Menor criação de emprego afeta Wall Street, mas semana foi positiva

O relatório sobre a evolução do emprego em setembro desiludiu face às expectativas, levando à queda dos três principais índices norte-americanos. Porém, o saldo semanal é positivo.

Esta foi uma semana de oscilações para Wall Street. Começou com a ameaça de default (incumprimento) da dívida pública norte-americana, recuperou com o anúncio de um acordo entre democratas e republicanos e voltou a ebulição com o relatório sobre a criação de emprego em setembro, a qual ficou bastante aquém das expectativas. Ainda assim, feitas as contas, esta foi uma semana positiva para os três principais índices norte-americanos.

O Dow Jones desceu 0,03% para os 34.746,25 pontos, o Nasdaq cedeu 0,51% para os 14.579,54 pontos e o S&P 500 desvalorizou 0,19% para os 4.391,34 pontos. Porém, no que toca ao acumulado da semana, o saldo é positivo para os três índices, com o Dow Jones e o S&P 500 a valorizarem mais de 1% no total semanal. O Nasdaq ficou por uma subida tímida de 0,1% no conjunto da semana.

A negociação bolsista nos EUA desta sexta-feira ficou marcada pelos dados do mercado de trabalho de setembro que desiludiram face ao esperado pelos analistas. O relatório sobre o emprego, o qual será crucial para a decisão da Reserva Federal norte-americana de desacelerar a injeção de estímulos através da compra de dívida, mostrou que apenas foram criados mais 194 mil postos de trabalho, bastante abaixo dos 500 mil estimados pelos mercados.

Por um lado, os postos de trabalho aumentaram 317 mil no setor privado, o que é um sinal positivo sobre o dinamismo da economia norte-americana — além disso, o crescimento do emprego em agosto foi revisto em alta de 131 mil para 366 mil. Por outro lado, houve uma redução de emprego no setor público na ordem dos 123 mil. Ainda assim, a taxa de desemprego dos EUA está neste momento nos 4,8%, o nível mais baixo desde a pandemia.

Porém, houve cotadas imunes a este efeito: o setor energético registou fortes ganhos nesta sessão uma vez que os futuros do crude negociado em Nova Iorque, o WTI, atingiu e superou os 80 dólares por barril pela primeira vez desde novembro de 2014. A Exxon Mobil valorizou 1,6%, a Chevron avançou 3% e a ConocoPhillips subiu 3,2%.

Na próxima semana arranca a época de resultados relativa ao terceiro trimestre deste ano, o que deverá marcar a negociação nas próximas sessões.

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