Vistos ‘gold’ captaram 6.010 milhões em nove anos

  • Lusa
  • 27 Novembro 2021

Programa cumpriu nove anos em outubro, período em que foram emitidas 10.087 autorizações de residência para investimento. China lidera com 5.001, seguida do Brasil com mais de mil.

O programa de atribuição de Autorização de Residência para Investimento (ARI), mais conhecido por vistos ‘gold’, cumpriu em outubro nove anos, mês em que ultrapassou os 6.000 milhões de euros captados através deste instrumento.

De acordo com dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), o programa de concessão de ARI, lançado em outubro de 2012, totalizou no mês passado 6.011 milhões de euros. Só no mês de outubro, o investimento captado ascendeu a 46,4 milhões de euros, um aumento de 72% face a setembro e de 62% em termos homólogos.

Dos mais de 6.000 milhões de euros captados em nove anos, a maior parte continua a corresponder à compra de bens imóveis, que somou em outubro 5.435 milhões de euros, sendo que a compra para reabilitação urbana ascende a 341.919 milhões. O investimento resultante da transferência de capitais é de 576 milhões euros.

Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento estrangeiro, foram atribuídos 10.087 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017, 1.409 em 2018, 1.245 em 2019, 1.182 em 2020 e 698 em 2021.

Em nove anos foram atribuídos 9.450 vistos por via de compra de imóveis, dos quais 950 tendo em vista a reabilitação urbana. Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos totalizam 617 e 20 por criação de postos de trabalho.

Por nacionalidades, a China lidera a atribuição de vistos (5.001), seguida do Brasil (1.038), Turquia (476), África do Sul (422) e Rússia (409).

Desde o início do programa foram atribuídas 17.014 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 964 este ano.

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Peritos da Direção-Geral de Saúde contra vacinação generalizada de crianças

  • ECO
  • 27 Novembro 2021

Pediatras, cardiologias, enfermeiros e outros representantes do setor da Saúde que apoiam a DGS na vacinação defendem que imunização deve ser limitada a casos de risco.

O Governo prepara-se para avançar com a imunização contra a covid-19 de crianças entre os 5 e os 11 anos a partir do início do próximo ano, tendo já encomendado as vacinas. Grupo de peritos que apoia a Direção-Geral Saúde (DGS) defende que ela seja usada apenas em casos clinicamente justificados e vai enviar um parecer.

Mais de 10 pediatras, cardiologias, enfermeiros e outros representantes do setor da Saúde que apoiam a DGS na vacinação defendem que imunização deve ser limitada a casos de risco, segundo noticia o Expresso (acesso pago). O grupo vai enviar um parecer à Comissão Técnica de Vacinação para a covid-19, que vai redigir o documento final à diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

Ainda segundo o semanário, estes peritos acreditam que o Governo vai mesmo avançar com a vacinação generalizada. Na quinta-feira, o primeiro-ministro apontou o início da imunização para o início do próximo ano. As primeiras doses vão ser entregues ao país no dia 20 de dezembro.

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📹 O que diferencia Rio e Rangel? Perguntou ao Google, nós respondemos

Rui Rio e Paulo Rangel disputam a liderança do PSD este sábado. Um deles será candidato a primeiro-ministro. O que os diferencia?

Este sábado dá-se o derradeiro confronto entre Rui Rio, atual presidente do PSD, e Paulo Rangel, eurodeputado do PSD. Com as eleições legislativas antecipadas à porta, estas eleições diretas vão escolher não só o próximo líder dos social-democratas, mas também o candidato a primeiro-ministro contra António Costa. Serão os mais de 46 mil militantes do PSD com quotas regularizadas a decidir. A votação decorre das 14h às 20h.

Veja o vídeo:

http://videos.sapo.pt/6cjwsdAHvdNFYaV9ET99

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Rui Rio enviou SMS falsa aos militantes

  • ECO
  • 27 Novembro 2021

Mensagem alega que se Rui Rio vencer as diretas, os sociais-democratas podem vencer as legislativas, noticia o Expresso. O líder do PSD diz que é mentira.

A candidatura do atual líder enviou uma SMS aos militantes com a mensagem de que uma sondagem da TVI dava a vitória ao PSD nas legislativas, caso Rui Rio fosse o candidato a primeiro-ministro, noticia o Expresso (acesso pago). O líder do PSD reagiu esta tarde e diz que é mentira.

