Rui Rio deixa liderança do PSD até julho

Rio anunciou que não vai ser "candidato a presidente do PSD nas próximas eleições" do partido e antecipa que as diretas sejam "durante o 1.º semestre deste ano ou o mais tardar no início de julho".

Rui Rio confirmou esta terça-feira que não vai ser “candidato a presidente do PSD nas próximas eleições diretas”, por considerar que não há “utilidade” em continuar à frente da liderança dos sociais-democratas. Data das eleições será decidida em Conselho Nacional, a 19 de fevereiro.

Não sou candidato a presidente do PSD nas próximas eleições diretas” disse, em declarações aos jornalistas transmitidas pelas televisões, após a reunião da Comissão Política Nacional dos sociais-democratas. “Não vejo, neste momento, utilidade nem nenhum objetivo em levar o mandato até aí”, justificou.

Nesse contexto, Rui Rio diz que o PSD vai reunir o Conselho Nacional a 19 de fevereiro, em Barcelos, que vai “decidir a data em que quer realizar as próximas eleições diretas”. Apesar de a decisão final estar do lado dos conselheiros do partido, o atual líder do PSD defende que a liderança do partido deve estar resolvida “durante o primeiro semestre deste ano ou o mais tardar no início de julho“. “Se quiser antecipar ainda mais, também pode antecipar ainda mais”, atirou.

Questionado sobre se algum putativo candidato à liderança do PSD lhe pediu tempo para preparar a mudança de pasta, Rui Rio disse que ninguém lhe “pediu nada”. “Só estou a dizer que, com equilíbrio sensatez e sentido de responsabilidade, não faz sentido nenhum sair o mais depressa possível. Agora não posso é estar disponível para o fim do mandato que demora ainda quase mais dois anos quando não vejo nenhum objetivo concreto a prosseguir”, sinalizou.

Por fim, Rui Rio garantiu ainda que não vai “interferir em nada daquilo que vão ser as próximas eleições e os próximos candidatos” do PSD e considera que a sua saída não vai fragilizar as decisões do partido no Parlamento. “Eu tenho legitimidade para ser presidente do partido dois anos, eu é que não quero. Eu tenho a legitimidade toda para o ser e, portanto, o partido tem um presidente que vai assumir, enquanto aqui estiver, tudo aquilo que deve ser assumido. Não há vazios”.

Ainda sobre os resultados eleitorais, que deram a maioria absoluta ao PS, Rui Rio justifica a derrota com o “voto útil à esquerda, derivado da “perda enorme” de votos do BE, PCP e PAN “para o Partido Socialista”, bem como a incapacidade do PSD angariar votos à direita e “um conjunto de promessas” dos socialistas.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h18)

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