BCE volta a apertar exigências à banca após folga na pandemia

Supervisor acredita que bancos estão preparados para voltarem às exigências de capital e alavancagem que tinham antes da pandemia e vai retirar medidas de flexibilidade este ano.

Desde o início da pandemia que os bancos tinham uma “folga” do Banco Central Europeu (BCE) no que diz respeito às exigências de capital e de alavancagem, mas essas medidas de flexibilidade vão mesmo terminar este ano, avisou o supervisor esta quinta-feira.

“A margem de capital que criámos para os bancos no início da pandemia ajudou-os a continuar a emprestar dinheiro às famílias e às empresas. Hoje estamos a dar clareza sobre o caminho de regresso à normalidade. Estamos a confirmar o cronograma inicialmente previsto para um regresso à supervisão normal da adequação de capital e de alavancagem dos bancos”, afirma Andrea Enria, presidente do Conselho de Supervisão do BCE.

Em março de 2020, o BCE permitiu aos bancos operarem temporariamente abaixo do nível de capital definido para o pilar 2 e do buffer de conservação de capital para responder ao choque da pandemia, medida que, mais tarde, veio a ser prolongada até final de 2022.

Já em setembro de 2020, o BCE voltou a dar outra folga ao setor ao permitir a exclusão de algumas exposições junto do banco central dos denominadores dos rácios de alavancagem, tendo em conta as circunstâncias excecionais da pandemia. Em junho do ano passado, o BCE estendeu a medida até final de março de 2022.

Estes prazos foram agora confirmados, com o supervisor europeu a frisar que, embora continue a pairar alguma incerteza em relação ao impacto da pandemia, “os bancos têm ampla margem acima de seus requisitos de capital e acima do requisito de rácio de alavancagem” para regressarem à normalidade assim que as medidas saírem de cena.

De acordo com o BCE, o rácio de capital Common Equity Tier 1 dos bancos sob a sua supervisão situava-se nos 15,47% em setembro, enquanto o rácio de alavancagem estava nos 5,88%.

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