Os últimos 5 minutos da insólita audição de Vasconcellos no inquérito ao Novo Banco

Mariana Mortágua acusou ex-presidente da Ongoing de deixar "calote" no Novo Banco e Fernando Negrão acabou com audição por Nuno Vasconcellos se recusar a responder às perguntas. Veja o vídeo.

Foram cinco minutos em que tudo se precipitou. Nuno Vasconcellos, ex-presidente da Ongoing, recusou responsabilidade por uma dívida de 600 milhões de euros no Novo Banco, que não admitiu como sua. Mariana Mortágua acusou-o de ter “rebentado” com o BES e parte da economia portuguesa, perdeu a paciência e disse que não iria dar mais “tempo de antena e palco” ao empresário. Perante a recusa de Nuno Vasconcellos de responder às perguntas, Fernando Negrão deu por terminada a audição ao fim de menos de uma hora.

http://videos.sapo.pt/kGj0hbLog3aqs6dYGQzW

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Vendas da Sonae crescem, online duplica. Ganha um milhão no primeiro trimestre

No primeiro trimestre de 2021, as vendas da Sonae crescem, o online duplica, mas a pandemia pesou nos lucros da empresa. No entanto, o grupo duplicou o investimento e reforçou a posição de acionista.

A Sonae fechou os primeiros três meses do ano com um lucro de um milhão de euros, contra os prejuízos de 59 milhões de euros registados no período homólogo. Já o volume de negócios consolidado aumentou 5,8%, para 1,6 mil milhões de euros, “impulsionado pelo desempenho da Sonae MC e da Worten”. As vendas online duplicaram face ao primeiro trimestre de 2020.

“O resultado líquido da Sonae atribuível a acionistas situou-se em milhão de euros, uma melhoria significativa face ao valor do ano passado, ainda que impactado por restrições relacionadas com a Covid-19″, refere a empresa em comunicado enviado à CMVM.

A empresa liderada por Cláudia Azevedo destaca que o EBITDA atingiu 128 milhões de euros, em linha com o ano passado, “suportado pela melhoria do resultado líquido da NOS/Zopt e da ISRG, o que compensou a mais-valia registada no primeiro trimestre de 2020 relacionada com a transação do Sierra Prime”.

Sonae duplica investimento e reforça a posição de acionista

Apesar do contexto, a “Sonae prosseguiu com o desenvolvimento dos seus negócios, tendo o investimento total atingido 126 milhões de euros, o que significa que mais que duplicando o investimento de 60 milhões de euros verificados no período homólogo. A Sonae concretizou a aquisição de uma participação adicional na Sonae Sierra, passando a deter 80% do seu capital, a Sonae IM investiu na tecnológica Finlandesa Sellforte e os diversos negócios continuaram a investir nas suas propostas de valor, em particular nas suas estratégias digitais”, refere o grupo.

Relativamente à gestão de portefólio, nos últimos 12 meses, a Sonae reforçou a sua posição acionista na NOS (7,38%), na Salsa (50%) e mais recentemente na Sonae Sierra (10%), num investimento total de M&A de 317 milhões de euros (em que se incluem também investimentos da Sonae IM).

A Sonae gerou um cash flow operacional durante os últimos 12 meses, de 205 milhões de euros, essencialmente impulsionado pela melhoria da rentabilidade consolidada, por medidas de otimização do fundo de maneio e por um eficiente investimento operacional.

Em termos comparáveis, a dívida líquida consolidada da Sonae ascendeu a 1.397 milhões no final do primeiro trimestre de 2021, um aumento de 164 milhões, impulsionado pelas diversas aquisições realizadas nos últimos 12 meses – em particular pelo reforço das participações na NOS, na Sonae Sierra e na Salsa.

A retalhista fechou o ano de 2020 com lucros de 71 milhões de euros, um recuo de cerca de 57,2% face ao resultado líquido de 166 milhões de euros registado em 2019. O alívio das restrições, que marcou o último trimestre do ano passado, permitiu à empresa terminar o ano com um resultado positivo.

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Já há acordo político na UE sobre certificado Covid

  • Lusa
  • 20 Maio 2021

A presidência portuguesa do Conselho e o Parlamento Europeu chegaram a acordo político sobre o certificado "verde" digital para facilitar a livre circulação na UE em contexto de pandemia.

