Petróleo regressa aos 100 dólares, mas cai mais de 7% na semana

Matéria-prima recupera para perto dos 100 dólares por barril, mas regista pior semana desde o início de abril. Recuo volta a trazer boas notícias para os automobilistas.

O preço do petróleo que serve de referência às importações portuguesas negoceia esta sexta-feira em torno dos 100 dólares por barril, depois de ter tocado na quinta-feira o valor mais baixo desde que a Rússia invadiu a Ucrânia.

A matéria-prima cotada em Londres recuperava quase 0,85%, para 99,93 dólares, quando eram 7h45 em Lisboa. Um avanço que não chegava para eliminar a queda de 7,4% que o Brent acumula desde segunda-feira — caminhando, assim, para fechar aquela que pode bem ser a pior semana para o petróleo desde o início de abril.

Evolução do Brent em Londres

Do outro lado do Atlântico, à mesma hora, o petróleo WTI somava 0,23%, para 96 dólares. O light sweet do Texas acumula uma queda de 8,6% na semana, o que, a manter-se esta tendência, será a mais fraca desde meados do mês passado.

Ainda assim, a queda dos preços do petróleo deve trazer boas notícias para os condutores portugueses. Como o ECO noticia esta sexta-feira, a gasolina deverá descer pela sexta semana consecutiva, em torno dos cinco cêntimos por litro, para um valor médio abaixo dos dois euros, apesar de continuar 16 cêntimos mais cara do que no início da guerra na Europa.

Os preços do petróleo têm sido castigados pelas perspetivas de menor procura por petróleo, na sequência dos receios de que se esteja a formar uma recessão no horizonte, enquanto a China voltou a impor confinamentos para travar surtos de Covid-19.

Esta sexta-feira, o país liderado por Xi Jinping revelou que a segunda maior economia do mundo cresceu apenas 0,4% no segundo trimestre, em termos homólogos, desiludindo os economistas. A China é o maior importador de petróleo do planeta.

Contudo, o euro mais fraco face ao dólar deverá travar uma descida maior dos preços dos combustíveis, dado que o petróleo é cotado na divisa norte-americana. Esta semana, a moeda única chegou mesmo a valer menos do que o dólar, negociando agora próxima da paridade (1 euro = 1 dólar).

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