“Sem um programa para o emprego não haverá um Orçamento de esquerda”, diz Catarina Martins

  • Lusa
  • 21 Maio 2021

"A questão de como é que se vai criar emprego, e que emprego, tem de estar no centro de negociações do Orçamento do Estado para 2022", diz a líder bloquista.

A coordenadora bloquista avisa que “sem um programa para o emprego não haverá um orçamento de esquerda”, colocando o tema no centro das negociações e remetendo para o Governo a criação de condições para a viabilização do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

Em entrevista à Lusa na véspera da XII Convenção Nacional do Bloco de esquerda (BE), que decorre sábado e domingo em Matosinhos, Catarina Martins afirma que ainda não há qualquer negociação ou reunião prevista com o Governo sobre o OE2020, mas considera que ainda há tempo. “No nosso ponto de vista, a questão de como é que se vai criar emprego, e que emprego, tem de estar no centro de negociações do OE2022. Sem um programa para o emprego não haverá um orçamento de esquerda”, avisa.

Depois dos quatro anos da ‘geringonça’, em que viabilizaram todos os orçamentos do PS e de também se terem abstido, já sem qualquer acordo de legislatura, no OE2020 e no orçamento suplementar devido à pandemia, as negociações para o documento deste ano não chegaram a bom porto e os bloquistas votaram contra. Para a coordenadora do BE, “não há nenhuma razão para o Orçamento do Estado não ser viabilizado”, a menos que o Governo socialista liderado por António Costa “não o queira viabilizar”.

“Seria uma irresponsabilidade um Governo não encontrar as condições de viabilização do Orçamento do Estado num momento em que o país atravessa uma crise tão forte e que há toda a disponibilidade negocial no Parlamento para constituir maiorias”, considera.

Com toda a crise gerada pela pandemia e consequente desemprego crescente, trabalhadores em lay-off e a incerteza em diversos setores de atividade, “não falar do emprego neste momento seria uma absoluta irresponsabilidade” na ótica de Catarina Martins, que considera que o emprego e a sua qualidade “vão determinar a forma” como Portugal sairá deste período.

Tal como o Novo Banco, a saúde será, de novo, outro tema em discussão entre bloquistas e socialistas, defendo a líder do partido que o “país precisa mesmo do Serviço Nacional de Saúde” e que “não há ninguém em Portugal que negue essa necessidade”. Admitindo que foi “muito frustrante” o “beco sem saída” em que terminaram as negociações do OE2021, Catarina Martins deixa claro que não se lembra de negociações fáceis com o PS ao longo destes anos.

A decisão mais complicada foi a decisão de propor ao PS apoiá-lo para poder ser Governo mesmo não tendo ganhado as eleições porque havia uma maioria à esquerda.

Catarina Martisn

Líder do Bloco de Esquerda

“Diria que a decisão mais complicada foi a decisão de propor ao PS apoiá-lo para poder ser Governo mesmo não tendo ganhado as eleições porque havia uma maioria à esquerda. Porque essa fez uma alteração na forma como normalmente se desenhavam as maiorias no Parlamento. Acho que são qualitativamente decisões bastante diferentes”, responde quando questionada sobre se o voto contra no último orçamento foi a decisão mais difícil que teve de tomar enquanto líder do partido.

Com o subir de tom nas críticas ao PS nos últimos meses — exemplo disso é o caso das barragens da EDP e o Novo Banco — a coordenadora do BE deixa claro que o partido “nunca se sentiu condicionado e não se sente condicionado neste momento”.

“Não é pelo Partido Socialista decidir em determinado momento que é mais ou menos dialogante à esquerda que a posição do Bloco de Esquerda se altera ou que deixamos de ter responsabilidades. A disputa do que vai ser a resposta ao país em matérias fundamentais — emprego, saúde, habitação — depende da capacidade do Bloco de fazer essas propostas”, aponta.

Para Catarina Martins, não se ganha nada em tornar a política naquilo que não é, ou seja, numa “questão de adeptos de clubes de futebol” ou de “simpatias e antipatias entre dirigentes”, admitindo que foi “doloroso” para o partido não ter sido “construir um OE em plena pandemia que criasse patamares de exigência”.

Sobre o facto de ainda não ter havido contactos para o próximo orçamento — apenas as reuniões públicas sobre o Plano de Recuperação e Resiliência – a líder do BE aproveita para fazer uma crítica. “O Governo português tem estado muito centrado na Presidência da União Europeia. Achamos que é tempo de olhar um pouco mais para a situação do país e eu diria mesmo que mesmo para a União Europeia não seria mau se Portugal tivesse um projeto que devia ser o posicionamento da União Europeia”, atira.

