Espanha, Suécia ou França. De onde vêm os produtos que consumimos no Natal?

A maioria dos produtos que Portugal importa para o Natal vem de Espanha. Ainda assim, é a Suécia que fornece o bacalhau, o champanhe é francês e os chocolates da Alemanha. 

Está a aproximar-se o Natal, altura em que os portugueses se vão juntar à mesa para comer a típica ceia e trocar presentes. É um cenário familiar, mas de onde veem mesmo os produtos que consumimos nesta altura? Uma parte será de produção nacional, mas o país também importa algumas das iguarias e presentes típicos destas festividades. A maioria vem de Espanha, principal parceiro comercial de Portugal, mas outros países destacam-se também, como a Suécia que fornece o bacalhau, França (champanhe) e Alemanha (chocolates).

Assim, no que diz respeito à mesa de Natal, é muito provável que o bacalhau da consoada venha da Suécia. No ano passado, Portugal importou mais de 200 milhões de euros de bacalhau deste país, seguindo-se os Países Baixos e a Noruega, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Já os produtos hortícolas, incluindo plantas, raízes e tubérculos, são na sua maioria provenientes de Espanha, com quem Portugal fez transações no valor de 265 milhões de euros em 2020. Já olhando especificamente para as batatas, foi França quem mais vendeu.

É de salientar que estes produtos também poderão ter origem nacional. A produção de hortícolas em Portugal atingiu um total nacional de 2.470,1 mil toneladas em 2020, segundo dados do INE, sendo que cerca de metade foi produção de tomate. As zonas Centro (Oeste), Alentejo e Área Metropolitana de Lisboa concentram a maioria da produção.

Para aqueles que preferem ter peru à mesa, no Natal, também foi Espanha que assegurou a maioria. Em 2020, Portugal importou cerca de 83 milhões de euros de carnes e miudezas, comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, de galos, galinhas, patos, gansos, perus, peruas e pintadas de Espanha, fazendo também compras à Alemanha e Itália.

Quanto à bebida que acompanha a refeição, a cerveja de malte vem de Espanha, bem como da Bélgica. Já os vinhos espumantes e vinhos espumosos de uvas frescas veem de França. As importações de Portugal deste tipo de vinho do país famoso pelo seu champanhe totalizaram os 10,7 milhões de euros, no ano passado.

Saindo da mesa e passando aos presentes, o chocolate é de novo comprado em maior parte a Espanha, com quem Portugal registou transações de 63 milhões, mas seguido de perto pela Alemanha, com quem as compras atingiram os 50 milhões. Já as importações dos conhecidos chocolates belgas foram de 14 milhões.

Quem tem no sapatinho perfumes e águas-de-colónia, o mais provável é que venham de Espanha, ou de França. Já aqueles que vão receber roupa poderão ter nas mãos artigos comprados a Espanha, mas também importações da China ou do Bangladeche, que superam os 40 milhões de euros. Quanto ao calçado, os sapatos que os portugueses vão receber deverão chegar de Espanha, Itália ou Alemanha.

Para as crianças, os brinquedos, jogos, artigos para divertimento ou para desporto chegam de Espanha, de onde comprámos 191 milhões de euros destes bens, bem como de França (43 milhões de euros) e da China (cerca de 39 milhões).

Já quem vai receber telemóveis, pode esperar que tenham vindo de Espanha, de onde se importaram aparelhos telefónicos no valor de 340 milhões de euros ao longo do ano passado. Uma fatia considerável das importações destes aparelhos veio também dos Países Baixos (145 milhões), Vietname (139 milhões) e China (64 milhões).

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