“A sondagem TVI mostra que PSD ganha as legislativas se Rui Rio for líder e perde por 12% se o líder for Paulo Rangel”, dizia o SMS enviado. O semanário escreve também que os resultados do estudo de opinião da TVI/CNN já circulavam dentro do PSD, antes ainda de serem tornados públicas.

Segundo o estudo da Pitagórica, Rui Rio teria 32% contra 38% de António Costa, considerando a distribuição de indecisos. No embate com Paulo Rangel, este teria 23% e o atual primeiro-ministro subiria para 39%.

Como assinala o Expresso, a sondagem não conclui que Rui Rio vence António Costa, a menos que se considerem a grande margem de erro de oito pontos percentuais. Ou seja, considerando o pior resultado possível para António Costa e o melhor para Rui Rio.

Segundo a sondagem divulgada a 25 de novembro, o atual líder do PSD é o preferido de 58% do eleitorado social-democrata para as eleições do partido este sábado, levando vantagem sobre Paulo Rangel, com apenas 27%.

Rui Rio diz que notícia é mentira

“Acho absolutamente vergonhoso a primeira página do Expresso de hoje. Seja do ponto de vista profissional, para o jornalismo, seja acima de tudo do ponto de vista ético”, disse Rui Rio aos jornalistas, após votar no Porto, ao início da tarde de sábado.

“A primeira página do Expresso está ao nível do pior que tenho visto e ao nível do que a democracia tem de mau. A democracia tem muitos defeitos, um dos defeitos é justamente este, tentar enganar as pessoas no próprio dia com uma mentira. É muito muito triste e demonstra o estado em que o regime está”.

(Notícia atualizada às 16h30 com reação de Rui Rio)

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Rio e Rangel vão hoje a votos. O que os une e os separa

Os dois ex-aliados do norte confrontam-se a dois meses das eleições antecipadas. 46 mil militantes social-democratas escolhem o seu candidato a primeiro-ministro este sábado. Mas há diferenças?

Os dois candidatos à liderança do PSD apresentaram esta semana a moção em que definem a sua estratégia política. A dois meses das eleições antecipadas, os 46 mil militantes social-democratas são chamados a decidir quem vai ser o seu candidato a primeiro-ministro. Rui Rio aposta na experiência e governabilidade — a sua moção chama-se “Governar Portugal” — ao passo que Paulo Rangel aposta no efeito novidade com a moção “Portugal: Ambição e Esperança”.

Na medida em que pertencem ao mesmo partido, tanto Rio como Rangel partilham o mesmo enquadramento político, mas isso não os inibe de discordarem ou terem prioridades diferentes em alguns assuntos. O mais visível e discutido neste momento é a estratégia política no pós-eleições agora que a geringonça aparentemente acabou e está em aberto que condições de governabilidade existirão. Mas há muitas diferenças entre os dois?

A moção de Rui Rio mantém a estratégia adotada nas últimas eleições em janeiro de 2020 e tenta validá-la com as vitórias políticas desde então como os Açores e a autarquia de Lisboa. Agora quer aproveitar a oportunidade das eleições antecipadas para “quebrar o ciclo de hegemonia do Partido Socialista e dos partidos à sua esquerda”. “As próximas eleições decidir-se-ão ao centro do espetro político-partidário”, lê-se na moção de 18 páginas, focando-se em conquistar o eleitorado “mais idoso”.

A moção de Paulo Rangel pretende acima de tudo vincar as suas diferenças com o PS, encostando os socialistas à esquerda e mostrando-se como a única “alternativa”. “A missão do PSD é corporizar e liderar a alternativa ao socialismo, liderar para governar, governar para reformar e reformar para dar aos portugueses o futuro e o País que merecem”, lê-se na moção de 66 páginas, notando que esta é uma “oportunidade enorme” para “disputar estas eleições para vencer”.

Relação com o PS é o que (aparentemente) mais os afasta

O atual presidente do PSD tem sido claro: vai a votar para vencer e formar um Governo de direita (sem o Chega), mas se for derrotado admite um acordo parlamentar de dois anos com o PS para evitar uma nova geringonça à esquerda. “Importa construir uma nova maioria sem linhas vermelhas, assente no diálogo e no compromisso, à esquerda ou à direita, cujo único limite será a da moderação, do respeito pelas instituições constitucionais e a do superior interesse nacional”, lê-se na moção, mas sem “apoios grátis”.

