Linha de Crédito Regressar reformulada para ser mais atrativa

  • Lusa
  • 5 Setembro 2021

A linha de crédito é um instrumento importante para atrair mais candidaturas para a criação de emprego, no âmbito do Programa Regressar, defende o Governo.

A Linha de Crédito Regressar para apoio aos empresários portugueses e luso descendentes que regressam a Portugal, uma das componentes do Programa Regressar, vai ser reformulada para se tornar mais atrativa, anunciou este domingo o Governo. Em entrevista conjunta à Lusa, o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, e a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, disseram que a Linha de Crédito Regressar “está suspensa” e “a ser renovada”, porque foi analisada e considerada “pouco atrativa”.

Com o objetivo de apoiar o investimento empresarial e a criação de novos negócios em território nacional, bem como os empresários portugueses e lusodescendentes que regressam a Portugal, proporcionando-lhes condições para a criação do seu próprio negócio, a Linha de Crédito Regressar tinha um limite de operação de crédito de um milhão de euros por empresa e de 500 mil euros por cidadão regressado a Portugal, segundo informação do site do Programa Regressar.

Mas “não houve acesso a essa linha desde o início deste ano”, afirmou Berta Nunes, porque “está a ser renovada”, uma vez que “teve pouca adesão”. “Só aderiram os regressados da Madeira, provavelmente até venezuelanos, foram os que utilizaram a linha“, afirmou. Miguel Cabrita, por seu lado, sublinhou que a linha “será lançada com condições mais favoráveis para a tornar mais atrativa”.

Para os dois secretários de Estado aquela linha de crédito é um instrumento importante para atrair mais candidaturas para a criação de emprego, no âmbito do Programa Regressar. “A medida da criação do próprio emprego e a linha de crédito Regressar, sendo bem divulgada, poderão trazer outro tipo de investimento que seja para criar emprego”, afirmou Berta Nunes.

“Acho que esse tipo de instrumento de apoio ao trabalho independente, quer usando linhas de crédito, quer usando outros instrumentos, como os apoios ao investimento da diáspora, também disponíveis (…), são até instrumentos com uma força e consistência bastante significativa (…), são da maior importância”, considerou, por seu lado, Miguel Cabrita.

Mas o governante defendeu que não se deve desligar a avaliação dos números do Regressar até julho deste ano, que revelam que houve apenas 99 candidatos à criação de emprego, do facto de o alargamento ao empreendedorismo ter sido feito pouco tempo antes do início da pandemia, após a qual “as dinâmicas de investimento e de criação de emprego” mudaram.

Antes da covid-19, o ‘ponto de contacto’, para onde os emigrantes ligam a pedir esclarecimento sobre o programa, foi muitas vezes questionado sobre a possibilidade de haver apoios para pequenos negócios e à criação do próprio emprego, referiu, lembrando que “uma parte significativa” das comunidades portuguesas “é justamente de empreendedores, pequenos comerciantes e pequenos negócios”.

Quando questionado porque é que a linha de crédito foi considerada pouca atrativa, o secretário de Estado respondeu: “porventura porque os instrumentos de crédito são sempre instrumentos que têm uma procura muito difusa, há muitas linhas de crédito, há também os apoios ao investimento da diáspora e eu volto a dizer que, poucos meses depois do programa ter começado, começou a pandemia e isso foi altamente desincentivador”.

Miguel Cabrita anunciou que serão “retomados os contactos presenciais com as comunidades, em paralelo também com uma nova etapa de divulgação do Regressar”, assegurando que, em breve, arrancarão as visitas às comunidades.

No final de julho último, o PSD questionou o Governo sobre algumas linhas de crédito do programa, e disse na altura que a Linha de Crédito Regressar encontrava-se fechada desde 24 de setembro de 2020. O programa Regressar contempla apoios financeiros aos emigrantes ou familiares de emigrantes que iniciem atividade laboral em Portugal por conta de outrem ou que criem empresas ou o próprio emprego. Também comparticipa despesas inerentes ao regresso destes emigrantes e proporciona um benefício fiscal, através do qual os contribuintes elegíveis pagam IRS sobre 50% dos rendimentos de trabalho dependente e empresariais e profissionais durante um período que pode ir, no máximo, até cinco anos.

Candidaturas ao Programa Regressar já aprovadas envolvem 9 milhões de euros de apoios do Estado

O total de 2.300 candidaturas aprovadas no âmbito do Programa Regressar, para apoio aos emigrantes que queiram voltar para Portugal, envolvem nove milhões de euros de ajudas do Estado, segundo os dados do Governo. Em 31 de julho de 2021 havia “3.480 candidaturas, que abrangem mais cerca de 7.700 pessoas, e daquelas já estão aprovadas, ou em fase final de aprovação, 2.330, que abrangem mais de 5 mil pessoas, ou seja, cerca de dois terços das candidaturas foram já aprovadas”, disse o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, numa entrevista à Lusa conjunta com a Secretária de Estado das Comunidades, Berta Nunes.

