Petróleo cai 3% com receios sobre crescimento da China

Atividade industrial na China caiu pelo segundo mês seguido, atingindo o valor mais baixo desde o início da pandemia, devido aos confinamentos, o que leva os preços do barril a cair 3%.

Os preços do petróleo estão em queda esta segunda-feira, com os receios em torno do enfraquecimento do crescimento económico da China, o maior importador mundial, a ofuscarem o nervosismo de potenciais problemas na oferta com a possibilidade de a União Europeia (UE) impor um embargo ao petróleo russo.

Em Londres, o barril de Brent para entrega a 31 de maio cai 2,73% para 104,21 dólares, depois de ter avançado na semana passada. O crude WTI para entrega a 19 de maio recua 3,05% para 101,51 dólares por barril. Vários mercados asiáticos como Japão, Índia e Sudoeste Asiático encontram-se encerrados esta segunda-feira devido feriado.

Barril desvaloriza 1%

As cotações do “ouro negro” recuam depois de a China ter divulgado dados no sábado mostrando uma contração da atividade industrial pelo segundo mês seguido, atingindo o nível mais baixo desde fevereiro de 2020, devido aos confinamentos para travar a disseminação da Covid-19.

“Uma desaceleração dessa dimensão, quando a China já está a sofrer com um colapso imobiliário e se preocupa com o seu (até recentemente) aumento da regulamentação, é potencialmente um problema importante para os mercados de commodities e a economia mundial”, disse Tobin Gorey, analista do Commonwealth Bank, citado pela Reuters.

Do lado da oferta, a petrolífera da Líbia National Oil Corp anunciou no fim de semana que que iria retomar as operações no terminal de petróleo de Zueitina para reduzir os stocks guardados nos tanques para evitar um “desastre ambiental iminente” no porto.

A travar uma descida mais pronunciada dos preços está a possibilidade de a UE proibir as importações de petróleo russo até final do ano, de acordo com o que disseram duas fontes diplomáticas europeias, depois das conversas entre a Comissão Europeia e os Estados membros no fim de semana.

Cerca de metade dos 4,7 milhões de barris por dia das exportações de petróleo da Rússia vão para a UE, fornecendo cerca de um quarto das importações de petróleo da UE em 2020.

(Notícia atualizada às 10h34 com novas cotações)

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