Bruxelas multa três bancos em 371 milhões por concertação de preços na dívida soberana

  • Lusa
  • 20 Maio 2021

O UBS teve a multa mais elevada, de 172,4 milhões de euros, seguido pelo Nomura (129,6 milhões de euros) o UniCredit (69,4 milhões de euros).

A Comissão Europeia multou em 371 milhões de euros os bancos de investimento Nomura, UBS e UniCredit por concertação de preços na negociação de obrigações governamentais, cartel denunciado pelo também participante NatWest e que envolveu três outras instituições.

Em comunicado, o executivo comunitário revela ter descoberto que “o Bank of America, Natixis, Nomura, RBS (agora NatWest), UBS, UniCredit e WestLB (agora Portigon) violaram as regras concorrenciais da UE através da participação […] num cartel no mercado primário e secundário de obrigações governamentais ao nível europeu”.

E, por isso, a instituição indica que multou três destes sete – Nomura, UBS e UniCredit – num total de 371 milhões de euros.

“A NatWest não foi multada pois revelou o cartel à Comissão, [enquanto] o Bank of America e a Natixis também não foram multados porque a sua infração ultrapassa o prazo de prescrição para a imposição de multas”, explica Bruxelas na nota à imprensa.

Por seu lado, o Portigon, sucessor do WestLB, “recebeu uma coima zero, uma vez que não gerou qualquer volume de negócios líquido no último ano comercial, o que serviu de limite à coima”, adianta a Comissão Europeia.

O UBS teve a multa mais elevada, de 172,4 milhões de euros, seguido pelo Nomura (129,6 milhões de euros) o UniCredit (69,4 milhões de euros).

De acordo com a instituição, esta infração das regras ocorreu durante a anterior crise financeira, especificamente 2007 e 2011, afetando todo o Espaço Económico Europeu, já que “o comportamento dos sete bancos violou as regras da UE que proíbem práticas comerciais anticoncorrenciais, tais como conluio sobre preços”.

Segundo a investigação da Comissão Europeia, “os sete bancos de investimento participaram num cartel através de um grupo central de agentes, […] que estavam em contacto regular uns com os outros”.

Neste caso, os agentes destas instituições “informaram-se e atualizaram-se mutuamente sobre os seus preços e volumes oferecidos no período que antecedeu os leilões e os preços mostrados aos seus clientes ou ao mercado em geral”.

Além disso, trocaram informações sobre “a sua estratégia de licitação no período que antecedeu leilões de Estados-membros da Zona Euro, aquando da emissão de obrigações em euros no mercado primário, e sobre os parâmetros de negociação no mercado secundário”, de acordo com os resultados da investigação da Comissão Europeia.

Uma obrigação é um tipo de dívida de segurança que permite às entidades ou Estados angariar dinheiro.

As obrigações são emitidas no mercado primário e depois negociadas por instituições financeiras (como bancos de investimento) no mercado secundário, no qual potenciais clientes – tais como fundos de investimento e de pensões – se aproximam a fim de obter uma cotação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nos Alive “em pausa”. Festival foi adiado para julho de 2022

O Nos Alive, festival que decorre todos os anos em Algés, foi adiado novamente devido à pandemia. Organização diz que "sonho não terminou, apenas continua em pausa".

O Nos Alive foi novamente adiado. O festival que decorre todos os anos em Algés foi desmarcado devido à pandemia, estando agora marcado para os dias 6, 7, 8 e 9 de julho de 2022, anunciou a organização esta quinta-feira, afirmando que “o sonho não terminou, apenas continua em pausa”. Este é o segundo adiamento, mas os bilhetes adquiridos para as edições que deveriam ter acontecido em 2020 e 2021 são válidos para 2022.

“Mantendo-se a situação pandémica atual que limita a circulação entre países, fica inviabilizada a maioria das tours para o verão de 2021, o que nos obriga a adiar o festival para 2022″ escreveu a organização no Instagram, referindo que esta “não é uma decisão tomada de ânimo leve”, mas sim a pensar na “responsabilidade” e “segurança” de todos os envolvidos, desde fãs, artistas, patrocinadores, equipas de limpeza, etc.