Estas candidaturas já aprovadas implicam cerca de nove milhões de euros de ajudas do Estado, “dos quais seis milhões já efetivamente pagos”, salientou o responsável do Ministério do Trabalho pela coordenação do programa. Ao contrário dos críticos do programa, que consideram o número de candidatos ao Regressar baixo para uma comunidade emigrante portuguesa tão grande, o secretário de Estado defendeu que, em pouco mais de dois anos de execução do programa e “mesmo com grandes restrições à mobilidade”, causadas pela pandemia de covid-19, os dados do Regressar mostram que “manteve a sua atratividade”.

O secretário de Estado referiu que as quase 3.500 candidaturas que existem representam, se vierem a ser aprovadas, um volume global de 14 milhões de euros de ajudas do Estado. “Três em cada quatro candidaturas” são de pessoas jovens, que emigraram a partir de 2008, realçou ainda Miguel Cabrita. “Sociologicamente é compreensível, ou seja, temos aqui dois fatores, um deles a antiguidade do processo de emigração, portanto são os mais recentes que temos mais capacidade para reverter, e também, por isso, foi importante o Programa Regressar aparecer nesta altura, para de alguma forma reverter e captar pessoas que tinham saído recentemente”, afirmou.

Por outro lado, há “a questão da proximidade geográfica”, disse, referindo que é da Europa que estão a regressar mais pessoas. Na opinião do responsável do Governo, estas candidaturas de países mais próximos terão a ver com “a ligação hoje em dia mais facilitada que as pessoas que emigraram para França, para a Suíça e para o Reino Unido têm, enquanto a emigração de países mais distantes tem menos ligação com o território, menos possibilidade de vir cá mais vezes”.

Já a secretária de Estado das Comunidades salientou o facto de a maioria dos que estão a querer regressar serem pessoas jovens, com idades entre os 25 e 44 anos e qualificadas. “É uma emigração jovem, qualificada, na sua maioria” e que vem sobretudo de dez países, realçou Berta Nunes. Segundo a governante, a grande maioria dos candidatos pertencem a uma emigração recente, “45% possuem habilitações académicas de nível superior e 78% está no grupo dos 25 aos 44 anos”, explicou Berta Nunes.

Dos emigrados que querem voltar, a maioria são “especialistas em ciências matemáticas, engenharias e afins, o segunda são técnicos de nível intermédio e o terceiro são profissionais de saúde”, especificou. No total, houve candidaturas de 79 países, sendo os que registaram candidatos o Reino Unido, seguido da França e da Suíça. No top 10 estão ainda Brasil, Angola, Venezuela, Alemanha, Espanha, Luxemburgo e Bélgica.

Sobre o facto de Venezuela e África do Sul não estarem entre os três primeiros países, o que seria expectável pela situação que enfrentam, referiu que no primeiro caso “já vieram muitas pessoas” e agora há “uma situação relativamente estável” e no segundo “estão a regressar” e Berta Nunes estima que irão “utilizar mais o Programa Regressar”. A secretária de Estado justificou que no Reino Unido o ‘Brexit’ levou a uma aceleração da vontade de regressar de uma comunidade mais recente.

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Este sistema de voto permite “privacidade” a pessoas com deficiência

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Setembro 2021

Tendo em conta que, muitas vezes, as pessoas com deficiência necessitam de acompanhamento para poder votar, “este é o único projeto que garante total segredo de voto", afirma Rui Coimbras.

Um projeto “multideficiência” que, segundo o vice-presidente da Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral (FAPPC), Rui Coimbras, é a solução para um problema “constitucional”. Garantir o direito ao voto em igualdade com os demais cidadãos é o objetivo do sistema de voto acessível, um software criado em Viseu não só para pessoas com deficiência, como também para “pessoas de idade superior e que podem já não ter todas as suas capacidades de escrita”.

O sistema desenvolvido pela Softinsa, uma empresa subsidiária da IBM, permite que pessoas com deficiência votem presencialmente “com privacidade” em frente a um computador através de um único botão, “que pode ser usado com os pés, as mãos e até a cabeça”, funcionando desligado da rede “por questões de segurança”, explica Rui Coimbras. O voto é impresso com código QR, com conteúdo encriptado e seguindo um mecanismo de chave de encriptação para prevenir qualquer tipo de fraude.

