Função Pública exige aumentos e critica “religião” do défice

Os sindicatos que representam os funcionários públicos vão ter a primeira reunião com a nova equipa do Governo, e esperam abertura para negociações, nomeadamente nos salários.

Os sindicatos da Função Pública vão reunir pela primeira vez com o novo Governo, numa nova orgânica que já não contempla um Ministério dedicado à Administração Pública, tema que recai sobre a alçada de Mariana Vieira da Silva, na Presidência. Os dirigentes sindicais criticam a postura do Governo face ao défice, que dizem esperar não se tornar uma “religião”, e têm na agenda reivindicativa os aumentos salariais, numa altura em que a inflação não pára de acelerar. Os sindicatos defendem que a maioria absoluta é uma oportunidade, expressando já preocupações com o prometido diálogo.

A calendarização destas reuniões é logo o primeiro ponto de discórdia, já que, como sinaliza o secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) ao ECO, “era suposto que pudessem falar antes da entrega da proposta” do Orçamento do Estado para 2022. “A proposta praticamente, no que concerne a Administração Pública, é a mesma que tinha sido chumbada”, aponta.

O mesmo diz Sebastião Santana, da Frente Comum, que sublinha que o ministro das Finanças “apresentou o OE sem o discutir antes com os sindicatos, que era suposto ter acontecido, nomeadamente no que diz respeito à Administração Pública”. A reunião irá então realizar-se esta quarta-feira, uma semana depois da apresentação do OE.

Para a Fesap, “as expectativas são de que para além de apresentarem a equipa governativa, possamos apresentar as nossas preocupações e esperamos que o Governo nos diga quais são as prioridades, quer no OE 2022 quer 2023, porque verdadeiramente estamos totalmente disponíveis para a negociação coletiva, anual ou plurianual”, sinalizou José Abraão. O sindicato quer também saber se se mantêm algumas propostas, como a alteração do SIADAP.

Estamos com maioria absoluta, não há mais desculpas para que as coisas não possam ser feitas.

José Abraão

Fesap

Os salários serão uma das principais questões, já que o aumento salarial para a Função Pública em 2022 foi de 0,9% e a inflação do ano passado acabou por se fixar nos 1,3%, sendo que o Governo prevê este ano uma inflação de 4%. A Fesap espera perceber qual será resposta a estas questões, sendo que Fernando Medina já rejeitou aumentos intercalares na Função Pública, por acreditar que a estratégia do Governo “é melhor na resposta ao problema com que estamos todos confrontados”. Isto apesar de o seu antecessor, João Leão, ter dito que Medina tem margem para aumentos e contratações na Função Pública.

“Não sei se há aumento intercalar, se chame ajustamento ou correção. O que não é aceitável é que os salários continuem a degradar”, reitera José Abraão, salientando que independente do que se chamar, pela negociação coletiva deve-se encontrar um caminho. “Estamos com maioria absoluta, não há mais desculpas para que as coisas não possam ser feitas“, afiança, recordando que na experiência recente “foi nas maiorias absolutas que se fizeram mudanças importantes na Função Pública”, para o bom e para o mau.

José Abraão diz também discordar da regra de seguir a inflação de novembro do ano anterior para determinar aumentos salariais: uma atualização “apenas de inflação significa que estamos em estagnação salarial, tem que haver distribuição de ganhos de produtividade”, reitera. O dirigente sindical aponta assim que espera que “o objetivo do défice não se converta numa religião”.

Não devem ser os trabalhadores públicos a pagar o défice orçamental.

Maria Helena Rodrigues

STE

A presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) também defende, ao ECO, que “não devem ser os trabalhadores públicos a pagar o défice orçamental”. “Há diminuição dos salários desde 2008”, diz Maria Helena Rodrigues, apontando que após a altura das medidas da Troika “nunca se recuperou o que foi cortado”.

A proposta do STE aponta para uma atualização salarial de 3%: “é o que entendemos que é razoável para os trabalhadores públicos e também de pensões para os pensionistas e reformados”, reitera Maria Helena Rodrigues.

Já a Frente Comum propõe um aumento salarial de 90 euros com efeitos a janeiro. “Até agora, o ministro diz que não aceita mexer nos 0,9%”, aponta Sebastião Santana, reiterando que “se isso acontecer, deixa claro que toda a estratégia que o PS apresentou de um Governo de diálogo”, uma referência ao discurso de vitória de António Costa, não vai acontecer, sendo a primeira coisa “romper o compromisso”.

Os trabalhadores não vão aceitar mais um ano de perda de rendimentos.