A 14.ª edição do Nos Alive deveria ter acontecido nos dias 8, 9, 10 e 11 de julho, mas acabou adiado para este ano devido à lei que proibia a realização de festivais. Mas nem este ano será possível. Há cerca de duas semanas, Álvaro Covões já tinha afirmado que “dificilmente” haveria festival este ano. Em declarações ao Público, o diretor da Evrything Is New disse que a realização do evento não dependia “só da evolução da pandemia em Portugal, mas da evolução em todo o mundo, nomeadamente nos Estados Unidos e na Europa”.

No comunicado tornado hoje público, é feita ainda referência à questão dos bilhetes. “Os bilhetes adquiridos para o Nos Alive’20 e Nos Alive’21 são válidos para os dias de semana correspondentes do Nos Alive’22”, lê-se. Os reembolsos dos bilhetes comprados para a edição de 2020 podem ser pedidos 14 dias após a data prevista o Nos Alive’21, ou seja, a partir de 21 de julho.

Para quem está interessado em ir ao festival em 2022, os bilhetes estão disponíveis para venda a partir de 24 de maio deste ano.

(Notícia atualizada às 11h51 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Telhado da Porto Business School tem a maior horta urbana do país

A Escola de Negócios prevê produzir cerca de 3 toneladas de alimentos por ano, garantir um impacto mínimo no ambiente, reduzir a pegada de carbono, o consumo de água e a produção de lixos orgânicos.

Na cidade do Porto, já é possível avistar a maior horta urbana do país. Nasceu no telhado da Porto Business School, é uma horta low-tech, ecológica e eficiente, que conta com 70 camas de cultivo (growbeds) e ocupa uma área de 114 metros quadrados.

A nova horta, instalada pela Noocity, vai permitir à Escola de Negócios da Universidade do Porto caminhar em direção a um futuro mais ecológico e sustentável. Segundo Patrícia Teixeira Lopes, associate dean da Porto Business School, “este é um projeto que vai permitir continuar a seguir o caminho em termos de sustentabilidade e a tirar o melhor partido do que a natureza nos dá”.

Patrícia Teixeira Lopes adianta ainda que através da horta vai ser possível “garantir um impacto mínimo no ambiente, reduzir a pegada de carbono, o consumo de água ou a produção de lixos orgânicos dentro da Escola. Além disso, estimamos também conseguir produzir cerca de três toneladas de alimentos por ano.”

Para José Ruivo, CEO da Noocity “é um orgulho podermos ver mais empresas a fazer este caminho connosco, em prol de um futuro melhor. Em conjunto com a Porto Business School, vamos poder criar mais e melhores relações entre toda a comunidade e os nossos Growers vão poder transmitir toda a sua paixão e dedicação em torno da horta, ao mesmo tempo que proporcionam momentos de convívio diferenciadores e em perfeita sintonia com o melhor do campo. As hortas são um passo para nos tornarmos sustentáveis e devem fazer parte de qualquer varanda, terraço ou até mesmo de um telhado.”

Aliado à sustentabilidade a horta urbana vai permitir ainda reinventar o local de trabalho. “Os escritórios são muitas vezes a nossa primeira casa, onde passamos a maior parte do nosso dia-a-dia e, por isso, é necessário criar mais espaços criativos, de lazer e interação humana, para que consigamos viver uma vida mais calma, diminuir o stress e valorizar o nosso tempo livre em comunidade”, salienta ainda Patrícia Teixeira Lopes, em comunicado.

Com os alimentos colhidos da horta, a Porto Business School pretende ainda criar cabazes que possam ser distribuídos aos seus colaboradores, utilizá-los na preparação das refeições servidas pelos seus serviços de restauração, e, ainda, doar parte da produção a instituições sociais.

