Nas notícias lá fora: Pegasus, IBM e gás

  • ECO
  • 20 Abril 2022

O Parlamento Europeu vai investigar casos de espionagem com o software Pegasus. A IBM anunciou queda homóloga de 23% nos lucros no primeiro trimestre.

O Parlamento Europeu vai criar uma comissão de inquérito para investigar os escândalos causados pelo sistema de espionagem informática israelita Pegasus. A IBM anunciou menos 23% de lucros no primeiro trimestre face ao mesmo período do ano passado. E a Argélia não tem gás extra suficiente para disponibilizar rapidamente ao continente europeu. Conheça as notícias que marcam a atualidade internacional esta quarta-feira.

Euronews

Parlamento Europeu vai investigar escândalos de espionagem com o software Pegasus

O Parlamento Europeu vai criar uma comissão de inquérito para investigar os escândalos causados pelo Pegasus, um sistema de espionagem informática utilizado por governos da União Europeia (UE) para espiar políticos, jornalistas ou outras autoridades. “A gravidade do escândalo Pegasus não pode ser subestimada”, salientou a eurodeputada liberal neerlandesa Sophie in’t Veld, que deverá pertencer ao comité. A comissão irá investigar se o uso deste spyware violou a legislação da UE e os direitos fundamentais. Segundo o Renew Europe, o terceiro maior grupo do PE, o relatório deve ser realizado no espaço de um ano. O comissário europeu para a Justiça, o belga Didier Reynders, estará entre os funcionários europeus espiados com o Pegasus, da empresa israelita NSO.

Leia a notícia completa no Euronews (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

Argélia tem dificuldades em satisfazer procura crescente pelo seu gás após invasão russa da Ucrânia

O facto de os países europeus procurarem afastar-se do gás russo poderia ser uma oportunidade de ouro para a Argélia, o terceiro maior fornecedor de gás natural do continente europeu, conquistar uma maior quota no mercado energético da Europa. Contudo, especialistas em energia disseram ao Financial Times que o país do norte de África, com cerca de 8% de quota de mercado na Europa, não tem gás extra suficiente para disponibilizar rapidamente ao continente. O problema, segundo os especialistas, deve-se ao longo período de escasso investimento estrangeiro no setor dos hidrocarbonetos do país, que o deixou com uma capacidade excedentária limitada.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

CNBC

Lucros da IBM no primeiro trimestre caem 23%

A IBM anunciou lucros no primeiro trimestre de 733 milhões de dólares (679 milhões de euros), ou seja, menos 23% face aos registados no mesmo período do ano passado. Apesar da redução dos lucros, a empresa sediada em Armonk, no Estado de Nova Iorque, faturou, nos três primeiros meses do ano, mais 17% em termos homólogos, ao encaixar 14,197 mil milhões de dólares. Os resultados da IBM, que foram melhores do que o esperado pelos analistas, animaram os investidores, que levaram as ações a subir 2,36% nas operações eletrónicas posteriores ao encerramento da praça nova-iorquina.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês)

El Economista

México nacionaliza explorações de lítio

O Parlamento mexicano aprovou a nacionalização da futura exploração do lítio no país, onde, segundo peritos, não são ainda conhecidas as verdadeiras reservas deste mineral, essencial para as baterias elétricas. A maioria do partido do Presidente Andrés Manuel Lopez Obrador aprovou no Senado uma lei que proíbe qualquer nova concessão mineira de lítio, que foi declarado “património da nação”. A lei já tinha sido aprovada no dia anterior na Câmara dos Deputados. Entre as duas votações, o chefe de Estado disse que o seu Governo iria “rever” as concessões já aprovadas, numa referência aos 150.000 hectares concedidos pelo seu antecessor, Enrique Peña Nieto (2012-2018).

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Cinco Días

Telefonica e K Fund lançam primeira tranche do novo fundo Leadwind

A Telefonica e o K Fund, um dos maiores fundos de capital de risco da Península Ibérica, realizaram a primeira parcela do seu fundo Leadwind, no total de 140 milhões de euros. O fundo será para investir em startups e scaleups tecnológicas, na Península Ibérica e na América Latina, dedicadas a setores como inteligência artificial (IA) ou blockchain. Com um teto máximo de 250 milhões de euros e uma capacidade para investimentos de, pelo menos, cinco milhões por empresa, o Leadwind é apoiado por “investidores-âncora” como a Telefonica, BBVA, Go-Hub, ALSA, SATEC, assim como por “investidores institucionais” como AXIS-ICO.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Esmagadora maioria dos portugueses quer menos impostos sobre os combustíveis

  • ECO
  • 20 Abril 2022

Sondagem revela que 91,8% dos inquiridos defende que o Governo deveria baixar os impostos sobre os combustíveis. Quase 80% entende que a escalada de preços se deve também a erros de governação.