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Catarina Martins acusa Rio de colagem “incompreensível” à extrema-direita

  • Lusa
  • 21 Maio 2021

“A direita está fora dessa disputa e, neste momento, está muito longe de ter qualquer maioria no país, qualquer solução de chegar ao Governo. Portanto a esquerda, sim", diz a líder do Bloco.

A coordenadora do BE, Catarina Martins, acusa o presidente do PSD, Rui Rio, de estar “colado à extrema-direita num desespero incompreensível”, considerando que a direita está “muito longe” da possibilidade de chegar ao Governo.

Na véspera da XII Convenção Nacional do BE, em entrevista à agência Lusa, a líder bloquista acusa a direita de, “em processo de reconfiguração”, não dialogar com o país.

“Rui Rio aparece colado à extrema-direita num desespero incompreensível o que significa que desistiu sequer de disputar a maioria no país”, critica.

Para Catarina Martins, é “claramente perigoso” para uma democracia que cresça o discurso violento, antidemocrático e de ódio como está a acontecer em Portugal, avisando, no entanto, que “uma maioria social não se disputa nesse campo”, mas sim “com soluções para o país”.

“A direita está fora dessa disputa e, neste momento, está muito longe de ter qualquer maioria no país, qualquer solução de chegar ao Governo. Portanto a esquerda, sim, tem essa responsabilidade de desenhar o programa”, defende.

A líder do BE lamenta que não se reconheça o perigo da direita tradicional abrir “a porta ao discurso antidemocrático” e deixa claro que “Rui Rio não faz favor nenhum a ninguém” quando opta por esta aproximação à extrema-direita.

Ainda no campo da direita, Catarina Martins foi questionada sobre o arranque do segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa como Presidente da República, admitindo que viu “com alguma apreensão algumas decisões recentes” como a visita à Guiné-Bissau num momento em que “a situação democrática não é reconhecida internacionalmente nem pode ser”.

“Espero que possa haver um diálogo institucional que respeite os princípios da democracia, dos direitos humanos em Portugal e fora de Portugal porque acho que o Presidente da República assumiu nalgumas matérias essas obrigações e quando o faz, faz bem. Não deve abdicar desses princípios”, apela.

Para a coordenadora bloquista, Marcelo Rebelo de Sousa é e sempre foi “um presidente de direita”.

“Julgo que teve um papel institucional de normalização de relações institucionais depois de Cavaco Silva ter deixado uma situação de crispação que era absurda e que não ajudava ninguém no país, não ajudava a democracia”, admite.

No entanto, para Catarina Martins é evidente que o Presidente da República “manteve sempre a sua agenda de direita”.

“Desse ponto de vista, eu diria que um Governo que não negoceie à esquerda acaba por ser mais próximo de Marcelo Rebelo de Sousa”, adverte.

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Eurogrupo em Lisboa com um olho na retoma

Lisboa vai acolher a reunião de maio do Eurogrupo, mas não há assuntos quentes sobre a mesa. Os ministros das Finanças continuam a avaliar o estado da economia agora que a retoma está a ganhar força.

Os ministros das Finanças da Zona Euro vão reunir-se esta sexta-feira no Centro Cultural de Belém, por ocasião da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, agora que a situação epidemiológica está controlada em Portugal. Em cima da mesa não há nenhuma decisão à vista pelo que os responsáveis vão aproveitar a ocasião para trocar impressões sobre a evolução da economia com base nas novas previsões da Comissão Europeia. A reunião conta com a presença de pesos pesados como a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde.

Uma semana depois de a Comissão Europeia ter melhorado as previsões económicas para 2021 e 2022 (quando avaliado em conjunto), os ministros das Finanças da Zona Euro já têm o olho na retoma da economia europeia na perspetiva de que o segundo trimestre já traga um crescimento em todos os países — no primeiro trimestre, em média, a economia caiu na UE, apesar de alguns países terem crescido. A troca de impressões será entre os governantes e a presidente da comissão dos assuntos económicos e monetários do Parlamento Europeu, a eurodeputada Irene Tinagli (Partido Democrático italiano).

Segue-se uma discussão sobre o papel dos “mecanismos de ajustamento” (medidas de apoio como lay-off e moratórias) dentro da Zona Euro durante a pandemia. De acordo com uma fonte europeia pelo ECO, a conclusão tem sido que estas medidas têm sido “eficazes” até ao momento na manutenção da “capacidade produtiva” da economia europeia, mas o futuro é complicado dado que há riscos, desde logo o aparecimento de variantes mais contagiosas ou resistentes às atuais vacinas.

Do ponto de vista económico, os problemas focam-se na retirada gradual dos apoios (quão gradual?), a erosão do capital humano e o dilema de distinguir empresas viáveis, as quais devem ser ajudadas, das não viáveis. “É preciso o envolvimento da expertise do setor privado“, disse a mesma fonte. Ainda assim, seja qual for o assunto, a palavra de ordem ainda continua a ser “incerteza” com as instituições a esperarem para ver como a economia reage à reabertura.

