Deco quer linha de financiamento para crédito à habitação de famílias em dificuldades

  • Lusa
  • 26 Outubro 2022

Deco defende lançamento de linha financiamento de crédito à habitação para famílias vulneráveis e destaca que famílias a pedir ajuda têm, em média, uma taxa de esforço de 70%.

A associação Deco defendeu esta quarta-feira, no parlamento, que é preciso lançar uma linha de financiamento de crédito à habitação para famílias em vulnerabilidade económica, face à subida dos juros, e que a banca deve ser obrigada a renegociar créditos.

“O PARI [plano de ação para o risco de incumprimento] é uma boa medida [que obriga a banca a fazer avaliação de alguns créditos] mas neste momento exigem-se medidas extraordinárias“, defendeu a coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira da Deco – Associação para a Defesa do Consumidor, Natália Nunes, numa audição no parlamento a requerimento do PSD, sobre a subida das prestações no crédito para aquisição de habitação.

O aumento dos preços e prestação de créditos são uma preocupação para a associação, disse a responsável, salientando que desde setembro a Deco tem recebido pedidos de famílias vulneráveis que temem não conseguir continuar a cumprir o pagamento dos créditos, face à subida das taxas de juros.

“Quem pede ajuda tem cinco créditos”, disse, destacando que as famílias que pedem ajuda têm, em média, uma taxa de esforço de 70% só relativa a crédito à habitação, cartões de crédito e crédito ao consumo.

Natália Nunes disse aos deputados que criar uma linha de financiamento é “fundamental”, até porque “só em última instância as famílias deixam de pagar o crédito à habitação”, e defendeu também medidas de apoio para as famílias que, neste momento, já estão em incumprimento.

Muitas famílias ainda não estão em incumprimento do crédito à habitação, porque estão a recorrer às poupanças que amealharam durante a pandemia da Covid19, segundo a Deco, que defendeu também que fosse criada a impenhorabilidade da casa de morada de família.

Questionado sobre medidas do Governo para ajudar as famílias com créditos à habitação, numa conjuntura de alta das taxas de juro, o primeiro-ministro afirmou, esta segunda-feira, que o impacto do aumento dos juros nos créditos à habitação está a ser acompanhado pelo Governo e deve ser encarado sem dramatismo.

“Temos estado a acompanhar muito proximamente com o Banco de Portugal e com a Associação Portuguesa de Bancos a evolução do crédito e o Orçamento do Estado para 2023 tem uma medida específica que permite o aumento da liquidez das famílias que tenham créditos de habitação em ativos, já que essas famílias podem requer a redução de um escalão na retenção na fonte do IRS”, disse.

De acordo com o primeiro-ministro, por parte dos bancos, tem-se também verificado uma clara vontade de encontrar por via negocial com os clientes “as melhores formas de acomodarem o impacto da subida das taxas de juro”, e referiu que já no período da pandemia houve tensão em torno desta questão dos créditos à habitação e o problema “foi ultrapassado” igualmente por negociação.

“Vamos aprovar um diploma que favorece essa negociação e elimina os custos associados a essa negociação. Portanto, acho que devemos encarar sem dramatismo a situação que estamos a viver”, defendeu.

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90% das empresas quer redução geral nos impostos e na fiscalidade sobre energia

  • Lusa
  • 26 Outubro 2022

Segundo o inquérito da Associação Empresarial de Portugal, “mais de 90% das empresas considera ‘importante’ ou ‘muito importante’ a redução da fiscalidade e a eliminação do ISP".

Cerca de 90% das empresas defende uma diminuição geral dos impostos no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), nomeadamente das tributações autónomas e da fiscalidade sobre a energia, assim como acordos internacionais para captação de mão-de-obra especializada.

Segundo a edição de outubro do inquérito da Associação Empresarial de Portugal (AEP) – promovido junto de 1.070 empresas associadas, de todo o país e de vários setores de atividade, e que este mês se focou no OE2023 – no IRC (Impostos sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas), “cerca de 90% consideram ‘importante’ e ‘muito importante’ a diminuição geral de impostos, especialmente das tributações autónomas”. Seguem-se a diminuição da derrama e o reforço dos incentivos fiscais.

