“Regime de fidelizações tem sido prejudicial para economia e consumidores”, conclui Anacom

  • Lusa
  • 5 Julho 2022

Os atuais encargos da cessação antecipada do contrato em Portugal "são muito mais elevadas do que nos outros países", diz o presidente da Anacom.

O presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), João Cadete de Matos, afirmou esta terça-feira que o regime de fidelizações nas comunicações eletrónicas em vigor “tem sido prejudicial para a economia portuguesa e para os consumidores”.

João Cadete de Matos falava na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no âmbito do grupo de trabalho sobre as comunicações eletrónicas [sobre a Lei das Comunicações Eletrónicas (LCE) que transpõe o Código Europeu das Comunicações Eletrónicas (CECE)].

O presidente da entidade reguladora enumerou uma dúzia de razões para defender a alteração do atual regime de fidelização nas comunicações eletrónicas e nos encargos a serem pagos na cessação antecipada dos contratos. João Cadete de Matos referiu que os atuais encargos da cessação antecipada do contrato em Portugal “são muito mais elevadas do que nos outros países”.

Apontou que há países da União Europeia (UE) em que os prazos dos contratos de fidelização são “menores”, com a Dinamarca com um prazo “de seis meses”, e a Noruega e Hungria que têm 12 meses.

Outra das razões é o regime de fidelizações em vigor em Portugal “não ter conduzido a preços mais baixos”, mas “pelo contrário”, salientou, citando que “os únicos dados fiáveis” sobre este tema são os Eurostat, da OCDE, referindo que “todos eles colocam Portugal entre os países que tiveram maior aumento dos preços das comunicações”, superior a 11%.

Aliás, “se o argumento fosse que alterar as regras de fidelização e aumentar os preços, eu se fosse operador” iria querer subir os preços, disse João Cadete de Matos. O presidente da Anacom sublinhou que os países com menores períodos de fidelização são “aqueles que apresentam preços mais baixos”, o que “evidencia” que o atual regime “tem sido prejudicial para a economia portuguesa e para os consumidores”.

Além disso, este regime “não conduziu a um maior investimento”, pois “havendo pouca concorrência, e as fidelizações contribuem para isso”, há menos investimento, referiu. “O regime de fidelização em vigor não tem favorecido o desenvolvimento económico”, sublinhou, salientando que é também “uma barreira à entrada de novas empresas no mercado”, aludindo o que se passou no “último ano” durante o leilão 5G.

Tarifa social de Internet “ficou muito aquém das expectativas” de adesão

O presidente da Autoridade Nacional de Comunicações afirmou ainda que a tarifa social de Internet “ficou muito aquém das expectativas” de adesão, que rondam os cerca de 700 pedidos. Questionado sobre a tarifa social de Internet, o presidente da entidade reguladora salientou que “ficou muito aquém das expectativas” de adesão.

“Do nosso ponto de vista também aí as fidelizações têm um efeito perverso” na mudança das famílias de baixos rendimentos, que ao pensarem aderir à tarifa social de Internet são “confrontadas” com milhares de euros para rescindir o contrato antecipadamente.

Além disso, as condições que são oferecidas “são exíguas e abaixo daquilo que a Anacom recomendou”, apontou João Cadete de Matos. “A nossa expectativa é que essas condições melhorem”, disse, já que ao fim de um ano de aplicação desta tarifa podem ser revistas.

Há precisamente dois meses, o secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, Mário Campolargo, afirmou, no parlamento, que a tarifa social não estava a ter a adesão que gostaria, mas que havia empenho para que esta seja “o mais alargada possível”.

Esta tarifa conta com cerca de 780 mil beneficiários potenciais, o universo da população que beneficia da tarifa social de eletricidade e da água. A tarifa entrou em vigor este ano e em 21 de fevereiro passado o regulador Anacom tinha anunciado que a mesma já podia ser subscrita.

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Receios de recessão põem Wall Street a abrir em baixa

Principais índices dos Estados Unidos iniciam semana em terreno negativo por receio que bancos centrais tenham de tomar medidas mais agressivas para conter subida da inflação.

O vermelho marca a abertura da primeira sessão da semana das bolsas dos Estados Unidos. As principais praças do mercado norte-americano estão a negociar em terreno negativo nesta terça-feira por conta dos receios da atuação dos bancos centrais face à subida da taxa de inflação.

