Quais são os países que mais gastam com saúde?

Nos países que mais gastam com saúde, as despesas gerais oscilam entre 19% e 11% do PIB. Já olhando para as despesas públicas, o peso destes gastos fica, na maioria, abaixo dos 10%.

A saúde é um tema que assume um lugar central na discussão pública em muitos países, nomeadamente pelos gastos que os Governos estão dispostos a fazer nesta área. Quando se olha para quanto cada país gasta, no geral, com cuidados de saúde, destacam-se alguns locais de menor dimensão, mas também países como os Estados Unidos, Alemanha e França. Por outro lado, quando se vê quais são os governos que mais gastam neste setor, o cenário muda ligeiramente, sobressaindo por exemplo os países nórdicos europeus e o Japão.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), antes da pandemia, “as despesas globais com saúde continuaram a aumentar, embora a um ritmo mais lento nos últimos anos”. O ano de 2018, último para o qual existem dados comparáveis, “foi o primeiro em cinco anos em que os gastos globais com saúde cresceram mais lentamente do que o PIB”.

Olhando para os dados da OMS, compilados pelo Banco Mundial, a liderar as despesas com saúde (no geral, ou seja, incluindo público e privado), encontra-se Tuvalu, um Estado da Polinésia, que gasta quase um quinto do Produto Interno Bruto (PIB) nesta área. Seguem-se as Ilhas Marshall, também na Oceânia e de pequena dimensão em termos populacionais, com 17,55% do PIB.

Já a completar o pódio ficam os Estados Unidos, onde as despesas com saúde atingiam os 16,89% do PIB em 2018, ano que ainda não contempla os efeitos da pandemia.

Estes são os países que gastam mais com saúde (despesa geral corrente em percentagem do PIB):

  1. Tuvalu – 19,05%
  2. Ilhas Marshall – 17,55%
  3. Estados Unidos – 16,89%
  4. Serra Leoa – 16,06%
  5. Micronésia – 12,59%
  6. Kiribati – 12,11%
  7. Suíça – 11,88%
  8. Alemanha – 11,43%
  9. França – 11,26%
  10. Cuba – 11,19%

No entanto, é de sublinhar que estes valores incluem toda a despesa em saúde nos países. Quanto se olha para a percentagem da despesa que é assumida pelos governos nacionais, o cenário é diferente.

Nos Estados Unidos, por exemplo, país que não tem um sistema de saúde público universal, apenas metade da despesa fica a cargo do Governo. Ainda assim, o país está no top 10 das despesas públicas com saúde, em relação ao PIB.

Olhando para este indicador, outros países sobem na lista, como é o caso dos nórdicos Suécia, Noruega e Dinamarca, cujos gastos governamentais com saúde rondam 8% e 9% (nestes locais, os governos assumem cerca de 17% da despesa total do país com saúde).

O Japão também avança para o topo da lista, com o gastos públicos com saúde a atingirem 9,21% do PIB, segundo os dados também referentes a 2018. O Governo japonês assume cerca de 84% das despesas totais do país nesta área.

Por outro lado, a Suíça deixa de figurar nos lugares cimeiros do ranking quando se olha nesta perspetiva, já que apenas cerca de um terço das despesas com saúde são realizadas pelo Governo.

Veja os governos que gastam mais com saúde (despesas públicas em percentagem do PIB):

  1. Tuvalu – 15,21%
  2. Cuba – 9,95%
  3. Suécia – 9,27%
  4. Kiribati – 9,25%
  5. Japão – 9,21%
  6. Alemanha – 8,88%
  7. Noruega – 8,57%
  8. Estados Unidos – 8,51%
  9. Dinamarca – 8,45%
  10. França – 8,26%

Na UE, maiores gastos são de países mais ricos

Olhando especificamente para a União Europeia (UE), para além da Alemanha e França, como referido, também a Suécia (10,9% do PIB) entra no pódio dos Estados-membros que gastam mais em saúde. De notar que os últimos dados disponíveis são referentes a 2018, pelo que ainda não refletem as despesas com a pandemia.

Na UE, é possível perceber que, na sua maioria, os países mais ricos investem mais em saúde. “Relacionando o peso da despesa corrente no PIB com o PIB per capita expresso em Paridades de Poder de Compra (PPC) de cada Estado-membro, é possível concluir que a maioria dos Estados com PIB per capita mais elevado também apresentaram uma proporção da despesa corrente em saúde no PIB superior”, nota o INE, na Conta Satélite da Saúde.

Portugal está na nona posição no ranking dos Estados-membros, sendo que o peso relativo da despesa corrente no PIB é de cerca de 9,4%. “Comparativamente a países com PIB per capita semelhante, como a Estónia, Lituânia ou Eslovénia, Portugal apresenta um peso relativo da despesa corrente em saúde no PIB mais elevado”, nota o INE, efeito que pode estar relacionado com o envelhecimento populacional. Segundo os dados da OMS, o Governo português assume 61,45% dos gastos em saúde.

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