Sebastião Santana

Frente Comum

Os trabalhadores não vão aceitar mais um ano de perda de rendimentos“, assegura o líder da Frente Comum. A estrutura sindical tem uma cimeira da agendada para dia 26, “e aí será o momento de ver desenvolvimento que damos”, aponta, admitindo ações de reivindicação se a “proposta de mantiver e no processo não houver evolução”.

O líder sindical indica também não concordar com a regra da atualização pela inflação, que diz ter acabado por não ser cumprida, já que o valor que se verificou foi mais alto. “É preciso reverter, manter salários de acordo com inflação é deixar tudo na mesma”, diz.

A Frente Comum vai assim exigir a negociação de todos os pontos que constam no caderno reivindicativo, onde se incluem os aumentos. Já no caderno reivindicativo do STE consta também uma atualização do subsídio de refeição e questões como as mudanças no SIADAP e a revisão do valor a pagar para a ADSE (para que incida sobre 12 meses e não 14).

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Cinco freguesias de Lisboa têm mais de 20% das casas vazias

  • Lusa
  • 19 Abril 2022

As maiores percentagens de casas vazias oscilam entre os 33% na freguesia da Misericórdia e os 20% na Estrela, enquanto as menores taxas se registam no Lumiar (8%) e em Marvila, Santa Clara e Carnide.

Lisboa tem 48 mil casas sem residentes, sendo as freguesias da Misericórdia, Santa Maria Maior, Santo António, São Vicente e Estrela as que têm maior percentagem de habitações vazias, segundo dados apresentados esta terça-feira pelo Conselho Municipal da Habitação.

Nestas cinco freguesias da cidade, todas no centro de Lisboa, mais de 20% das casas são “fogos vagos”, ou seja, não são identificadas como residência habitual nem secundária, segundo dados de fontes oficiais que foram apresentados numa reunião do Conselho Municipal da Habitação com investigadores de diversas áreas relacionadas com a habitação.

Segundo a apresentação feita aos investigadores, a que a Lusa teve acesso, as maiores percentagens de casas vazias oscilam entre os 33% na freguesia da Misericórdia e os 20% na Estrela, enquanto as menores taxas se registam no Lumiar (8%) e em Marvila, Santa Clara e Carnide (todas com 9%).

Já em termos de números absolutos, as freguesias de Lisboa com mais casas vagas são Arroios (3.890), Misericórdia (2.869), Penha de França (2.867) e Estrela (2.564), enquanto as que têm menos são Carnide (831) e Santa Clara (992), ainda segundo a mesma apresentação feita na reunião de hoje, que decorreu no âmbito dos trabalhos para a elaboração, ao longo deste ano, da primeira Carta Municipal da Habitação de Lisboa, com a identificação dos recursos e carências da cidade nesta área e as estratégias locais de resposta, como explicou à Lusa a vereadora Helena Roseta (PSD).

Segundo os dados apresentados aos investigadores é nas freguesias com maior percentagem de casas vazias que o Alojamento Local (para turistas) tem mais peso em relação no total de habitações. Assim, 61% das casas da freguesia de Santa Maria Maior são alojamento local, seguindo-se Misericórdia (41%), Santo António (20%), São Vicente (16%), Arroios (11%) e Estrela (10%).

Na Penha de França, uma das freguesias com maior número de casas vazias em termos absolutos, o Alojamento Local representa 3% do total de habitações.

Em janeiro deste ano, numa audição na Assembleia Municipal de Lisboa, Filipa Roseta já havia avançado que quase 48 mil casas em Lisboa não estão identificadas como residência principal, nem secundária pelos proprietários e defendeu que têm de ser postas “a uso”.

“É um número imenso. A nossa missão no Conselho Municipal [de Habitação] é percebermos como é que vamos convidar os proprietários deste universo de quase 48 mil casas a virem a jogo”, afirmou em janeiro Filipa Roseta, que tem o pelouro da Habitação no executivo da Câmara de Lisboa, sem ter dado mais pormenores nessa ocasião.

A vereadora afirmou, no mesmo dia, que a Câmara está a “fazer um trabalho” para “perceber o que são estes 48 mil fogos” e considerou que o Conselho Municipal de Habitação “vai ser fundamental para isso” e para “incentivar os privados a porem as suas casas no mercado”.

Filipa Roseta lembrou também que a Câmara Municipal de Lisboa é proprietária de 2.000 destas casas devolutas e afirmou que a sua reabilitação e colocação no mercado da habitação da cidade são “a missão urgente” e a “imediata responsabilidade” da autarquia.