A presidência portuguesa do Conselho e o Parlamento Europeu alcançaram esta quinta-feira um acordo político sobre o certificado sanitário para facilitar a livre circulação na UE no contexto da pandemia da covid-19, a tempo de ‘salvar’ a época de verão.

O acordo interinstitucional provisório em torno da implementação de um “certificado digital Covid-19 da UE” foi alcançado esta quinta-feira ao final da tarde, em Bruxelas, na quarta ronda do trílogo – a designação dada às reuniões que juntam representantes das três instituições da UE envolvidas nos processos legislativos –, devendo agora ser ‘confirmado’ pelos 27 Estados-membros, Comissão e assembleia no seu todo, indicaram à Lusa fontes europeias.

A ronda negocial desta quinta-feira era a derradeira tentativa de um entendimento interinstitucional, a poucos dias de um Conselho Europeu extraordinário (24 e 25 de maio), que tem entre os principais assuntos em agenda a implementação do certificado – que, de acordo com o compromisso esta quinta-feira ‘fechado’, terá a designação de “Certificado Digital Covid-19 da UE” -, a tempo do levantamento de restrições de viagens para a época turística do verão.

Este ‘livre-trânsito’ – que comprova a vacinação, testagem ou recuperação da covid-19 – é considerado um elemento fundamental para ajudar à recuperação económica da Europa no contexto da crise pandémica, designadamente para que “turismo possa ser uma fonte de reanimação da economia este verão”, como apontou recentemente o primeiro-ministro e presidente em exercício do Conselho da UE, António Costa.

Neste contexto, o primeiro-ministro português já veio saudar o acordo “provisório” alcançado, apontando que este certificado embora não constitua “uma condição prévia para a livre circulação, vai facilitá-la e contribuir para a retoma económica europeia“, lê-se num post publicado no Twitter.O Certificado fornecerá prova da vacinação contra a #COVID19, de um resultado negativo num teste ou da recuperação face à doença”, conclui António Costa.

Em Bruxelas, também a presidente da Comissão Europeia felicitou todos os envolvidos nas negociações “por este resultado de sucesso”, sublinhando que este documento “será a chave para restaurar as viagens seguras e fáceis em toda a União Europeia”, lê-se na publicação no Twitter.

(Notícia atualizada às 19h15 com as reações do primeiro-ministro e da presidente da Comissão Europeia)

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Lucro da Ramada mais do que duplica para 2,9 milhões no 1.º trimestre

  • Lusa
  • 20 Maio 2021

Nos primeiros três meses do ano, a Ramada Investimentos e Indústria viu os seus lucros crescerem para 2,86 milhões de euros. Isto quando, no trimestre homólogo, lucro tinha ficado nos 1,33 milhões.

A Ramada Investimentos e Indústria totalizou 2,86 milhões de euros de lucro consolidado no primeiro trimestre, valor que compara com 1,33 milhões de euros apurados em igual período do ano anterior, foi comunicado ao mercado esta quinta-feira.

Segundo a informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) da empresa cresceu 68% até março, face ao primeiro trimestre de 2020, para 4,7 milhões de euros.

Por sua vez, as receitas totais da Ramada aumentaram 21,8% nos primeiros três meses do ano para cerca de 32,3 milhões de euros.

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Chapéu de Indiana Jones, varinha de Harry Potter e o cinto de Batman vão ser leiloados online

O evento, que decorrerá entre 29 de junho e 1 de julho, será promovido pela leiloeira norte-americana Prop Store. O famoso cinto, usado por Michael Keaton no seu papel de Batman, também vai a leilão.

O chapéu de Indiana Jones, a varinha de Harry Potter ou o cinto de Batman sobem a leilão online entre 29 de junho e 1 de julho. Mas não só. Mais de mil artigos, usados por personagens do universo televisivo e cinematográfico, vão poder ser disputados pelos fãs.

O Entertainment Memorabilia Live Auction será promovido pela leiloeira norte-americana Prop Store e levará a leilão também os óculos usados por Daniel Radcliffe enquanto desempenhava o papel de Harry Potter, respetivamente, no último filme da saga. Como avança a TMZ, espera-se que este artigo venha a ser leiloado por montantes entre os 30 mil e os 50 mil dólares.