Para o vice-presidente da FAPPC, com este sistema é possível “fazer chegar a democracia a uma camada da população muitas vezes esquecida”. Tendo em conta que, muitas vezes, as pessoas com deficiência necessitam de acompanhamento para poder votar, “este é o único projeto que garante total segredo de voto, desde que o eleitor entra na assembleia de voto até ao momento em que sai”, argumenta.

Usado pela primeira vez nas eleições da Associação do Porto de Paralisia Cerebral e desde 2019 na votação para o orçamento participativo de Viseu, Rui Coimbras espera que este software “configurável de eleição para eleição” seja implementado em postos de demonstração “já nas próximas autárquicas”, agendadas para 26 de setembro. “Três ou quatro postos de voto […] teriam configurados os três boletins de voto referentes a essas juntas de Freguesia, mas a votação não teria qualquer implicação nos resultados apurados. Seria apenas um teste para as pessoas com deficiência e público em geral poderem testar a aplicação e, com isso, aferirmos a qualidade do exercício de voto”, defende, notando que “todos os locais têm de ter obrigatoriamente excelentes acessos físicos”.

Este pedido já foi efetuado ao Ministério da Administração Interna (MAI), à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e à Presidência da República. “Tem de haver tempo para discutir um assunto constitucional”, apela Rui Coimbra, afirmando que o sistema já foi apresentado aos ministros da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e do Ensino Superior, Manuel Heitor, e à secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, que “gostou imenso da ideia” e foi “defensora de existir em todas as secções de voto”.

O CNE também se manifestou a favor do projeto, considerando que “será um contributo para a alteração qualitativa das condições em que as pessoas com deficiência poderão exercer o seu direito de voto”.

Em abril de 2019, um relatório publicado pelo Comité Económico e Social Europeu (CESE) revelava que, devido a entraves jurídicos e técnicos que continuam a existir nos Estados-membros da União Europeia (UE), não seria possível assegurar que as eleições europeias, marcadas em Portugal para 26 de maio desse ano, seriam acessíveis a todos. Nele, estimava que cerca de 800 mil cidadãos da UE que sofrem de problemas de saúde mental ou de deficiências intelectuais seriam privados do seu direito de voto devido às regras nacionais em vigor em 16 países membros.

O facto de o voto acessível poder apresentar os conteúdos formatados para este público-alvo pode ser um fator decisivo para a sua inclusão no processo democrático”, aponta Rui Coimbras, dando como exemplo a ajuda que o sistema garante no processo de votação das pessoas cegas pelo facto de ter som.

A nível nacional, foi aprovada a 22 de julho, a Estratégia Nacional para a Inclusão das Pessoas com Deficiência 2021-2025, que define “oito eixos estratégicos de intervenção”, intitulando-se o primeiro como “cidadania, igualdade e não discriminação”. “O voto acessível cumpre este pilar”, conclui o vice-presidente da FAPPC.

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França pressiona acordo sobre IRC mínimo na próxima reunião do G20

  • ECO
  • 4 Setembro 2021

O ministro das Finanças francês indicou este sábado que vai pressionar os países na próxima reunião do G20 para que haja um acordo técnico sobre o IRC mínimo mundial.

O Governo francês vai pressionar os outros países na próxima reunião do G20 para que se alcance um acordo sobre os parâmetros técnicos da reforma fiscal mundial, a qual inclui a aplicação de um IRC mínimo às grandes empresas. A intenção foi anunciada pelo ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, em declarações proferidas este sábado e citadas pela Reuters.

Le Maire, questionado sobre se estava confiante de que a administração norte-americana conseguiria convencer o congresso a aprovar a reforma no curto prazo, disse que o Tesouro norte-americano liderado por Janet Yellen mostrou otimismo sobre essa hipótese. Em causa está a concretização do lado dos Estados Unidos do que venha a ser acordado pelos 131 países, os quais compõem cerca de 90% do PIB mundial, que alinharam um acordo de princípio em julho.

Foi a 10 de julho que os ministros das Finanças e os governadores dos bancos centrais do G20 chegaram a acordo sobre a implementação de uma taxa mundial mínima de IRC de pelo menos 15%. Nessa altura, a secretária do Tesouro dos EUA admitiu que há um conjunto de países pequenos que se opõe ao acordo, como é o caso da Irlanda e da Hungria, e que tentaria convencê-los até outubro — altura da próxima reunião –, mas enfatizou que “não é essencial que todos os países estejam de acordo”. “Este acordo contém uma espécie de mecanismo de execução que pode ser usado para garantir que países fora do acordo não o consigam minar”, afirmou Yellen. Além da Irlanda e da Hungria, também a Estónia se opõe ao acordo, assim como o Quénia, a Nigéria, o Sri Lanka, os Barbados, St. Vincent e Grenadines.