Os ministros das Finanças vão também decidir qual será a agenda do Eurogrupo no segundo semestre: além da pandemia e a recuperação económica, é expectável que os responsáveis europeus continuem a discutir o papel internacional do euro e a inacabada União Bancária. Em particular sobre a banca, Andrea Enria, líder da supervisão bancária europeia, falará na reunião desta sexta-feira sobre o risco de crédito e climático, assim como o Brexit.

Na reunião estará também a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, vários membros da Comissão Europeia (o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, e a comissária para a Estabilidade Financeira, Mairead McGuinness), a economista-chefe da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Laurence Boone, e o presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Klaus Regling.

Discussão sobre “normalizar” política orçamental só no final do ano, mas mudança não será abrupta

A suspensão das regras orçamentais, como o limite do défice orçamental de 3% do PIB, em 2022 já é quase dada como certa, tendo os ministros das Finanças sinalizado que apoiam a recomendação indicativa da Comissão Europeia de que ainda será necessário um forte apoio orçamental no próximo ano.

Não deverá haver conclusões escritas sobre este tema na reunião desta sexta-feira uma vez que a discussão formal (e a decisão) só acontecerá em julho, depois de a Comissão apresentar a sua recomendação oficial em junho sobre as regras orçamentais a par das recomendações específicas por país.

Uma fonte europeia ouvida pelo ECO antecipa que uma eventual discussão sobre a “normalização” da política orçamental só acontecerá no final do ano, apesar de realçar a incerteza dessa previsão, mas garante que não haverá uma “mudança abrupta” no rumo das finanças públicas nos Estados-membros. Esse cenário, que de certa forma ocorreu na crise anterior, não está em cima da mesa.

“Retirada gradual” tem sido a expressão de ordem entre os responsáveis europeus, tendo em mente a “necessidade de agilidade” na ação dos Governos perante a imprevisibilidade da evolução da pandemia. “O ambiente é muito incerto e é demasiado cedo para se ser preciso sobre a consolidação” orçamental, diz a fonte europeia.

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5 coisas que vão marcar o dia

Turismo conhece plano para o relançamento. CCB acolhe Eurogrupo e Ecofin. Eurostat mede o pulso às condições de vida dos cidadãos europeus. Portugal presente em cimeira de saúde do G20.

O setor do turismo conhece hoje novas medidas para o relançamento. Também esta sexta-feira há reunião do Eurogrupo e do Ecofin, presencial e em Lisboa. Portugal estará ainda representado numa cimeira do G20.

Governo apresenta plano para relançar turismo

O verão está a chegar e a situação pandémica continua estável. Estão reunidas as condições para o Governo apresentar esta sexta-feira o Plano Reativar Turismo, que visa acelerar o turismo ao longo do ano, um dos setores com maior peso na economia portuguesa. O plano foi aprovado no Conselho de Ministros desta quinta-feira e a apresentação está marcada para as 9h30 e contará com o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e com a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.

Ministros das Finanças da UE reúnem no CCB

Será um dia preenchido no Centro Cultural de Belém (CCB), e a começar cedo. Pelas 8h15 chegam os ministros das Finanças dos países da Zona Euro, para uma reunião presencial do Eurogrupo, liderado pelo irlandês Paschal Donohoe, e na qual João Leão representará Portugal. Os governantes vão discutir a evolução macroeconómica da região nesta fase da pandemia e espera-se que adotem o programa de trabalho para a segunda metade do ano. Segue-se uma conferência de imprensa por volta do meio-dia. À tarde, reúne no CCB o Ecofin, que junta os ministros dos Estados-membros da União Europeia, prevendo-se declarações à comunicação social pelas 18h00.

Eurostat mede condições de vida na UE

O Eurostat publica hoje mais uma edição do relatório anual “Condições de Vida na Europa”, desta vez referente ao ano de 2019. O estudo deverá lançar luz sobre as condições de vida e os fatores socioeconómicos que afetam o quotidiano dos cidadãos europeus. A edição do ano passado indicava que 20% de cidadãos com maiores rendimentos detinham dois terços do total de rendimento disponível na União Europeia, ainda contando com o Reino Unido. O mesmo documento alertou que quase metade das pessoas que vivem sozinhas com crianças dependentes estava em risco de pobreza e exclusão social.