Com alguns projetos internos de sustentabilidade em curso – como a redução de papel e de plástico, e a promoção de utilização de alternativas de mobilidade menos poluentes – a Porto Business School continua a implementar mudanças visíveis e a atuar para criar impacto e conduzir, passo a passo, à alteração de comportamentos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Polícia Judiciária faz buscas por falsificação de testes Covid no futebol

  • Lusa
  • 20 Maio 2021

Na origem da investigação, refere a nota, está uma viagem de avião, para o estrangeiro, de um jogador de futebol profissional, alegadamente infetado com Covid-19. Pode dar pena de prisão até 8 anos.

A Polícia Judiciária realizou esta quinta-feira uma dezena buscas domiciliárias e a laboratórios de análises clínicas no Algarve e no Porto, numa investigação que começou com uma viagem para o estrangeiro de um futebolista profissional, alegadamente infetado com Covid-19.

Em comunicado, a PJ e o Ministério Público adiantam que a operação “covid free” contou com a colaboração de um elemento Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) “para pesquisa, análise e eventual apreensão de documentação e outra matéria probatória” que será depois analisada.

Na origem da investigação, refere a nota, está uma viagem de avião, para o estrangeiro, de um jogador de futebol profissional, alegadamente infetado com Covid-19, e que é suscetível de configurar o crime de propagação de doença, alteração de análise ou de receituário, punido com pena de prisão de um a oito anos.

O inquérito é dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Endividamento da economia atinge recorde nos 753,2 mil milhões de euros em março

Dados do Banco de Portugal revelam que o endividamento da economia voltou a aumentar em março. Atingiu um novo recorde nos 753,2 mil milhões de euros.

O endividamento da economia portuguesa deu um novo salto em março. Atingiu um recorde de 753,2 mil milhões de euros, muito por causa do setor não financeiro privado, revela o Banco de Portugal.

“Em março de 2021, o endividamento do setor não financeiro situou-se em 753,2 mil milhões de euros, dos quais 346,3 mil milhões de euros respeitavam ao setor público e 406,9 mil milhões de euros ao setor privado“, diz o banco central.

“Relativamente a fevereiro de 2021, o endividamento do setor não financeiro aumentou 1,8 mil milhões de euros. Este aumento deveu-se ao incremento de 0,7 mil milhões de euros do endividamento do setor público e de 1,1 mil milhões de euros do endividamento do setor privado”.

O Banco de Portugal explica que o “aumento do endividamento do setor público resultou, sobretudo, do acréscimo do endividamento face ao exterior (1,3 mil milhões de euros)”, que foi “parcialmente compensado pela redução do endividamento face às próprias administrações públicas (0,6 mil milhões de euros)”.

No caso do setor privado, principal responsável pela maior parte do aumento do endividamento total, foram as empresas que deram o maior contributo para esta evolução.

“O aumento do endividamento do setor privado proveio do acréscimo de 0,7 mil milhões de euros no endividamento das empresas e de 0,4 mil milhões de euros dos particulares”, diz o Banco de Portugal, salientando que “ambos os aumentos resultaram, sobretudo, da subida do endividamento face ao setor financeiro”.

(Notícia atualizada às 11h19 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Parabéns pela promoção! E agora?

  • ECO + EY
  • 20 Maio 2021

Agora espera-se que abrace a digitalização e transforme a função fiscal da sua empresa!

Pois é, aquele nó na garganta… Infelizmente as qualidades e a experiência que o trouxeram até aqui não têm grande relevância para esta nova função. Anos e anos a trabalhar em auditoria, consultoria ou finanças, a consolidar competências técnicas na área fiscal, a estudar as mais diversas matérias de gestão. Tudo isso pode tê-lo tornado um ótimo profissional na área financeira e fiscal. Mas não o prepararam para o futuro da profissão.

Alexandra Nunes, Director EY, Global Compliance & Reporting.

Nos últimos anos, as Autoridades Fiscais em Portugal e um pouco por todo o mundo têm feito investimentos massivos em tecnologia. A receita fiscal é essencial à gestão dos orçamentos do Estado e a carga fiscal e as obrigações fiscais declarativas têm assumido um peso cada vez mais significativo para os contribuintes que não acompanham esta mudança. A pandemia da COVID-19 ainda veio agudizar mais esta tendência.

