Maioria dos internados com Covid em cuidados intensivos têm entre 60 e 79 anos

A mortalidade por Covid-19 "manter-se-á provavelmente elevada nas próximas semanas, dado o aumento de casos de infeção por SARS-CoV-2 acima dos 80 anos", alerta relatório do INSA.

A maior parte dos infetados com Covid-19 internados em unidades de cuidados intensivos (UCI) situa-se entre os 60 aos 79 anos, de acordo com o relatório de Linhas Vermelhas publicado esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA). É também dado o alerta de que a mortalidade “manter-se-á provavelmente elevada nas próximas semanas, dado o aumento de casos de infeção por SARS-CoV-2 acima dos 80 anos”.

O INSA destaca o aumento que se tem verificado nos internamentos no grupo etário dos 60 aos 79 anos, “tendo ultrapassado o número de internados no grupo etário dos 40-59 anos”. No entanto, o número de casos de Covid-19 internados em UCI no continente revelou uma “tendência estável a decrescente”, apesar de já se ter ultrapassado o limiar crítico regional definido para Lisboa e Vale do Tejo, que conta com 106.

Já no que diz respeito ao número de novas infeções, é apenas na faixa acima dos 80 anos que ainda se verifica uma tendência de crescimento em relação às últimas semanas. É por esta razão que é feito o aviso relativamente à mortalidade, já que têm existido mais casos entre esta que é considerada uma população mais vulnerável à doença.

O relatório avança ainda que a mortalidade por Covid-19 (16,4 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes) apresenta uma “tendência crescente e acima do limiar do Centro Europeu de Controlo de Doenças”. Já a pressão sobre os cuidados de saúde “dá indicação de estabilização ou início de diminuição”.

Ainda assim, segundo a monitorização das apelidadas linhas vermelhas, a maioria dos indicadores da pandemia no país mostram uma tendência decrescente. “A análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de elevada intensidade, com tendência decrescente a nível nacional, mas ainda crescente nas regiões Centro e Alentejo”, sinaliza o INSA. É apenas nestas regiões que o R(t) “ainda se mantém acima de 1 mantendo-se a tendência crescente”.

(Notícia atualizada às 20h55)

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