Já Paulo Rangel aposta na maioria absoluta, só admite um Governo à direita com CDS e IL e até o PAN (também sem o Chega) e afasta definitivamente um bloco central (o que Rio também exclui). O objetivo também não pode ser “viabilizar ou apoiar a continuidade da governação socialista”, diz na sua moção, acrescentando que “no quadro pós-eleitoral, e sem prejuízo do respeito pela vontade expressa pelos eleitores, o PSD deve recusar a solução de bloco central ainda que de meia-legislatura”. Porém, nas intervenções públicas o candidato à liderança do PSD nunca disse claramente que exclui qualquer tipo de acordo com o PS pelo que o tabu mantém-se.

Por um lado, Rangel acusa Rio de ser um “proto-candidato a Vice-Primeiro Ministro, ou a um apoio de recurso ao PS e a António Costa”. Por outro lado, Rio acusa Rangel de levar o país para a ingovernabilidade por rejeitar acordos com o PS e de não ter a experiência e preparação necessária para ser primeiro-ministro.

Estilo de oposição: água e azeite

Outra das diferenças mais visíveis entre os dois candidatos à liderança do PSD é o estilo de oposição. É de forma indireta que o tema aparece em ambas as moções, a começar por Rio: “Não é pelo facto de elevarmos mais a voz que passamos a ter maior razão”, diz, numa alusão à “política espetáculo” de Rangel. “Se o fizermos, arriscamo-nos a ser iguais aos que no atual Governo fazem da comunicação o principal instrumento de manipulação dos cidadãos através dos media”, considera o atual líder da oposição que é criticado internamente por ser discreto na oposição.

É por aí que Rangel o critica: “A diferenciação implica coragem e assertividade na crítica aos erros e fracassos das políticas e da forma de governar socialistas, que o PSD não pode mais tolerar, ignorar ou deixar passar enquanto oposição débil ou tímida“, classifica o candidato que desafia Rio, acusando-o também de virar o confronto para o interior do PSD em vez de para o PS. “O PSD tem que ser responsável, mas não débil, quando se é oposição”, acrescenta, sugerindo que Rio abandonou a “oposição firme” por uma atitude em que aguardar pelo poder em vez de o tentar conquistar.

Crescimento económico no topo das prioridades

Mais crescimento económico é o principal argumento que ambos têm a vender aos portugueses nas próximas eleições, em comparação com a governação socialista que dizem estar esgotada e incapaz de criar riqueza, servindo apenas para a distribuir. A estratégia dos dois passa por baixar os impostos (principalmente o IRC pago pelas empresas) — quanto e para quem só dirão na campanha eleitoral — para aumentar o “bolo” que depois é distribuído em salários ou prestações sociais. Ambos criticam o PS pelo “sufoco” ou “opressão” fiscal e prometem uma descida. No salário mínimo, há uma diferença: Rangel quer uma subida “significativa” enquanto Rio é mais cauteloso. Os dois estão focado na subida do salário médio dos portugueses.

Educação focada nas necessidades das empresas. Alinhados com a esquerda nas creches

Mais um tópico em que a estratégia dos dois não parece ser divergente. A começar logo pelos mais novos uma vez que ambos assinalam a necessidade de tornar as creches mais acessíveis ou até mesmo gratuitas — um princípio que também é defendido à esquerda e que até constava do Orçamento do Estado para 2022 que foi rejeitado e desencadeou as eleições antecipadas. O segundo elemento é a ligação entre as qualificações dos portugueses e as necessidades das empresas, uma das falhas identificadas por relatórios que fazem um raio-x ao estado da economia portuguesa.

Serviço Nacional de Saúde une-os contra a esquerda

Este é outro dos pontos de convergência entre Rio e Rangel e uma das principais diferenças face à esquerda, incluindo PS. Ambos querem o regresso das PPP na saúde — já só resta uma, por decisão do atual Governo — e rejeitam a dicotomia entre público e privado no Serviço Nacional de Saúde, argumentando que toda a capacidade existente no país tem de ser usada para dar o melhor tratamento possível aos portugueses.