"Como qualquer processo de transformação, a liderança da empresa deve considerar a digitalização da função fiscal como uma prioridade pois o return on investment estará assegurado. Tal exige a definição de uma visão e de uma estratégia.”

Alexandra Nunes

Director EY, Global Compliance & Reporting

A verdade é que os gestores na maior parte dos negócios sentem e sabem que a sua área financeira e fiscal não está a dar a resposta adequada a esta evolução tecnológica. As preocupações são muitas e passam por:

  • Muito tempo dedicado ao cumprimento de obrigações fiscais, pedidos com prazos cada vez mais apertados e maior quantidade e qualidade de informação a ser solicitada;
  • Sistemas informáticos desadequados, desenhados para responder ao negócio e não necessariamente às necessidades de reporting/compliance e evolução exigida à função financeira e fiscal;
  • Custos significativos de desenvolvimento ou adaptação desses sistemas para os ajustar às necessidades atuais;
  • Falta de tempo e de recursos para uma eficiente gestão fiscal incluindo a sua otimização;

Assim, partilho convosco algumas informações e conselhos para um caminho de sucesso neste processo transformacional.

Como qualquer processo de transformação, a liderança da empresa deve considerar a digitalização da função fiscal como uma prioridade pois o return on investment estará assegurado. Tal exige a definição de uma visão e de uma estratégia.

Outros aspetos chave a considerar para o sucesso deste processo serão:

  • O investimento em tecnologia, formação, pessoas e equipas com valências variadas;
  • A preparação dos sistemas informáticos para dar resposta às necessidades fiscais, de modo a assegurar a qualidade dos dados;
  • Fomentar nas equipas um processo de aprendizagem constante, o trabalho de forma pluridisciplinar, com o apoio de consultores que partilharão conhecimento e experiência, serão um acelerador do processo e garantia de sucesso do mesmo;
  • Ter recursos especificamente focados e dedicados ao processo de transformação;

E por mãos à obra…

O atraso em abraçar esta mudança pode ter custos muito significativos na capacidade de assegurar o compliance fiscal (os volumes de dados exigidos são cada vez mais difíceis de gerir sem tecnologia), e fazê-lo com a segurança na qualidade da informação partilhada com a Autoridade Tributária, além de inibir que a função fiscal gere valor acrescentado para o negócio como um todo.

É fabuloso viver um tempo de mudança, em que temos nas nossas mãos a oportunidade de modelar o que vai ser o futuro desta profissão. Parabéns pela promoção!

Texto por Alexandra Nunes, Director EY, Global Compliance & Reporting.

Para saber mais sobre Tax & Finance, visite a página da EY. Se tiver interesse, subscreva aqui as comunicações da EY Portugal (convites, newsletters, estudos, etc).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O mundo cibernético nos dias de hoje

  • ECOSeguros + Innovarisk Underwriting
  • 20 Maio 2021

Ricardo Pereira, subscritor de Linhas Financeiras da Innovarisk, explica o que as empresas devem considerar para, na contratação de um seguro de riscos cibernéticos, estarem em linha com a seguradora.

Fala-se muito do risco cibernético, muito por culpa de estarmos em casa, e, obviamente pelo facto dos ataques terem aumentado. Para se ter uma ideia, e segundo um estudo da Kaspersky, um dos maiores produtores de antivírus a nível mundial, Portugal foi o 2º país mais atacado por Phishing em 2020, apenas superado pelo Brasil, o que diz bem sobre o quanto acabamos por estar vulneráveis.

Mas que aspetos devemos ter em conta do ponto de vista da segurança cibernética? Que aspetos as seguradoras exigem que as empresas tenham para que possam disponibilizar uma apólice de riscos cibernéticos? É importante saber quais são e o porquê.

Ricardo Pereira, subscritor de Linhas Financeiras da Innovarisk, explica os quatro pontos essenciais que as empresas devem ter em conta antes de subscrever uma apólice de riscos cibernéticos.