Já no IRS, “a quase totalidade das empresas considera ‘importante’ ou ‘muito importante’ a redução de taxas e o ajustamento dos escalões”.

Na energia, “mais de 90% das empresas considera ‘importante’ ou ‘muito importante’ a redução da fiscalidade e a eliminação do ISP [Imposto sobre Produtos Petrolíferos]” e “mais de 95% defende como ‘importante’ ou ‘muito importante’ os apoios à eficiência energética e às empresas intensivas em energia.

Quanto ao mercado de trabalho, “quase 90% das empresas considera ‘importante’ ou ‘muito importante’ os acordos internacionais para captação de mão de obra especializada, seguindo-se, com cerca de 85%, a ligação entre salários e a produtividade e a redução da carga fiscal sobre o trabalho”.

Para o presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, os resultados deste inquérito “refletem bem as preocupações das empresas e as medidas que consideram importantes incluir no Orçamento do Estado para 2023 e vem corroborar os alertas” da associação.

“É uma proposta com pouca determinação no que toca à redução estrutural da carga fiscal sobre as empresas e sobre os recursos humanos, sobretudo os mais qualificados, fatores essenciais para a melhoria da produtividade e da competitividade e da retenção e atração de talento”, sustenta, salientando que “a redução da fiscalidade sobre o trabalho é a melhor forma de elevar o rendimento líquido disponível das famílias e apoiar a procura interna face à relevância do consumo privado na evolução do PIB, tendo em conta o peso dominante desta componente (64%)”.

Do inquérito da AEP resulta ainda, ao nível da dimensão empresarial e dos ganhos de escala, que “98% das empresas considera ‘importante’ ou ‘muito importante’ o reforço dos incentivos fiscais e financeiros para fusões e aquisições”.

Em matéria de fundos europeus, “a quase totalidade das empresas considera imperioso reduzir a burocracia, enquanto 95% considera ‘importante’ ou ‘muito importante’ o apoio do PT2030 à reindustrialização e os apoios do BPF [Banco Português de Fomento]”.

Já no âmbito da reforma do Estado, a associação destaca a “unanimidade” dos inquiridos quanto à importância da celeridade da justiça”, enfatizando ainda que “a larga maioria das empresas considera ‘importante’ ou ‘muito importante’ a melhoria do processo legislativo e a digitalização dos serviços públicos”.

Outras medidas que as empresas defendem que deviam estar incluídas na proposta de OE2023 são a redução do IVA e da taxa da Segurança Social, a não tributação dos lucros não distribuídos (retidos nas empresas para reforço dos capitais próprios) e a criação da conta corrente do contribuinte, com consolidação das várias tributações.

Ainda referida é a eliminação da obrigatoriedade de impressão da fatura simplificada ou documento equivalente quando é adicionado o número de contribuinte, a atuação “sobre a inconsistência da falta de mão de obra não qualificada, quando há pessoas a receber o subsídio de desemprego”, e a redução e maior controlo de apoios sociais, nomeadamente no subsídio de desemprego.

Uma maior penalização de fraudes fiscais e financeiras, a agilização da justiça e dos licenciamentos, a flexibilização das leis laborais e a acessibilidade dos fundos de investimento “para todas as empresas e não apenas as PME [pequenas e médias empresas]” são outras das medidas reclamadas.

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Crédito à habitação abranda pelo segundo mês, mas passa fasquia dos 100 mil milhões

Crédito para comprar casa cresceu 4,4% em setembro. Há sete anos que o montante de empréstimos para habitação não superava a fasquia de 100 mil milhões de euros.

O crédito à habitação voltou a abrandar em setembro, pelo segundo mês consecutivo, mas mesmo assim ultrapassou os 100 mil milhões de euros, revelam os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) esta quarta-feira. Esta fasquia do total de empréstimos para a compra de casa não era superada desde junho de 2015.

