Fundo de Resolução paga 92 milhões em juros ao Estado e bancos

Remuneração é relativa aos empréstimos obtidos, em 2014, para o financiamento da medida de resolução aplicada ao Banco Espírito Santo.

O Fundo de Resolução informou em comunicado que pagou esta sexta-feira 92 milhões de euros em juros relativamente aos empréstimos obtidos em 2014 para o financiamento da medida de resolução aplicada ao Banco Espírito Santo.

A maior parte daquele valor, 78 milhões de euros, foi para os cofres do Estado. Os restantes 14 milhões eram devidos aos bancos.

No momento da resolução do BES e criação do Novo Banco, em agosto de 2014, o Estado emprestou 3.900 milhões ao Fundo de Resolução (FdR). Àquela soma acresceram 700 milhões emprestados por sete instituições financeiras: Caixa Geral de Depósitos, Banco Comercial Português, Banco BPI, Banco Santander Totta, Caixa Económica Montepio Geral, Banco BIC Português e Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo.

A taxa de juro aplicável a estes financiamentos em 2021 foi de 2%, esclarece o FdR. O Expresso noticiou na quinta-feira que o FdR vai deixar praticamente de pagar juros, tendo em conta a revisão da taxa, que acontece a cada cinco anos. No início de 2022, será fixada uma nova, para vigorar até 2027, num contexto de juros ainda em níveis historicamente baixos.

O cálculo tem em conta o custo de financiamento do Estado, mais exatamente a taxa de rendibilidade das obrigações do Tesouro a cinco anos no final do ano, acrescida de 0,15%. Estes títulos estão hoje com uma yield negativa de 0,256%.

A entidade liderada por Luís Máximo dos Santos já pagou 691 milhões de euros ao Estado desde 2014, incluindo os juros relativos ao empréstimo obtido em 2015 para o financiamento da resolução do BANIF. O valor de juros pagos aos bancos totaliza 118 milhões de euros.

(notícia atualizada às 13h25)

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