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Paulo Rangel deixa porta aberta a eventual candidatura a liderança do PSD

  • Lusa
  • 4 Setembro 2021

Já sobre se um dos seus sonhos passa por ser primeiro-ministro, o social-democrata disse que não, embora não rejeite essa ideia.

O eurodeputado do PSD Paulo Rangel deixou este sábado a porta aberta a uma eventual candidatura à liderança do PSD após as eleições autárquicas, numa entrevista em que falou pela primeira vez publicamente sobre a sua homossexualidade.

Não tenho planos, mas sonhos sempre tive, não digo desta água não beberei um dia”, afirmou o social-democrata numa entrevista de vida no programa “Alta Definição”, da SIC, depois de questionado sobre se se estaria a preparar para uma corrida a líder do PSD.

Sobre o facto de o seu nome ser apontado como futuro candidato à liderança do PSD, atualmente presidido por Rui Rio, Paulo Rangel respondeu recorrendo à expressão “não há festa nem festança em que não venha a dona constância”. Para, de seguida, acrescentar: “Estamos em plenas autárquicas é preciso o PSD concentrar-se”.

Já sobre se um dos seus sonhos passa por ser primeiro-ministro, o social-democrata disse que não, embora não rejeite essa ideia. Ressalvando que o “futuro o dirá”, o social-democrata considerou que o que importa é a pessoa saber se em determinado momento está em condições de fazer serviço público, de se dedicar a 100% a ele e de fazer a diferença.

Sobre um vídeo antigo que começou a circular nas redes sociais que o mostravam embriagado nas ruas de Bruxelas, Paulo Rangel assumiu “não ter dúvidas” de que a sua publicação foi “intencional” e visou enfraquecê-lo politicamente. O social-democrata afirmou “não ter ideia” de quem pôs o vídeo a circular, lembrando-se contudo de que o episódio terá acontecido há cinco ou seis anos.

Durante cerca de 45 minutos, onde abordou vários aspetos da sua vida privada, Paulo Rangel falou ainda, e pela primeira vez publicamente, sobre a sua homossexualidade, dizendo, contudo acreditar, que a orientação sexual de um político ou de uma personalidade com funções cívicas ou institucionais não tenha “relevo” para as pessoas.

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Sindicato dos CTT entrega carta ao PM e apela à retoma do controlo da empresa pelo Estado

  • Lusa
  • 4 Setembro 2021

Segundo o SICTEX, como é “uma bandeira dos partidos de esquerda” deve ser tido em conta na negociação do OE de 2022 o “retomar do controlo público e da gestão” dos CTT por parte do Estado.

O Sindicato Independente dos CTT entregou este sábado, em Chaves, uma carta ao primeiro-ministro, António Costa, para demonstrar as preocupações dos trabalhadores pela “má gestão” da atual administração e para apelar à retoma pelo Estado do controlo da empresa.

O Sindicato Independente dos Correios, Telecomunicações, Transportes e Expresso de Portugal (SICTEX) aproveitou a greve parcial dos trabalhadores dos CTT de Chaves, no distrito de Vila Real, que está a decorrer, e a presença do secretário-geral do PS e primeiro-ministro António Costa na cidade transmontana, para entregar em mão uma carta onde manifestam as preocupações a nível nacional, explicou o dirigente sindical Samuel Vieira.

António Costa teve um breve contacto com os trabalhadores dos CTT de Chaves no final do comício de apresentação do atual presidente e candidato à Câmara de Chaves, Nuno Vaz (PS), recebendo a carta antes de entrar no carro. Segundo Samuel Vieira, está “em marcha por parte da administração dos CTT uma diminuição dos postos de trabalho” e há “dificuldades a nível de contratação de pessoas”.

O dirigente sindical acrescentou que, sendo este um problema a nível nacional, não existem pessoas suficientes para ser cumprido um serviço postal universal de qualidade. “A empresa alega que não tem dinheiro para contratar trabalhadores mas teve dinheiro para comprar 8,5 milhões de euros em ações e distribuir pela administração”, apontou Samuel Vieira.

Segundo o SICTEX, como é “uma bandeira dos partidos de esquerda” deve ser tido em conta na negociação do Orçamento de Estado de 2022 o “retomar do controlo público e da gestão” dos CTT por parte do Estado. “É isso que esperamos e é o nosso alento para que não tenhamos mais um Novo Banco”, acrescentou.

Na carta entregue ao primeiro-ministro que a agência Lusa teve acesso pode ler-se, como preocupações, “a falta de recursos humanos quer nas estações de correios e distribuição, quer na área de transportes”, o “aumento de agenciamentos a terceiros quer na distribuição, quer no atendimento” ou a “falta de condições de trabalho e aumento da precariedade nos vários sectores da empresa”.