Pelas 14h45, hora de Lisboa, o índice S&P 500 descia 1,59%, para 3.764,33 pontos. O tecnológico Nasdaq recuava 1,69%, para 10.939, 71 pontos.

Os investidores temem que os bancos centrais a nível mundial tenham de tomar medidas mais agressivas para conter a forte subida da taxa de inflação.

Também a contribuir para a desvalorização dos mercados está o aviso da Agência Internacional de Energia. A entidade alertou que os elevados preços do gás natural e os receios quanto à procura podem condicionar o crescimento da economia nos próximos anos.

Na manhã desta quinta-feira, euro caiu para o valor mais baixo em duas décadas, negociando nos 1,03%, mínimo desde o final de 2002.

Mais divisas estão sob pressão: o iene japonês transaciona novamente em mínimos de quase 24 anos e a coroa norueguesa cede 1% pressionada pela greve dos trabalhadores das plataformas de gás e petróleo.

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Portugal já recebeu primeiras 2.700 doses de vacinas contra a Monkeypox

  • Lusa
  • 5 Julho 2022

Portugal já recebeu as primeiras 2.700 doses de vacinas contra o vírus Monkeypox, adquiridas ao abrigo de uma compra conjunta pela Comissão Europeia.

Portugal já recebeu as primeiras 2.700 doses de vacinas contra o vírus Monkeypox, adquiridas pela Comissão Europeia para serem distribuídas entre os Estados-membros mais afetadas pelo surto, revelou esta terça-feira à Lusa a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides.

“As primeiras entregas de vacinas contra a varíola dos macacos chegaram a Portugal para proteger os cidadãos portugueses e responder ao surto de Monkeypox”, disse a comissária, numa declaração à Lusa.

Stella Kyriakides sublinhou que no espaço de duas semanas a Comissão Europeia adquiriu cerca de 110 mil doses de vacinas e iniciou as entregas aos países mais afetados, tendo Espanha sido o primeiro Estado-membro a receber uma remessa, de 5.300 doses, em 28 de junho.

Na ocasião, a Comissão Europeia, que negociou a compra de um total de 109.090 doses da vacina de terceira geração à farmacêutica Bavarian Nordic, indicou que seguir-se-iam Portugal, Alemanha e Bélgica, entre julho e agosto.

“Este trabalho vai agora continuar e intensificar-se à medida que nos encaminhamos para outro período de outono e inverno, com a pandemia da Covid-19 por perto”, assinalou a comissária à Lusa.

“Esta é uma União Europeia de Saúde que produz resultados tangíveis para as pessoas, com a nossa Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias (HERA) a reagir rapidamente e a adquirir vacinas para todos os Estados-membros que manifestaram a sua necessidade”, comentou a comissária europeia da Saúde.

De acordo com os dados mais recentes da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgados na passada quinta-feira, os casos de Monkeypox em Portugal ultrapassaram os 400, tendo sido já notificados também casos na Madeira.

Segundo a DGS, todas as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos, que se mantêm em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis. “A maioria das infeções foram notificadas, até à data, em Lisboa e Vale do Tejo, mas já existem casos nas restantes regiões do continente (Norte, Centro, Alentejo e Algarve) e na Região Autónoma da Madeira”, referiu a autoridade de saúde.

Na sexta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que o número de infeções pelo vírus Monkeypox triplicou nas últimas duas semanas na Europa, onde já foram confirmados em laboratório mais de 4.500 casos em 31 países e territórios.

“A região europeia da OMS representa quase 90% de todos os casos confirmados globalmente em laboratório e reportados desde meados de maio”, alertou o diretor da organização para a Europa em comunicado.

Os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.

As lesões cutâneas geralmente começam entre um a três dias após o início da febre e podem ser planas ou ligeiramente elevadas, com líquido claro ou amarelado, e acabam por ulcerar e formar crostas que mais tarde secam e caem.

O número de lesões numa pessoa pode variar, tendem a aparecer na cara, mas podem alastrar-se para o resto do corpo e mesmo atingir as palmas das mãos e plantas dos pés. Também podem ser encontradas na boca, órgãos genitais e olhos. Estes sinais e sintomas geralmente duram entre duas a quatro semanas e desaparecem por si só, sem tratamento.

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Santander lança Dojo. Nesta plataforma são os colaboradores que decidem o que aprender

Com 90.000 conteúdos de formação, com temas que vão desde a linguagem de programação até competências transversais como liderança e comunicação, o Dojo está disponível 24h por dia, 7 dias por semana.