A grande maioria dos portugueses (91,8%) defende que o Governo deveria baixar os impostos sobre os combustíveis, de modo a permitir preços mais em conta para os consumidores, segundo uma sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã (acesso pago). Apenas 3,9% dos 608 inquiridos se mostraram contra um corte na tributação sobre gasóleo e gasolina.

Além disso, 78% entende que a escalada de preços se deve a erros de governação e não apenas à guerra na Ucrânia, enquanto 15,6% culpam o conflito. A maioria (84,9%) defende ainda que o Executivo deveria adotar mais medidas para diminuir as consequências do custo dos combustíveis.

Entre as várias medidas anunciadas recentemente pelo Governo para mitigar as sucessivas subidas de preços constam a redução do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP), que torna o imposto equivalente à descida do IVA para 13%, a devolução da receita adicional de IVA via ISP e a suspensão da subida da taxa de carbono até final do ano. Em discussão em Bruxelas, está ainda uma baixa do IVA dos combustíveis, mas a proposta não está a reunir consenso.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa no vermelho em dia de ganhos ligeiros na Europa

O dia arranca no vermelho para a praça lisboeta, com quedas da Altri e do grupo EDP. BCP impede maiores perdas e sobe mais de 1%.

A bolsa de Lisboa arrancou a sessão a prolongar as perdas sentidas na terça-feira, contrariando a tendência vivida nas congéneres, num dia que começa com ganhos muito ligeiros nas praças europeias. Quedas da Jerónimo Martins e da EDP penalizam o desempenho do índice de referência nacional.

No arranque da sessão, o benchmark europeu Stoxx 600 sobe 0,1%, a par com o alemão DAX, enquanto o francês CAC-40 avança 0,3% e o espanhol IBEX-35 ganha 0,2%. Já o britânico FTSE 100 negoceia na linha de água.

Em Lisboa, o PSI cai 0,38% para os 6.083,35 pontos esta manhã. A maioria das 15 cotadas está a negociar no vermelho, enquanto três se encontram em terreno positivo.

A liderar as quedas do índice de referência nacional encontra-se a Jerónimo Martins, que recua 1,44% para os 20,56 euros, e a Altri, que cai 1,27% para os 6,59 euros.

Destaque também para a família EDP: a casa-mãe cai 0,83% para os 4,65 euros enquanto a subsidiária EDP Renováveis perde 0,88% para os 22,60 euros. O grupo revelou esta terça-feira os dados operacionais do primeiro trimestre, que mostram que a EDP Renováveis produziu mais 14% de energia limpa. Já a EDP viu o inverno mais seco desde 1931 afundar a geração hídrica.

Nos ganhos do PSI, nota para o BCP, que sobe 1,30% para os 0,1713 euros, bem como para os CTT, que sobem 0,68% para os 4,44 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Portugal tem falta de ambição”, diz António Horta Osório

  • ECO
  • 20 Abril 2022

António Horta Osório defende que deve existir um debate a nível nacional para criar metas mais ambiciosas.

António Horta Osório defende que “Portugal tem falta de ambição”, questionando, em entrevista ao Público (acesso condicionado), “porque é que como país estamos satisfeitos com um rendimento médio de 1.100/1.200 euros por mês?“. O banqueiro português diz ser necessário um debate a nível nacional, pluripartidário.

Para Horta Osório, é necessário criar “condições de investimento nos setores de ponta” e os recursos “devem ser sobretudo alocados ao setor privado”, apesar de o Estado ter um “papel importante de regulação e de assegurar que não há abusos nem externalidades”. Além disso, as condições fiscais e de apoio aos investimentos “têm de ser norteadas no sentido de ver onde é que o país tem vantagens comparativas”, considera.

