Vodafone, ESB, eBay e Liberty criam aliança em prol do trabalho remoto na Irlanda

A Vodafone, ESB, eBay e Liberty Insurance juntaram-se para implementarem o trabalho remoto e, ao mesmo tempo, encorajarem outras companhias a seguirem-lhes os passos.

A Vodafone, a ESB, a eBay e a Liberty Insurance, quatro dos principais empregadores na Irlanda, formaram uma “aliança de trabalho remoto”. O objetivo é incorporar o trabalho à distância nestas organizações a longo prazo e, ao mesmo tempo, encorajar outras companhias a fazerem o mesmo, ajudando a reforçar a ideia de que no país o emprego é realmente acessível, sem barreiras geográficas.

“Estamos encantados com o facto de quatro dos principais empregadores irlandeses terem criado esta aliança. Tê-los como membros fundadores irá encorajar mais empregadores em toda a Irlanda a juntarem-se à jornada de trabalho à distância a longo prazo”, afirma Renate Kohlmann, diretora da Grow Remote, citada pelo The Irish Times (acesso livre, conteúdo em inglês).

“O trabalho à distância tem o poder de transformar e revigorar as comunidades locais, dando às pessoas acesso a oportunidades de emprego, independentemente do local onde vivem na Irlanda”, continua Renate Kohlmann, salientando que, embora o impacto da Covid-19 tenha sido devastador, acelerou a transformação digital no mercado de trabalho. “Sabemos agora que o trabalho remoto e o trabalho híbrido é bom para os trabalhadores, e também para as empresas.”

Muitas destas transformações permanecerão mesmo após a pandemia, criando mudanças sistémicas e duradouras. Para a líder da Grow Remote, são mudanças “positivas que transformarão as comunidades em toda a Irlanda”. “Sabemos mais do que nunca que as pessoas valorizam o seu equilíbrio entre vida profissional e vida familiar, e querem estar ligadas à sua comunidade local”, diz.

Para Anne O’Learty, CEO da Vodafone Ireland, a pandemia acabou por oferecer à operadora de telecomunicações a oportunidade de testar o trabalho à distância, e “através de um amplo envolvimento interno, estamos encantados por comprometermos-mos com um modelo híbrido de trabalho a longo prazo“, adianta.

“O nosso modelo dará aos nossos funcionários a flexibilidade que desejam, mantendo simultaneamente a oportunidade de interações sociais e a colaboração e inovação que advém do facto de estarem juntos no escritório”, detalha a líder da empresa na Irlanda.

Temos uma oportunidade única de capacitar as pessoas para trabalharem de forma mais inteligente e desfrutarem dos benefícios de uma cultura de trabalho inclusiva e flexível, ao mesmo tempo que reduzimos significativamente as emissões de carbono.

Paddy Hayes

CEO da ESB

A ESB também está empenhada em implementar um modelo híbrido que privilegie o trabalho remoto. Paddy Hayes, CEO da companhia, só vê vantagens nesta mudança: “Temos uma oportunidade única de capacitar as pessoas para trabalharem de forma mais inteligente e desfrutarem dos benefícios de uma cultura de trabalho inclusiva e flexível, ao mesmo tempo que reduzimos significativamente as emissões de carbono.”

“Estamos ansiosos por trabalhar com os outros membros da aliança de trabalho remoto para desenvolver soluções que garantam que o trabalho à distância e híbrido possa tornar-se uma parte sustentável do nosso negócio”, acrescenta.

Trabalho remoto. Necessidade e/ou desafio?

Para as empresas, acompanhar estas transformações e satisfazer as (novas) exigências dos trabalhadores é crucial, nomeadamente para reter o talento, mas é também um desafio, já que não existe um “roteiro ou um modelo testado que possam seguir”.

A aliança anunciada esta segunda-feira pelas quatro organizações em território irlandês pretende, de alguma forma, dar resposta a esta incerteza, servindo de exemplo para outras companhias que queiram avançar para um modelo de trabalho remoto. Os membros da aliança deverão reunir-se mensalmente para discutir desafios e oportunidades deste regime laboral, bem como para partilhar soluções e aprendizagens.

A Grow Remote, por sua vez, dará conselhos práticos às empresas sobre como passar do teletrabalho — imposto pela pandemia — a um modelo remote first de forma organizada e duradoura.

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