vai “aumentar imenso a pressão” sobre os centros, diz Gouveia e Melo, em entrevista à SIC. “Vai provocar filas”, reconhece, acrescentando que “temos que trocar a qualidade do processo pelo ritmo de vacinação para ver se ganhamos esta batalha”. “Estas duas semanas são decisivas” para combater a nova variante, a Delta.

O vice-almirante reconhece que haverá impacto nos tempos de espera dos cidadãos para serem vacinados. Espero que tempo de espera seja sempre inferior a uma hora e que não seja em todos os centros”, diz, salientando que está a ser reforçada a capacidade de vacinar e os horários dos centros de vacinação também.

Gouveia e Melo diz que nestas duas semanas serão vacinadas as pessoas que tomaram a primeira dose da AstraZeneca e que viram encurtado o prazo da segunda dose de 12 para oito semanas. “Havia meio milhão de pessoas que tinham de esperar 12 semanas”, lembra.

Esta vacinação com a AstraZeneca permitirá concluir a vacinação das faixas de idades mais elevadas, sendo que o foco atual é o de fechar o ciclo vacinal das faixas em aberto: 30, 40 e 50 anos. Isto quando arranca a vacinação dos mais novos, com mais de 18 anos.

“Vamos começar a faixa dos 20 anos”, que arranca nos 18 anos. “A vacinação começa sempre pelas pessoas mais velhas”, ou seja, pelos que têm 29 anos. Questionado sobre a maior resistência dos mais novos à vacina, Gouveia e Melo admite que pode acontecer. “Pode haver alguma resistência, mas apelo à racionalidade” dessas pessoas.

(Notícia atualizada às 13h28 com mais informação)

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