ANIVEC pede alargamento dos apoios porque “próximos anos serão desafiantes”

Presidente da ANIVEC diz que Portugal precisa de "empresas com músculo" e pede o alargamento de critérios para apoiar as empresas.

O presidente da Associação Nacional das Industrias de Vestuário e Confeção (ANIVEC) salienta a importância de o país ter “empresas com músculo”, mas alerta para a necessidade de se alargarem os critérios de acesso a apoios públicos, nomeadamente passando a incluir as empresas com mais de 250 trabalhadores e com faturação abaixo dos 50 milhões de euros.

Recordando os desafios que o setor do vestuário enfrentou durante a pandemia, César Araújo nota que, contrariando as expectativas de muito, o setor “resistiu e superou até as expectativas mais otimistas”. “Conseguimos ultrapassar vários desafios à nossa competitividade”, afirmou o recém-empossado presidente da ANIVEC para mais um mandato, na gala da associação, que decorreu esta quinta-feira.

Contudo, ainda há um caminho a percorrer. “Ao nível do poder político têm de ser tomadas decisões que beneficiem a indústria têxtil e de vestuário como um todo”. Isto porque, afirmou, “os próximos anos vão ser certamente muito desafiantes”, sendo necessário “recuperar dos efeitos económicos da pandemia” e, ao mesmo tempo, dotar o setor de “modelos de negócio mais inteligentes, digitais, inovadores e sustentáveis”.

E para ultrapassar todos esses desafios, César Araújo considera que “os incentivos certos e apoio político” serão uma ajuda fundamental, mas também neste ponto aponta a necessidade de mudanças. “Para sermos competitivos a nível global, precisamos de empresas com músculo” e, para que isso aconteça, os apoios devem ficar acessíveis para “empresas com mais de 250 trabalhadores e um volume de faturação inferior a 50 milhões de euros”.

“Portugal pode e deve ser uma referência na produção de moda responsável”, afirmou o presidente da associação. Mas, para que isso seja possível, é necessário haver “vontade política, acesso a financiamento e enquadramento macroeconómico adequado”.

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