Líderes do G7 vão estudar limites ao preço da energia russa

Maiores potências democráticas do mundo vão contribuir com até 4,5 mil milhões de dólares para garantir segurança alimentar mundial.

Os líderes das sete maiores democracias do mundo concordaram em estudar limites de preços para a importação de energia russa. Esta é uma das principais decisões da reunião do G7, que terminou nesta terça-feira em Elmau na Alemanha. Também foram tomadas medidas relativas à segurança alimentar.

Na área da energia, a União Europeia vai estudar, com parceiros internacionais, formas de conter os preços do petróleo e do gás russos, incluindo a possibilidade de introdução de limites de preços, adiantou a Reuters com base em partes da declaração conjunta.

Ao introduzirem os limites de preços, os líderes do G7 pretendem evitar que o Governo russo tenha lucros no mercado depois de a invasão da Ucrânia ter inflacionado os preços da energia. A guerra também levou o Ocidente a reduzir as importações de produtos energéticos russos.

“Vamos continuar a manter e a aumentar os custos económicos e políticos desta guerra para o Presidente Putin e o seu regime”, salientou o Chanceler alemão, Olaf Scholz.

A aplicar-se a medida, entidades financeiras, seguros e transporte de cargas petrolíferas ficariam vinculadas a um teto sobre os preços do petróleo russo. O gás russo acabou por ser incluído na proposta por sugestão de Itália, que depende desta matéria-prima para fins energéticos.

Disponível para apoiar a Ucrânia “o tempo que a guerra durar”, o G7 vai discutir os detalhes desses limites nas próximas semanas.

A proibição da importação do ouro da Rússia também foi aprovada pelos líderes do G7, como forma de condicionar a economia do país liderado por Vladimir Putin.

A partir do G7 vai nascer, até final do ano, o “clube do clima”, para ajudar os países a promoverem a transição energética. “Temos de estar alinhados com as metas de Paris”, assinalou o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, na conferência de imprensa final.

Os responsáveis do G7 assinalaram ainda que a Ucrânia “precisa de um Plano Marshall”, para apoiar na reconstrução do país no longo prazo.

Aliança contra a fome

Para evitar uma escalada da fome a nível mundial, os líderes do G7 também se comprometeram em financiar, em até 4,5 mil milhões de dólares (4,25 mil milhões de euros), programas mundiais a nível alimentar. Metade deste montante será pago pelos Estados Unidos.

“Temos 348 milhões de pessoas sem alimentos suficientes em todo o mundo. A guerra na Ucrânia agravou o cenário de fome, sobretudo nos países africanos”, alertou o chefe do Governo alemão.

“Os cereais e os fertilizantes da Ucrânia têm de ser disponibilizados para todo o mundo”, acrescentou Olaf Scholz.

O G7 é um grupo informal que reúne as maiores democracias do mundo: Estados Unidos, União Europeia, Alemanha, França, Reino Unido, Japão, Itália e Canadá.

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