Com incidência a disparar, DGS volta a esticar matriz de risco da Covid

A matriz de risco começou por ter como limite uma incidência de 240 casos por 100 mil habitantes. Esta faixa já subiu agora para os 3.840 casos, com a Ómicron a fazer aumentar as infeções.

Portugal tem atingido novos recordes nos números da pandemia nos últimos tempos, tanto nos casos diários como, por consequência, na incidência do vírus. Com este indicador a disparar, a Direção-Geral da Saúde (DGS) tem-se visto obrigada a estender a matriz de risco, para acomodar o ponto referente ao número de casos por 100 mil habitantes. Atualmente, o limite é de 3.840 casos, com o vermelho que representa o nível de risco a escurecer cada vez mais.

A DGS atualiza a matriz três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas-feiras. A atual semana arrancou com a matriz a terminar nos 1.920 casos, limite que tinha sido estendido pela última vez a 31 de dezembro. Já quarta-feira trouxe um “quadradinho” maior: estendia-se até aos 2.240 casos e era colorido a roxo.

Matriz de risco de 5 de janeiro

Já na atualização final desta semana, a incidência atingiu os 2.438,8 casos por 100 mil habitantes a nível nacional, e 2.444,5 no continente, forçando o limite da matriz a chegar aos 3.840 casos.

Matriz de risco de 7 de janeiro

É de recordar que a matriz já tem vindo a ser aumentada, sendo que no início tal acontecia através de uma duplicação dos limites. O quadrado que os portugueses seguiam com atenção quando foi lançado tinha como limite os 240 casos. Esta faixa foi duplicada em julho, quando a taxa de vacinação permitia já acomodar números mais elevados, considerando assim um novo nível de risco.

O limiar da incidência voltou a duplicar para 960 casos por 100 mil habitantes, a 13 de dezembro, quando as infeções já estavam a disparar. Foi então no último dia do ano que veio mais uma atualização da matriz, e que se tem voltado a repetir nos últimos dias.

Na atualização mais recente, desta sexta-feira, para além de voltar a aumentar o limite da incidência, também cresceu a linha que mede o índice de transmissibilidade (Rt). Esta fronteira situava-se nos 1,5 desde o início, mas esticou agora para os 2,5. Isto apesar deste indicador não estar a crescer ao mesmo ritmo que a incidência (fixa-se agora nos 1,32).

Estes níveis ocorrem numa altura em que a nova variante do coronavírus, Ómicron, traz uma maior transmissibilidade e por isso multiplica os contágios. Além disso, o nível de testagem está também em máximos, levando o país a descobrir mais casos assintomáticos.

Ainda assim, os especialistas, na última reunião do Infarmed, sinalizaram que a variante, apesar de mais transmissível, não se tem traduzido numa doença mais grave. Desta forma, foi possível uma revisão das medidas de restrição por parte do Governo, que manteve no entanto o teletrabalho obrigatório até dia 14 de janeiro.

Recorde aqui a primeira matriz de risco da Covid-19:

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