Trabalhadores dos CTT em greve

Os trabalhadores de vários centros de distribuição dos CTT em Portugal vão estar em greve esta sexta-feira. Recusam sobrecargas de serviço provocadas pelo que dizem ser falta de pessoal e não contratação de trabalhadores para substituição de férias. O segmento de Expresso e Encomendas dos CTT acelerou significativamente com a chegada da pandemia, à medida que os portugueses foram fazendo cada vez mais encomendas pela internet. O negócio gerou 63,4 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, mais 70,1% do que no mesmo trimestre do ano anterior.

Portugal participa em cimeira do G20

Em plena pandemia de Covid-19, representantes governamentais de Portugal vão estar presentes na Cimeira Mundial de Saúde, promovida pela presidência italiana do G20. A cimeira tem Mario Draghi na cadeira de presidente, o primeiro-ministro italiano e antigo chefe do Banco Central Europeu. É uma oportunidade para os líderes mundiais coordenarem posições e partilharem ensinamentos resultantes deste período de crise. Portugal está presente enquanto tendo a presidência rotativa do Conselho da União Europeia.

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Mudança na inflação é “temporária”, diz o presidente do Eurogrupo

  • Lusa
  • 21 Maio 2021

"Devemos esperar uma mudança temporária da inflação, à medida que começamos a ver as cadeias de oferta a reabrir por toda a Europa", diz Paschal Donohoe.

O presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, considerou, em entrevista à Lusa, que a mudança esperada na inflação europeia será “temporária” e está associada à reabertura da economia depois dos confinamentos introduzidos durante a pandemia de Covid-19.

“Devemos esperar uma mudança temporária da inflação, à medida que começamos a ver as cadeias de oferta a reabrir por toda a Europa”, disse o também ministro das Finanças irlandês à Lusa, numa entrevista conjunta com o homólogo português, João Leão.

O líder do grupo informal de ministros das Finanças da Zona Euro enquadra as mudanças na inflação numa altura em que se começa a ver “retalhistas, fabricantes a preencherem os stocks’“, a “procurarem acesso a matérias-primas” e empregadores “a recontratarem funcionários”.

O responsável irlandês salientou ainda a importância de se olhar para a inflação no contexto em que no mercado europeu ainda há “altos níveis de desemprego” ou “de subemprego”, ou seja, que não aproveita todas as capacidades dos trabalhadores.

Paschal Donohoe apontou para previsões de inflação de 1,3% ou 1,4% em 2023, “algo muito em linha” com anteriores números.

Já João Leão salientou a necessidade de se pensar na missão do Banco Central Europeu (BCE).

“Aquilo que era a margem para a política monetária tradicional estabilizar a economia, está usada no seu limite. As taxas de juro estão a zero, não existe muita margem para o BCE ajustar para baixo, porque atingimos o limite de ‘lower bound‘, de limite inferior”, disse na mesma ocasião o ministro português.

Para o ministro, o facto das taxas estarem tão baixas há cerca de 10 anos “faz-nos pensar qual é o papel da política orçamental neste contexto e em que medida é que ela pode ajudar a política monetária”.

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Prejuízos do BES duplicam e aumentam buraco para 6,9 mil milhões

Contas do banco “mau” continuam no vermelho. Prejuízos duplicaram para 500 milhões de euros. BES só tem 177 milhões de euros em ativos para saldar responsabilidades de mais sete mil milhões.

O buraco do BES agravou-se em quase 550 milhões de euros para 6,9 mil milhões em 2020, uma deterioração das contas que acontece depois de o banco “mau” ter reforçado as provisões para responsabilidades com os credores que foram afetados com a medida de resolução aplicada pelo Banco de Portugal em 2014.

O BES fechou 2020 com um passivo de 7,08 mil milhões de euros, o que corresponde a uma subida de 545,2 milhões face a 2019, sendo que dispõe de apenas 177 milhões de euros (2,5% do total passivo) em ativos para saldar estas “dívidas”, de acordo com as contas de 2020.

Ou seja, neste momento, ficariam por saldar cerca 6,9 mil milhões de euros de responsabilidades se todos os ativos do banco (que se encontra em processo liquidação) fossem transformados em dinheiro.

O aumento do passivo do banco “mau” deveu-se sobretudo a dois fatores:

  • ao tal reforço das provisões para os credores do banco, que ascendeu a 337,8 milhões de euros no ano passado, na sequência da análise que feita pela comissão liquidatária às quase 2.000 impugnações das listas de credores reconhecidos e não reconhecidos apresentadas no tribunal, muitas relacionadas com colocações de títulos de dívida de várias entidades do GES junto de clientes de retalho e institucionais, colocação de ações e obrigações do BES;
  • e ao reconhecimento de 150 milhões de euros em juros relativos às obrigações seniores no valor de 2,17 mil milhões que foram retransmitidas do Novo Banco para o BES no final de 2015, uma decisão do Banco de Portugal que está a ser contestada em tribunal por um grupo de grandes investidores internacionais, como a Pimco e a BlackRock — a lei obriga à contabilização dos juros até à lista de credores definitiva.

