Cartier aumenta preços entre 3% e 5%. CEO diz que a procura irá resistir aos aumentos

O CEO da Cartier mostrou-se confiante de que a procura pelos bens de luxo irá resistir ao aumento dos preços esperado para as próximas semanas. Aumento irá compensar custo das matérias-primas.

A marca de luxo francesa Cartier vai aumentar o preço dos seus produtos, entre 3% a 5%, nas próximas semanas, e está confiante de que a procura irá resistir a este aumento, avançou esta quinta-feira a Bloomberg (acesso condicionado).

Segundo o CEO da fabricante de relógios e joalharia, Cyrille Vigneron, este aumento irá compensar, em parte, a valorização do dólar americano e do yuan chinês face ao euro, bem como o aumento dos custos de matérias-primas como diamante, ouro e platina.

Enquanto marcas como a Chanel aumentaram o preço de alguns produtos em mais de 50%, a Cartier planeia um aumento entre 3% e 5%. “Estamos num negócio a longo prazo e temos que ter cuidado para não ajustar os nossos preços demasiado rápido”, disse Vigneron.

Vigneron avançou que a Cartier registou vendas “robustas” nos EUA, Europa, Oriente Médio, Coreia do Sul e Japão, ao passo que o CEO da Cartier na América do Norte, Mercedes Abramo, aponta para uma “tremenda resiliência” do setor. O CEO acrescentou ainda que “o crescimento geral da riqueza mundial e a sua distribuição geral estão a favorecer o luxo”, pelo que o CEO não vê grandes obstáculos ao negócio, mas sim “soluços” a longo prazo.

Vigneron admitiu também que o volume de vendas registado vai ajudar a combater a quebra esperada no mercado asiático, fruto das restrições de combate ao Covid-19 em vigor na China. Apesar disto, o CEO mostra-se confiante de que a China irá recuperar, e ajudar a manter a procura global por bens de luxo, admitindo que o mercado asiático tem “provavelmente, o maior potencial de crescimento nos próximos cinco a dez anos”.

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