O Conselho Municipal de Habitação foi reativado por este executivo da Câmara e, na primeira reunião, em fevereiro, foi lançado o processo de elaboração da Carta Municipal da Habitação de Lisboa, estando a decorrer reuniões setoriais com esse objetivo, disse hoje a vereadora à Lusa.

“Está a ser um processo muito rico para todos. O objetivo final é fazermos uma Carta Municipal da Habitação que consiga ter uma estratégia muito clara não só para a habitação pública, mas também para ajudar o mercado privado a funcionar melhor e para criar um mercado acessível”, afirmou.

Filipa Roseta sublinhou a disponibilidade para haver reuniões com “qualquer grupo que queira discutir” o tema e dar contributos para a elaboração do documento: “Será tanto mais rico quantas mais pessoas ouvirmos”.

Segundo os dados apresentados na reunião do Conselho Municipal da Habitação com os investigadores, há na cidade 320 mil casas e 244 mil famílias. Entre os casos de residência habitual, 50% são proprietários (122 mil casas) e 42% arrendatários (102 mil).

As casas de residência habitual em Lisboa são em 88,6% dos casos de propriedade privada, em 11,1% de propriedade pública ou social e em 0,3% de cooperativas.

Em termos de carências, o número de candidatos a programas municipais de rendas acessíveis e apoiadas superou 8.600 em 2021, ano em que houve resposta para 252 casos.

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Resultados das empresas dão confiança a Wall Street

Disparo nos juros da dívida dos EUA não assustaram os investidores em Wall Street. Bolsas avançaram mais de 1% à boleia do otimismo com a temporada de resultados empresariais.

Wall Street encerrou a sessão desta terça-feira com ganhos de mais de 1%, com os investidores otimistas com a temporada de resultados e numa altura em que os juros da dívida pública dos EUA estão sob pressão por causa das declarações de responsáveis do banco central sobre um aperto mais agressivo da política monetária.

As ações da Johnson & Johnson avançaram para um novo recorde, depois de ter anunciado lucros acima do esperado pelos analistas e de ter aumentado os dividendos. Somaram 3,24% para 183,41 dólares.

Também as grandes tecnológicas como a Microsoft, Apple e Amazon subiram entre 1% e 4%, apesar a subida dos juros dos títulos de dívida dos EUA. A taxa a 30 anos superou os 3% pela primeira vez em três anos.

Das 49 empresas do S&P 500 que já apresentaram resultados, quase 80% superaram as estimativas dos analistas. Historicamente, 66% batem as perspetivas dos mercados. Após o fecho da bolsa será a vez de a Netflix e IBM prestarem contas. As ações das duas empresas avançaram 3,18% e 2,5%, respetivamente.

As expectativas mais otimistas em relação à earnings season ofuscaram notícias negativas como as declarações do presidente da Reserva Federal de St. Louis, James Bullard, que reiterou a sua posição de subir os juros para 3,5% até final do ano para conter uma taxa de inflação que está em máximos de quatro décadas. Bullard também não afastou subidas de 75 pontos base.

Neste cenário, o S&P 500 fechou em alta de 1,61% nos 4.462,48 pontos. O tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones ganharam 2,15% e 1,46%, respetivamente.

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Angolana TAAG anuncia voos diretos bissemanais para Madrid a partir de 27 de junho

  • Lusa
  • 19 Abril 2022

A partir de 27 de junho a companhia aérea angolana começa a viajar duas vezes por semana, ao domingo e quinta-feira, para Madrid.

A companhia aérea angolana TAAG anunciou que vai iniciar ligações diretas a Madrid a partir de 27 de junho, com uma frequência bissemanal, ao domingo e quinta-feira.

A informação foi partilhada através das redes sociais da transportadora angolana, depois de, na semana passada, o ministro das Relações Exteriores, Téte António, ter anunciado que estaria para breve o anúncio da abertura dos voos.

A empresa tinha revelado no início do mês a abertura da nova rota internacional, em 27 de junho, em parceria com a Ibéria, sem indicar a frequência.

Na mesma nota, a TAAG informa também que já está disponível a venda de bilhetes para a província angolana do Uíje, cujos voos vão começar a ser operados a partir de 2 de maio.

Foi também reforçada este mês a frequência dos voos para a África do Sul e Namíbia, com a TAAG a voar também ao sábado para a Cidade do Cabo, ao domingo para Joanesburgo e à quarta-feira para Windhoek.

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Universidades privadas querem acabar com limite de 30% de alunos estrangeiros

Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado apresentou quatro prioridades à nova ministra, Elvira Fortunato, sustentando que “não reivindica nada que não exista nos países mais avançados".

A Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado (APESP) quer que a nova ministra da tutela termine com o limite de 30% de estudantes internacionais nos estabelecimentos de ensino superior do setor particular e cooperativo, reclamando que essa quota “reduz a capacidade de captação de alunos de outros países, prejudicando as economias das cidades portuguesas e a sua diversidade social e cultural”.

O pagamento de propinas e os gastos dos alunos oriundos de outros países contam como exportações, em nada pesando nas contas do Estado, sendo a qualidade do ensino que lhes é ministrado avaliada em permanência pela A3ES, a agência de avaliação e acreditação do ensino superior em Portugal”, sublinha a associação, em comunicado enviado às redações.

Esta foi uma das quatro prioridades apresentadas esta terça-feira a Elvira Fortunato, ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e ao secretário de Estado, Pedro Teixeira. Outra ligada à vertente internacional é que as instituições privadas possam reconhecer graus académicos e diplomas estrangeiros, que dizem ser “uma situação de desigualdade que deve ser corrigida rapidamente”.

António Almeida-Dias, presidente da APESP, sublinhou que “não reivindica nada que não exista nos países mais avançados da Europa e do mundo, onde a qualidade do ensino superior é muito alta, quer no setor privado, quer no setor público”. É o caso da criação de uma carreira docente no ensino superior privado, argumentando que “os docentes e investigadores do sistema que forma um quarto dos diplomados em Portugal não pode continuar sem ter um estatuto e uma carreira própria”.

A senhora ministra, que é uma cientista com reputação mundial, ficou a saber que a APESP não reivindica nada que não exista nos países mais avançados da Europa e do mundo, onde a qualidade do ensino superior é muito alta.

António Almeida-Dias

Presidente da Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado

Finalmente, os privados querem igualmente ultrapassar o “bloqueio” de a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) ligar a avaliação dos centros de investigação ao seu financiamento público. Segundo a APESP, “existe um problema crónico de subavaliação nas classificações atribuídas pela FCT aos centros de investigação, não pela qualidade objetiva da ciência produzida, mas pelo rateio que tem de existir nas classificações em virtude do limitado financiamento que existe”.

“Há centros de investigação que obtêm as mais altas classificações nos rankings internacionais de maior prestígio, como o Scimago, e que ficam fora das classificações mais altas da FCT. Esta perversão deve acabar, em nome da justiça e da verdade científica avaliada e creditada por instituições independentes e acima de qualquer dúvida”, conclui António Almeida-Dias, que é também presidente da CESPU, ligada às ciências da saúde e sediada no Grande Porto.

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PS pede audição de presidente e CEO da TAP

  • Lusa
  • 19 Abril 2022

Depois do PSD ter requerido uma audição parlamentar com a CEO da TAP, também o PS quer ouvir Christine Ourmières-Widener e o presidente Manuel Beja,

O PS pediu esta terça-feira a audição na Assembleia da República da presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, bem como do presidente do Conselho de Administração da companhia aérea, Manuel Beja.

Num requerimento assinado pelos deputados do PS Hugo Costa e Carlos Pereira, que foi dirigido ao presidente da comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, refere-se que a TAP “é uma empresa estratégica para Portugal, o seu desempenho é essencial na prossecução dos interesses económicos e estratégicos do país”.

“Após os anos difíceis da pandemia que provocaram graves impactos na indústria da aviação no mundo inteiro, o Governo português tem concretizado importantes investimentos na TAP de modo a garantir a continuidade da empresa. Estes investimentos têm sido enquadrados no Plano de Reestruturação da companhia aérea portuguesa, aprovado em dezembro de 2021 pela Direção-Geral da Concorrência”, referem os socialistas.

Depois da apresentação dos resultados da TAP do ano passado, na opinião do PS, é “da maior conveniência que a Assembleia da República possa proceder a um acompanhamento e análise do Plano de Reestruturação da empresa de modo a compreender se há desvios e quais as metas concretizadas assim como as perspetivas futuras”.

É por isso que os socialistas pedem a audição do presidente do Conselho de Administração da TAP, Manuel Beja e também da presidente da Comissão Executiva, Christine Ourmières-Widener.

A semana passada, também o PSD requereu a audição parlamentar urgente da presidente executiva da TAP para explicar a situação económico-financeira da empresa e as suas opções de rotas, nomeadamente no Norte do país.

De acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2022, o Governo mantém a previsão de injetar este ano até 990 milhões de euros na TAP. A TAP teve um prejuízo de quase 1.600 milhões de euros no ano passado, apesar do aumento do número de passageiros transportados e das receitas relativamente ao ano anterior, segundo comunicou a empresa, esta segunda-feira.

Na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a transportadora aérea nacional explica que registou custos não recorrentes de 1.024,9 milhões – por exemplo, com o encerramento das operações de manutenção no Brasil – que tiveram impacto nos resultados.

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Caso EDP: Relação obriga Carlos Alexandre a mudar medidas de coação de Pinho

Carlos Alexandre vai ter de escolher: ou prisão domiciliária ou prestação de caução. Juízes desembargadores consideram que lei não prevê que uma seja aplicada em alternativa a outra.

O Tribunal da Relação de Lisboa obrigou o juiz de instrução Carlos Alexandre a mudar as medidas de coação mais gravosas para o antigo ministro da Economia Manuel Pinho no âmbito do Processo EDP. Em concreto, a Relação concordou com a defesa do arguido e pedem que o magistrado altere a parte em que propunha a substituição da prisão domiciliária por uma caução.

“Acordam os juízes deste Tribunal da Relação de Lisboa em julgar parcialmente procedente o recurso dos arguidos“, lê-se na decisão do acórdão do tribunal esta terça-feira proferido e a que o ECO teve acesso, acrescentando-se que, “em consequência, é revogada parte do despacho do juiz de instrução Carlos Alexandre, no qual se determinaram as medidas de coação aplicadas a ambos os arguidos no caso EDP”.

Ou seja, os juízes da Relação consideram que o juiz de instrução não decidiu favoravelmente à lei ao aplicar a prisão domiciliária em alternativa ao pagamento de caução. “Revoga-se a parte do despacho recorrido em que substitui a OPHVE [medida privativa de liberdade com vigilância eletrónica] pela prestação de caução, devendo ser proferido novo despacho a determinar se o arguido Manuel Pinho fica sujeito a OPHVE ou a caução, sendo que se a decisão for esta última (caução) deve o recorrente Manuel Pinho ser libertado, sem prejuízo de serem aplicadas outras medidas de coação que possam ser cumuláveis”, lê-se no despacho assinado pelos desembargadores Paulo Barreto e Alda Tomé Casimiro.

No recurso entregue no DCIAP a 20 de janeiro, o advogado de defesa Ricardo Sá argumentou que o mandado de detenção aplicado a Manuel Pinho é inválido, uma vez que não tem qualquer data, falta que o torna nulo, e porque foi feita fora de flagrante delito. Portanto teria de ter sido assinado e mandado por um juiz.

O advogado defendeu ainda — com base nas leis processuais penais — que a obrigação de permanência na habitação só pode ser aplicada “quando se revelarem inadequadas ou insuficientes as outras medidas de coação”. Por isso pede que seja aplicado apenas o Termo de Identidade e Residência.

Carlos Alexandre aplicou uma caução de seis milhões a Manuel Pinho e prisão domiciliária com pulseira eletrónica. O ex-ministro ficou assim como o arguido com a mais alta caução aplicada pela justiça portuguesa. Manuel Pinho foi constituído arguido no âmbito do caso EDP no verão de 2017 por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais, num processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo.

No início de fevereiro, o juiz de instrução Carlos Alexandre aceitou o pedido de arresto de três imóveis do ex-ministro da economia e de 10 da mulher Alexandra Pinho e reduziu o valor mensal da reforma de Manuel Pinho de 15.000 euros por mês para 2.115 euros.

O processo das rendas excessivas da EDP está há cerca de dez anos em investigação no Departamento Central de Investigação e Ação Penal e tem como arguidos o ex-presidente da EDP António Mexia, João Manso Neto, ex-presidente da EDP Renováveis, o administrador da REN e antigo consultor de Pinho João Faria Conceição, e Pedro Furtado, responsável de regulação na empresa gestora das redes energéticas.

O caso está relacionado com os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) no qual Mexia e Manso Neto são suspeitos de corrupção e participação económica em negócio para a manutenção do contrato das rendas excessivas, no qual, segundo o Ministério Público, terão corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade.

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PS acusa PSD de querer desqualificar debate sobre o Programa de Estabilidade

  • Lusa
  • 19 Abril 2022

"É estranho que o PSD queira, perante um cenário de grande incerteza (...) definir já de antemão todas as medidas para responder ao cenário de inflação", respondeu o deputado Miguel Costa Matos.

