Brent cai 3% e volta a negociar abaixo dos 100 dólares por barril

Preço do Brent está em queda nos mercados internacionais, pressionado pela libertação de milhões de barris das reservas estratégicas ocidentais e pelos confinamentos da Covid na China.

O preço do petróleo está novamente em queda nos mercados internacionais, com o barril de Brent a voltar a transacionar abaixo dos 100 dólares em Londres e em Nova Iorque. A desvalorização ocorre depois de vários países terem anunciado planos para libertar volumes recorde de matéria-prima das reservas estratégicas e numa altura em que são implementados vários confinamentos na China, que deverão pressionar a procura.

Ao início da tarde em Lisboa, o barril de Brent, referência para as importações nacionais, cai 2,99%, para 99,74 dólares — desde 16 de março que não fecha abaixo dos 100 dólares. Já o WTI desvaloriza 3,4%, para 94,20 dólares. Durante as últimas semanas, o mercado petrolífero assistiu ao período de maior volatilidade desde junho de 2020, refere a CNBC.

Evolução do preço do Brent:

O mercado tem acompanhado os desenvolvimentos na China, onde as autoridades continuam a manter Xangai, uma cidade com 26 milhões de habitantes, com “tolerância zero” à Covid-19. E a China é o maior importador de petróleo do mundo, o que levanta preocupações sobre os impactos que esses confinamentos terão na procura por petróleo.

Além disso, este desempenho acontece depois de os países membros da Agência Internacional de Energia (AIE) terem anunciado que vão libertar dezenas de milhões de barris de petróleo nos próximos meses. O objetivo desta decisão é compensar o défice de petróleo russo depois de Moscovo ter sido atingida por pesadas sanções após a invasão da Ucrânia.

“O petróleo está a perder força devido aos esforços conjuntos de libertação de reservas de petróleo pelos Estados Unidos e pelos países da AIE, juntamente com o enfraquecimento da procura devido aos confinamentos na China”, diz Tina Teng, analista da CMC Markets, citada pela CNBC.

Esta segunda-feira, Joe Biden vai reunir por videoconferência com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, informou a Casa Branca. Este encontro acontece depois de os Estados Unidos terem deixado claro que não querem ver um aumento nas importações de energia russa pela Índia.

(Notícia atualizada às 12h15 com novas cotações)

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