O montante total de empréstimos para habitação subiu 0,2 mil milhões de euros face ao final de agosto, para 100 mil milhões de euros. A subida em relação a setembro de 2021 foi de 4,4%, o que se traduz numa desaceleração pelo segundo mês consecutivo.

Segundo um relatório do BdP publicado na terça-feira, o crédito à habitação está a ficar mais caro, tendência notada já no terceiro trimestre do ano, com o aumento das taxas de juro. Além disso, os critérios de concessão de crédito também estão a apertar, sendo mais restritivos para a compra de casa.

Fonte: Banco de Portugal

Enquanto isso, em setembro, “os empréstimos ao consumo totalizavam 20,7 mil milhões de euros, mais 0,2 mil milhões de euros do que em agosto, o que reflete um crescimento de 6,3% relativamente a setembro de 2021 (5,9% no mês anterior)”, segundo o BdP.

Já os empréstimos concedidos às empresas totalizaram os 76,6 mil milhões de euros em setembro, mais 1,4% em relação a setembro de 2021. É também um abrandamento, sendo que no mês anterior, o crescimento foi de 1,5%.

O BdP disponibiliza ainda dados sobre os depósitos, que mostram que “os depósitos de particulares nos bancos residentes totalizavam 181,3 mil milhões de euros e os das empresas 64,3 mil milhões de euros”. Aqueles de particulares cresceram 6,9% em relação a setembro de 2021, enquanto os das empresas subiram 9,3% face ao período homólogo.

Quanto ao rácio de empréstimos sobre depósitos de particulares, este situou-se nos 71% em setembro, ou seja, por cada 100 euros de depósitos de particulares, os bancos tinham concedido 71 euros de empréstimos a particulares. Este indicador está abaixo dos 100% desde maio de 2013.

(Notícia atualizada às 11h45)

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Miguel Ros Galego substitui Paulo Fradinho na liderança da Mercer Marsh Benefits

O profissional substitui Paulo Fradinho, que vai assumir a recém-criada equipa de digital transformation.

Paulo Fradinho, até aqui líder da Mercer Marsh Benefits (MMB), vai deixar o cargo para assumir a nova equipa de digital transformation. Para o seu lugar entra Miguel Ros Galego, que também integrará a equipa regional Europa da MMB.

“Acredito que a minha experiência na liderança de equipas, o contributo dado para o crescimento de negócio e a minha disponibilidade para aprender serão fundamentais para que, em conjunto com toda a equipa da Mercer Marsh Benefits, consigamos continuar a trajetória positiva desta área de negócio e fazê-la crescer ainda mais”, afirma Miguel Ros Galego, em comunicado.

O profissional assume a liderança da área de MMB, passando a integrar a equipa de liderança da Mercer Portugal e a equipa regional da Europa da Mercer Marsh Benefits. Em 2015, juntou-se a equipa de sales da Marsh e, mais tarde, tornou-se líder da equipa de clientes corporate. Antes de chegar à Marsh, Miguel Ros Galego desenvolveu a sua carreira na atividade seguradora, tendo estado anteriormente no Grupo Coface, onde exerceu funções relacionadas com o desenvolvimento de negócio, gestão de clientes e liderança de equipas comerciais.

Paulo Fradinho liderava a equipa de MMB desde 2012. Agora, na liderança da recém-criada equipa de digital transformation, terá como desafio desenvolver plataformas digitais que permitam acelerar a captação de negócio, explorar melhor a base de clientes atuais e incrementar a cultura digital no grupo.

“A transformação digital é, mais do que uma tendência, uma realidade irreversível em qualquer área de negócio. É decisivo para o sucesso saber tirar partido das oportunidades que o digital oferece para captar novo negócio e introduzir soluções inovadoras para os nossos clientes. É com bastante motivação que aceito este novo desafio que, para além de ter um enfoque particular no desenvolvimento de ferramentas de servicing existentes, tem o aliciante de contribuir também para reforçar a cultura digital interna do Grupo em articulação com a área de people“, detalha o profissional.