O gestor acredita que a maioria absoluta de António Costa pode ser “uma vantagem”, já que o Governo tem a possibilidade de “implementar as políticas que acha que são as mais adequadas e ser responsável por essas políticas”. Ainda assim, considera que para aplicar mudanças é necessário um “debate a nível nacional que deve ser pluripartidário e supra-geracional”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Horta Osório, Impostos e SEF

  • ECO
  • 20 Abril 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Uma sondagem revela que 91,8% dos inquiridos defendem que o Governo deveria baixar os impostos sobre os combustíveis. A guerra na Ucrânia ameaça a avaliação do rating português, apesar das projeções confiantes das agências de notação financeira. António Horta Osório, que recentemente se demitiu do Credit Suisse, afirma numa entrevista ao Público que Portugal tem “falta de ambição”. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

“Portugal tem falta de ambição”, diz António Horta Osório

O banqueiro português António Horta Osório considera que “Portugal tem falta de ambição”, questionando “porque é que, como país, estamos satisfeitos com um rendimento médio de 1100/1200 euros por mês?”. Para Horta Osório, devem ser criadas “condições de investimento nos setores de ponta” e os recursos “devem ser sobretudo alocados ao setor privado”, apesar de o Estado ter um “papel importante de regulação e de assegurar que não há abusos nem externalidades”.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Esmagadora maioria dos portugueses quer menos impostos sobre os combustíveis

Segundo uma sondagem da Intercampus para o CM/CMTV e Jornal de Negócios, 91,8% dos portugueses defende que o Governo deveria descer os impostos sobre os combustíveis, de modo a reduzir os preços cobrados aos automobilistas. Apenas 3,9% dos inquiridos se mostraram contra um corte na tributação sobre gasóleo e gasolina. Além disso, 78% entende que a escalada de preços se deve também a erros de governação e não apenas à guerra na Ucrânia, enquanto 15,6% culpam o conflito. A grande maioria (84,9%) defende ainda que o Executivo deveria adotar mais medidas para diminuir as consequências do custo dos combustíveis.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Inflação gerada pela guerra pressiona rating

As principais agências de notação financeira consideram que Portugal deverá conseguir reduzir o peso da dívida na economia, segundo as metas apresentadas pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, na proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022). Contudo, alertam para os riscos que a guerra na Ucrânia poderá implicar no país, nomeadamente na escalada dos preços, que pode levar o Governo a intensificar ou prolongar os apoios para combater a inflação, colocando em risco a confiança das agências de rating.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (ligação indisponível)

GNR pediu alteração à lei de extinção do SEF para tirar competências à PSP

A GNR entregou ao gabinete do novo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, uma proposta de alteração à lei que define a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) para que fique também responsável pelo controlo fronteiriço nos terminais de cruzeiros, função que o diploma, aprovado a 12 de novembro de 2021, atribui à PSP. No entender da GNR, como é já responsável pelas “fronteiras marítimas”, não faz sentido que os terminais de cruzeiros sejam excluídos das suas competências.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Ministério Público recebe queixa de escravatura de 200 moldavos em Serpa

A GNR confirma que reencaminhou para o Ministério Público (MP) uma denúncia sobre a alegada escravatura de 200 moldavos no concelho de Serpa, distrito de Beja. Segundo o jornal Inevitável, há possibilidades de a máfia moldava estar por trás. Sobretudo desde que foram denunciadas as condições precárias e ilegais em que vivem milhares de imigrantes em Odemira, a região do Alentejo tem sido notícia pelo elevado fenómeno migratório que levanta suspeitas, entre outras, de tráfico de seres humanos.

Leia a notícia completa no Inevitável (ligação indisponível)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Preços do petróleo recuperam após fortes perdas, com preocupações com a oferta a dominar

O preço do petróleo volta às subidas esta quarta-feira, numa altura em que aumentam as preocupações com a oferta da matéria-prima.

Os preços do petróleo recuperam esta quarta-feira após as perdas registadas na sessão anterior, com as preocupações com a oferta mais apertada da Rússia e da Líbia a dominar. Além disso, dados da indústria mostraram uma queda nas reservas de petróleo dos EUA na semana passada.

Esta manhã, o brent, referência europeia, valoriza 0,79% para os 108,08 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), em Nova Iorque, ganha 0,81% para os 103,26 dólares.

Na sessão anterior, as quedas chegaram a atingir os 5%, depois do Fundo Monetário Internacional (FMI) reduzir a previsão de crescimento global em quase um ponto percentual, citando os impactos económicos da guerra da Rússia na Ucrânia e alertando que a inflação era agora um “perigo claro e presente” para muitos países.