São também estes dois fatores que ajudam a explicar os prejuízos de 547,5 milhões de euros que o BES registou no ano passado, mais do dobro dos 251,7 milhões de prejuízos observados em 2019.

Banco só tem 2,5 euros de ativos por cada 100 euros de responsabilidades

As contas do BES mostram três grandes números em relação ao passivo de mais de sete mil milhões: provisões de 1,879 mil milhões de euros para diversas responsabilidades, tais como, a dívida emitida pelo GES e subscrita por clientes de retalho do BES, duas cartas emitidas a sociedades venezuelanas, responsabilidades associadas a processos de fraude na Suíça; responsabilidades representadas por títulos (incluindo as obrigações retransmitidas em 2015) de 2,87 mil milhões de euros; e passivos subordinados de 1,35 mil milhões.

Do lado do ativo, contabilizado em 177 milhões, o banco tem cerca de 96,5 milhões em aplicações noutras instituições de crédito, cerca de 50 milhões em obrigações do Tesouro e 20,6 milhões de créditos sobre entidades do Grupo Espírito Santo.

Contas feitas, o banco dispõe apenas de 2,5 euros de ativos por cada 100 euros de responsabilidades, o que limita bastante as hipóteses de recuperação de dinheiro por parte dos credores por via da liquidação da instituição que está a ser conduzida pela equipa de César Brito.

Apenas os credores comuns poderão ter melhores perspetivas de recuperação dos seus investimentos, tendo em conta que já houve uma auditoria da Deloitte a estimar um nível de recuperação de 31,7% para estes créditos comuns e de 0% para os créditos subordinados num cenário de liquidação (a lei determina que os credores têm direito uma compensação caso sejam mais prejudicados numa resolução do que numa liquidação de um banco).

Neste caso, face à situação líquida negativa do BES, perspetiva-se que venha a ser o Fundo de Resolução a cobrir estas responsabilidades com os credores.

O fundo liderado por Máximo dos Santos, que tem vindo a fazer injeções no Novo Banco, já veio dizer, entretanto, que o direito “à compensação pelo Fundo de Resolução será determinado no encerramento do processo de liquidação do BES” e que até lá “haverá ainda que esclarecer um conjunto de complexas questões jurídicas e operacionais, nomeadamente quanto à titularidade do direito à compensação pelo Fundo de Resolução”.

Tudo considerado, não é possível, por ora, estimar o montante da compensação a pagar no encerramento da liquidação do BES”, referiu o fundo nas contas de 2019.

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Leão confiante na ratificação dos recursos próprios em maio

  • Lusa
  • 21 Maio 2021

É "muito importante" que tudo esteja ratificado ainda em maio, para "da Comissão Europeia se poder preparar para ir aos mercados" ainda "antes do verão".

O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, mostrou-se confiante, em entrevista à Lusa, de que os cinco países que ainda não ratificaram a decisão sobre os recursos próprios o façam antes do final do mês.

“Esperamos mesmo que nas próximas semanas, se possível ainda em maio, que era muito importante, os cinco países que faltam ratifiquem. Temos perspetivas positivas, dos contactos que temos tido, que os cinco países podem cumprir esse objetivo”, disse à Lusa o ministro português, numa entrevista conjunta com o presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe.

Os países em causa são a Áustria, a Hungria, os Países Baixos, a Polónia e a Roménia, disse na terça-feira o vice-presidente executivo da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis.

João Leão considera “muito importante” que tudo esteja ratificado ainda em maio, para “da Comissão Europeia se poder preparar para ir aos mercados” ainda “antes do verão”.

“É muito importante que antes da pausa do verão, na altura em que há menos liquidez no mercado, que a Comissão Europeia tenha a oportunidade e capacidade de se ir financiar nos mercados. Isso seria um sinal muito importante para a economia europeia e para os mercados”, considerou João Leão.

Em causa está o Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR), avaliado em 672,5 mil milhões de euros (a preços de 2018) e elemento central do “Next Generation EU”, o fundo de 750 mil milhões de euros aprovado pelos líderes europeus em julho de 2020 para a recuperação económica da UE da crise provocada pela pandemia de covid-19.

O MRR irá disponibilizar aos Estados-membros um total de 312,5 mil milhões de euros em subvenções e 360 mil milhões de euros em empréstimos, e para aceder ao mecanismo os países da UE têm de submeter a Bruxelas os seus PRR com os programas de reforma e de investimento até 2026, mas é também necessário que cada país ratifique a decisão sobre recursos próprios, passo esse que permite à Comissão ir aos mercados angariar financiamento.