O PS acusou esta terça-feira o PSD de querer desqualificar o debate sobre o Programa de Estabilidade, estranhando que os sociais-democratas queiram que sejam definidas de antemão “todas as medidas” para os próximos quatro anos “perante cenário de grande incerteza”.

Em declarações aos jornalistas no parlamento, o vice-presidente da bancada parlamentar socialista Miguel Costa Matos reagia ao apelo do PSD para que o Governo substitua o “simples papel” que entregou no parlamento por “um verdadeiro Programa de Estabilidade” (PE).

É chocante e profundamente lamentável a atitude do PSD de desqualificar o debate que a Assembleia da República terá no dia de amanhã [quarta-feira] sobre o Programa de Estabilidade”, afirmou o deputado socialista.

Miguel Costa Matos sugeriu que o PSD “quer fugir deste debate, porque não tem uma alternativa para apresentar ao país”, exortando os sociais-democratas a adotarem “uma postura séria” na discussão parlamentar de quarta-feira.

É estranho que o PSD queira, perante um cenário de grande incerteza ao longo dos próximos quatro anos, definir já de antemão todas as medidas para responder ao cenário de inflação que estamos a enfrentar”, apontou, considerando que o Governo tem estado a “agir proativamente à medida q a situação vai sendo apresentada”.

Questionado sobre as críticas ao documento não apenas do PSD mas de entidades independentes, como o Conselho das Finanças Públicas(CFP) ou a UTAO, o ‘vice’ da bancada socialista respondeu com a alteração de Governo e os prazos legais de apresentação do PE.

“O PE foi entregue no prazo em que deveria ter sido entregue, o Orçamento do Estado foi entregue o mais rapidamente possível para que, depois das eleições, possamos ter junto das pessoas as medidas a funcionar. É importante assegurar que, estando os prazos legalmente bem respeitados, o PE seja discutido com seriedade e o Orçamento possa entrar em vigor o mais rapidamente possível”, disse.

O deputado considerou ainda relevante que, entre o PE apresentado pelo anterior Governo e o Orçamento já entregue pelo atual, “os cenários macroeconómicos são cenários compatíveis”.

Miguel Costa Matos defendeu que o PE apresentado pelo anterior ministro das Finanças, João Leão, “é uma consolidação do caminho que obteve contas certas e conseguiu multiplicar por sete o crescimento económico”.

É estranho que, às segundas, quartas e sextas, o PSD critique a suposta falta de medidas e às terças, quintas e sábados, queira definir já de antemão as medidas para os próximos quatro anos”, criticou.

A atualização dos indicadores macroeconómicos que constam do PE 2022-2026 foi avançada, em 25 de março, pelo então ministro as Finanças, João Leão, tendo o CFP considerado não ter condições para o apreciar por “não incorporar as medidas de política a adotar”.

Já a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) defendeu que o Programa de Estabilidade 2022-2026 não cumpre os requisitos legais, contrariando a lei orçamental, e “surpreende” por ter sido entregue por um governo que não o ia executar.

O projeto de resolução do PSD considera que a proposta de PE para o período de 2022 a 2026 que será debatida no parlamento na quarta-feira “é totalmente omissa tanto em matéria de medidas de política económica e orçamental a adotar no horizonte temporal do Programa, como na atualização do quadro plurianual das despesas e receitas públicas”.

“O Programa de Estabilidade deverá identificar adequadamente as políticas públicas, designadamente as associadas ao investimento público, que deverão garantir que Portugal vai inverter a tendência de acantonamento na cauda da Europa em que se encontra mergulhado há décadas, tendência acentuada nos últimos anos”, recomendam os sociais-democratas.

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Fisco já devolveu mais de 450 milhões de euros em IRS

A Autoridade Tributária já devolveu 454 milhões de euros aos portugueses no âmbito da campanha de IRS que se iniciou há cerca de duas semanas. Já foram entregues 2,3 milhões de declarações de IRS.

Cerca de duas semanas depois do início da campanha de IRS de 2022 relativa aos rendimentos de 2021, a Autoridade Tributária e Aduaneira já devolveu 454 milhões de euros aos portugueses, de acordo com um balanço divulgado esta terça-feira pelo Ministério das Finanças.

As Finanças revelam que das quase 2,3 milhões de declarações de IRS que foram entregues pelos contribuintes até ao momento, já foram liquidadas mais de 870 mil, cerca de 38% do total.

Assim, contas feitas, o Fisco tem feito um reembolso médio de 520 euros.

O gabinete de Fernando Medina adianta ainda que 44% das declarações de IRS entregues pelos contribuintes foram submetidas através do IRS Automático (preenchimento automático dos dados da declaração por parte da Autoridade Tributária, através das informações comunicadas de forma automática às Finanças) e 56% foram submetidas de forma manual.

