Portugal avança para nova emissão sindicada a 10 anos

IGCP contratou bancos para colocar no mercado uma nova linha de referência a dez anos. Portugal testa apetite de investidores num período marcado pela subida dos juros no mercado secundário.

Portugal prepara-se para realizar uma nova emissão de dívida sindicada. O IGCP contratou bancos para ajudar na colocação de uma nova linha de obrigações do Tesouro a dez anos, de acordo com a agência de informação financeira IFR. A operação poderá ter lugar esta quarta-feira, tendo em conta o histórico deste tipo de emissões.

É a segunda operação do género que a agência liderada por Cristina Casalinho realiza este ano. Logo a abrir o ano, o IGCP captou um financiamento de três mil milhões de euros com títulos a 20 anos, com uma taxa de juro a rondar os 1,2%.

Barclays, BBVA, CaixaBI, Deutsche Bank, JPMorgan e Santander são os bancos contratados pelo IGCP para venderem as obrigações com maturidade em 16 de julho de 2032 e que contam com ratings de Baa2 da Moody’s e de BBB da S&P e Fitch.

Portugal volta a testar o apetite dos mercados em condições bem mais turbulentas do que aquelas que encontrou ainda no arranque do ano, devido, sobretudo, à escalada da inflação (tendência agravada com a subida dos preços da energia, na sequência da guerra na Ucrânia) e à expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) tenha de ser mais agressivo na esperada normalização da política monetária. A inflação na Zona Euro atingiu um valor recorde de 7,5% em março.

Neste cenário, os juros das obrigações têm estado a subir de forma significativa nas últimas semanas em mercado secundário, com a yield dos títulos a dez anos a atingir máximos de três anos perto dos 1,5% — que serve de referência para este tipo de operações.

Este ano, Portugal tem de reembolsar os investidores em mais de oito mil milhões de euros relativamente a obrigações que vencem em outubro.

(Notícia atualizada às 14h20)

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