O ministro português, anfitrião das reuniões informais de hoje e sábado do Eurogrupo (conjunto de ministros das Finanças da Zona Euro) e do Ecofin (da União Europeia), espera que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português “possa ser já aprovado no próximo mês de junho”, dado ter sido o primeiro país a entregá-lo.

À Lusa, João Leão também referiu que as regras orçamentais europeias “são complexas”, sendo importante no futuro que as regras “sejam credíveis” e que os países consigam cumpri-las, “e que ao mesmo tempo consigam focar-se naquilo que é importante, que é a recuperação da economia e das condições sociais da população”.

Por seu lado, Paschal Donohoe também as considerou “muito complicadas” e admitiu que é um desafio “explicá-las claramente, mas por vezes essa complexidade também pode ser uma fonte de flexibilidade em situações exigentes”, como considerou ser o caso na pandemia de Covid-19.

“O debate em relação ao futuro das regras orçamentais vai começar no final do ano, e quando esse debate começar, deveremos estar num lugar bem mais seguro na nossa recuperação”, frisou o também ministro das Finanças irlandês.

Ambos os ministros disseram esperar uma decisão formal da Comissão Europeia quanto à anunciada suspensão das regras orçamentais em 2022 “nas próximas semanas”, podendo esse período cair ainda “em maio ou em junho”.

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Leão admite que crescimento do PIB pode chegar aos 5% este ano

  • Lusa
  • 21 Maio 2021

"O primeiro trimestre foi muito intenso" de uma forma negativa", mas o ministro das Finanças diz que a "mudança está a ser muito rápida". Crescimento pode ser "bastante superior ao previsto".

O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, admitiu à Lusa que o Produto Interno Bruto (PIB) português poderá crescer até 1 ponto percentual acima dos 4% esperados, devido a uma mudança “muito rápida” das condições económicas.

“É um crescimento relativamente superior, pode ir até quase um ponto acima do que temos previsto, mas ainda é um bocado cedo”, disse João Leão numa entrevista à Lusa realizada conjuntamente com o presidente do Eurogrupo, o irlandês Paschal Donohoe, no âmbito da presidência portuguesa da União Europeia.

O ministro das Finanças lembrou que “Portugal teve um inverno muito duro” e que “o primeiro trimestre foi muito intenso” de uma forma negativa, o que levou o Governo a rever em baixa as suas previsões para o crescimento da economia para 4% aquando da divulgação do Programa de Estabilidade, em abril, quando anteriormente previa 5,4%.

Porém, “a mudança está a ser muito rápida“, salientou o ministro, justificando o maior otimismo com o facto de que, com a reabertura da economia nacional, “o número de casos mantém-se muito baixo” e o plano de vacinação contra a Covid-19 “está a ajudar”.

“Com os indicadores que temos quer do mercado de trabalho, quer do consumo, quer das exportações, que estão a ser muito mais positivos do que esperávamos, temos a expectativa, se a pandemia continuar controlada e evoluir de forma positiva com a campanha de vacinação, que o crescimento possa ser bastante superior ao que tínhamos previsto”, disse em entrevista à Lusa.

Como exemplo da recuperação, João Leão referiu que “os pagamentos do multibanco nas últimas três semanas estão bastante superiores ao que eram antes da pandemia, em 2019“, mostrando “que o consumo está a recuperar de forma muito rápida”.

No entanto, o governante ressalvou que a previsão oficial do Governo “mantém-se nos 4%”, sendo apenas revista quando for apresentada a proposta de Orçamento do Estado para 2022, em outubro.

O otimismo do ministro contrasta com as previsões económicas de primavera da Comissão Europeia que, na semana passada, reviu em baixa o crescimento económico esperado para Portugal, apontando para 3,9% quando em fevereiro esperava 4,1%.

Em termos trimestrais, Bruxelas aponta para uma recuperação do PIB português do segundo ao quarto trimestre, quer em cadeia (3,2%, 3,9%, e 1,0% respetivamente), quer face aos mesmos trimestres do ano passado (13,5%, 4,0% e 4,9%, respetivamente).

Em termos anuais, as previsões da Comissão Europeia estão exatamente alinhadas com as do Banco de Portugal (BdP) e as do Fundo Monetário Internacional (FMI), estando uma décima abaixo dos 4,0% esperados pelo Governo e acima dos 3,3% do Conselho das Finanças Públicas (CFP) e dos 1,7% da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

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Israel e Hamas confirmam cessar-fogo

  • Lusa
  • 20 Maio 2021

Ao 11º dia de conflito, Israel e o Hamas aceitaram a iniciativa egípcia de um cessar-fogo bilateral incondicional.