Em relação às declarações que já foram liquidadas, 560 mil corresponderam a reembolsos aos contribuintes, sendo que também foram emitidas cerca de 85 mil notas de cobrança, num total de cerca de 35 milhões de euros. As restantes liquidações foram nulas, não havendo lugar a reembolso ou nota de cobrança.

Os contribuintes podem entregar a sua declaração de rendimentos até ao dia 30 de junho.

Se pretenderem, podem recorrer ao atendimento presencial nos Serviços de Finanças, devendo o agendamento ser feito através do Portal das Finanças ou do Centro de Atendimento Telefónico da Autoridade Tributária através do 217 206 707.

(Notícia atualizada às 20h07)

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Portugal entrega a Bruxelas proposta de Orçamento marcada por “incertezas”

  • Lusa
  • 19 Abril 2022

Num documento em inglês com 39 páginas, o Governo ressalva que o OE 2022 é "apresentado num contexto de recuperação da economia portuguesa, mas também de incertezas e novos desafios" devido à guerra.

O Governo submeteu esta terça-feira à Comissão Europeia a proposta de Orçamento do Estado para 2022, entregue na Assembleia da República, na qual admite “as incertezas” relacionadas com a guerra, cabendo agora a Bruxelas avaliar o documento.

A informação consta da página da internet do executivo comunitário, na qual se especifica que a proposta portuguesa de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) foi entregue esta terça. No projeto de plano orçamental enviado a Bruxelas, um documento em inglês com 39 páginas, o Governo ressalva que este “Orçamento de Estado de 2022 é apresentado num contexto de recuperação da economia portuguesa, mas também de incertezas e novos desafios resultantes da invasão da Ucrânia pela Rússia”.

Todos os anos, os países do euro têm de apresentar à Comissão os seus projetos de planos orçamentais, cabendo depois ao executivo comunitário avaliar os documentos para assegurar que a política económica dos Estados-membros da moeda única é coordenada e que todos respeitam as regras de governação económica da UE.

No início de março passado, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, disse confiar que Portugal iria entregar o plano orçamental a tempo das recomendações específicas por país, que Bruxelas adotará em maio, apesar dos atrasos na tomada de posse do Governo.

Em entrevista à Lusa, Paolo Gentiloni admitiu que a Comissão estava “ciente, claro”, de que o Governo resultante das eleições legislativas de 30 de janeiro ainda teria de entrar em funções, mas disse esperar que o plano de OE2022 chegasse a tempo de ser tido em conta no exercício da primavera do Semestre Europeu, de coordenação de políticas económicas e orçamentais.

A proposta de OE2022 prevê que a economia portuguesa deverá continuar a recuperar este ano, mas a incerteza provocada pela guerra obrigou o Governo a cortar o crescimento para 4,9% e lançar medidas de 1.800 milhões de euros para mitigar a escalada de preços.

Na proposta de OE2022, entregue na passada quarta-feira na Assembleia da República, o executivo reviu em ligeira baixa, 0,1 pontos percentuais, a projeção face ao cenário macroeconómico apresentado no Programa de Estabilidade para o período 2022-2026, divulgado em 28 de março, que apontava para um crescimento de 5% em 2022, e de 5,5% da proposta do OE2022 chumbada em outubro.

A equipa das Finanças, liderada por Fernando Medina, adiantou que este crescimento, em conjunto com a redução da despesa associada a medidas de emergência adotadas durante a pandemia, deverá permitir reduzir a dívida pública para 120,7% do Produto Interno Bruto (PIB) face aos 127,4% registados em 2021 e o défice orçamental para 1,9% do PIB, uma revisão em baixa face aos 3,2% previstos em outubro, mas mantém a meta inscrita no Programa de Estabilidade 2022-2026.

A proposta orçamental mantém o cenário para o mercado de trabalho inscrito no PE, com uma estimativa de taxa de desemprego de 6% para este ano e que significou uma revisão em baixa face aos 6,5% previstos em outubro.

Segundo o Governo, as tensões geopolíticas que resultam da invasão da Ucrânia em fevereiro “vieram agravar as pressões inflacionistas” através de uma aceleração do preço dos combustíveis, das matérias-primas energéticas e de diversos bens primários.

Para mitigar o impacto da inflação na economia e proteger o poder de compra das famílias e as condições de produção das empresas, o Governo anunciou medidas extraordinárias, tais como a redução do ISP equivalente a uma redução da taxa de IVA de 23% para 13%.