“Não há alternativa a considerarmos os serviços de saúde, públicos e privados, como um todo, mobilizando todos os recursos disponíveis para a concretização do objetivo principal: assegurar um bom serviço de saúde”, lê-se na moção de Rio. Na de Rangel lê-se que “é necessário pensar o SNS com base nas evidências e nos dados e não com base em preconceitos ideológicos”, rejeitando as “dualidades público/privado ou a prática exclusiva/não exclusiva pelos profissionais do SNS”.

Rapidez na justiça

O eurodeputado quer criar uma agência anticorrupção “altamente especializada” e com poder efetivo para investigar. Além disso, o seu foco na justiça está na celeridade dos processos, na simplificação processual através da digitalização e nos custos de contexto das empresas. ” A morosidade [da justiça] é uma das principais críticas dos cidadãos e também um forte obstáculo à competitividade da nossa economia e ao investimento estrangeiro”, considera Rangel.

Já o atual presidente do PSD, em linha com as propostas que apresentou nos últimos anos, defende uma intervenção mais estrutural na justiça, apesar de também falar da necessidade de maior rapidez. “A organização com traços marcantes de corporativismo e não sujeita ao escrutínio público, a morosidade dos processos que ilude o respeito e defesa dos diretos fundamentais, e os entraves ao acesso a este bem público fundamental por parte de todos os cidadãos, são os sintomas de uma tendência que urge inverter”, lê-se na moção.

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PR deve empurrar dissolução da Assembleia da República para 5 de dezembro

  • Lusa
  • 26 Novembro 2021

"Pensei levar até ao limite a publicação da dissolução da Assembleia da República, ao limite dos limites, que é dia 5 de dezembro”, avançou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deverá publicar a dissolução da Assembleia da República em 5 de dezembro, depois de dar algum tempo ao Governo de apresentar diplomas sobre o combate à pandemia da covid-19.

“Foi possível um esforço enorme por parte do Governo, que foi apresentar no parlamento, em cima da última sessão, das últimas sessões, as autorizações para poder agir, diplomas que permitem agir. Essa foi uma das razões em que pensei levar até ao limite a publicação da dissolução da Assembleia da República, ao limite dos limites, que é dia 5 de dezembro”, indicou, falando à margem da apresentação de uma campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome, em Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa considerou ser necessário perceber se era preciso “votar mais alguma coisa”. “Está-se a fazer o que se deve fazer, acho eu. No geral, as medidas são equilibradas”, comentou, acrescentando que “as medidas têm de entrar em vigor [em 1 de dezembro]”.

O Presidente da República disse ainda que já promulgou os diplomas do Governo “com as medidas necessárias para enfrentar a situação sanitária”, inclusive, “a atividade letiva”.

Marcelo de Rebelo de Sousa promulgou esta sexta-feira alteração das medidas no âmbito da pandemia da doença covid-19.

“Já está promulgado por mim. As leis da Assembleia [da República] devem chegar, as que autorizam o Governo a ir utilizar meios que passam pela Assembleia [da República] em termos de combate à pandemia. Devem estar a chegar neste fim de semana. Promulgarei logo. Chega certamente antes do dia 1 de dezembro”, atentou.

A Assembleia da República ainda não sabe quando será dissolvida e se esta sexta-feira é ou não o último plenário da legislatura, antes das eleições antecipadas de 30 de janeiro, declarou quinta-feira a porta-voz da conferência de líderes.

Em declarações aos jornalistas, a socialista Maria da Luz Rosinha disse que a reunião “se debruçou sobre o desconhecimento da data da dissolução da Assembleia da República, o que de alguma forma condiciona também esta função”.

Para o próximo dia 2 de dezembro está marcada nova conferência de líderes, que vai permitir “analisar ao momento se já houve dissolução ou não e em função disso estabelecer o calendário seguinte”.

Questionada sobre se esta sexta-feira poderia já ser o último dia de plenário antes da dissolução, Maria da Luz Rosinha remeteu a organização dos trabalhos para o próximo dia 2 de dezembro, caso o parlamento já tenha sido ou não dissolvido.

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Moedas quis limitar rendas acessíveis em Lisboa, mas oposição não deixou

  • ECO
  • 26 Novembro 2021

Primeira proposta de Carlos Moedas para a habitação não passou. Vereadora Filipa Roseta propôs limitar programa de rendas acessíveis a quem vive ou viveu em Lisboa nos últimos dez anos.