O SICTEX apela ainda “a uma rápida e estratégica intervenção do Governo, fazendo parte da gestão dos CTT, para que o futuro e o interesse público deste ativo nacional sejam devidamente acautelados”. Sobre a greve parcial no centro de distribuição de Chaves, o dirigente do Sindicato Independente dos Trabalhadores da Informação e Comunicações (SITIC) e carteiro naquele posto desde 1993, Álvaro Moreira, explicou que esta irá manter-se durante a próxima semana.

Para quinta-feira está marcado um plenário de trabalhadores e caso não haja desenvolvimentos para desbloquear o protesto, os trabalhadores vão arrancar com uma nova greve durante mais 15 dias, acrescentou. O SICTEX tinha revelado que, dos 21 postos de trabalho previstos nos CTT de Chaves, há 10 trabalhadores efetivos, aos quais se somam quatro contratados e quatro em prestação de serviços, mas que dois dos trabalhadores efetivos não fazem distribuição por incapacidade física, o que resulta em cinco giros que não são realizados diariamente nos concelhos de Chaves e Boticas.

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Mais 13 mortes e 1.713 infeções por Covid-19

Desde o início da pandemia, o país soma 1.045.857 casos e 17.785 mortes por Covid-19. Até ao momento, contam-se 985.714 pessoas recuperadas da doença.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 1.713 novos casos de infeção por coronavírus nas últimas 24 horas, elevando para 1.045.857 o número de infetados desde o início da pandemia. O boletim deste sábado indica ainda que morreram mais 13 pessoas com a doença, perfazendo um total de 17.785 óbitos.

Entre os infetados, a grande maioria está a fazer o tratamento em casa. As hospitalizações baixaram, sendo que 664 pessoas estão internadas em unidades hospitalares (menos 17), das quais 139 (mais três) nos cuidados intensivos.

No que diz respeito aos casos ativos, estes situam-se nos 42.358, menos 951 do que na sexta-feira. Já o número de recuperados está, atualmente, nos 985.714, mais 2.651 pessoas face ao balanço anterior.

Há também 42.869 portugueses sob vigilância das autoridades de saúde (menos 651 que no boletim anterior), por terem estado em contacto com outras pessoas entretanto diagnosticadas com a doença.

Boletim epidemiológico de 4 de setembro

A maioria das novas infeções registadas nas últimas 24 horas concentrou-se em Lisboa e Vale do Tejo. Dos 1.713 novos casos registados em todo o país, 630 foram nesta região, enquanto o Norte contabilizou 553. Cinco das 13 mortes foram em Lisboa e Vale do Tejo e uma no Norte.

Seguem-se as regiões do Centro (+250 casos e duas mortes), do Algarve (+172 casos e quatro mortes) e do Alentejo (+77 casos e zero mortes). A Madeira (+24 e zero mortes) e os Açores (+7 e zero mortes) registam os valores mais baixos.

Até ao momento, Lisboa e Vale do Tejo é a região com mais casos e mortes registados até ao momento (405.494 casos de infeção e 7.605 mortes), seguindo-se o Norte (402.386 casos e 5.515 mortes), o Centro (139.518 casos e 3.102 mortes), o Alentejo (37.617 casos e 1.008 mortes) e o Algarve (40.456 casos e 442 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 8.575 casos e 41 mortos, enquanto a Madeira regista 11.811 casos e 72 vítimas mortais.

Esta sexta-feira, a DGS atualizou a matriz de risco, indicando que o valor do Rt, que mostra quantas pessoas cada infetado contagia em média, está em 0,96 a nível nacional e em 0,97 no continente. Trata-se, portanto, de um ligeiro recuo face ao anterior balanço (estava em 0,98 a nível nacional e em 0,99 no continente), o que coloca Portugal na “zona laranja” da matriz de risco do Governo.

Também a incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) caiu ligeiramente, estando agora em 295,5 casos por 100 mil habitantes a nível nacional e em 302,6 casos por 100 mil habitantes no continente (na última atualização anterior estes valores eram 303,5 por 100 mil habitantes e 310,2 por 100 mil habitantes, respetivamente).

(Notícia atualizada às 16h20 com mais informação)

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De um bunker da 2ª Guerra Mundial nasceu uma pousada

Uma noite no bunker L479, localizado no norte de França, custa cerca de 320 euros. A decoração remete aos tempos de guerra e os hóspedes podem encontrar capacetes e réplicas de armas.

Um bunker construído pelas tropas alemãs no norte de França durante a Segunda Guerra Mundial foi convertido numa pousada subterrânea pelo proprietário Serge Colliou. Uma noite no abrigo, intitulado L479, custa cerca de 320 euros para seis pessoas.