A proposta vai ser debatida na generalidade na Assembleia da República a 28 e 29 de abril, estando a votação final global marcada para 27 de maio.

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Mapfre cresce 2,3% em prémios em Espanha e Portugal até março

  • ECO Seguros
  • 19 Abril 2022

O volume de prémios emitidos na região ibérica atingiu 2,54 mil milhões de euros, refletindo “evolução positiva nos principais ramos de não Vida e no negócio Vida poupança.”

O grupo Mapfre cresceu 10,9% em volume de prémios emitidos no primeiro trimestre de 2022, totalizando cerca de 6.538 milhões de euros (incluindo negócio ressegurador e Global Risks), apoiado por forte incremento do negócio no Brasil (+35,3%) e na linha Grandes Riscos (+34,7%).

O negócio segurador contabilizou 5,4 mil milhões de euros (+12,1%) em prémios emitidos, com a região ibérica (Espanha e Portugal) a progredir 2,3%, para uma receita de 2,54 mil milhões de euros no acumulado dos primeiros 3 meses de 2022, realçando “evolução positiva nos principais ramos de não Vida e no negócio Vida poupança.”

A Mapfre RE (resseguro e global risks) cresceu 17,4% em prémios, alcançando 1,86 mil milhões, enquanto o negócio da Mapfre Asistencia quebrou 58,5%, para 49,2 milhões de euros, indica uma nota do grupo segurador explicando que a informação divulgada cumpre “compromisso de transparência,” proporcionando indicador de negócio por regiões, enquanto prevê anúncio dos resultados trimestrais no final de abril.

Campanha de apoio a refugiados da Ucrânia angaria mais 160 mil euros

Entretanto, a Fundação MAPFRE angariou 163 mil euros doados à Fundação Mensageiros da Paz, para ajudar a cobrir necessidades básicas dos refugiados que deixaram a Ucrânia.

Desde início do conflito, mais de 3.5 milhões de pessoas cruzaram a fronteira da Ucrânia para fugir à guerra, refere o grupo segurador com base em dados da ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados). “Entre aqueles que atravessaram a fronteira, “muitos chegam à Roménia pela passagem fronteiriça de Siret após vários dias de caminhada, sem comida, e em longas filas”. A maioria deles são mulheres e crianças que a Fundação Mensageiros da Paz recebe à chegada, “oferecendo-lhes refúgio, ajuda humanitária de primeira necessidade, como alimentos ou água, e consolo coordenando a assistência e os transportes para outras cidades e centros de receção”.

Neste contexto, a Fundação Mapfre enviará “163.400,56 euros (dos quais 70.000 foram doados pela Fundação)” àquela organização para que sejam “destinados a cobrir as suas necessidades mais básicas”.

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Sara Silva dirige área de desenvolvimento de negócio da HomeServe Portugal

  • ECO Seguros
  • 19 Abril 2022

Com experiência comercial acumulada no setor bancário, a gestora assume responsabilidade pelo estabelecimento de novas parcerias em Portugal, junto de setores como retalho e seguradoras.

Sara Silva vai aprofundar a oferta de serviços de assistência para habitação junto das seguradoras.

A HomeServe, empresa especializada em soluções globais de assistência, cuidados e manutenção para o lar, nomeou Sara Silva como Diretora de Desenvolvimento de Negócios para o mercado português.

“Sara irá liderar a estratégia de desenvolvimento empresarial para estabelecer novos acordos comerciais em Portugal, e assim continuar a aumentar a presença e liderança da HomeServe” no país, afirma a empresa.

A HomeServe , especialista no fornecimento de soluções de cuidados e manutenção doméstica, reforçou presença em Portugal com a aquisição da Servitis. O grupo britânico tem parcerias estabelecidas com seguradoras na área técnica, por exemplo, na prestação de serviços de assistência ao domicílio e extensões de garantia aplicadas a aquisição de equipamento.

Sara é licenciada em Economia pela Universidade do Porto e é especialista em Gestão e Inovação; tem mais de 20 anos de experiência profissional em desenvolvimento empresarial e gestão de contas. A nova responsável de negócio da HomerServe em Portugal desenvolveu carreira no setor bancário, com passagem pelos grupos CGD (e BES). Junta-se à companhia depois de ter trabalhado no Novo Banco, onde desempenhou cargo de Gerente sénior no segmento empresas.

Além de Portugal e Espanha, o grupo especializado em serviços de assistência desenvolve operações no Reino Unido (sede), EUA, Canadá, França, Japão e Bélgica.

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