Lucros da Nos sobem 16% no semestre para 85,3 milhões

Receitas de telecomunicações cresceram 7,3% nos primeiros seis meses do ano e venda de bilhetes de cinema disparou face a 2021.

A Nos registou um lucro de 44,2 milhões de euros no segundo trimestre, um aumento de 2% face ao mesmo período do ano passado, que representa uma forte travagem face à evolução de 34,6% verificada entre janeiro e março. No conjunto do semestre, a operadora lucrou 85,3 milhões, um crescimento homólogo de 15,5%.

As receitas de telecomunicações subiram 5,6% para os 336,7 milhões entre abril e junho, somando 721,4 milhões no conjunto do semestre. Destaque para a forte recuperação nos cinemas, com 2,584 milhões de bilhetes vendidos, contra 567,7 mil no mesmo período do ano passado, o que permitiu um aumento de 69,4% nas vendas do segmento para 39,1 milhões de euros.

O volume de negócios consolidado aumentou 9,4% para 742 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano (8,1% no trimestre) e o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) consolidado avançou 5,1% para 322,3 milhões (5,4% no trimestre). A margem de rentabilidade recuou 1,2 pontos percentuais para 42,9%.

O número de subscritores dos serviços Nos (RGU) aumentou 5,2%, totalizando 10,53 milhões. O maior crescimento foi registado no segmento móvel, com uma subida de 8,7% para 5,53 milhões de subscritores. O número de clientes convergentes e integrados aumentou 5,9%, passando a marca de um milhão. O número de casas com fibra superou os cinco milhões. Já o número de subscritores de televisão manteve-se praticamente estável, com 1,65 milhões.

No comunicado, a Nos sublinha que o investimento total, excluindo contratos de leasing, licenças de espetro e outros direitos contratuais, aumentou 22% face ao primeiro semestre de 2021, para 244 milhões de euros. Um crescimento relacionado com o programa de implementação acelerada da infraestrutura da rede 5.

“No advento do 5G, prometemos ao país tudo fazer para compensar os atrasos exclusivamente atribuíveis à incompetência de um regulador que insiste em subalternizar os interesses do País e dos portugueses. Hoje, apenas 6 meses após a atribuição das licenças, mais de 80% da população portuguesa já tem acesso a esta tecnologia, realidade que coloca a NOS como o operador com mais e melhor cobertura 5G”, afirma o CEO, Miguel Almeida, numa mensagem que acompanha a divulgação das contas.

A dívida financeira aumentou para 1.145 milhões de euros, o equivalente a 2,15 vezes o EBITDA dos últimos 12 meses, o que a operadora justifica com o efeito sazonal do pagamento de dividendos de 142,3 milhões no segundo trimestre.

O custo médio da dívida foi 1,2% no segundo trimestre, abaixo dos 1,4% verificados no período homólogo. A maturidade média da dívida da Nos era de 2,7 anos no final de junho.

(Notícia atualizada às 18h)

 

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