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Euribor sobe para novo máximo a três meses. Recua a seis e 12 meses

  • Lusa
  • 26 Outubro 2022

Taxa Euribor sobe a três meses para novo máximo desde novembro de 2011 e recua a seis e a 12 meses para 2,103% e 2,690%, respetivamente.

As taxas Euribor subiram esta quarta-feira a três meses para um novo máximo desde novembro de 2011 e caíram a seis e a 12 meses face a terça-feira.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, baixou esta quarta-feira, pela segunda sessão consecutiva, para 2,103%, menos 0,003 pontos, contra um novo máximo desde fevereiro de 2009, de 2,132%, verificado em 24 de outubro. A média da Euribor a seis meses subiu de 0,837% em agosto para 1,596% em setembro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • No prazo de 12 meses, a Euribor também desceu esta quarta-feira, pela terceira sessão consecutiva, ao ser fixada em 2,690%, menos 0,035 pontos do que na terça-feira, depois de ter subido em 21 de outubro para 2,778%, um novo máximo desde dezembro de 2008. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 1,249% em agosto para 2,233% em setembro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou esta quarta-feira, pela sexta sessão consecutiva, ao ser fixada em 1,578%, mais 0,001 pontos do que na terça-feira e um novo máximo desde novembro de 2011. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 0,395% em agosto para 1,011% em setembro.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Portugal adia reembolso de 1.732 milhões de euros para depois de 2027

Numa operação de troca de dívida, o Estado conseguiu trocar 1732 milhões de euros de obrigações que iriam vencer em 2023 e 2024 e estender o seu reembolso para 2027, 2032 e 2052.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) realizou esta quarta-feira uma oferta de troca de dívida que resultou na compra de 1.732 milhões de euros que iriam vencer em 2023 e 2024 e na colocação desse montante em obrigações que vencerão em 2027, 2032 e 2052.

Com esta operação, o Estado conseguiu passar 1.023 milhões de euros para 2027 através da venda da OT 0,7% 15out2027, 384 milhões para 2032 através da OT 1,65% 16jul2032 e 325 milhões para 2052 por via da OT 1% 12abr2052.

Esta operação de troca de dívida permitirá ao Estado alongar parte da sua dívida para depois de 2027 e, acima de tudo, retirar alguma pressão para os próximos dois anos. Antes do leilão, a República apresentava mais de 21 mil milhões de obrigações do Tesouro a vencer entre 2023 e 2024. Agora esse valor foi reduzido em 8%.

A obrigação com maturidade em 2027 foi colocada no mercado com um preço 8,5% abaixo do seu valor nominal. A obrigação de 2032 foi vendida pelo IGCP com um desconto de 13% e a obrigação com maturidade em 2052 foi colocada no mercado por um preço 47% abaixo do seu valor nominal.

De acordo com dados da Reuters, minutos antes de se saber o resultado desta operação de troca, as respetivas obrigações estavam a negociar com uma yield de 2,5% (2027), 3,2% (2032) e 3,6% (2052).

Nas carteiras dos investidores, as obrigações do Tesouro têm apresentado uma desvalorização acentuada ao longo deste ano. A obrigação com vencimento em 2027 que o IGCP vendeu hoje acumula uma desvalorização de 20% desde o início do ano. A OT 1,65% 16jul2032 acumula perdas de 11% e a obrigação de 2052 regista uma desvalorização de 42% desde janeiro.

Este foi o segundo leilão de troca de dívida realizado este ano pelo IGCP. O primeiro teve lugar a 6 de julho e resultou no adiamento do reembolso de 763 milhões de euros que teriam lugar em 2023 e 2024 para 2028 e 2035.

