Economia portuguesa abranda com a chegada ao verão

Os indicadores estatísticos disponíveis mostram que a economia portuguesa abrandou em julho, de acordo com a síntese divulgada pelo INE.

Julho foi sinónimo de um abrandamento da atividade económica, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE). Os indicadores já disponíveis refletem taxas de crescimento homólogo “menos intensas do que nos meses precedentes”, evolução que é, em parte, explicada por um efeito de base, uma vez que a comparação incide sobre um período de alívio das restrições associadas à pandemia. A síntese divulgada esta quarta-feira mostra, além disso, que a economia portuguesa ainda não conseguiu atingir os níveis pré crise sanitária.

“A informação quantitativa mais recente, disponível para junho e julho, revela taxas de crescimento homólogo menos intensas do que nos meses precedentes”, adianta o gabinete de estatísticas, lembrando que julho de 2020 ficou marcado pelo desconfinamento do país, o que influencia agora a leitura dos dados de julho de 2021.

O INE detalha que os indicadores quantitativos de síntese — isto é, a atividade económica, o consumo privado e o investimento — “apresentam crescimentos menos intensos” e avança que o indicador de clima económico diminuiu, “mantendo-se ainda assim num nível superior ao verificado em março de 2020”. E também as vendas de veículos, operações na rede multibanco e vendas de cimento apontam para um abrandamento da economia portuguesa.

Quanto ao mercado laboral, a síntese agora divulgada indica que a taxa de desemprego fixou-se em 6,7%, no segundo trimestre de 2021, menos 0,4 pontos percentuais (p.p) no que nos primeiros três meses do ano, mas mais um ponto percentual do que no período homólogo. Já a taxa de subutilização do trabalho fixou-se em 12,3% e o emprego total aumentou 4,5% face ao mesmo trimestre de 2020.

No que respeita ao Índice de Preços no Consumidor (IPC), há a notar uma variação homóloga de 1,5%, em julho. O INE destaca: “O índice de preços na produção da indústria transformadora apresentou em julho uma taxa de variação homóloga de 8,7%, registando o crescimento mais elevado da série“.

Em geral, os indicadores “ainda não atingiram os níveis do período homólogo de 2019”, em particular na atividade turística, salienta o gabinete de estatísticas. A exceção é o índice de volume de negócios na indústria, que já está recuperado.

É relevante lembrar também que, no segundo trimestre, a economia portuguesa cresceu 15,5% em termos homólogos e 4,9% em cadeia. Já a Zona Euro registou subidas de 13,9% e 2%, respetivamente, o que significa que Portugal ficou acima da média. “O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB [português] foi positivo e o contributo da procura externa líquida foi menos negativo no 2º trimestre, traduzindo sobretudo o aumento mais significativo das Exportações de Bens”, remata o INE.

(Notícia atualizada às 11h40)

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