O primeiro ponto, e, provavelmente, o mais fácil de explicar, será ter antivírus e a firewall ativos e atualizados. Hoje em dia todos o temos, ou quase todos… Mas há uns anos não era assim. Estas são as primeiras barreiras para impedir um incidente cibernético e quem não tem estas barreiras protetoras, acaba por estar 100% vulnerável.

O que nos leva ao 2º ponto: software obsoleto, sem suporte do fabricante. Estamos a falar, por exemplo de Windows 7, XP, e o próprio 10 em algumas das suas versões mais antigas. Porque é importante não usar estes sistemas? Exatamente por não terem suporte do fabricante e por estarem mais vulneráveis. Façamos a analogia para um automóvel topo de gama e que sai uma nova versão: obviamente os esforços de venda vão-se focar na nova versão… a outra tornou-se menos importante. No software acontece o mesmo, torna-se menos importante, deixam de haver atualizações críticas, e acaba por ser uma porta de entrada para os hackers.

"Cada um destes pontos, isoladamente, acaba por não fazer com quem a segurança seja reforçada. Mas, todos juntos, acabam por dar uma robustez enorme à empresa, ou até a nós próprios no nosso dia-a-dia.”

Ricardo Pereira

Subscritor de Linhas Financeiras da Innovarisk

Terceiro ponto que as seguradoras acabam por dar muito valor: cópias de segurança. Este parece ser fácil perceber o porquê. Uma empresa que não tenha cópias de segurança e veja os seus dados comprometidos, basicamente tem um problema enorme em mãos, que pode colocar, inclusive, a sua continuidade em risco! É importante, no mínimo, fazer cópias de segurança a sete dias, se bem que, como a tecnologia está hoje em dia, é fácil fazer cópias de segurança diárias e manter uma delas sempre offline, ou seja, fora do circuito onde alguém externo lhes possa aceder.

Vamos falar apenas de mais dois pontos importantes: os acessos estarem de acordo com as posições e funções dos utilizadores e ter fatores de dupla autenticação em sistemas de acesso remoto. Certamente já viram, nem que seja em filmes, aquela frase do “Access Denied” quando não temos acesso a uma determinada informação ou à abertura de uma porta. Isto acaba por ser fundamental numa empresa: as pessoas terem apenas acesso àquilo para que precisam para laborar, pois impede acessos não autorizados. Isto mitiga, e muito, a possibilidade de acessos indevidos, seja por ataques internos ou externos.

Falemos agora do fator de dupla autenticação. Pelo nome conseguimos saber o que é, sendo algo usado muito na área financeira. Normalmente, quando fazemos algum movimento bancário pelo telemóvel ou computador, o banco envia sempre uma mensagem com um código para confirmar o movimento. Isso é o duplo fator de autenticação. Porque é importante? Na possibilidade de alguém descobrir a vossa password, este mecanismo dificultará em muito o acesso a todos os dados. Numa empresa é igual: quanto mais controlo, mais difícil é existirem ataques com sucesso.

Cada um destes pontos, isoladamente, acaba por não fazer com quem a segurança seja reforçada. Mas, todos juntos, acabam por dar uma robustez enorme à empresa, ou até a nós próprios no nosso dia-a-dia.

São apenas alguns exemplos fundamentais que as seguradoras exigem para poder segurar o risco cibernético de uma empresa. É importante que quem contrata perceba o porquê, não só para estar mais protegido, mas igualmente para estar em sintonia com a seguradora.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

easyJet quer pôr 90% da frota a viajar para “lista verde” do Reino Unido no verão

  • ECO
  • 20 Maio 2021

A easyJet quer maximizar as oportunidades na Europa este verão, altura em que alguns países já deixam entrar turistas britânicos. Companhia aérea tem registado forte aumento na procura para Portugal.

A companhia aérea easyJet prevê colocar quase toda a sua frota a transportar turistas para os destinos da “lista verde” do Reino Unido neste verão, onde se inclui Portugal, noticia o The Guardian.

A empresa perdeu 700 milhões de libras (cerca de 811 milhões de euros) no período de seis meses até março, marcado por uma queda de 90% no número de passageiros transportados.