A volatilidade da negociação do “ouro negro” tem sido elevada. Agora, a impactar as cotações da matéria-prima estão também as perspetivas de uma oferta mais apertada, nomeadamente após sanções à Rússia, sendo que a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, ficou abaixo das metas de produção em março.

As preocupações com o fornecimento são também motivadas pela situação na Líbia, onde a Corporação Nacional de Petróleo declarou força maior no porto petrolífero de Brega na terça-feira, dizendo que não conseguiu cumprir os compromissos com o mercado de petróleo, bem como pela redução nas reservas norte-americanas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rússia entrega a Kiev proposta de acordo e aguarda resposta

  • ECO
  • 20 Abril 2022

O porta-voz do Kremlin disse que a Rússia apresentou à Ucrânia uma proposta de acordo que explicita os seus pedidos no âmbito das conversações de paz e que aguarda a resposta de Kiev.

Em conferência de imprensa, Dmitri Peskov indicou que o documento contém “formulações absolutamente claras e desenvolvidas”. “A bola está no seu campo [da Ucrânia], esperamos por uma reposta”, acrescentou.

O porta-voz da Presidência russa não forneceu mais detalhes nem especificou qualquer prazo para esta resposta, tendo responsabilizado a Ucrânia pelo lento progresso nas negociações e criticado que Kiev se desvia constantemente de acordos previamente confirmados.

Também esta quarta-feira, a Rússia fez um novo ultimato às forças ucranianas estacionadas na fábrica Azovstal, em Mariupol, para largarem as armas, depois de nenhum dos elementos se ter rendido nas duas horas estabelecidas por Moscovo na terça-feira.

O Presidente ucraniano voltou a pedir mais armas. Na sua mensagem diária na televisão, Volodymyr Zelensky sublinhou ainda que “o exército russo está, com esta guerra, a inscrever-se para sempre na história mundial como o Exército mais bárbaro e desumano do mundo”.

O FMI, que prevê uma contração de 35% da economia ucraniana este ano, considera que o uso de moedas digitais não permite a países, empresas ou indivíduos contornarem de forma massiva as sanções internacionais, como as impostas à Federação Russa, disse a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.

Os preços do petróleo recuperam esta quarta-feira após as perdas registadas na sessão anterior, com as preocupações com a oferta mais apertada da Rússia e da Líbia a dominar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

KFund lança fundo até 250 milhões para investir em deeptech. Portugal poderá ter fatia de 15%

Isabel Salgueiro, early stage investor do K Fund, será a responsável pelo mercado português.

O K Fund, um dos maiores fundos de capital de risco da Península Ibérica, anunciou a primeira tranche do seu fundo Leadwind, no valor de 140 milhões de euros, de um total de 250 milhões, que serão investidos em startups de deeptech ibéricas e da América Latina. Isabel Salgueiro será responsável pelo fundo em Portugal, mercado a que poderá ser alocado 15% do montante que o Leadwind tem disponível. O fundo já tem assegurado 175 milhões de euros.

Apoiado por investidores-âncora como a Telefonica, BBVA, Go-Hub, ALSA, SATEC, assim como por investidores institucionais como AXIS-ICO e alguns family offices, o Leadwind tem um teto previsto de 250 milhões de euros e a capacidade para investimentos de, pelo menos, cinco milhões de euros, representando a maior captação de capital realizada por uma gestora independente em Espanha, a K Fund.

Liderado por uma equipa de operadores com experiência no crescimento e gestão de startups, tais como a CARTO, Stripe ou Tinybird, o Leadwind vai focar-se em investimentos de Série A ou posteriores, no sul da Europa e América Latina, onde tem prevista presença local, com um escritório em São Paulo (Brasil).

Portugal vai ter um responsável: Isabel Salgueiro. “Foi um misto de oportunidade e necessidade. Queremos ter um pé em Portugal, não só para ajudar a construir a marca K Fund a nível ibérico, como para facilitar a ponte com o Brasil, já que temos um foco estratégico em Latam“, justifica a early stage investor do K Fund e responsável pelo mercado português à Pessoas.

Portugal tem muitas empresas de research tecnológico já em fase bastante avançada. Queremos ajudar essas empresas, já à procura de investimento Série A ou seguintes, e que querem entrar no mercado da América Latina, facilitando relações com parceiros B2B locais, através de ligações mais institucionais. Por outro lado, queremos ajudar empreendedores portugueses que já estejam na América Latina e que vejam Portugal como porta de entrada para o resto da Europa. A expectativa é que 15% do fundo seja alocado a Portugal”, adianta.