O Santander lançou o Dojo, uma nova plataforma de aprendizagem contínua em que são os colaboradores a gerir as suas próprias formações. O objetivo é desenvolver a capacidade das pessoas de aprenderem e de se reinventarem, para responderem da melhor forma à evolução das necessidades dos clientes e à modernização e digitalização do setor e do mercado.

“Agora, cada colaborador do Santander é dono do seu desenvolvimento. Com o Dojo cada um toma as rédeas daquilo que quer aprender, quando aprender e no formato que melhor funciona para si”, começa por explicar Sara da Fonseca, responsável de gestão de pessoas do Santander.

“Os líderes de equipas passam a contar também com uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento das pessoas. São agora uma peça chave para a identificação das competências necessárias na equipa, a alocação das formações e o motor da motivação para a procura de novos conhecimentos”, acrescenta, em comunicado.

Inspirada no termo japonês ‘Dojo’, local de aprendizagem de artes marciais e “local de caminho”, esta plataforma digital reúne as práticas do mercado de autoconsumo e formação individualizada, e está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, com formatos que se adaptam às diferentes formas de aprender, desde podcasts, vídeos e e-learnings interativos a resumos de livros ou papers.

Com mais de 90.000 conteúdos de formação, com temas que vão desde a linguagem de programação até competências transversais como liderança e comunicação, o Dojo inclui também uma área reservada às formações de caráter regulatório e obrigatório.

Para além do lançamento deste novo ecossistema de aprendizagem, o Santander inaugurou este mês as novas instalações da Academia Santander no Centro Santander, adaptadas a modelos presenciais, remotos ou híbridos.

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Talento feminino destacado pela PwC Espanha

  • Servimedia
  • 5 Julho 2022

Na cerimónia de encerramento do programa "Women to Watch", Gonçalo Sánchez enalteceu a importância do papel feminino nos cargos de administração das empresas e no crescimento da economia espanhola.

A PwC Espanha realizou a cerimónia de encerramento do seu programa Women to Watch‘, destinado a promover a presença de mulheres nos Conselhos de Administração das empresas espanholas, com a participação de Margarita Robles, ministra da Defesa, e de Gonzalo Sánchez, presidente da PwC Espanha, noticia a Servimedia.

No seu discurso, Gonzalo Sánchez salientou o complexo contexto económico e a instabilidade que as empresas estão a viver e salientou a importância de as empresas incorporarem os melhores talentos femininos se quiserem enfrentar com sucesso esta situação.

“A incerteza tornou-se uma certeza para a sociedade e para as nossas empresas, e já é um elemento básico a ser assumido na estratégia das empresas. Sabemos que o futuro que nos espera será instável do ponto de vista financeiro e um futuro de contínua transformação e mudança disruptiva nos modelos de negócio. Tudo isto vai ter grandes implicações do ponto de vista da gestão e dos perfis necessários que vamos exigir”, explicou ele.

Sánchez declarou que “as empresas vão precisar de todo o talento disponível para enfrentar o grande desafio que o próximo ciclo económico vai trazer” e destacou o papel que as mulheres devem desempenhar: “O talento feminino tem sido fundamental para o crescimento da economia espanhola até à data e sê-lo-á ainda mais nos próximos anos”.

O presidente da PwC Espanha destacou os progressos significativos que têm sido feitos no nosso país em termos de diversidade. “A percentagem de mulheres gestoras em 2022 cresceu para 36% e já está acima dos níveis da União Europeia. Além disso, a Espanha recuperou a sua posição como um dos dez países com maior presença feminina na gestão de topo das suas empresas“, acrescentou.

“A nossa lição aprendida é que temos de continuar a fazer progressos em políticas de inclusão que protejam o talento e evitem a existência de preconceitos, e programas que detetem o talento feminino. Igualdade significa não desperdiçar talento, que é o que mais nos falta hoje para assegurar o crescimento a que o nosso país aspira”, disse ele.

Para concluir, Gonzalo Sánchez afirmou: “Na PwC vivemos por e para o talento. É a nossa maior atração e o que nos torna diferentes de outras empresas. Estamos empenhados em promover a meritocracia, a igualdade de oportunidades e o reconhecimento como parte intrínseca da nossa cultura empresarial. Atualmente, 40% da nossa equipa de gestão é composta por mulheres. Estes são números que queremos continuar a melhorar nos próximos anos”.