A primeira proposta apresentada por Carlos Moedas no campo da habitação foi chumbada pela oposição. O novo executivo camarário queria limitar o Programa de Renda Acessível (PRA) apenas a quem vive ou viveu em Lisboa nos últimos dez anos, mas a oposição não deixou, avança o Observador.

A proposta apresentada esta sexta-feira pela vereadora da Habitação, Filipa Roseta, propunha limitar o programa a quem vive ou viveu em Lisboa nos últimos dez anos, excluindo, assim, aqueles que já saíram da cidade depois disso ou que vivem nos restantes concelhos da Área Metropolitana. Na reunião pública desta tarde, a proposta foi chumbada com os votos contra do PS, Livre, BE, PCP e da vereadora independente Paula Marques.

Paula Marques, anterior vereadora da Habitação no mandato de Fernando Medina, não poupou nas críticas, afirmando que “o caminho não pode ser pela restrição”. Já João Paulo Saraiva, ex-vice-presidente da autarquia, acusou Carlos Moedas de não ter discutido esta proposta com o PS.

Citado pelo Expresso, o atual presidente da Câmara de Lisboa justificou-se, afirmando que “não há uma solução” perfeita, mas que “as pessoas estão desesperadas” em Lisboa, porque “não têm casa”. A vereadora Filipa Roseta explicou que esta forma de seleção “já existe” noutros programas de habitação em Lisboa.

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Presidente da República promulga diploma para travar práticas comerciais desleais

  • ECO e Lusa
  • 26 Novembro 2021

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou ainda o diploma que altera as medidas no âmbito da pandemia da doença Covid-19.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o “diploma que altera o regime da concorrência, o regime das práticas individuais restritivas do comércio e o regime das cláusulas contratuais gerais”, segundo informação disponível no ‘site’ da Presidência.

Este diploma tem como objetivo proteger e reforçar o mercado e eliminar entraves ao desenvolvimento das empresas, de acordo com um comunicado do Conselho de Ministros do dia 28 de outubro.

“Foi aprovado o decreto-lei que altera o regime da concorrência, o regime das práticas individuais restritivas do comércio e o regime das cláusulas contratuais gerais”, lê-se nessa nota.

O Governo pretende, assim, contribuir para um mercado concorrencial no setor do turismo, livre de práticas comerciais “que desequilibrem as relações económicas”.

Por outro lado, espera que o mercado esteja livre de cláusulas abusivas, “contrárias à boa-fé nas relações económicas”.

Segundo a mesma nota, estas alterações vêm também proteger e reforçar o mercado nacional e comunitário, eliminar os entraves ao “desenvolvimento e prosperidade” das empresas, bem como introduzir “equilíbrio e proporcionalidade nas relações comerciais”.

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou ainda o diploma que altera as medidas no âmbito da pandemia da doença Covid-19, apresentadas esta quinta-feira pelo primeiro-ministro.

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Marcelo mantém viagem a Angola. Variante Omicron não deve ser “empolada”, diz

  • Joana Abrantes Gomes
  • 26 Novembro 2021

O Presidente da República vai manter a viagem que tem prevista para Angola, apesar da nova variante, Omicron, que foi identificada pela primeira vez em países da África Austral.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta sexta-feira que mantém a visita a Luanda, onde chegará na manhã de sábado, visto que Angola “não é um país vizinho da África do Sul” e, como tal, não é um país abrangido pelas restrições da União Europeia a viagens para a África Austral, devido à nova variante da Covid-19 detetada naquela região, que “não deve ser empolada”.

“Essa limitação abrange a África do Sul e os países vizinhos. Angola não é país vizinho da África do Sul. […] Eu viajarei, uma vez que não há contraindicações“, sustentou o chefe de Estado, em declarações transmitidas pela RTP3.

Marcelo garantiu sentir-se seguro, apesar de estar em circulação uma nova variante da Covid-19, classificada esta sexta-feira pela Organização Mundial da Saúde como “variante de preocupação”. “Com três doses da vacina, se a pessoa não está segura… Fiz hoje mais um teste, amanhã, à chegada às sete da manhã, é obrigatório fazer teste“, disse, acrescentando que será testado à Covid-19 durante “todos os dias” da viagem.