Johan Lundgren, presidente executivo da easyJet, acredita que a empresa é a maior operadora de voos para os países da referida lista e já assiste a uma recuperação no número de voos a deslocarem do Reino Unido no início desta semana: “Com tantos governos europeus a facilitarem as restrições para se reabrirem ao turismo novamente, estamos prontos para aumentar significativamente os nossos voos no verão, para maximizarmos as oportunidades que vemos na Europa”, disse o gestor ao jornal.

“Temos a capacidade de nos flexibilizarmos rapidamente para operar 90% da nossa frota atual durante o período de pico do verão, para atender à procura”, acrescentou Lundgren.

A companhia aérea de baixo custo espera voar apenas cerca de 15% da sua capacidade de 2019 entre abril e junho com as restrições atuais, mas tem registado uma forte procura pelos mais de 100 mil novos lugares disponibilizados para Portugal depois de confirmado, a 7 de maio, que os cidadãos britânicos poderiam viajar para Portugal a partir desta segunda-feira.

Segundo o jornal britânico, o número de passageiros da easyJet caiu 89,4% nos seis meses até o final de março. A empresa voou apenas 14% de sua programação de voos de 2019 no mesmo período.

A receita total diminuiu, no período referido, de 2,38 mil milhões de libras no ano anterior para 240 milhões de libras (de 2,75 mil milhões para 278 milhões de euros). O prejuízo deverá situar-se entre os 690 milhões e 730 milhões de libras (entre 800 e 846 milhões de euros).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Desempregados inscritos no IEFP diminuem pela primeira vez em cinco meses. São menos 8.963

Desceu para 423.888 o número de desempregados inscritos no IEFP. Em causa está uma quebra de 2,1% em abril face a março deste ano. Desde dezembro que o desemprego registado estava a aumentar.

O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) recuou 2,1% em abril, face ao mês anterior, para 423.888, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira. Há agora menos 8.963 desempregados a registar. Desde dezembro que esse universo estava a aumentar.

Em abril, estavam registados nos centros de emprego do continente e das regiões autónomas 423.888 indivíduos desempregados, menos 2,1% do que no mês anterior (isto é, menos 8.963 desempregados inscritos), mas mais 8% do que no período homólogo (isto é, mais 31.565 desempregados do que em abril de 2020).

Em cadeia, o desemprego desceu em todas as regiões de abril, com destaque para o Alentejo (-4,7%) e para o Algarve (-3,5%). Já em termos homólogos, “quase todas as regiões do país” registaram aumentos, tendo sido o mais pronunciado na região da Madeira (+22,8%), no Algarve (+22,3%) e em Lisboa e Vale do Tejo (+15,8%). A contrariar, o Alentejo (-6%) e a região Centro (-1,2%) viram o universo de desempregados recuar face a abril de 2020.

O IEFP detalha, por outro lado, que dos desempregados que estavam inscritos como candidatos a um novo emprego nos centros do continente 73,7% estão ligados ao setor dos serviços, com destaque para as atividades imobiliárias, administrativas e serviços de apoio. Aliás, segundo os dados conhecidos esta quinta-feira, em abril de 2021, o desemprego registado aumento “apenas no setor de atividade económica ‘serviços’ (+9,6%), face ao mês homólogo de 2020″, com destaque para as atividades de alojamento, restauração e similares. Assim, no setor agrícola e secundário, o quarto mês de 2021 foi sinónimo de um desagravamento do desemprego.

Quanto às ofertas captadas, abril ficou marcado por um aumento de 7,1% em cadeia para 12.906. Em causa está um salto de mais de 310% face a abril de 2020. Também as colocações em emprego subiram: 13,8% face a março e 236% face a abril de 2020. No total, registaram-se 7.848 colocações.

Já a taxa de cobertura das prestações de desemprego fixou-se, em abril, em 63,5%, o que compara com os 62% de março de 2021 e os 51,9% de abril de 2020. Também a taxa de cobertura das medidas ativas de emprego subiu, no quatro mês de 2021. Fixou-se em 21,8%, mais um ponto percentual do que em março e mais 4,7 pontos percentuais do que no período homólogo.