Também o chapéu utilizado pelo ator Harrison Ford durante as filmagens de Indiana Jones e o Templo da Perdição estará disponível para leilão, por um valor compreendido entre os 150 mil e os 250 mil dólares. O famoso cinto usado por Michael Keaton no seu papel de Batman, bem como a máscara Loki, alusiva ao filme A Máscara e autografada pelo protagonista, Jim Carrey, serão também leiloados.

O R2-SHP, também chamado de “Shep”, um andróide telecomandado e que aparece no filme Star Wars: Ascensão da Resistência, é outro dos artigos que vai fazer as maravilhas dos fãs, podendo rondar os 120 mil dólares. Serão também colocadas em leilão as cabeças de duas personagens d’Os Marretas, Statler e Waldorf.

No catálogo do leilão online, um dos maiores do género, estão mais de 1.300 “adereços originais, fatos e recordações”, pode ler-se no anúncio feito pela leiloeira. A Prop Store espera angariar um total de 6,1 milhões de dólares com esta iniciativa.

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BBVA promove ciclo de debates sobre sustentabilidade. A primeira é focada nas Finanças Sustentáveis

  • ECO
  • 20 Maio 2021

Finanças sustentáveis, transição energética, smart cities, biodiversidade são alguns dos temas a abordar nas EcoTalks, uma iniativa do BBVA em parceira com o ECO. Assista aqui à primeira.

A sustentabilidade é hoje um tema transversal a todos os setores e representa uma oportunidade de negócio que condicionará o futuro da sociedade. No caso da banca, não é diferente. Com esta premissa em mente, o BBVA lança as EcoTalks, um ciclo de seis debates em torno da sustentabilidade e da economia verde, que pretende levar até ao palco do Teatro Tivoli BBVA os principais intervenientes destas áreas.

Criada em parceria com o ECO, a iniciativa arranca com uma conversa dedicada às Finanças Sustentáveis, com Luís Castro e Almeida, CEO do BBVA em Portugal, e António Costa, publisher do ECO.

Em 2019, o BBVA foi pioneiro em Portugal ao financiar a primeira operação de papel comercial com a Navigator, a primeira emissão mundial de obrigações verdes do setor hoteleiro, com o Grupo Pestana, e uma linha de papel comercial sustentável, com a BA Glass. O banco anunciou ainda que vai deixar de financiar empresas com negócios relacionados com o carvão em países desenvolvidos até 2030 e nos restantes países onde está presente até 2040. A aposta na sustentabilidade faz parte da estratégica do banco – o “Compromisso 2025” -, em linha com o plano de Ação da Comissão Europeia sobre finanças sustentáveis. No final de 2020, atingiu 50.154 milhões de euros em financiamento sustentável, ou seja, metade do seu objetivo previsto para o período 2018-2025 (100.000 milhões de euros).

Em 2020, foi reconhecido como o banco mais sustentável da Europa e o terceiro a nível mundial de acordo com o índice Dow Jones Sustainability.

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Boletim Digital #11: O seu WhatsApp vai congelar se não aceitar as novas regras

Já está em vigor a nova política de privacidade do WhatsApp. Ainda tem tempo para aceitar, mas... se não o fizer, a aplicação vai congelar dentro de algumas semanas.

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Levar conectividade ao interior do país exige um investimento de até 400 milhões de euros. Sem ela, não vale a pena tentar atrair empresas para o interior.

A nova política de privacidade do WhatsApp já está em vigor. Ainda tem tempo para a aceitar. Se não o fizer, a empresa vai congelar a sua aplicação dentro de algumas semanas.

O Internet Explorer vai acabar. Chegou a ser o browser mais usado em todo o mundo, mas as alternativas mais rápidas e eficientes fizeram-no perder muita quota de mercado.

Está publicada a nova Carta Portuguesa de Direitos Humanos na Era Digital. O documento foi alvo de ampla discussão no Parlamento.

O Boletim Digital é uma produção semanal do ECO, pela voz do jornalista Flávio Nunes. Siga-o no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts ou onde quer que oiça os seus podcasts.