Sobre a nova variante, que ganhou o nome ‘Omicron’, o Presidente da República apontou que, na reunião da passada sexta-feira no Infarmed, o especialista que estuda as variantes do coronavírus já havia falado sobre “uma alteração numa variante que existia anteriormente”, sendo que a primeira opinião sobre a mesma era de que “é muito contagiosa, mas não tão mortal quanto contagiosa“.

Nesse sentido, Marcelo apelou para que não se levantem alarmismos em torno da variante ‘Omicron’. “A melhor ajuda que nós podemos dar perante esta nova realidade é respirar fundo, não ir a correr atrás daquilo que num determinado momento é uma preocupação, mas não deve ser empolada“, afirmou.

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Compensação às empresas por causa da subida do salário mínimo vai custar “à volta de 100 milhões”

Os empregadores vão receber 112 euros por cada trabalhador que esteja a receber o salário mínimo. No total, a medida deverá custar "à volta de 100 milhões de euros", indicou Siza Vieira.

O apoio que será pago aos empregadores para compensar a subida do salário mínimo nacional vai custar “à volta de 100 milhões de euros” aos cofres do Estado, indicou o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, à saída da reunião desta sexta-feira com os parceiros sociais. Em 2022, as empresas vão receber até 112 euros por cada trabalhador que receba 705 euros mensais.

Apesar da crise pandémica, o Governo decidiu atualizar a retribuição mínima mensal garantida dos atuais 665 euros para 705 euros, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2022. Ainda assim, e tendo em conta a atual “conjuntura adversa do ponto de vista do crescimento dos custos”, o Executivo resolveu garantir aos empregadores um apoio “face aos custos adicionais”, em moldes semelhantes ao que foi aplicado este ano.

Aos jornalistas, o ministro da Economia explicou, assim, que as empresas vão receber 112 euros por cada trabalhador que passe do atual salário mínimo (665 euros) para o novo salário mínimo (705 euros).

Já no caso das empresas que paguem, neste momento, mais do que o atual salário mínimo, mas menos do que o novo e passem a garantir esse valor, a compensação dada pelo Governo será de 56 euros. Mas há uma exceção a essa regra: se as empresas já estiveram a pagar mais do que a atual retribuição mínima garantida mas por via da contratação coletiva, então têm direito a 112 euros de apoio por cada trabalhador que passe a receber 705 euros.

De notar que estes valores serão pagos uma única vez, numa data ainda a determinar. Aliás, sobre esse ponto, Pedro Siza Vieira indicou apenas que deseja que o pagamento seja feito mais cedo do que aconteceu em 2021 (a meio do verão), até porque, desta vez, todo o sistema já está montado.

A medida custará aos cofres do Estado em torno de 100 milhões de euros, indicou o ministro da Economia, ressalvando que o montante dependerá do número de empresas que adiram à compensação. “Não temos uma estimativa exata, porque depende muito do que for do número de empresas que apresentem candidatura. Estimamos que ande à volta dos 100 milhões de euros”, afirmou o governante. Em 2021, a medida custou 33 milhões, pouco mais de metade do que o Governo tinha inicialmente previsto.

Turismo reclama de burocracia no acesso ao apoio

À saída da reunião desta sexta-feira, o líder da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, queixou-se do “excesso de burocracia” que está implicado no apoio anunciado pelo Governo, dizendo que uma parte significativa das empresas do setor que representam não o pediram, em 2021, por essa razão.

Já o líder da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, sublinhou que a compensação em causa “é aceitável“, tendo em conta os condicionalismos orçamentais, mas defendeu que seria mais eficaz uma redução temporária da taxa social única.

Da parte da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), por outro lado, a mensagem foi a de que, mais do que apoios, é preciso criar condições para a competitividade das empresas. E a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) considerou o apoio em questão algo “simbólico” e um “sinal positivo“.

Da parte dos sindicatos, Isabel Camarinha, da CGTP, mostrou-se contra a compensação, dizendo que o aumento dos salários não deve ser acompanhado de apoios. “Rejeitamos com veemência esta compensação“, disse a sindicalista. Já Lucília Dâmaso, da UGT, salientou que, com este apoio, as empresas poderiam ir mais longe no aumento do salário mínimo — esta central sindical defendeu uma atualização para 715 euros mensais — e avisou que a repetição desta compensação pode ser perigosa, na medida em que pode ser entendida como um incentivo aos salários baixos.

