Extensão da linha vermelha vai atrair mais 11 milhões de passageiros para o metro de Lisboa

O Metropolitano de Lisboa já enviou à Agência Portuguesa do Ambiente o processo de licenciamento ambiental para a extensão da linha vermelha entre a estação de São Sebastião e Alcântara, depois de ter concluído o estudo para efeitos da Avaliação de Impacte Ambiental. As quatro novas estações deverão resultar num acréscimo no primeiro ano de 11 milhões de passageiros, estima a empresa.

É esperado que os trabalhos arranquem este ano e estejam concluídos em 2025/2026. Nesta extensão, prevê-se a construção de três novas estações subterrâneas (Amoreiras, Campo de Ourique e Infante Santo) e uma estação à superfície (Alcântara).

Já está concluída a fase de estudo prévio do prolongamento da linha Vermelha, que “deverá iniciar-se a partir da zona já construída, localizada após a estação São Sebastião, através de um troço em túnel construído junto ao Palácio da Justiça e terá uma extensão total de cerca de quatro quilómetros, incluindo cerca de 380 metros em viaduto”, explica o metropolitano num comunicado.

No estudo, o metropolitano consultou 41 entidades/empresas para “obtenção de informação de cadastro de infraestruturas na área de intervenção do presente projeto e sua envolvente, no concelho de Lisboa, ou fornecimento de outra informação que considerada relevante para o desenvolvimento do estudo em causa”.

Na análise a 30 anos, é estimado que “os benefícios gerados por este projeto da linha Vermelha ascendem a 1.047 milhões de euros”, acrescenta o Metropolitano. Além disso, esta nova configuração “vai conseguir retirar da circulação diária de Lisboa 3,7 mil viaturas individuais, o que significa menos 6,2 mil toneladas de CO₂ no primeiro ano de operação”.

O prolongamento da linha Vermelha está enquadrado no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tendo um financiamento no montante global de 304 milhões de euros.