O Hamas confirmou esta quinta-feira que o cessar-fogo com Israel entra em vigor a partir das 02:00 desta sexta-feira (00:00 em Lisboa), considerando que a trégua representa uma derrota para o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

A confirmação da trégua entre as duas fações ocorreu poucos minutos depois de Israel anunciar unilateralmente o cessar-fogo. Ali Barakeh, um oficial do Hamas disse à Associated Press (AP) que o cessar-fogo constitui uma derrota para Netanyahu e “uma vitória para a população palestiniana”.

Contudo, o sentimento de alerta vai permanecer até que haja informações mais credíveis por parte dos mediadores deste conflito no Médio Oriente, que se arrasta há décadas. Barakeh também confirmou que o Hamas foi contactado por oficiais da Rússia, Egito, Qatar e das Nações Unidas no sentido de ser alcançada uma trégua com Telavive.

“O Gabinete [de Segurança do primeiro-ministro israelita] aceitou unanimemente a recomendação de todos os oficiais de segurança (…) de aceitar a iniciativa egípcia de um cessar-fogo bilateral incondicional”, dá conta um comunicado divulgado, entretanto, pelo Estado hebreu.

O dia começou da mesma maneira que os anteriores nos dois territórios, sem tréguas na ofensiva entre Israel e o Hamas, no entanto, Netanyahu anunciou que tinha convocado uma reunião de emergência do Gabinete de Segurança, que culminou no anúncio do cessar-fogo.

A decisão era expectável, uma vez que fonte do Governo egípcio, que está a fazer a mediação do conflito, tinha confirmado à Associated Press (AP), sob a condição de anonimato, que o executivo recebeu informações de Telavive no sentido de interromper a ofensiva militar que dura há quase duas semanas e que assolou o território palestiniano.

A pressão dos Estados Unidos da América (EUA) terá feito a diferença, que já tinham confirmado sinais “claramente encorajadores” no sentido de chegar ao cessar-fogo, explicitou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki durante uma conferência de imprensa.

Osama Hamdan, uma das principais figuras do Hamas, que está sediado no Líbano, também tinha dito que o cessar-fogo entre as duas fações era expectável em menos de dois dias.

O Presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, pressionou publicamente o primeiro-ministro de Israel, na quarta-feira. Netanyahu tinha, até então, uma postura completamente diferente. Em declarações ao país, disse estar determinado em combater o Hamas, através de um conflito que poderá impactar positivamente a carreira do chefe do Governo israelita, manchada por um processo de corrupção.

Biden disse que esperava de Israel uma intenção real de interrupção do escalamento do conflito, mas Benjamin Netanyahu continuava a dizer que estava “determinado em continuar esta operação até atingir o objetivo”.

As Forças Armadas israelitas anunciaram esta quinta-feira o bombardeamento de túneis utilizados por elementos do Hamas, assim como habitações que pertenciam a oficiais do Hamas.

Contudo, as imagens transmitidas pelos órgãos de comunicação revelam edifícios completamente destruídos e o desespero da população palestiniana em Gaza.

O momento mais recente deste conflito que com décadas já provocou a morte a pelo menos 232 palestinianos em Gaza, entre os quais 64 menores, e 1.620 feridos.

Em Israel, as autoridades contabilizaram a morte de 12 pessoas, entre as quais dois menores, e 340 feridos.

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Tecnologia põe fim a série de perdas em Wall Street

As tecnológicas têm sido penalizadas pela rotação do capital para ações mais cíclicas devido aos receios face à inflação, bem também à escassez global de chips. A sessão foi, no entanto, de retoma.

Os principais índices em Wall Street fecharam em alta e puseram fim a uma série de três sessões de perdas. A impulsionar estiveram os ganhos das ações tecnológicas, enquanto os dados dos pedidos de desemprego (no valor mais baixo desde o início da recessão causada pela pandemia) aguçaram o apetite dos investidores pelo risco.

O índice industrial Dow Jones ganhou 0,53% para 34.077,01 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 avançou 1,05% para 4.158,82 pontos e o tecnológico Nasdaq somou 1,76% para 13.534,02 pontos.

As tecnológicas têm sido penalizadas pela rotação do capital para ações mais cíclicas devido aos receios face à inflação, bem também à escassez global de chips. A sessão foi, no entanto, de recuperação: entre as FAANG, o Facebook ganhou 1,6%, a Apple valorizou 2,1%, a Amazon 0,5%, a Netflix 2,7% e a dona da Google subiu 1,6%.

Os receios apaziguaram após os dados do emprego divulgados esta quinta-feira. Houve, na semana terminada a 15 de maio, 444 mil novos inscritos para receber subsídio de desemprego. O valor compara com um aumento de 473 mil na semana anterior e com projeções dos analistas que apontavam para 450 mil novos inscritos.