A costa norte de França, incluindo a Bretanha e a Normandia, ainda está repleta de fortificações deixadas pelo exército alemão. Em Saint-Pabu, é possível encontrar bunkers enterrados ao longo das praias que serviam como estações de radar para detetar aviões.

Com a missão de recuperar um destes abrigos, construído em 1944, Serge Colliou comprou um terreno na área e passou 18 meses a escavar e reformular o espaço de 400 metros quadrados. Um ano e meio depois, nasce o bunker L479, um espaço de alojamento com uma área de bar e sala de estar, avança a Reuters (acesso pago).

No bunker L479, os hóspedes podem encontrar artefactos de guerra como capacetes, réplicas de armas e sinais nas paredes. “Nós adaptamos o bunker preservando uma certa sensação”, diz Colliou. No entanto, ressalva que o bunker não é um museu. “Queríamos dar ao edifício uma segunda vida, por isso não vamos viver para sempre no passado. Guardamos alguns aspetos, há pistas históricas, mas isso também não é um museu”, conta o empreendedor.

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Rio focado em aumentar número de eleitos nas autárquicas

  • Lusa
  • 4 Setembro 2021

Rui Rio optou por não adiantar o que para si vai ser uma vitória satisfatória e aponta para depois do próximo ato eleitoral uma análise sobre a sua continuidade ou não na liderança do partido.

O presidente do PSD, Rui Rio, disse este sábado, em Torres Vedras, que o seu objetivo é aumentar o número de eleitos e de presidentes de câmara nas eleições autárquicas deste mês, recusando comentar o aparecimento de opositores internos.

Estou focado, neste mandato como presidente do partido, nas eleições autárquicas, por são eleições, porque tivemos quebras significativas nas duas últimas vezes e o objetivo é melhorar muito nas eleições autárquicas”, afirmou Rui Rio após um passeio de bicicleta com candidatos do PSD em Torres Vedras entre eles o cabeça-de-lista à câmara. O deputado Duarte Pacheco.

Aos jornalistas, o líder social-democrata recusou comentar a participação de Paulo Rangel em ações das candidaturas sociais-democratas. “O que queremos é ter muitos mais eleitos do que temos neste momento, entre eles presidentes de câmara”, sublinhou.

Nesse sentido, promete participar nas ações de campanha do partido em concelhos onde me o PSD “pode muito mais perto de conseguir ganhar” ou necessita de “um pequeno empurrão, uma ajuda” para “fazer a diferença”, como é o caso de Torres Vedras, admitiu, onde o PS sempre ganhou a câmara municipal e o PSD “aspira a ganhar”.

Tal como Torres Vedras, há outras câmaras onde o PSD nunca teve a câmara e que neste ano há hipóteses de ganhar ou aspirar a ganhar”, disse, dando também o exemplo de Setúbal.

Com a “consciência de que nuns sítios é mais fácil e noutros mais difícil” ganhar e apesar de traçar como principal objetivo as eleições autárquicas, Rui Rio optou por não adiantar o que para si vai ser uma vitória satisfatória e aponta para depois do próximo ato eleitoral uma análise sobre a sua continuidade ou não na liderança do partido.

“Vamos avaliar com consciência, porque o PS tem 161 e nós temos 98 câmaras municipais”, disse. As eleições autárquicas realizam-se no dia 26 de setembro.

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Justiça alemã aplica multa a banco estatal por empréstimo a empresa de Isabel dos Santos

  • Lusa
  • 4 Setembro 2021

O empréstimo foi usado por Isabel dos Santos para comprar a cervejeira e equipamentos de enchimento das garrafas, adquiridas ao fabricante alemão Krones AG.

O banco estatal alemão KfW-Ipex-Bank terá de pagar uma multa de 150.000 euros por negócios problemáticos em Angola, envolvendo um empréstimo a uma empresa de Isabel dos Santos, noticia o jornal alemão “Süddeutsche Zeitung”.

De acordo com o Ministério Público de Frankfurt, a pena foi imposta “por violação negligente” da Lei de Lavagem de Dinheiro. Trata-se de um empréstimo do KfW-Ipex-Bank, concedido em 2015, e que foi revelado no âmbito do projeto de investigação jornalístico internacional “Luanda Leaks”.

Em 2015, o KfW-Ipex-Bank, cuja missão é promover as exportações alemãs, emprestou cerca de 50 milhões de euros ao banco estatal angolano Banco de Poupança e Crédito (BPC), que concedeu um empréstimo a uma cervejeira (Sodiba) controlada pela empresária angolana, filha do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos.

O consórcio jornalístico adianta, no seu site, que o empréstimo foi usado por Isabel dos Santos para comprar a cervejeira e equipamentos de enchimento das garrafas, adquiridas ao fabricante alemão Krones AG. A Krones AG, questionada na sequência das revelações do “Luanda Leaks”, disse aos jornalistas que desconhecia que a Sodiba pertencia a Isabel dos Santos.