Por sua vez, Margarita Robles indicou que as empresas são as grandes forças motrizes da economia e ter mais mulheres nos Conselhos de Administração é essencial: “É fundamental porque nós, mulheres, temos uma grande força dinâmica e transformadora. É por isso que acredito que todos estes programas são muito importantes, acima de tudo, para maximizar o potencial do talento feminino“.

O programa PwC’s Woman to Watch celebrou a sua sexta edição em 2022 e, durante este tempo, contou com a participação de 240 altas executivas, 75 das quais ocupam já posições nos conselhos de administração de algumas das principais empresas espanholas. O evento contou com a presença de Eva Balleste, diretora proprietária da Adif e da AENA, María Eugenia Girón, diretora independente da CIE Automotive, Ecoener e Corporación Financiera Alba, e Elisa Tarazona, CEO da Ribera Salud.

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Chinesa BYD apoiada por Buffet ultrapassa Tesla nas vendas globais de veículos elétricos

  • Capital Verde
  • 5 Julho 2022

Empresa chinesa destronou gigante norte-americana de Elon Musk nas vendas globais de veículos elétricos no primeiro semestre deste ano.

A BYD, grupo chinês produtor de carros elétricos, apoiado pela Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, ultrapassou a empresa de Elon Musk nas vendas globais de carros elétricos.

Segundo o Financial Times, a empresa sediada em Shenzhen vendeu cerca de 641.000 caros no primeiro semestre deste ano, traduzindo-se num aumento de 300% quando comparado com o mesmo período do ano anterior, de acordo com os registos da empresa.

Este valor cria alguma distância entre o nível de produção registado pela Tesla nos primeiros seis meses do ano, altura em que foram vendidos 540.000 automóveis elétricos. A empresa de Elon Musk alega um segundo trimestre difícil na cadeia de abastecimento de componentes e interrupções nas vendas a partir da China, com as suas operações a serem atingidas pelas restrições associadas à pandemia da covid-19.

A publicação britânica explica que o crescimento chinês está relacionado com a posição de fortalecimento da China nas energias renováveis, “ostentando vantagens de escala” e também ao nível dos custos, em grande parte, da cadeia de fornecimento dos veículos elétricos, nomeadamente nas baterias.

Analistas contactados pelo Financial Times antecipam uma ascensão continuada do setor naquele país, considerando o crescimento como um sinal precursor de “uma mudança tectónica no mercado automobilístico global, à medida que os fabricantes chineses de veículos elétricos começam a focar-se nos mercados de exportação”.

 

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Transporte público de passageiros “em risco” face a prejuízo de 70 milhões

  • Lusa
  • 5 Julho 2022

Empresas reclamam apoio de 90 cêntimos por litro de gasóleo contra os 20 cêntimos atuais. Prejuízo supera os 70 milhões de euros devido ao sobrecusto do gasóleo.

O transporte público de passageiros acumulou nos últimos dois anos um prejuízo superior a 70 milhões de euros devido ao sobrecusto do gasóleo, alertou esta terça-feira a associação setorial, reclamando um apoio de 90 cêntimos por litro de gasóleo.

“As empresas de transporte público de passageiros não têm condições para continuar a suportar o sobrecusto associado à subida do preço do gasóleo, não indo os apoios estatais além dos 30%. Precisaríamos de ter um apoio público na ordem dos 90 cêntimos por litro”, afirma o presidente da Associação Nacional de Transportes de Passageiros (Antrop), Luís Cabaço Martins, citado num comunicado.

Segundo garante a associação, “se o Governo não intervir, introduzindo um apoio considerável por litro de gasóleo, a muito curto prazo os operadores deixarão de ter condições para manter a atividade, comprometendo o serviço público de transporte de passageiros, uma vez que as empresas não têm condições para suportar o sobrecusto do preço dos combustíveis sem poderem subir o valor dos títulos de transporte”.

Salientando que “as empresas filiadas na Antrop prestam um serviço público essencial às populações”, a associação recorda que “este serviço é imposto pelas autoridades de transporte, através da definição prévia dos serviços e dos preços a pagar”, e que “os operadores de transporte não têm mecanismos para ajustar o serviço ou o preço face à evolução dos custos de operação”.

Neste contexto, as empresas reclamam um apoio estatal na ordem dos 90 cêntimos por litro de gasóleo, contra os 20 cêntimos atuais, um valor inferior aos 30 cêntimos por litro que vigorou entre 01 de abril e 30 de junho.