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Grupo EDP leva bolsa de Lisboa de volta aos ganhos. PSI-20 sobe mais de 1%

A bolsa nacional acompanhou a recuperação sentida nas praças europeias, com ganhos a rondar 1%. EDP e retalhistas ajudam a impulsionar desempenho.

A bolsa de Lisboa regressou aos ganhos nesta sessão, depois de um dia de correção. A praça nacional acompanhou a recuperação sentida nas congéneres europeias, que tinham recuado devido a preocupações face à inflação. Grupo EDP ajudou a impulsionar o desempenho do índice de referência nacional, que subiu mais de 1%.

O PSI-20 avançou 1,15% para os 5.280,14 pontos. Entre as 18 cotadas, a grande maioria terminou a sessão em alta, enquanto cinco fecharam abaixo da linha d’água e uma – a Novabase – manteve-se inalterada.

A liderar os ganhos encontra-se a EDP Renováveis, que subiu 3,81% para os 19,34 euros, enquanto a casa-mãe EDP avançou 2,25% para os 4,72 euros. A puxar pelo índice nacional ficou também o retalho, com a Sonae a ganhar 3,38% para os 0,8260 euros, no dia em que apresenta contas trimestrais, e a Jerónimo Martins a somar 0,76% para os 15,945 euros.

EDP Renováveis sobe quase 4%

Nota ainda para a Altri, que vê a Greenvolt continuar a expansão, ao anunciar que quer comprar uma central de biomassa em Inglaterra. Os títulos da cotada subiram 1,89% para os 6,45 euros. Já a Mota-Engil valorizou 3,55% para os 1,488 euros.

Por outro lado, nas quedas, destaque para a Galp Energia, que recuou 0,64% para os 9,87 euros, e para o BCP, que perdeu 0,55% para os 0,1636 euros. Em “terreno” vermelho ficou ainda a Semapa, que perdeu 2,18% para os 11,68 euros, depois de a família Queiroz Pereira ter vindo anunciar que não vai rever o preço da OPA que lançou sobre a Semapa.

Na Europa, o dia foi positivo, com o índice pan-europeu STOXX 600 a registar ganhos de 1,2%. As principais praças europeias registaram ganhos à volta de 1%, como é o caso do francês CAC 40, que ganhou 1,2%, e do alemão DAX, que subiu 1,5%. Já o britânico FTSE 100 somou 0,9% e o espanhol IBEX valorizou 0,8%.

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Trabalhadores da TAP vão escolher um não executivo para a administração

Assembleia geral de acionistas para eleger novos órgãos sociais da companhia aérea ainda não está marcada, mas deverá acontecer em junho. Nome do novo CEO já deverá ser conhecido nessa altura.

Os trabalhadores da TAP vão eleger um dos administradores não executivos que vão integrar os órgãos sociais da empresa no próximo mandato. O anúncio foi feito esta quinta-feira pelo Governo aos representantes da Comissão de Trabalhadores e de todos os sindicatos, segundo apurou o ECO. A assembleia geral de acionistas onde serão eleitos os administradores ainda não está marcada, mas deverá acontecer no próximo mês de junho.

Será nomeado para o conselho de administração da TAP um representante dos trabalhadores, em linha com o que é prática em várias grandes empresas com capital público na Europa. Entre 21 de maio e 27 de maio podem ser apresentados candidatos à eleição por parte de um sindicato, comissão de trabalhadores ou grupo individual de funcionários, desde que represente 2% da força de trabalho (ou 165 pessoas).

“São elegíveis como candidatos todos os cidadãos, maiores de idade, na posse de todos os seus direitos civis e registo criminal sem averbamentos”, explica o regulamento a que o ECO teve acesso. “São elegíveis como candidatos trabalhadores da TAP ou do Grupo TAP ou de Empresas Participadas, no ativo, apenas e só se suspenderem o contrato de trabalho durante o período do mandato para o qual foram eleitos”.

Após este período de apuramento de candidatos, será feita uma validação das candidaturas apresentadas pelo representante do Ministério das Infraestruturas e da Habitação e pelo Secretário da Sociedade TAP SGPS. O lote final será fechado a 28 de maio de 2021 e publicitado nos meios de comunicação da empresa.