No ano passado, as autoridades de Frankfurt iniciaram uma investigação ao banco alemão, uma das principais instituições de financiamento estatais, que foi, entretanto, suspensa por falta de provas, segundo o jornal. O Süddeutsche Zeitung adianta ainda que Isabel dos Santos afirmou desconhecer o empréstimo do KfW e que a cervejeira não tinha qualquer ligação ao Estado angolano.

A Sodiba é um dos bens arrestados por determinação do Tribunal de Luanda em dezembro de 2019, que inclui também contas bancárias e participações sociais da empresária Isabel dos Santos, do seu marido Sindika Dokolo (falecido no ano passado) e do gestor Mário Leite da Silva.

A ação do Estado angolano contra Isabel dos Santos, no âmbito do processo cível no qual o Estado reclama um crédito superior a mil milhões de dólares (925,7 milhões de euros), deu entrada em 02 de março no Tribunal Provincial de Luanda.

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O dia não tem horas suficientes? Cinco dicas para uma boa gestão do tempo

Uma boa gestão do tempo permite ter uma maior organização das rotinas e tornar a vida profissional mais produtiva, reduzindo o stress e a ansiedade.

Há dias em que não parece haver horas suficientes para executar tantas tarefas em mãos. As jornadas de trabalho prolongam-se e o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho começa a ficar comprometido, com eventuais custos para o seu bem-estar e impacto a longo prazo na produtividade. Mas há estratégias que pode pôr em marcha de modo a organizar o seu dia e gerir melhor o seu tempo, num momento em que muitas empresas se prepararam para o regresso ao escritório em modelo híbrido.

Com a pandemia a enviar muitos trabalhadores para o teletrabalho, gerir vida profissional e familiar no mesmo espaço fez aumentar os níveis de stress e ansiedade dos colaboradores. Os dados são de abril, mas um estudo da Nova IMS sobre o bem-estar dos portugueses revelou que foi entre os trabalhadores remotos que os níveis de ansiedade foram mais elevados. Certamente, devido à dificuldade de gerir o tempo e conciliar tarefas pessoais e profissionais em simultâneo. E há dificuldade em desligar.

“As pessoas têm direito ao dolce far niente sem se sentirem culpabilizadas. Tal como nos atletas, também no mundo corporativo, trabalhar muito não é difícil. Complicado é recuperar entre as reuniões, tarefas pessoais e profissionais do dia e entre dias”, alerta José Soares, professor catedrático de Fisiologia na Universidade do Porto, consultor de programas de bem-estar e performance em várias empresas, em declarações à Pessoas.

“Nas dezenas de workshops que tenho feito há uma queixa comum: problemas de sono. Porquê? A principal razão é a interferência da vida profissional na vida pessoal. É urgente estimular as pessoas a desligarem. Se não o fizermos vamos pagar um preço muito elevado”, alerta o autor do livro Start & Stop e performance manager de Miguel Oliveira, piloto português de MotoGP.

Findo a obrigatoriedade do teletrabalho, as empresas preparam-se em setembro para fazer regressar as equipas ao escritório, muitas em modelos híbridos outras abraçando o full remote, mas o certo é que, gerir o tempo, de modo a que o trabalho não consuma o dia, tornar-se ainda mais importante.

“Uma boa gestão do tempo permite ter uma maior organização das rotinas e tornar a vida profissional mais produtiva, reduzindo consideravelmente o stress e a ansiedade. O objetivo não é fazer o máximo de coisas no mínimo de horas, mas sim saber como otimizar as horas, sem desperdiçar tempo, ganhando mais tempo para as atividades pessoais”, refere a tecnológica Hotmart, em nota de imprensa.

