Preços da habitação aceleram 17,2% no 1.º trimestre para 1.454 euros/metro quadrado

  • Lusa
  • 14 Julho 2022

Subidas dos valores medianos de habitação no Algarve e na Área Metropolitana do Porto no primeiro trimestre foram superiores à média nacional. INE nota "aparente sobrevalorização" do arrendamento.

O preço mediano de alojamentos familiares transacionados em Portugal aumentou 17,2% no primeiro trimestre, face ao mesmo período de 2021, para 1.454 euros por metro quadrado (m2), segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE)

Este valor representou um crescimento de 7,3% face ao quarto trimestre de 2021.

O Algarve e a Área Metropolitana do Porto registaram no primeiro trimestre valores medianos de habitação de 2.237 euros/m2 e 1.555 euros/m2 , respetivamente, e subidas homólogas, de 22% e de 17,4%, que foram superiores aos do país (1.454 euros/m2 e +17,2%).

Estas duas sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados foram também aquelas que apresentaram valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador: território nacional (respetivamente, 2.115 €/m2 e 1.969 €/m2) e estrangeiro (2.588 €/m2 e 3.533 €/m2).

Os dados do INE revelam que também a Área Metropolitana de Lisboa (1.986 €/m2) e a Região Autónoma da Madeira (1.586 €/m2) registaram preços medianos superiores ao país, apresentando, contudo, crescimentos homólogos (+16,4% e +14,2%) inferiores à referência nacional.

Fonte: INE

Diminuições homólogas dos preços da habitação no primeiro trimestre registaram-se no Alto Alentejo (-5,1%), Lezíria do Tejo (-0,6%) e na Beira Baixa (-0,5%), tendo o Alto Alentejo apresentado também o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (500 €/m2 ).

Entre o quarto trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022, a taxa de variação homóloga dos preços aumentou em nove dos 11 municípios com mais de 100 mil habitantes da Área Metropolitana de Lisboa.

Esta aceleração foi superior à verificada a nível nacional (mais 3,1 pontos percentuais – pp) em Sintra (+7,9 pp), Setúbal (+6,5 pp) e Almada (+3,3 pp).

Em Lisboa (+2,3 pp), tal como no trimestre anterior, e Cascais (+2 pp) a aceleração foi menos expressiva.

Uma desaceleração dos preços foi registada pelo INE em Loures (-2 pp) e Oeiras (-1,7 pp).

Na Área Metropolitana do Porto, os municípios de Santa Maria de Feira (+13,8 pp), Vila Nova de Gaia (+6,8 pp), Gondomar (+5,3 pp) e Porto (+3,7 pp) apresentaram também um aumento das taxas de variação homólogas superiores ao país.

O INE registou uma desaceleração nos outros dois municípios com mais de 100 mil habitantes: Matosinhos (- 9,8 pp) e Maia (- 2,4 pp).

“Aparente sobrevalorização” no arrendamento

Os dados revelam, segundo uma análise do instituto, uma “aparente sobrevalorização” dos valores de arrendamento, face aos valores dos preços da habitação, na maioria dos municípios da A.M. Lisboa – salientando-se a exceção do município de Lisboa –, na maioria dos municípios da A.M. Porto e, de uma forma geral, nos municípios com mais de 100 mil habitantes.

Diversamente, o instituto diz notar uma subvalorização relativa das rendas na generalidade dos municípios do Algarve.

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