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MetLife vai aprovar seguro de Vida e de Acidentes em menos de 24 horas

  • ECO Seguros
  • 20 Maio 2021

Para os agentes de seguros, a nova ferramenta da MetLife vai acelerar o processo de venda, ultrapassar a concorrência e ajudar no aumento do volume de negócios.

A MetLife desenvolveu um novo sistema digital (Auto UW), “específico para o mercado português, que realiza a análise de risco automática do potencial segurado, apresentando de imediato o preço e coberturas adequadas à situação da Pessoa Segura”.

O novo software torna a MetLife “a primeira seguradora em Portugal a disponibilizar a subscrição de Seguros de Vida e de Acidentes Pessoais em menos de 24 horas e, na maioria dos casos, sem exames médicos.” O sistema vai estar disponível no canal de marketing direto da MetLife (venda de seguros por telefone) e através de agentes de seguros exclusivos e independentes, num total de 700 agentes, anunciou a companhia.

Oscar Herencia, vice-presidente da MetLife para o sul da Europa: “(…), esta oferta vai permitir que mais portugueses tenham acesso a proteção financeira para as suas famílias.”

Para o consumidor, a vantagem reside no rápido acesso à proteção financeira proporcionada por um seguro de Vida ou de Acidentes Pessoais, sem burocracias excessivas. A seguradora salienta que o processo “não exige exames médicos para subscrições de até 350 mil euros e 50 anos de idade”.

No caso dos agentes de seguros, a ferramenta da MetLife “vai acelerar o processo de venda, permitindo ultrapassar a concorrência e facilitando o crescimento do volume de negócios”. O agente de seguros introduz os dados “sobre a situação do potencial segurado – idade, saúde, estilo de vida – no sistema. O questionário médico usa uma lógica de ramificação, cujas questões apresentadas variam” de acordo com as respostas de cada potencial cliente. No final, “o sistema identifica de imediato as coberturas específicas necessárias e efetua uma proposta de prémio de seguro competitiva, possibilitando o pagamento através de meios digitais ou multibanco,” detalha.

“A MetLife tem vindo a efetuar um investimento significativo na transformação digital com o objetivo de melhorar a experiência do cliente. Com esta nova solução encurtamos o processo de venda de seguros de Vida de 3 a 5 dias para menos de 24 horas. Estamos convictos de que esta oferta vai permitir que mais portugueses tenham acesso a proteção financeira para as suas famílias. Acredito também que esta solução vai impulsionar os negócios dos agentes de seguros que colaboram com a MetLife”, explica Oscar Herencia, vice-presidente para o sul da Europa e diretor geral da MetLife na Ibéria.

A companhia nota ainda que, já este ano, anunciou a digitalização total do processo de negócio com os agentes de seguros – exclusivos e independentes – com o objetivo de apoiar os seus parceiros no contacto remoto com os clientes, gerando novas oportunidades comerciais.

O investimento em tecnologias colaborativas e de gestão – assinatura digital, portal dos agentes, etc. – permitiu no último ano “ultrapassar as limitações sanitárias impostas ao modelo estratégico de venda presencial, apoiando o desenvolvimento do negócio dos seus parceiros e melhorando a experiência digital do cliente”.

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Ageas Seguros abre nova loja premium em Vila Real

  • ECO Seguros
  • 20 Maio 2021

A seguradora inaugurou um novo conceito de loja em Vila Real, reforçando a capacidade de operação da mediadora TOM Seguros junto dos clientes.

Sócio da TOM Seguros Lda, mediadora exclusiva da Ageas, Cesário Canário valoriza o novo espaço: “A decisão de avançarmos para uma loja Premium resulta de vários fatores, como a estabilidade financeira que conseguimos aportar à Tom Lda, a vontade da marca em dotar a cidade com uma Loja Premium e o nosso desejo de reforçarmos a nossa presença e a da Ageas Seguros em Vila Real”.

Enquanto a marca continua a apostar no seu plano de renovação de lojas de Norte a Sul do país, Cesário Canário reforça a capacidade operacional, passando a operar dois escritórios de mediação Ageas na região transmontana. O espaço inaugurado na Rua Miguel Torga, em Vila Real, veio somar-se a outro escritório que o mediador Ageas mantém em Santa Marta de Penaguião, indica o site da Tom Seguros.

Novo espaço premium Ageas Seguros, em Vila Real. Tom, Seguros Lda.

“O investimento não se fica pelas novas instalações, queremos também desenvolver a nossa ação comercial junto das PME, aproveitando as oportunidades que a cidade oferece nesta vertente do negócio,” reforçou Cesário Canário.

O novo espaço comercial, totalmente adaptado à nova imagem premium da Ageas Seguros, conta com uma equipa de três colaboradores. A nova agência concretiza maior proximidade com as pessoas, um conceito de espaço que realça o “mundo colorido da Ageas Seguros”.

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