Nos cinco dias seguintes, será feita uma espécie de “campanha”, na qual cada um irá apresentar propostas. “A eleição decorrerá no dia 3 de junho de 2021, através de votação a decorrer na Intranet do Grupo TAP ou outra plataforma a disponibilizar”, refere o documento. Todos os trabalhadores das empresas do Grupo TAP (aqueles em que a holding tem maioria do capital) poderão votar na eleição e cada trabalhador terá direito a um voto.

“O resultado da votação será anunciado no dia 4 de junho, e publicitado nos meios de comunicação do Grupo TAP. O candidato mais votado será indicado pela República Portuguesa como Administrador não executivo da TAP SGPS e proposto para eleição na Assembleia Geral da TAP SGPS que designará os órgãos sociais para o próximo mandato que se inicia em 2021″, acrescenta.

O mandato dos órgãos sociais da TAP terminou a 31 de dezembro de 2020, mas a empresa continua sem marcar uma assembleia geral eletiva pois está a aguardar a escolha de um novo CEO (o que só deverá acontecer após ter luz verde da Comissão Europeia para avançar com o plano de reestruturação). A data indicativa para a reunião magna é junho.

Do mandato anterior, já são poucos os administradores em funções. Dos seis membros propostos pelo acionista Estado saíram Ana Pinho Macedo Silva, Diogo Lacerda Machado e Esmeralda Dourado. Ficaram apenas o chairman Miguel Frasquilho, Bernardo Trindade e António Gomes de Menezes.

Já do lado do ex-acionista privado David Neeleman, saiu o ex-CEO Antonoaldo Neves e o ex-diretor financeiro Raffael Quintas Alves. Quando se desfez a parceria entre Neeleman e Humberto Pedrosa, o empresário português continuou como acionista, mas não no conselho de administração. Devido ao risco de incompatibilidades entre a TAP e o grupo Barraqueiro, saíram Humberto Pedrosa e o filho David Pedrosa.

Em sentido contrário, entraram o CEO interino Ramiro Sequeira, bem como os vogais Alexandra Reis e José Manuel Rodrigues. Mais recentemente, a 30 de abril, foi nomeada também Maria de Fátima Geada, mas de forma temporária já que, para já, deverá ficar só até à eleição de novos órgãos sociais.

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Inquérito termina de forma abrupta e insólita. Vasconcellos não admitiu ter dívidas e foi acusado de “calotes”

Presidente da comissão de inquérito ao Novo Banco acabou com audição de Nuno Vasconcellos menos de uma hora depois do início. "É claro que a sua única preocupação é construir a sua defesa".

E ao fim de 50 minutos acabou de forma abrupta a audição a Nuno Vasconcellos, da Ongoing, que deixou dívidas de 600 milhões no Novo Banco. A comissão de inquérito recusou ouvir o depoimento do empresário que não admitiu ter dívidas e foi acusado de “calotes”. A audição vai ficar para a história.

É claro, de forma pública e notória, que o senhor se recusa sistematicamente e sem explicações plausíveis a admitir que seja titular de qualquer dívida. Surge igualmente claro que não responde a nenhuma pergunta de forma construtiva. E, por último, resulta ainda claro que a sua única preocupação é construir a sua defesa. Nestes termos, em nome da dignidade dos trabalhos desta comissão, eu e todos os deputados entendemos dar por terminada a audição. E por isso está encerrada esta audição”, disse Fernando Negrão, presidente da comissão de inquérito ao Novo Banco.

Os últimos 5 minutos da audição

Eis os últimos minutos de uma audição inédita, em que foram protagonistas Nuno Vasconcellos, a deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua e o presidente da comissão, Fernando Negrão:

Nuno Vasconcellos: “Se existe algum culpado ou culpados, que se encontrem esses culpados e sejam repreendidos pela lei”

Mariana Mortágua: “O dr. Nuno Vasconcellos ajudou Ricardo Salgado a rebentar com o BES e parte da economia portuguesa…”

Nuno Vasconcellos: “Isso é uma acusação, senhora deputada!”