No comunicado, a Antrop avisa que “o transporte público rodoviário de passageiros está em risco, face ao agravamento dos custos operacionais, muito particularmente dos combustíveis, cujo preço do gasóleo se agravou 83% nos últimos dois anos”. Já na sexta-feira, em declarações à Lusa, Luís Cabaço Martins tinha alterado que sem uma urgente “solução alternativa ou complementar” as empresas “fecham”.

O presidente da Antrop aplaudiu então o prolongamento do apoio extraordinário ao combustível, mas criticou a redução para 20 cêntimos por litro de gasóleo. “O apelo veemente que eu faço ao Governo é de encontrarmos rapidamente – não é daqui a uns meses, é agora – uma solução, sob pena de as empresas, a pouco e pouco, irem fechando e irem parando porque não há condições de circulação, porque os custos estão muito acima das receitas que nós temos e não conseguimos suportar”, afirmou então em declarações à Lusa.

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Alemanha prepara decreto que permite compra de ações em energéticas afetadas pelo corte de gás russo

  • Capital Verde
  • 5 Julho 2022

Governo alemão está a preparar um decreto-lei que vai permitir a compra de ações em empresas prejudicadas pelo aumento do preço dos gás

O governo alemão vai apresentar no Parlamento um decreto-lei que permita a compra de ações em empresas prejudicadas pelo aumento do preço dos gás, numa altura em que vigoram medidas de emergência que visam minorar os impactos da redução do abastecimento do gás russo.

De acordo com o Financial Times, se a medida for aprovada já esta semana, abriria caminho para que o Estado comprasse ações na Uniper, a maior importadora de gás russo na Alemanha. Na semana passada, já surgiam relatos de que o grupo energético estava em conversações com o governo para um resgate financeiro, depois de a Gazprom ter cortado 60% do gás fornecido à empresa.

O grupo baseado na cidade de Dusseldorf estima que as receitas financeiras fiquem “significativamente abaixo” de anos anteriores e do que era previsto em 2022. A empresa está agora em conversações com o governo alemão para definir um conjunto de “medidas de estabilização” para assegurar a liquidez,

Com esta medida, cita o Financial Times fontes próximas da proposta, o objetivo é evitar uma repetição de 2008, quando o colapso do Lehman Brothers afetou todo o mercado financeiro, desencadeado, mais tarde, uma crise global.

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ANA prevê 28 voos cancelados hoje no aeroporto de Lisboa

Fonte oficial da ANA Portugal adianta ao ECO que está previsto o cancelamento de 16 voos de chegada e 12 voos de partida no Aeroporto Humberto Delgado.

Continuam os atrasos e cancelamentos de voos nos aeroportos e, para esta terça-feira, só no aeroporto de Lisboa, está previsto o cancelamento de 28 voos, de acordo com a informação adiantada ao ECO por fonte oficial da ANA – Aeroportos de Portugal.

Das quase três dezenas de voos que não se irão realizar, 16 dizem respeito a voos de chegada a Lisboa e 12 a voos com saída da capital, adiantou a mesma fonte da concessionária.

A situação nos aeroportos nacionais nos últimos dias tem sido de sucessivos atrasos e cancelamentos de voos, com o próprio Governo a reconhecer que existe um problema. Numa carta de resposta à Deco, o ministro das Infraestruturas diz que o Executivo está em “contacto permanente” com a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) e com a ANA para tomar as medidas necessárias para melhorar as condições oferecidas aos passageiros.

A CEO da TAP afirmou esta segunda-feira que as dificuldades das companhias aéreas e do handling nos aeroportos vão persistir nas próximas semanas, “face à crise que o transporte aéreo atravessa”, “fruto do aumento regular das viagens de lazer e de negócios”.

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Os benefícios da Mindera que dão que falar

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  • 5 Julho 2022

A cultura de self organization é um dos grandes atrativos da Mindera. Como reflexo disso são os nossos benefícios pensados em promover o bem-estar e o envolvimento dos nossos Minders.

Muitos procuram a Mindera sem saber da flexibilidade de horários, férias ilimitadas, da possibilidade de participação nas mais variadas tomadas de decisão da empresa e da autonomia que temos para decidir criar algo e sentir o seu impacto no dia-a-dia.