5 dicas para gerir melhor o tempo

  • Autoconhecimento: O primeiro passo para uma melhor gestão do tempo é o autoconhecimento, pois só assim poderá criar uma rotina adaptada às suas necessidades e exigências das suas funções. “É importante identificar os períodos mais produtivos e saber o tempo que se gasta para realizar cada atividade. Mapear tudo isto é importante para saber exatamente quanto tempo é preciso para concluir cada tarefa e para as organizar, sem haver uma sobrecarga”, recomenda a Hotmart.
  • Definir prioridades: Organize a sua agenda por tarefas e defina prioridades. “Começar por uma tarefa pouco importante pode fazer com que se perca tempo crucial para realizar o que é urgente e que precisa de mais atenção.”
  • Dividir as tarefas: Certas tarefas exigem longas horas para serem concluídas, tornando o trabalho monótono, com impacto na atenção e produtividade. Por isso, se tiver de realizar uma tarefa que exija mais horas, “o melhor é dividi-las em tarefas menores ao longo da semana para facilitar o processo e trabalhar com mais tranquilidade, sem se cansar tanto da atividade.”
  • Usar bloco de notas: Anotar todos os compromissos e tarefas ajuda a manter-se focado nas tarefas a fazer, cumprindo-se os prazos. Não faltam agendas em papel, blocos de notas, aplicações online que ajudam a manter esse registo. “Essa estratégia também ajuda a visualizar melhor tudo o que é necessário fazer e, assim, gerir melhor os horários.”
  • Fazer pausas: Defina momentos de paragem ao longo do dia, para que possa descansar, se não as incluir na sua lista diária há fortes probabilidades de não as fazer, com custos para si e para as tarefas que tem que realizar. “Sem pausas estratégicas ao longo do dia, é impossível manter a produtividade e ter uma rotina saudável. As pausas ajudam a descansar mental e fisicamente e a recuperar as energias”, refere a Hotmart. E há que saber desligar.

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Bloco rejeita dissociar propostas laborais da negociação do Orçamento

  • ECO
  • 4 Setembro 2021

O Governo garantiu que as propostas laborais “não têm nada a ver com negociações do OE”, mas o Bloco rejeita dissociar as duas discussões. Catarina Martins diz que "não são questões separáveis".

Reagindo às declarações de Siza Vieira e Mendes Godinho, a coordenadora do Bloco de Esquerda diz que “só pode ser um equívoco”. Para Catarina Martins “as questões do Orçamento não são questões separáveis do concreto das condições de trabalho no país”. Tanto o ministro da Economia como a ministra do Trabalho asseguraram esta sexta-feira que as propostas laborais “não têm nada a ver com as negociações do Orçamento do Estado” para 2022 (OE 2022) com os partidos mais à esquerda.

Eu julgo que só pode ser um equívoco do ministro da Economia e da ministra do Trabalho“, reagiu Catarina Martins em declarações ao Jornal 2 da RTP2, afirmando que, “como todos sabemos e compreendemos, as questões do Orçamento não são questões separáveis do concreto das condições de trabalho no país”. Esta foi a reação às declarações dos membros do Governo que, quando questionados sobre se esta era uma moeda de troca do OE, asseguraram que as mudanças laborais que estão a ser discutidas “são prioridades do Governo” e “não têm nenhuma relação com o Orçamento do Estado”.

Para a líder do Bloco esta afirmação é “um pouco estranha, extemporânea, não percebo o alcance que tem”. “O Governo não pode basear o seu Orçamento do Estado numa política de recuperação, dizendo que ela assenta muito nos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e em investimentos que vai fazer e, ao mesmo tempo, não querer falar das condições de trabalho que são aquelas que são fundamentais para garantir que os investimentos que são feitos têm a ver alguma coisa com os salários e as condições de vida concretas das pessoas”, argumentou Catarina Martins, assinalando que “já vimos muitos milhões europeus a entrarem em Portugal e a não ficarem para quem trabalha”.

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PCP diz que “há muito por cumprir” do Orçamento de 2021

  • ECO
  • 4 Setembro 2021

Jerónimo de Sousa considera que "há muito por cumprir" do que ficou acordado no Orçamento do Estado para 2021. Sobre as autárquicas, quer aumento de mandatos e de votos.

O PCP continua a recusar falar do próximo Orçamento enquanto não forem cumpridas as medidas acordadas no passado. À margem da Festa do Avante, Jerónimo de Sousa disse à RTP que ainda “há muita coisa por concretizar” do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021) e que o Governo ainda não revelou as “ideias centrais” do OE 2022 aos comunistas. Assim, os comunistas focam-se em “insistir com aquilo que está por cumprir”.

É de facto um descrédito para a própria Assembleia da República que uma lei da República seja aprovada com conteúdos concretos e depois se frustrem expectativas criadas pelo seu próprio conteúdo“, afirmou o líder do PCP em declarações transmitidas pela RTP, avisando que “há muita coisa por concretizar”. Essa é uma condição para se negociar o próximo Orçamento, assume: “Sem isso não podemos discutir um documento que ainda não existe”.

Relativamente às autárquicas que se realizam a 26 de setembro, Jerónimo de Sousa compromete-se com o objetivo de reforçar o número de mandatos e de votos face às autárquicas de 2017, ano em que o PCP perdeu várias câmaras para o PS. Apesar desta disputa ao nível autárquico, o líder do PCP recusa novamente que haja uma ligação entre este ato eleitoral e as negociações do Orçamento que se seguirão até dia 11 de outubro: “São duas coisas totalmente separáveis”, garantiu.

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