De notar que abril ficou marcado pela continuação do processo de desconfinamento do país, o que implicou a reabertura de muitas empresas que estavam até aí obrigadas a encerrar por razões sanitárias.

(Notícia atualizada às 10h50)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Reino Unido testa terceira dose da vacina contra a Covid-19

O novo estudo, intitulado de Cov-Boost, vai permitir ao Governo britânico perceber se as pessoas devem voltar a ser vacinadas no final do ano e quais as vacinas a usar.

O Reino Unido está a preparar-se para administrar uma terceira dose de reforço das vacinas Covid-19 no outono. Um amplo estudo clínico vai avaliar os efeitos de sete vacinas diferentes em pessoas que já receberam duas doses da Oxford/AstraZeneca ou da BioNTech/Pfizer.

O novo estudo, intitulado de Cov-Boost, no qual o governo de Boris Johnson investirá 19,3 milhões de libras (22,4 mil milhões de euros), vai permitir ao Governo britânico perceber se as pessoas devem voltar a ser vacinadas no final do ano e quais as vacinas a usar, avança esta quinta-feira o Financial Times (acesso pago). Para este estudo vão ser recrutados 2.900 voluntários de 18 centros de saúde em todo o país que foram totalmente imunizados no início deste ano.

O ensaio “fornecerá dados sobre níveis de imunogenicidade e efeitos secundários que informarão a decisão do Governo de dar uma terceira dose da vacina numa data posterior e, em caso afirmativo, que vacinas utilizar e em que dose para cada faixa etária“, disse Saul Faust, da Universidade de Southampton, o principal investigador do estudo, ao jornal britânico.

O Cov-Boost irá testar a eficácia das combinações de reforço com a estirpe Wuhan original de Sars-Cov-2 para proteger contra as variantes mais preocupantes: britânica, África do Sul, Brasil e, mais recentemente, Índia.

Matthew Snape, da Universidade de Oxford, sublinhou que vários fabricantes estão a estudar o efeito de uma terceira dose da sua própria vacina, mas mais ninguém está a planear um estudo tão grande “mix-and-match”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Antas da Cunha Ecija integra Jorge Carneiro & Associados

A Antas da Cunha Ecija reforçou a sua atividade a norte, nomeadamente no Porto, com a inclusão da Jorge Carneiro & Associados na sua estrutura societária.

A Antas da Cunha Ecija reforçou a sua atividade a norte, nomeadamente no Porto, com a inclusão da Jorge Carneiro & Associados na sua estrutura societária. De acordo com a líder do escritório Jorge Carneiro & Associados, Odete Sousa Pereira, este foi “um convite inesperado e irrecusável”.

A advocacia que se pratica atualmente é substancialmente diferente da advocacia que se praticava há 36 anos. Nesse sentido, sentíamos há muito uma necessidade imensa de nos renovarmos e nos reinventarmos, para podermos fornecer aos nossos clientes, muitos dos quais nos acompanham há décadas, soluções mais inovadoras e um serviço mais abrangente. Assim, quando nos foi proposto este desafio, não pensámos duas vezes. Apesar de terem um historial muito diferente, as sociedades comungam dos mesmos valores, da mesma cultura de serviço ao cliente e valorizam os mesmos princípios de rigor, lealdade, transparência e ética“, refere.

Para a advogada “há poucos líderes em Portugal com a visão do Fernando e poucas sociedades com a dimensão humana, a qualidade técnica e o espírito empreendedor que esta tem. Nesse sentido, não tenho a mínima dúvida de que este será um ‘casamento’ muito feliz, não só para nós, como, principalmente, para os nossos clientes”.

No âmbito desta operação, transitam para a Antas da Cunha Ecija, 13 advogados e três administrativos, reforçando assim também a equipa de sócios com a inclusão de Odete Sousa Pereira.

Esta é uma integração que muito nos honra, desde logo porque se trata de uma sociedade altamente conceituada no norte do país e com um percurso verdadeiramente notável. Quando entrámos no mercado do Porto, em 2019, demos esse passo conscientes dos desafios e das dificuldades que nos esperavam. Centrámos o nosso serviço numa área estratégica para a sociedade: o Direito Digital e, dois anos volvidos, fazemos um balanço muito positivo dos resultados“, nota Fernando Antas da Cunha, managing partner da Antas da Cunha Ecija.