Queremos ajudar empreendedores portugueses que já estejam na América Latina e que vejam Portugal como porta de entrada para o resto da Europa. A expectativa é que 15% do fundo seja alocado a Portugal.

Isabel Salgueiro

Early stage investor do K Fund e responsável pelo mercado português

 

O ecossistema de startups nacional tem revelado dinamismo, tendo no ano passado, atingido o patamar de mil milhões de dólares de investimento levantado no mercado e visto voar para unicórnio quatro startups, elevando para sete o número de unicórnios (startups com uma avaliação de mais de mil milhões de dólares) com ADN português.

Há alguma scale up que o K Fund veja com potencial de dar o salto para esse patamar? E que possa fazer esse voo com o fundo?

“Acreditamos que Portugal, sendo um país com muitos recursos técnicos e com bom e recente track record de unicórnios, pode ser um país onde haverá mais empresas a chegar a esse patamar. Gostávamos muito de poder ter um papel nesse processo e, sendo o Leadwind um fundo deeptech, de poder naturalmente captar esses mesmos recursos técnicos e expertise”, diz Isabel Salgueiro.Estamos atentos às startups à procura de rondas Série A e seguintes, e há em Portugal um enorme skillset em deeptech, que acreditamos ser um setor do qual podem sair o próximo ou os próximos unicórnios.”

“Estamos atentos às startups à procura de rondas Série A e seguintes, e há em Portugal um enorme skillset em deeptech, que acreditamos ser um setor do qual podem sair o próximo ou os próximos unicórnios.”

Isabel Salgueiro

Early stage investor do K Fund e responsável pelo mercado português

O Leadwind quer investir na interceção de tecnologias como IoT, redes, serviços na nuvem, IA ou blockchain. Nos últimos anos, mais de 1.000 scaleups captaram entre um a cinco milhões de euros, no sul da Europa e América Latina, o que, para os responsáveis do, valida uma oportunidade crescente de mercado. Até à data, a equipa do Leadwind contactou, de forma ativa, mais de 100 scaleups e a carteira de projetos deverá continuar a crescer, informam.

“O Leadwind terá um foco B2B em deeptech, apesar de ser, de forma geral, agnóstico. O investimento será sempre canalizado para projetos de cujo core do produto seja tech“, reforça Isabel Salgueiro, quando questionada sobre áreas ou setores onde o fundo estaria mais focado.

Promover diversidade

Historicamente o ecossistema de startups sofre com questões de paridade e de diversidade, não só ao nível de talento, como no acesso ao financiamento e na própria composição das equipas que decidem o financiamento. O K Fund está atento.

“Levamos muito a sério essa desigualdade, mas acreditamos que o primeiro passo é ter uma visibilidade clara de como é nossa realidade atual. Para isso, começámos a rastrear e relatar os nossos próprios esforços de ESG, bem como das empresas do nosso portefólio (tanto em nível executivo quanto não executivo), onde o género obviamente desempenha um papel importante. Uma vez que esse relato se torne uma constante e a falta de consciencialização não seja o obstáculo, podemos dar um passo para trás e refletir sobre como os nossos esforços passados foram executados, bem como pensar em como serão os nossos esforços futuros”, diz Miguel Arias, partner do K Fund, à Pessoas.

“Obviamente, há ganhos rápidos que já estamos a implementar, como priorizar a contratação de mulheres para a equipa de investimentos”, adianta.

Acreditamos na diversidade e queremos fazer parte dessa mudança. Colocando os países da América Latina como centro da estratégia geográfica do Leadwind, damos mais um passo no sentido de facilitar o acesso de fundadores sub-representados a capital.

Miguel Arias

Partner do K Fund

A nomeação de Isabel Salgueiro para liderar o mercado nacional é sinal que esse tema está, efetivamente, na lista de preocupações do Kfund?

“Sim. Queremos representar e fomentar a diversidade na sociedade, abordando a falta de oportunidade para pessoas de cor e mulheres no nosso processo de investimento. Acreditamos que um ecossistema robusto que funciona para todos inclui diversidade, pura e simplesmente. E sabemos que o problema da diversidade na tecnologia não se resolverá sozinho“, reconhece Miguel Arias.

O K Fund foi cofundado por uma mulher, Carina Szpilka, e está “proativamente à procura de mulheres para as próximas contratações. O K Fund tem muito essa característica no seu ADN, e estamos a fazer um esforço ativo para que as próximas contratações reflitam a nossa intenção de balançar estes números no ecossistema.”