Mariana Mortágua: “É uma acusação e eu quero acabá-la! Deixou um calote no Novo Banco de 600 milhões e tem o desplante de vir aqui falar do alto da sua moral sobre a crise e os governos! Já percebi que não está aqui para nos ajudar nem para esclarecer nada. Por mim acabei a intervenção e não pretendo fazer mais nenhuma pergunta, nem dar-lhe qualquer tempo de antena ou palco para vir aqui defender a versão que nos apresentou.

Nuno Vasconcellos: “Senhora deputada, desculpe lá, mas não tem o direito de falar num tom acusatório comigo, estou aqui como convidado e não aceito essas acusações. A senhora deputada prove aquilo que está a falar!”

E foi neste momento em que Fernando Negrão cortou a palavra para colocar um ponto final na audição.

“Quem tem dívidas é a Ongoing!”

A audição de Nuno Vasconcellos era aguardada com expectativa tendo em conta que a Ongoing é um dos grandes devedores do Novo Banco.

O empresário está a viver há mais de uma década no Brasil, onde tem vários negócios. O seu grupo em Portugal — que entretanto foi para a insolvência em 2016 — é responsável por dívidas de 605 milhões de euros junto do Novo Banco e que o banco dá como perdidos.

Vasconcellos por várias vezes recusou admitir esses financiamentos. “Essa dívida foi provisionada. Quem tem de pagar é a Ongoing, que tinha contrato no BES“. “A pergunta foi feita no pessoal, mas é a Ongoing que tem de pagar“. “Quem tem dívidas é a Ongoing”. Foram estas as respostas dadas pelo empresário à única deputada que teve oportunidade de colocar questões na audição.

O empresário também disse que essas dívidas “tinham ativos garantidos”. “Havia ações da PT, havia um depósito de 70 milhões de euros, ativos imobiliários, ativos imobiliários que eu prestei adicionalmente. Todos esses ativos em finais de 2013 estavam avaliados em mais de mil milhões de euros”.

Nuno Vasconcellos explicou que deixou de ser responsável pelos destinos da Ongoing a partir de 2016, quando entrou em processo de insolvência. “A empresa tem um gestor de falência. Eu não sei se os ativos foram vendidos da forma mais correta, eu acho que não. “Não consigo entender o que foi feito com esses ativos. Muitos desses ativos continuam no Novo Banco”.

Mas como vai pagar?”, questionou um e outra vez a deputada Mariana Mortágua. “É perguntar a quem lá está, a quem fez a gestão da falência”, respondeu Vasconcellos.

(Notícia atualizada às 17h28)

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Nuno Vasconcellos comprou dívida de 290 milhões ao BCP por 80 milhões

Nuno Vasconcellos revelou que comprou uma dívida da Ongoing de 290 milhões de euros ao BCP por 80 milhões. E chamou “mentiroso” ao presidente do banco.

“A Ongoing não tem nenhuma dívida com o BCP. Foi comprada e regularizada”, adiantou esta quinta-feira Nuno Vasconcellos na comissão de inquérito ao Novo Banco que foi dada por terminada ao fim de 50 minutos porque os deputados considerarem que o empresário se ter “recusado sistematicamente a admitir” que tem dívidas e responder a perguntas.

“Tenho uma carta do gestor de falência da Ongoing. (…) Essa dívida de 290 milhões foi comprada por cerca de 80 milhões em troca de dois ativos que foram prestados pelos acionistas da Ongoing e que não estavam no balanço da Ongoing”, acrescentou o empresário que está a viver no Brasil há mais de dez anos.

Nuno Vasconcellos foi presidente da Ongoing até 2016, quando a empresa entrou em falência. A Ongoing chegou a ter financiamentos de mais de mil milhões de euros junto da banca portuguesa.

Segundo disse o empresário, o grupo devia à banca de 720 milhões de euros, sendo que a exposição ao BES/Novo Banco era de 520 milhões.

Em relação ao BCP, Nuno Vasconcellos revelou que chegou a viajar até Portugal com banco BTG Pactual para adquirir essa dívida de 290 milhões de euros por 140 milhões. “O Pactual é que ia comprar esse crédito. O banco [BCP] recusou”, contou o empresário.