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Andersen contrata Diogo Matos Oliveira e a sua equipa para reforçar o departamento de contencioso

Diogo Matos Oliveira integra a Andersen enquanto sócio coordenador do departamento de Contencioso, que passa a contar com uma equipa de 11 advogados em Lisboa.

A Andersen reforçou a sua equipa com a integração de Diogo Matos Oliveira como sócio coordenador do departamento de Contencioso. O advogado transita da Nobre Guedes & Associados.

“O novo sócio associa-se à Andersen com a sua equipa para incrementar as capacidades da prática de Contencioso em Portugal e reforça a forte aposta da firma na assessoria global e transversal dos seus clientes”, referem em comunicado.

O departamento de Contencioso da Andersen passa então a contar com uma equipa de 11 advogados em Lisboa, composta também pelos novos profissionais Pedro Pestana Bastos, que se integra como of counsel, Pedro de Sousa Batalha, Andreia Botelho, Teresa Tavares Ferreira e Carolina Freitas, como associados.

Diogo Matos Oliveira é licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa e reúne mais de 15 anos de experiência profissional em Direito Bancário, Imobiliário, Recuperação de Crédito, Insolvência e Restruturação de Empresas. Do seu percurso profissional, destaca-se o exercício da advocacia na F. Castelo Branco/Eversheds Sutherland, na Nobre Guedes, Mota Soares & Associados e legal manager no Barclays Bank PLC.

“A contratação do Diogo e da sua equipa para liderar a área de Contencioso e Recuperação de Crédito constituiu um passo fundamental no reforço e ampliação das áreas de atuação do nosso escritório ibérico e na concretização do plano estratégico de crescimento da sociedade”, sublinhou José Mota Soares, managing partner da Andersen em Lisboa.

José Vicente Morote e Íñigo Rodríguez-Sastre, managing partners da Andersen Iberia, destacaram ainda que esta incorporação representa “um grande avanço para o escritório de Lisboa, que passa também a oferecer um serviço full legal.

“A Andersen continua o seu plano de expansão incorporando ótimos profissionais para oferecer o melhor serviço jurídico e situar o escritório entre as principais firmas portuguesas, a curto prazo”, acrescentaram os dois sócios.

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Em 140 países, Portugal está em 27º no índice de qualidade do Estado de direito

Restrições ao Governo, ausência de corrupção, Governo aberto, direitos fundamentais, ordem e segurança, Justiça civil e Justiça criminal são alguns dos fatores analisados neste inquérito.

A qualidade do Estado de direito caiu em todo mundo pelo quinto ano consecutivo, de acordo com o Índice do Estado de Direito de 2022 do World Justice Project (WJP), lançado esta quarta-feira.

A pontuação de Portugal, em termos da qualidade do Estado de direito, desceu 1,5% no Índice deste ano. Encontra-se em 27º lugar de um total de 140 países em todo mundo, tendo caído uma posição desde o ano passado.

Portugal classifica-se em 20º lugar entre 31 países da União Europeia, Associação Europeia de Comércio Livre e América do Norte. O país com melhor desempenho da região é a Dinamarca (em 1º lugar de um total de 140 países em todo mundo), seguido pela Noruega e pela Finlândia. Os três países com as pontuações mais baixas da região foram a Croácia, a Bulgária e a Hungria (73º globalmente). Do total dos 140 países, o país com a pontuação mais baixa é a Venezuela, seguido pelo Camboja, Afeganistão, República Democrático de Congo e Haiti.

Globalmente 4,4 mil milhões de pessoas vivem em países onde o estado de direito caiu durante o último ano. “Estamos a emergir da pandemia, mas a recessão global ao nível do estado de direito mantém-se”, disse Elizabeth Andersen, diretora executiva do World Justice Project (WJP). “Fundamentalmente o estado de direito tem a ver com justiça — nomeadamente responsabilização, o direito à igualdade e justiça para todos. Um mundo menos justo será certamente um mundo mais volátil”.

Dados do Índice mostram que as tendências autoritárias antecedentes à pandemia — tais como um enfraquecimento das verificações sobre o poder executivo e um maior número de ataques sobre a comunicação social — continuam a contribuir para a queda do estado de direito em todo mundo.