Política de diversidade que querem que não se fique por aqui. Pensam seguir a lógica adotada pelos fundadores da Sword que criaram uma sociedade de investimento para atacar a desigualdade de acesso ao investimento? Avançar com uma discriminação positiva no acesso ao fundo?

“O capital de risco é um condutor para a prosperidade económica mas tem de ter a responsabilidade de assegurar que as decisões são tomadas conscientemente, livres de enviesamentos. Acreditamos na diversidade e queremos fazer parte dessa mudança. Colocando os países da América Latina como centro da estratégia geográfica do Leadwind, damos mais um passo no sentido de facilitar o acesso de fundadores sub-representados a capital.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

Programa de Estabilidade vai ser debatido na AR. Esta quarta-feira, os sindicatos da Função Pública vão reunir-se pela primeira vez com o novo Governo. Serão conhecidos dados económicos relevantes.

No plano político, o programa de Estabilidade vai ser discutido na Assembleia da República, ao passo que os sindicatos da Função Pública vão reunir-se pela primeira vez com a nova orgânica governamental. A nível internacional, o FMI divulga Fiscal Monitor e serão conhecidas as estatísticas sobre a economia europeia.

Debate do programa de estabilidade na AR

Esta quarta-feira vai ser discutido na Assembleia da República o programa de estabilidade 2022-2026. Este documento prevê uma redução gradual do défice das contas públicas até final do horizonte da projeção, apontando para um excedente de 0,1% em 2026. Até ao final da legislatura o Governo estima ainda que a dívida pública se reduza para valores próximos dos 100% do PIB.

Sindicatos da Função Pública reúne-se com novo Governo

As três estruturas sindicais da administração pública reúnem-se esta quarta-feira, pela primeira vez, desde que o novo Governo tomou posse. O encontro será presidido pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, sendo que da ordem de trabalhos constam a apresentação da nova equipa governamental e a audição dos sindicatos quanto às matérias negociais a priorizar.

IGCP vai ao mercado captar até 1.250 milhões de euros

O IGCP- Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública vai realizar um duplo leilão de bilhetes ao Tesouro com um montante indicativo global entre mil milhões de euros e 1.250 milhões de euros. Os títulos de dívida a emitir têm maturidade a três e 11 meses.

FMI publica Fiscal Monitor

O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai publicar esta quarta-feira o Fiscal Monitor, um documento onde constarão dados como previsões relativas ao défice orçamental e à dívida pública. Na proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) divulgada na semana passada, o Governo reviu em baixa o crescimento económico para 4,9% este ano, ainda assim e apesar do impacto da guerra, o PIB português deverá conseguir completar a retoma.

Como está a evoluir a economia europeia?

O Eurostat divulga esta quarta-feira os dados que permitem perceber a evolução da economia e do emprego na União Europeia e na Zona Euro, no quarto trimestre de 2021. Na estimativa rápida divulgada em março, o gabinete de estatísticas reviu em alta o crescimento económico da Zona Euro em 2021 de 5,2% para 5,3%. Contudo, a economia europeia continuava a estar atrasada na recuperação em comparação com a economia norte-americana.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Em maio de 2021, adquiri algumas obrigações. Tenho de declarar os juros recebidos?

Para os contribuintes que ainda não entregaram o IRS e têm dúvidas sobre este processo, o ECO escolheu 20 dicas do Guia Fiscal da Deco para o ajudar. Será partilhada uma dica por dia.

Acampanha do IRS já arrancou, no primeiro dia do mês, mas há quem tenha ainda dúvidas sobre a entrega desta declaração. Alguns têm o trabalho facilitado, estando abrangidos pelo IRS automático, alargado no ano passado, mas mesmo assim certos aspetos poderão ainda estar por esclarecer. A resposta às perguntas mais frequentes dos contribuintes pode ser encontrada no Guia Fiscal 2022, da Deco Proteste.

Agora, os “recibos verdes” já têm acesso ao IRS automático, e os mais novos podem optar pelo IRS Jovem. Entre as novidades deste ano, onde já se vai sentir o efeito das novas tabelas de retenção na dimensão do reembolso, encontra-se o IVA dos ginásios, que passou a ser possível descontar no IRS.

Assim, o ECO selecionou 20 das dicas disponibilizadas pela Deco para ajudar a esclarecer todas as dúvidas. Será partilhada uma diariamente ao longo deste mês.