O líder da Antas da Cunha Ecija sublinha ainda que o “contexto pandémico para o qual fomos ‘empurrados’ há pouco mais de um ano, provocou um impacto muito severo, ainda que desigual de setor para setor, no tecido empresarial português, o que desencadeou uma onda de incumprimentos contratuais, de reestruturações e de litígios sem precedentes, que fez ‘disparar’ a procura em áreas do direito muito específicas”. Desta forma, Fernando Antas da Cunha considera que foi necessário ‘realinhar’ a estratégia e reforçar algumas áreas, quer a sul, quer a norte.

Estamos certos de que a experiência e o conhecimento acumulados ao longo de 36 anos de atividade, aliados à solidez técnica dos advogados que transitam nesta operação para a nossa sociedade, se revelarão decisivos na prestação de um serviço de qualidade superior, num mercado cada vez mais relevante para nós e que tem sido um dos destinos de eleição dos investidores estrangeiros”, remata Fernando Antas da Cunha.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas fecha compra de 1,8 mil milhões de vacinas à Pfizer. Produção tem de ser feita na UE

O terceiro contrato da Comissão Europeia com o consórcio BioNTech/Pfizer vai obrigar a farmacêutica a produzir as vacinas dentro da União Europeia. Estão previstas 900 milhões de doses, no mínimo.

Está assinado e plenamente em vigor o terceiro contrato entre a Comissão Europeia e o consórcio BioNTech/Pfizer, que visa o fornecimento de até 1,8 mil milhões de doses da vacina anti-Covid. Entre 2021 e 2023, a região tem a receber 900 milhões de doses, com uma opção de compra de 900 milhões de doses adicionais.

O contrato já tinha sido anunciado a 8 de maio pela presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, durante a cimeira que teve lugar no início do mês, no Porto. Mas só foi rubricado esta quinta-feira, anunciou Bruxelas num comunicado, no qual dá mais detalhes sobre o acordo fechado com o consórcio.

Desde logo, o acordo estipula que a produção destas doses terá de ser localizada dentro da União Europeia, evitando-se constrangimentos nas deslocações das doses para dentro do continente, ou eventuais restrições que pudessem ser aplicadas por países estrangeiros. Além disso, estipula que, a partir do início do fornecimento em 2022, “a entrega para a União Europeia tem de ser garantida”.

“Graças a uma cooperação bem estabelecida com as empresas ao abrigo dos contratos atuais e dos acordos em vigor, as entregas atempadas das doses estão asseguradas”, remata a Comissão Europeia na referida nota, um piscar de olho ao consórcio liderado pela AstraZeneca, que terá falhado na entrega das doses contratadas pela União Europeia, o que levou a Comissão a processar judicialmente a farmacêutica britânica.

Com o terceiro contrato estabelecido com a Pfizer, a Comissão Europeia assegura um reforço das doses de vacinas contra a Covid-19 a receber ao longo dos próximos anos e admite vir a “revender ou doar” algumas destas doses a países de fora do bloco com menos acesso a vacinas, através do mecanismo Covax.

Ursula Von der Leyen firmou, já nesta pandemia, uma relação mais próxima com o presidente executivo da Pfizer, Albert Bourla: os dois conversam frequentemente ao telefone e um dos contratos foi mesmo negociado via SMS, contou o The New York Times. Agora, mostra-se confiante de que “a produção e entrega na União Europeia de até 1,8 mil milhões de doses estão garantidas”.

A responsável revela ainda que “potenciais outros contratos com fabricantes vão seguir o mesmo modelo”, referindo-se à produção local das vacinas e à garantia de entrega das doses nos termos do contrato. Atualmente, Bruxelas tem outros contratos assinados para a entrega de vacinas, nomeadamente com a AstraZeneca, Sanofi/GSK, Janssen (Johnson&Johnson), Curevac e Moderna.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.