Mais 414 mil portugueses utilizaram serviços móveis no 1.º semestre de 2021

  • Joana Abrantes Gomes
  • 31 Agosto 2021

Os cartões ativos com utilização efetiva aumentaram para 12,5 milhões no final de junho, um crescimento explicado "pela evolução dos planos pós-pagos e híbridos (+5,7% nos últimos 12 meses)".

Os primeiros seis meses de 2021 tiveram mais 414 mil assinantes que efetivamente utilizaram os serviços móveis, um aumento de 3,4% face ao período homólogo do ano anterior. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pela Anacom – Autoridade Nacional de Comunicações, é o maior crescimento registado desde que se iniciou a recolha deste indicador em 2010.

Os cartões ativos com utilização efetiva aumentaram para 12,5 milhões no final de junho, um crescimento explicado “pela evolução dos planos pós-pagos e híbridos (+5,7% nos últimos 12 meses), que representam 62,9% do total de acessos”, diz a autoridade reguladora, acrescentando que “estará associado ao gradual levantamento das limitações de circulação iniciado na segunda quinzena de março”. Os planos pré-pagos, por outro lado, continuam em tendência decrescente (-0,1% nos últimos 12 meses), o que vem acontecendo desde 2012.

Influenciado pela pandemia, o tráfego de voz móvel teve um aumento de 7% face ao primeiro semestre de 2020. Segundo a Anacom, caso a pandemia não tivesse ocorrido, o tráfego médio de voz móvel por acesso teria tido um aumento apenas de 4,6% neste semestre em comparação com igual período de 2020. “Estima-se que o efeito da pandemia durante os cinco trimestres em que se registou foi, em média, de mais 11,8% por trimestre“, sendo que a Covid-19 terá influenciado ainda a diminuição em 12,6% do tráfego com destino a redes internacionais.

Quanto ao serviço móvel de acesso à Internet, houve oito milhões de utilizadores efetivos, mais 2% do que em igual período do ano anterior. “Este valor corresponde a uma penetração de cerca de 78 por 100 habitantes, mais 1,5 pontos percentuais do que no primeiro semestre de 2020”, aponta a entidade reguladora. A subida deste indicador é resultado de um maior número de utilizadores do serviço de acesso à Internet através do telemóvel (+1,3%) e de PC/tablet/pen/router (+11,9%). “Neste último caso, trata-se do maior crescimento homólogo registado desde 2010, o qual poderá estar associado ao Programa Escola Digital (lançado em setembro de 2020), ao gradual desconfinamento e ao início do verão”, acrescenta.

O tráfego de acesso à Internet em banda larga móvel teve um aumento de 24,6% face ao período homólogo, explicado por um maior número de utilizadores e, sobretudo, pelo aumento da intensidade de utilização do serviço, enquanto o tráfego médio mensal por utilizador ativo de Internet móvel aumentou 23,7% em comparação com o mesmo período. O consumo médio de banda larga móvel por utilizador fixou-se em 5,5 GB por mês, sendo que o tráfego médio mensal gerado por PC/tablet/pen/router atingiu os 25,8 GB (+27,6%). Também aqui a pandemia terá contribuído para a evolução ocorrida, especialmente no caso das ofertas suportadas em PC/tablet/pen/router.

A Meo foi o prestador com a quota mais elevada de acessos móveis ativos com utilização efetiva (40,4%), seguida da Vodafone (29,8%), da NOS (26,7%) e da Nowo (1,8%). Já a Nos lidera no tráfego de Internet em banda larga móvel com 45,4%, seguida da Meo e da Vodafone com 27,4% e 26,7%, respetivamente.

No entanto, apesar deste aumento semestral, Portugal é o país com menor consumo médio mensal de dados móveis entre os 65 países considerados num estudo da Opensignal. “Os diferentes níveis de consumo de dados móveis resultam dos diferentes níveis de: penetração de 5G e banda larga fixa; utilização de redes Wi-Fi (onde Portugal se destaca); preços e características das ofertas disponíveis em cada país”, revela a ANACOM.

No período analisado, a penetração do serviço móvel ascendeu a 170,4 por 100 habitantes, enquanto a penetração de acessos móveis comercializados em pacote com serviços fixos foi de 48,1 por 100 habitantes.

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