Testes PCR feitos em laboratórios privados custaram 218 milhões ao Estado

  • ECO
  • 6 Setembro 2021

Face a 2019, as despesas do SNS em convenções na área das análises clínicas aumentaram 36% em 2020, ano em que ascenderam a 235 milhões de euros.

Desde o início da pandemia até ao final de julho deste ano, o Ministério da Saúde gastou pelo menos 218 milhões de euros na realização de testes moleculares à Covid-19, conhecidos como PCR, em laboratórios privados, o que corresponde a mais de três milhões de requisições faturadas, revela esta segunda-feira o Público (acesso condicionado).

“O valor faturado entre março de 2020 e julho de 2021, conforme reportado pelo Centro de Contacto e Monitorização do Serviço Nacional de Saúde, totaliza 218.286.208 euros, correspondendo a um total de 3.365.759 requisições faturadas”, afirmou a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). Estes valores equivalem a um preço médio de 65 euros.

O secretário de Estado Adjunto da Saúde considera que esta despesa foi necessária para salvaguardar a saúde dos portugueses. “É aquilo que a população e os portugueses necessitavam e é aquilo que o Governo no tempo certo, e no momento certo decidiu gastar, independentemente de qualquer constrangimento financeiro para salvaguardar a saúde a vida dos portugueses”, disse António Lacerda Sales, em declarações à RTP3. Além disso, o responsável aponta que “é provável” que alguma fatia deste dinheiro tenha sido financiada através de fundos comunitários, mas sublinha que “a grande maioria é do Estado português”.

Segundo o último Relatório Anual do Acesso da ACSS, só em 2020, as despesas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com as convenções na área das análises clínicas ascenderam a 235 milhões de euros, um aumento de 36% face a 2019, ano em que os encargos nesta área custaram 186,4 milhões de euros ao Estado.

(Notícia atualizada às 13h12 com as declarações do secretário de Estado Adjunto e da Saúde)

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