Aqui a palavra chave é autonomia. Desde a liberdade de escolha do próprio computador, que depois de alguns anos pode ser adquirido por um preço simbólico, até decidir os dias que trabalhamos no escritório ou a quantidade de férias que usamos, a decisão cabe sempre a cada um de nós, apenas tendo o cuidado de alinhar com a nossa equipa.

A maior parte dos benefícios que temos na Mindera estão pensados para promover o bem estar pessoal e familiar, pois sabemos o quão importante é o work/life balance. Entre os benefícios estão o seguro de saúde para os minders e para os seus filhos e/ou dependentes, com uma alargada cobertura médica. No entanto, sentimos a importância crescente da saúde mental e, por isso, corremos atrás de melhores soluções.

Estabelecemos diversos protocolos com clínicas de psicólogos e psiquiatras onde parte do custo é suportado pela Mindera e o restante, o equivalente ao que pagamos numa consulta de especialidade através do seguro de saúde, pelo Minder.

Pensando também nos nossos mini-minders, temos mensalmente tickets de infância para filhos e/ou dependentes até 7 anos de idade.

A flexibilidade de horários e a possibilidade de ter férias ilimitadas, são outros dos benefícios que estão centrados no bem estar dos minders. O facto de podermos ajustar o nosso tempo de trabalho com as nossas necessidades individuais, ajuda a que o dia-a-dia de todos corra melhor! Estamos habituados a partilhar que vamos estar ausentes, seja porque vamos buscar os filhos à escola, seja porque vamos passear os cães, entre outras coisas, e sentimos que ter essa abertura faz com que exista sempre uma grande ligação entre todos na Mindera, mesmo na hora de sair. Não há necessidade de esconder, todos temos vidas pessoais e poder integrá-las, sem problema, no nosso dia-a-dia, é algo que todos valorizamos. Quanto às férias ilimitadas, adicionalmente aos 25 dias de férias mínimas que temos, o único limite é só o do bom senso. Perceber as necessidades individuais, coordenar com a equipa e gerir o impacto no negócio são os elementos que nos ajudam na tomada de decisão.

A liberdade de podermos trabalhar onde queremos sempre foi um dos benefícios da Mindera e tornou-se ainda mais forte com a pandemia. Se já antes tínhamos um hotspot com internet ilimitada para usarmos para o que queríamos, até para trabalhar em qualquer parte do país, agora temos ainda a possibilidade de mudar para teletrabalho definitivamente ou conjugar com a vinda ocasional ao escritório, se assim o preferirmos. Muitos de nós optámos pelo teletrabalho, e para isso temos ajuda com todo o equipamento necessário: Uma secretária? Ok! Uma cadeira confortável? Já vai a caminho!

Apesar do set up remoto de muitos nós, encontramos sempre momentos de convívio, seja em beer fridays, nas festas de aniversário, porco no espeto (com opções vegetarianas à mistura) ou qualquer outro evento que algum minder se junte a outras pessoas para organizar em qualquer localização. As viagens anuais da Mindera que são abertas para todos os Minders. As viagens são três, por agora: neve, surf e aventura. E assim cada um pode escolher a viagem com a qual mais se identifica. São dois a três dias de diversão pura. O melhor é que é totalmente organizada pelos Minders e, por isso, há sempre a possibilidade de inovarmos e criar novas viagens… City break, here we go!

Se optarmos por trabalhar no escritório, para além das salas confortáveis temos ainda água, café (que nunca nos falte!), fruta, pão fresco todos os dias e a possibilidade de participar na decisão do que será comprado semanalmente, para garantir que temos sempre manteiga de amendoim crunchy, cidra, cerveja ou sumo para um final de tarde.

Um outro processo interessante é a revisão salarial, três vezes ao ano abrimos um ciclo salarial, onde todos os Minders podem propor um valor de aumento para si mesmos ou incentivar um colega a fazê-lo. De destacar que este modelo agora usado foi construído em conjunto por todos os que se quiseram envolver. Depois das propostas salariais, existe um momento de comparação entre colegas e um sense check final para finalizar o processo. Claro que o modelo não é perfeito, mas é algo que nos orgulhamos e a todo o momento procuramos fazer melhorias e ajustes.

Por fim, e como gostamos de partilhar tudo que fazemos, anualmente, sempre que possível, é distribuído pelos Minders uma parte do lucro anual da empresa. Adicionalmente, em Março de 2021 fomos alvo de investimento externo e também aqui foi aplicado o princípio de partilha de resultados por todos: nos dois últimos anos distribuímos cerca de 4 milhões de euros por todos os Minders como resultado desta operação. No futuro, qualquer lucro financeiro que advenha de possíveis investimentos, beneficiará também todos os Minders. A Mindera é feita por todos nós, individualmente e coletivamente, e este é o formato que gostamos de seguir.