Em maio de 2021, adquiri algumas obrigações. Tenho de declarar os juros recebidos?

Como é aplicada uma taxa de 28% sobre os juros das obrigações no momento em que são pagos, não tem de os incluir na declaração de IRS. Esta regra aplica-se tanto a obrigações do Estado como de empresas privadas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EUA foi o país que mais apoio enviou à Ucrânia. Portugal está em 21º

O governos da União Europeia e do G7 já doaram cerca de 13 mil milhões de euros em ajuda humanitária, militar e financeira à Ucrânia. Deste total, Portugal doou 9 milhões em ajuda militar.

No primeiro mês da invasão russa à Ucrânia, os governos da União Europeia (UE) e do G7 já doaram cerca de 13 mil milhões de euros ao país liderado por Volodymyr Zelensky para ajuda humanitária, militar e apoio financeiro. Os Estados Unidos foram o país que mais contribuiu para esse apoio, com 7,6 mil milhões. Já Portugal disponibilizou 9 milhões de euros para ajuda militar.

Entre 24 de fevereiro e 27 de março de 2022, foram doados cerca de 13 mil milhões de apoio humanitário, militar e financeiro à Ucrânia pelos governos da UE e dos países pertencentes ao G7 para fazer face à invasão à Ucrânia desencadeada por Vladimir Putin, segundo dados do Kiel Institute for The World Economy.

Entre os 31 países analisados (os 27 Estados-membros e (Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Japão), o maior montante foi doado pelos Estados Unidos, num total de 7,6 mil milhões de euros, dos quais 4,366 mil milhões foram em ajuda militar. “É particularmente impressionante que a UE forneça menos ajuda do que os EUA, apesar de esta ser uma guerra europeia e de a UE ter uma capacidade financeira semelhante à dos EUA (o PIB total da UE é apenas ligeiramente inferior ao norte-americano)”, sinaliza o documento. Contas feitas, só os Estados Unidos doaram mais de 50% do montante total.

Quanto ao apoio concedido pela União Europeia este totaliza os 6,3 mil milhões de euros, dos quais 2,9 mil milhões através de compromissos bilaterais, 1,4 mil milhões através da Comissão Europeia e do Conselho Europeu e dois mil milhões através do Banco Europeu de Investimento (BEI). o Reino Unido, Canadá e o Japão doaram, no seu conjunto, cerca de mil milhões de euros.

Entre os países europeus, a Polónia foi responsável pela maior fatia ((963 milhões de euros), “através de um compromisso financeiro sob a forma de uma linha de swap de moeda do banco central”, seguida do Reino Unido (721 milhões), Alemanha (492 milhões), França (416 milhões) e Itália (260 milhões), sublinha o relatório.

Quanto a Portugal está na 21ª posição entre os 31 países analisados pelo World Economy’s Ukraine Support Tracker, tendo doado cerca de 9 milhões de euros em ajuda para equipamento militar à Ucrânia, desde que o conflito começou e até 27 de março. Ainda assim, a Irlanda é o país europeu que menos doou (111.465 euros), seguido pela Eslovénia (163 mil euros), Chipre (359.026 euros) e Malta (1.150.000).

EUA doaram um montante quase quatro vezes superior aos restantes países para ajuda militar

No que toca especificamente ao apoio militar, os Estados Unidos voltam a estar em destaque, tendo doado 4,366 mil milhões de euros para o efeito, face aos restantes 1,216 mil milhões disponibilizados pelos restantes 30 países ocidentais (este montante não inclui o Fundo Europeu para a Paz, que ascende a mil milhões de euros). Contas feitas, é um valor quase quatro vezes superior face ao doado pelos restantes países.

“É igualmente surpreendente que o pequeno país da Estónia tenha oferecido mais ajuda militar aos Ucrânia do que todas as grandes economias da UE”, sinaliza ainda o relatório elaborado pelo World Economy’s Ukraine Support Tracker. O país liderado por Kaja Kallas doou a 220 milhões de euros para a compra de equipamentos militares, como mísseis dardos ou munições.

Este montante representa quase 0,8% do PIB do país e em termos absolutos é também superior ao doado pelo Reino Unido (204 milhões de euros), por Itália (150 milhões de euros), pela Suécia (126 milhões) e pela Alemanha (119 milhões).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Linha de crédito para empresas mais afetadas pela guerra está quase esgotada, mas Governo não prevê reforço

Linha de Apoio à Produção, para as empresas mais afetadas pela guerra, está quase esgotada, mas o Governo diz que "não se prevê nesta altura qualquer necessidade de reforço da dotação da Linha".