Apesar disto, o declínio é menos acentuado do que no ano passado, quando a paralisação devido à Covid-19 “afetaram dramaticamente os sistemas de justiça e em que os governos aplicaram poderes de emergência que reduziram a liberdade cívica e contornaram mecanismos de responsabilização”, segundo a mesma fonte.

O Índice do Estado de Direito do WJP é a principal fonte em todo mundo de dados independentes sobre o estado de direito. Recorre a pesquisas detalhadas com mais de 154.000 cidadãos e 3.600 peritos e profissionais da justiça para a medição do estado de direito. Os fatores a ter em conta para esta avaliação são: restrições aos poderes governamentais, ausência de Corrupção, Governo Aberto, Direitos Fundamentais, ordem e Segurança, Justiça Civil e Justiça Criminal. É calculada a média das pontuações dos fatores para atribuir uma pontuação geral para cada país em termos de estado de direito.

Algumas das maiores quedas globais este ano foram nos fatores do Índice associados à ascensão do autoritarismo e na degradação do estado de direito a longo prazo. Este ano, diminuiu igualmente o respeito pelos direitos fundamentais em dois terços dos países. O controlo dos poderes governamentais — como a fiscalização por parte das entidades judiciais e legislativas e também pela comunicação social — caiu em 58% dos países este ano.

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Norte-americana Malwarebytes abre escritório em Lisboa e está a contratar

Quinto escritório da tecnológica na Europa, Lisboa "será outro importante polo tecnológico na Europa", garante a empresa. No próximo ano quer superar os 100 colaboradores.

A norte-americana Malwarebytes, empresa que atua na área da proteção cibernética em tempo real, abriu escritório em Lisboa e está a recrutar. Até ao final do ano quer contratar 25 pessoas e, no próximo ano, expandir a equipa para mais de 100 colaboradores.

“Para apoiar nosso rápido crescimento, a Malwarebytes precisava contratar pessoas que pudessem nos ajudar a continuar a crescer e desenvolver nossos produtos. Avaliamos várias cidades europeias e Lisboa subiu ao topo da lista por vários motivos: localização geográfica, fuso horário, infraestrutura, competências linguísticas e uma grande pool de talento técnico”, diz Fernando Francisco, vice-presidente sénior de operações internacionais, citado em comunicado.

“O escritório de Lisboa será uma parte estratégica da empresa e será outro importante polo tecnológico na Europa, além do nosso escritório de Tallinn com cerca de 150 funcionários hoje”, refere ainda o gestor.

O escritório de Lisboa será uma parte estratégica da empresa e será outro importante polo tecnológico na Europa, além do nosso escritório de Tallinn com cerca de 150 funcionários hoje.

Localizado no bairro de São Sebastião, em Lisboa, o novo escritório da Malwarebytes em Portugal é o quinto da empresa norte-americana na Europa, “em Tallin-Estonia e Lisboa Portugal (desenvolvimento de SW), Cork-Irlanda (centro administrativo), Peruggia-Italia e Bilbau, que resultam de aquisições de empresas locais pequenas”, precisa fonte oficial da companhia.

As primeiras contratações em Portugal são para a equipa de engenharia e, em breve, a empresa abrirá ofertas para gestão de produto, apoio ao cliente e pesquisa. No próximo ano o objetivo é atingir mais de 100 colaboradores.

O escritório irá funcionar com um modelo híbrido, permitindo realizar candidaturas em todo o país. A empresa “planeia fazer parcerias com universidades locais, bem como como instituições académicas em todo o país.”

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Diretor da PJ diz que ninguém o “calará” porque tem obrigação de “agitar as águas”

  • Lusa
  • 26 Outubro 2022

O diretor da PJ disse que ninguém o “calará” porque tem “obrigação, idade e estatuto para poder agitar as águas”, depois do bastonário dos advogados ter apresentado uma participação disciplinar.