(Notícia atualizada às 20h36)

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Governo suspende voos de e para Moçambique a partir de segunda-feira

A partir das 00h00 de segunda-feira, Portugal deixa de poder receber viajantes vindos de Moçambique. Voos para aquele país ficam também suspensos.

No âmbito das medidas anunciadas esta quinta-feira para controlar a evolução da pandemia, o Governo suspendeu os voos de e para Moçambique a partir da próxima segunda-feira, 29 de novembro. Até lá, há também restrições para quem aterre em Portugal vindo de outros países africanos.

A partir da segunda-feira (na noite de domingo para segunda-feira), todos os voos com partida e destino em Moçambique ficam suspensos por decisão do Governo português, refere um comunicado enviado esta sexta-feira pelo Ministério da Administração Interna.

Mas, durante o fim de semana, há mais restrições. A partir da meia-noite deste sábado (na noite de sexta-feira para sábado), “todos os passageiros de voos oriundos de Moçambique (assim como da África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Namíbia e Zimbabué) ficam obrigados a cumprir uma quarentena de 14 dias após a entrada em Portugal continental, no domicílio ou em local indicado pelas autoridades de saúde”.

Esta obrigatoriedade de cumprir quarentena aplica-se ainda aos cidadãos que “tenham saído de algum daqueles sete países nos 14 dias anteriores à sua chegada a Portugal”, lê-se no documento.

Estas medidas são tomadas de forma a controlar a evolução da pandemia, numa altura em que foi descoberta uma nova variante do vírus oriunda da África do Sul. Foi chamada de Omicron e classificada como uma “variante preocupante” pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo facto de ter mais de três dezenas de mutações na proteína “spike”, que influencia a transmissibilidade e a reação às vacinas.

Esta segunda-feira foi notícia de que a Omicron já chegou à Europa, depois de ter sido registado um caso desta nova variante na Bélgica. Mesmo assim a OMS recomendou aos países não imporem restrições a viajantes vindos da África Austral enquanto se recolhem mais dados.

Esta manhã, o primeiro-ministro afirmou que Moçambique e Angola estavam fora da lista de Bruxelas para restringir voos, referindo que Portugal tem estado em contacto com os países africanos com quem tem “relações mais intensas”. Mas a Comissão Europeia acabou mesmo por suspender todos os voos da África do Sul, Namíbia, Lesoto, Essuatíni, Zimbabué, Moçambique e Botswana.

O Presidente da República afirmou esta tarde que vai manter a viagem que tinha marcada para Angola, afirmando que “não é um país vizinho da África do Sul”.

Relativamente a viagens com partida de outros países, incluindo da Europa, António Costa anunciou esta quinta-feira que os viajantes apenas poderiam entrar em território nacional estando vacinados e apresentando um teste negativo ao novo coronavírus. Mas, de acordo com o Expresso, a Comissão Europeia vai avaliar esta decisão uma vez que, segundo um porta-voz de Bruxelas, “se alguém está vacinado e não vem de uma Zona Vermelho Escuro, não deveria ser obrigado a apresentar um teste negativo”.

(Notícia atualizada às 20h40 com mais informação)

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Um milhão portugueses jé recebeu dose de reforço contra a Covid

  • Lusa
  • 26 Novembro 2021

Na quinta-feita, foram administradas 110 mil vacinas, das quais 60.000 doses de reforço, adiantou a DGS.

Portugal já administrou um milhão de doses de reforço da vacina contra a covid-19, assim como cerca de 1,8 milhões de vacinas contra a gripe, adiantou esta esta sexta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS), que antecipa uma aceleração na vacinação.

“No dia de ontem [quinta-feira], 25 de novembro, foi possível administrar mais de 110.000 vacinas no país, das quais cerca de 60.000 doses de reforço da vacina contra a covid-19 e mais de 50.800 vacinas contra a contra a gripe (4.177 em farmácias)”, lê-se no comunicado da DGS.

A nota acrescenta que “em virtude do aumento do número de elegíveis para a dose de reforço da vacina contra a covid-19, que ronda agora 1,8 milhões de pessoas com 65 ou mais anos, haverá uma intensificação do ritmo de vacinação nos próximos dias”.

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