Desejo de viajar dos portugueses está acima da média global

  • Joana Abrantes Gomes
  • 31 Julho 2022

Estudo revela que 61% dos portugueses considera as viagens um "interesse pessoal", um valor superior à média global de 46%. Relação custo-benefício é o fator mais importante na escolha do destino.

Este ano, o desejo de viajar dos portugueses está acima da média global: 61% dos portugueses considera as viagens como um “interesse pessoal”, face à média global de 46%, de acordo com um estudo realizado em 28 países e encomendado pela Travel Lifestyle Network (TLN), uma rede de agências de comunicação especializadas no setor do turismo e das viagens. A relação custo-benefício é o principal fator para os portugueses na escolha de um destino de férias.

Entre os fatores que mais influenciam os portugueses na hora de decidir o local para onde viajar, a relação custo-benefício surge com 54%, o que compara com 26% da média global. Seguem-se a meteorologia / época do ano (36%), a procura por uma experiência cultural (22%), o desejo de relaxar (18%) e a vontade de viver uma experiência única (17%).

Costa Esmeralda, Sardenha (Itália)

No universo de 2.354 portugueses inquiridos, há ainda 15% que tem em conta as boas infraestruturas para crianças e famílias e poder visitar amigos ou família, enquanto 13% procuram ofertas especiais ou promoções.

Segundo Rúben Obadia, CEO da agência Message in a Bottle e membro da TLN, estes resultados refletem um “claro desejo de viajar, o que é natural neste clima pós-Covid“.Mas os resultados alertam para a necessidade de ter em conta a relação custo-benefício, que em 2022 se tornou um fator de escolha determinante para 54% dos inquiridos nacionais”, salienta.

Portugueses vão “mais para fora cá dentro”

No primeiro semestre de 2022, 11% dos inquiridos a nível global adquiriu férias para o estrangeiro e 24% preferiu comprar uma oferta para ficar dentro do próprio país. Em Portugal, 12% dos inquiridos adquiriu férias para o estrangeiro, subindo para 25% a percentagem dos que optaram por fazer férias dentro do país, o que reforça a tendência crescente de turismo doméstico.

Até ao final do ano, 20% dos portugueses planeia adquirir férias no estrangeiro e 29% tenciona em território nacional, enquanto na perspetiva global a aquisição de férias domésticas nos meses que ainda faltam de 2022 é de 24% e a de férias em territórios internacionais é de apenas 13%, de acordo com o relatório.

Além de Portugal, também em Espanha, França, Itália, Suécia e Reino Unido a proporção que planeia adquirir férias internacionais é inferior à que planeia adquirir férias domésticas. Ainda assim, a nível regional, a Europa parece estar a recuperar mais rapidamente do que outras regiões no que diz respeito às viagens ao estrangeiro, com quase um quarto dos inquiridos (23%) a planear férias internacionais.

Porém, é necessário ter em conta que o impacto da pandemia de Covid-19 na indústria das viagens na Europa representou um declínio de 21% na percentagem da compra de férias no estrangeiro (entre 2019 e 2021), mais do que em qualquer outra região.

Para este estudo sobre intenções de viagens, desenvolvido pelo think tank britânico Thrive e pela empresa de market intelligence AudienceNet, foram inquiridas cerca de 179.446 pessoas em 28 países durante o primeiro trimestre de 2022. A amostra em Portugal foi constituída por 2.354 inquiridos.

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