O diretor da Polícia Judiciária (PJ) disse na terça-feira que ninguém o “calará” porque tem “obrigação, idade e estatuto para poder agitar as águas”, depois do bastonário da Ordem dos Advogados ter apresentado uma participação disciplinar devido a declarações suas.

“Trabalhei 23 anos e meio na área do crime violento, tratei de decisões muito duras e corajosas para salvar vidas, estive em situações operacionais de elevada perigosidade (…) e não era agora uma situação destas que me iria causar qualquer rebuço, qualquer receio, até porque, eu tenho obrigação, idade e estatuto para poder agitar as águas”, afirmou Luís Neves.

O bastonário dos Advogados reagiu e, nas suas redes sociais, escreveu que “o senhor Diretor Nacional da Polícia Judiciária tem que perceber que a sua função não é ser “agitador de águas” e que, se a cédula profissional lhe deu trabalho a conquistar, também dá trabalho a manter, como sucede com todos os advogados. Se quer manter-se como advogado, tem que cumprir os deveres deontológicos da advocacia, e entre eles inclui-se o de não prejudicar os fins e prestígio da Ordem dos Advogados e da advocacia.”

O diretor da PJ reagia ao facto do Conselho de Deontologia de Lisboa da Ordem dos Advogados (CDLOA) ter criticado declarações suas e confirmado que a participação disciplinar apresentada pelo bastonário Luís Menezes Leitão “seguirá agora a devida tramitação”.

Em causa estão declarações de Luís Neves numa entrevista ao Observador em 17 de outubro, na qual disse que nos processos de criminalidade económico-financeira há um “terrorismo judiciário, com recursos permanentes e incidentes processuais que entorpecem os autos” até uma decisão final, responsabilizando os advogados por essa situação e considerando que é uma das causas para a morosidade da justiça.

No final da cerimónia comemorativa do 77.º aniversário da PJ, no Porto, Luís Neves realçou que “todos” têm responsabilidades nos atrasos processuais, por isso, que “ninguém se ponha de fora”.

Luís Neves garantiu que “nunca quis faltar ao respeito, nem falta ao respeito a ninguém” recordando que, antes de ingressar na PJ, foi advogado com “muita honra e orgulho”, tendo a cédula profissional dado trabalho a conquistar.

“Eu digo e repito, a nós, polícias, só nos move uma coisa que é a descoberta da verdade material, mas há quem queira fugir dessa descoberta da verdade material. Nós nunca nos desviaremos desse caminho”, frisou.

O diretor da PJ salientou que ninguém o calará, nem lhe tirará o bem mais precioso que tem “que é a liberdade”, liberdade essa que, disse, exercita “para contribuir para que as coisas no país possam ser cada vez melhores”.

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Semana de quatro dias tem “caminho muito longo” a percorrer

  • Lusa
  • 26 Outubro 2022

O projeto-piloto da semana de quatro dias, que deverá ser apresentado pelo Governo na próxima reunião da Concertação Social, em novembro.

A semana de quatro dias ainda tem “um caminho muito longo” a percorrer até ser implementada em Portugal, sendo cedo para dizer como deverá ser legislada, defende Pedro Gomes, coordenador do projeto-piloto sobre o tema.

O projeto-piloto da semana de quatro dias, que deverá ser apresentado pelo Governo na próxima reunião da Concertação Social, em novembro, “é um primeiro passo de uma caminhada que vai demorar muitos anos a fazer”, disse à Lusa o economista e professor em Birkbeck, Universidade de Londres, responsável pelo desenho do projeto.

“É preciso que fique muito claro na opinião pública portuguesa que o caminho é muito, muito, muito longo e que começamos sem fazer promessas” quanto à data da sua implementação em Portugal, acrescentou Pedro Gomes.

Sobre a forma de como deve ser legislada a semana de quatro dias, o economista considera que “ainda é muito cedo” para dizer se deverá ser feita na lei geral ou por acordos setoriais coletivos, indicando que só depois de se avaliarem os efeitos do projeto-piloto nas empresas e trabalhadores se poderá avançar para esta fase.