O ministro da Economia anunciou na terça-feira um reforço de 150 milhões de euros da linha de crédito para o Turismo que já tinha uma taxa de execução de 70%, mas a Linha de Apoio à Produção não vai ter a mesma sorte, apesar de algumas instituições bancárias já terem o plafond esgotado e haver procura por mais. “Não se prevê nesta altura qualquer necessidade de reforço da dotação da Linha de Apoio à Produção”, avançou ao ECO fonte oficial do Ministério da Economia. Esta linha foi lançada a 17 de março com uma dotação de 400 milhões de euros.

No entanto, junto das instituições bancárias a perceção é diferente. “Plafond alocado à CGD totalmente esgotado”, confirmou ao ECO fonte oficial do banco público a 8 de abril. Data em que fonte oficial do Santander confirmou também que o “número de pedidos para aceder à linha já esgotaram a verba disponível”, embora naturalmente ainda faltasse a assinatura formal dos mesmos.

Ao que o ECO apurou junto de fontes do BCP, a linha também estará esgotada na instituição liderada por Miguel Maya. E em algumas destas instituições onde o plafond está esgotado há “procura insatisfeita”.

Já no Novobanco “mais de 50% do plafond está alocado”, disse ao ECO fonte oficial da instituição. E por alocado entende-se “operações já contratadas pelo banco e enviadas para análise e decisão da Sociedade de Garantia Mútua. “E face ao volume de operações em análise, prevemos que se venha a esgotar nas próximas semanas”, antecipava fonte oficial em respostas enviadas a 12 de abril.

“Em função do contexto que vivemos, a Linha de Apoio à Produção tem tido uma procura significativa por parte das empresas”, justifica fonte oficial do Novobanco. Outra fonte ouvida pelo ECO justifica o sucesso desta linha face à Retomar pelo facto de as empresas não correrem o risco de ficarem “marcadas” junto do Banco de Portugal. Os créditos reestruturados no âmbito deste programa são considerados como uma reestruturação “normal”, o que tem implicações para as duas partes: exige mais capital à banca e cria um estigma às empresas no sistema financeiro.

O Ministério da Economia explicou que “as dotações das linhas são sempre independentes”, isto porque a baixa taxa de utilização da linha Retomar levou o ex-ministro das Finanças, João Leão, a reduzir a sua dotação em 82% e as verbas libertadas poderiam ser usadas para reforçar as linhas ainda ativas — a dotação inicial de mil milhões de euros foi cortada para 177 milhões. Fonte oficial da pasta agora liderada por António Costa Silva precisou ainda que “a taxa de utilização da linha Retomar estabilizou nos 4%”, o mesmo valor do final do primeiro trimestre.

A Linha de Apoio à Produção foi criada para ajudar as empresas da indústria transformadora e dos transportes cujos custos energéticos pesam mais de 20% dos seus custos de produção. Os empresários têm de pagar um spread que varia entre 1,25% e 2,5% consoante a maturidade do empréstimo que pode ir até oito anos. Esta linha, desenhada para apoiar as empresas mais afetadas pelo conflito na Ucrânia a manterem a sua capacidade de produção, tem uma garantia de 70% e um prazo de oito anos com 12 meses de carência de capital, ou seja, durante o primeiro ano as empresas pagam apenas os juros.

Para acederem a esta linha as empresas da indústria transformadora e dos transportes têm de cumprir um destes três requisitos: um peso igual ou superior a 20% nos custos energéticos nos custos de produção; ter tido um aumento do custo de mercadorias vendidas e consumidas igual ou superior a 20% ou ainda ter registado uma quebra de faturação operacional igual ou superior a 15% quando resulte da redução de encomendas devido a escassez ou dificuldade de obtenção de matérias-primas, componentes ou bens intermédios.

Estão isentas da necessidade de preencher estes requisitos todas as empresas destes setores que operam especificamente na produção de bens alimentares de primeira necessidade, cuja cadeia de abastecimento está particularmente exposta ao contexto internacional.

Para a elaboração deste artigo o ECO contactou ainda oficialmente o Millennium bcp, o Montepio e o Banco Português de Fomento. Nenhum respondeu até à publicação do mesmo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.