Vasconcellos acusou ainda o BCP e o seu presidente de serem “mentirosos”, isto depois de Mariana Mortágua ter revelado que o banco acusa o empresário de “insolvência culposa”. “Os bancos pediam garantias e nós demos, acedemos a todas as solicitações a todos os credores”, salientou. “Se o BCP me acusa então o BCP é um banco mentiroso”, referiu, garantindo ainda que a história está “mal contada”.

“Eu tenho emails para o presidente [do BCP]”, realçou, assegurando depois que deu “uma garantia pessoal, um aval pessoal de 10 milhões de euros para cobrir juros”.

Rematou dizendo: “Muitas histórias sobre a Ongoing, sobre mim e a minha família estão muito mal contadas”.

(Notícia atualizada às 17h55)

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Metalurgia em forte recuperação, mas alerta para falta de matéria-prima

O setor da metalurgia e metalomecânica está a resistir à pandemia e a retomar a todo o gás. No entanto, a Aimmap alerta para a "enorme escassez" e "escalada dos preços das matérias-primas".

À semelhança do mobiliário, as exportações no setor da metalurgia e metalomecânica cresceram 45% no terceiro mês do ano e “março foi o melhor mês de sempre ao alcançar 1.960 milhões de euros”, quando comparado com o período homólogo. No entanto, apesar da forte recuperação, o setor enfrenta problemas na escassez e aumento do custo das matérias-primas, avançou ao ECO a Associação dos Industriais Metalúrgicos e Metalomecânicos e Afins de Portugal (Aimmap).

“O segundo semestre foi de uma recuperação profunda e tivemos meses muitíssimo bons de exportações, nomeadamente outubro de 2020 que foi até à data o melhor mês de sempre. O primeiro trimestre deste ano está a correr muito bem e março foi o melhor mês de todos os tempos, ao ultrapassar o resultado de outubro do ano passado”, explica Rafael Campos Pereira, vice-presidente da Aimmap.

Para além do aumento da procura, o setor, que emprega 250 mil pessoas, não perdeu postos de trabalho em tempos de pandemia. No entanto, apesar de o balanço ser extremamente positivo, a associação alerta para a “enorme escassez” e “escalada dos preços das matérias-primas”.

Temos empresas que estão com dificuldade porque têm muitas encomendas, mas depois não têm matérias-primas para transformar. À acrescentar à escassez dos micros processadores, ao aumento do preço do transporte marítimo e à falta de contentores. Isto são dificuldades que se somam a uma carga fiscal elevada e ao custo energético que é dos mais elevados da Europa.

Rafael Campos Pereira

Vice-presidente da Associação dos Industriais Metalúrgicos e Metalomecânicos e Afins de Portugal

“Neste momento, o cobre triplicou o preço, o alumínio e aço quase duplicaram. Isto é uma dificuldade muito grande a acrescentar aos prazos de entrega das matérias-primas que estão muito dilatados. Temos dificuldades em encontrar matérias-primas, estão mais caras e a qualidade é inferior“, conta Rafael Campos Pereira.

“A escassez e aumento das matérias-primas criam constrangimentos. Temos empresas que estão com dificuldade porque têm muitas encomendas, mas depois não têm matérias-primas para transformar, a acrescentar à escassez dos micros processadores, ao aumento do preço do transporte marítimo e à falta de contentores. Isto são dificuldades que se somam a uma carga fiscal elevada, custo energético que é dos mais altos da Europa”, destaca o vice-presidente da Aimmap.

A associação da metalurgia e metalomecânica, que conta com mil empresas do setor, espera aumentar as exportações em 10% este ano, isto se tiverem matérias-primas. “Se tudo correr dentro da normalidade vamos crescer substancialmente nas exportações”, adianta o vice-presidente da Aimmap. Os principais mercados do setor são Espanha, Alemanha, França, Reino Unido e Itália.

Rafael Campos Pereira adiantou ainda que mesmo em “cenário terrível de crise”, o setor “soube reagir”, procurando novos mercados internacionais. “As nossas exportações para fora da Europa estão a crescer substancialmente em mercados como o Japão, Austrália e China. Em março, 74% das exportações foram para a União Europeia e 26% para fora”. O setor exportou em ano de pandemia 17,1 mil milhões de euros.

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