Kiev diz que “não tem intenção” de atacar territórios separatistas

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2022

Governo ucraniano diz que Kiev "não tem intenção" de lançar ofensivas contra territórios separatistas ou na Crimeia e acusa a Rússia de aumentar para 149 mil o número de efetivos na fronteira.

O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksi Reznikov, disse esta sexta-feira que Kiev “não tem intenção” de lançar ações ofensivas contra os territórios separatistas no leste do país ou na península anexada da Crimeia.

“Nós reforçamos a nossa defesa mas não temos a intenção de lançar qualquer ofensiva” contra os territórios separatistas, disse Reznikov durante uma sessão no Parlamento de Kiev acrescentando que Moscovo aumentou para 149 mil o número de efetivos na zona de fronteira.

A Rússia tem acusado a Ucrânia de estar a preparar um ataque contra o leste da Ucrânia e a Crimeia, sendo que nas últimas horas Kiev e os separatistas acusaram-se mutuamente de ataques.

Esta sexta-feira, as autoridades ucranianas referiram 20 violações do cessar-fogo pelos separatistas pró-russos durante a última noite, enquanto as milícias pró-russas acusaram as Forças Armadas de Kiev de terem efetuado 27 disparos nas últimas horas.

Esta sexta-feira, o Kremlin considerou “muito inquietante” a nova vaga de violência entre as forças de Kiev e os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia.

“O que se passa em Donbass é muito inquietante e é potencialmente muito perigoso” disse esta sexta-feira aos jornalistas o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Em 2014, a Rússia invadiu o leste da Ucrânia e anexou a Península da Crimeia, sendo que a guerra “de facto” na região de Donbass provocou até esta sexta-feira mais de 14 mil mortos, de acordo com as Nações Unidas.

Na quarta-feira, a Câmara Baixa do Parlamento russo (Duma) aprovou um apelo dirigido ao presidente russo Vladimir Putin para reconhecer a independência dos territórios separatistas da Ucrânia, numa altura em que se verifica uma elevada concentração de tropas de Moscovo na zona de fronteira.

O reconhecimento da independência destes territórios pode significar o fim dos acordos de Minsk, firmados em 2015 sob a mediação da França e da Alemanha.

Entretanto, nos últimos meses 720 mil residentes das zonas separatistas (leste da Ucrânia) receberam passaportes russos e estatuto de cidadania por parte de Moscovo.

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