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Taxa de poupança das famílias na Zona Euro cresce para 15% no primeiro trimestre

Aumento de 1,9% do consumo leva a crescimento da taxa de poupança das famílias na Zona Euro para os 15%. Taxa de investimento das famílias na Zona Euro também aumenta para 10,2% no primeiro trimestre.

A taxa de poupança das famílias na Zona Euro cresceu para 15% no primeiro trimestre de 2022, o que compara com os 14,1% do último trimestre de 2021, avançou esta terça-feira o Eurostat.

A impulsionar a poupança das famílias europeias está o crescimento de 1,9% do consumo em contraste com o aumento de 2,9% registado no rendimento bruto familiar disponível.

Segundo o gabinete de informação estatística, a taxa de investimento das famílias na Zona Euro também aumentou de 9,8% para 10,2% no primeiro trimestre de 2022, um valor máximo desde o primeiro trimestre de 2009.

Esta subida de 0,4 pontos percentuais (p.p.) é justificada pelo avanço de 6,9% na formação bruta de capital fixo, um valor acima do aumento de 2,9% no rendimento bruto disponível.

Taxa de poupança das famílias na Zona Euro (ajustada sazonalmente):

Fonte: Eurostat

Já a margem de lucro das empresas não financeiras na Zona Euro caiu de 40,8% para os 39,2% no primeiro trimestre de 2022. Esta evolução, por sua vez, deve-se a um aumento do valor acrescentado bruto (1,2%) a um ritmo mais lento face à subida da remuneração dos trabalhadores (3,8%), incluindo impostos e excluindo subsídios à produção.

Em paralelo, também a taxa de investimento empresarial na Zona Euro aumentou no primeiro trimestre de 2022, para os 24,2%, contra 23,8% no trimestre anterior.

Margem de lucro das empresas não financeiras na Zona Euro (ajustada sazonalmente)

Fonte: Eurostat

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Preço do gás subiu 700% num ano. Carvão entra cada vez mais na Europa

  • Capital Verde
  • 5 Julho 2022

Perante a redução do fluxo de gás oriundo da Rússia para a Europa, a procura por carvão aumentou nos últimos meses. Só na Europa, o preço do gás disparou em 700%, estima a Bloomberg.

Numa altura em que o bloco europeu procura tornar-se energeticamente independente da Rússia, os dados indicam que a procura por combustíveis alternativos, como o carvão, tem vindo a aumentar nos últimos meses. Já o preço do gás continua a disparar.

Segundo uma análise da Bloomberg, divulgada esta terça-feira, considerando todas os episódios que pressionaram o gás no último ano – a pandemia da covid-19, a invasão da Ucrânia, ou o incêndio no terminal de GNL, no Texas – estima-se que o preço tenha aumentado na Europa em cerca de 700%. A pouca capacidade de resposta fazem com que o gás natural rivalize com o petróleo como um combustível que desempenha um papel na geopolítica.

O contrato Dutch TTF Gas para entrega em agosto estava a valorizar mais de 7% pelas 11 horas desta terça-feira, depois nesta segunda-feira ter subido para máximos desde as primeiras semanas após invasão da Ucrânia.

O aumento da procura também se reflete no carvão. De acordo com os dados da Kpler, empresa de análise de dados, e citados pela Bloomberg, as importações de carvão que chegaram os portos de Antuérpia, Roterdão e Amesterdão (uma rota que funciona como um centro de transporte de energia e commodities), só no primeiro semestre deste ano, subiram 35% para 26,9 milhões de toneladas em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados revelam também que a 29 de junho, circulavam naquela rota 71 navios de mercadoria, o triplo da média dos últimos cinco anos para esta época do ano, cerca de 24 navios.

Grande parte do aumento da procura de gás e carvão, terá sido motivada pela redução do fluxo de abastecimento de gás para a Europa proveniente da Rússia. A decisão de comprometer os stocks de gás no bloco europeu por parte do Kremlin, levou a que alguns países recorressem à reabertura de centrais a carvão para a produção de eletricidade. Em Portugal, o Governo e as energéticas já frisaram que essa medida não será necessária.

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