A experiência piloto vai decorrer “numa pequena escala” para que se possa aprender como fazer esta mudança em Portugal e avaliar os seus efeitos “quer do lado da produtividade das empresas, quer do lado do bem-estar e saúde física e mental dos trabalhadores”, explicou Pedro Gomes, sublinhando que é preciso um “debate amplo” sobre a matéria.

“Espero que os resultados possam informar os parceiros sociais — sindicatos e entidades patronais — e também os partidos políticos, para depois do debate amplo que já se está a fazer na opinião pública, então aí sim – pensarem se vale a pena seguir este caminho”, afirma o professor.

Pedro Gomes, autor do livro “Sexta-feira é o Novo Sábado”, foi convidado pelo Governo para desenhar e coordenar o projeto-piloto da semana de quatro dias em Portugal.

O Governo vai apresentar o desenho do projeto-piloto referente à semana de quatro dias na próxima reunião da Concertação Social, em novembro, disse na sexta-feira à Lusa fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

“Os moldes deste projeto serão apresentados e partilhados aos parceiros sociais na próxima reunião da CPCS [Comissão Permanente da Concertação Social], em novembro”, avançou o gabinete da ministra Ana Mendes Godinho, sem precisar o dia.

Segundo a mesma fonte, o lançamento do estudo sobre a semana de quatro dias “será ainda em 2022, com a inscrição das empresas interessadas e uma primeira fase de preparação e calibração de expectativas, com o objetivo de concretizar o projeto-piloto em 2023”.

O ministério reafirma que a participação das empresas no projeto-piloto será “voluntária e reversível, assegurando sempre os direitos dos trabalhadores (sem corte salarial)”.

Na Agenda do Trabalho Digno, o Governo afirma que pretende promover um amplo debate nacional, em particular na Concertação Social, sobre novas formas de gestão e equilíbrio dos tempos de trabalho, numa lógica de melhoria da qualidade de vida e da conciliação da vida profissional, pessoal e familiar.

O projeto deverá abranger tanto o setor privado como o público.

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Ministra diz que orçamento na justiça é “reforçado” e permite “forte investimento” na PJ

  • Lusa
  • 26 Outubro 2022

A ministra da Justiça afirmou que o Orçamento do Estado para 2023 nesta área é um “orçamento reforçado”, o que permite que haja um "forte" investimento também na Polícia Judiciária.

A ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, afirmou na terça-feira que o Orçamento do Estado para 2023 nesta área é um “orçamento reforçado”, o que permite que haja um “forte” investimento também na Polícia Judiciária (PJ).

“O Orçamento de Estado na área da justiça é um orçamento reforçado, o que permite fazer com que haja um investimento forte também na Polícia Judiciária (PJ) e, portanto, naturalmente que estou contente com este orçamento da justiça”, disse Catarina Sarmento e Castro na cerimónia do 77.º aniversário da PJ, no Porto.

A governante referiu que “tudo fará” para prover as necessidades dos organismos que todos os dias fazem chegar a Justiça, através de vários rostos e de várias valências, aos cidadãos.

Sobre os atrasos nos processos, a ministra da Justiça garantiu que tem havido melhorias grandes. “Se tiverem o cuidado de olhar para as estatísticas da justiça, as pendências estão a diminuir muito e, de facto, nos últimos tempos tem havido uma grande melhoria desse ponto de vista”, ressalvou.

Presente na cerimónia, o diretor da PJ, Luís Neves, também considerou que as coisas estão, de facto, “francamente melhores” em matéria de atrasos processuais. “O sistema ainda não sente, mas as coisas, paulatinamente, vão lá”, considerou.

Na opinião do responsável, em todas as esferas da investigação criminal, exceto na corrupção, há uma resposta “célere, pronta e eficaz” e melhor do que na maior parte dos países ocidentais e da União Europeia.

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