Vendas a retalho na Alemanha caem 8,8% em junho, a maior queda desde 1994

Vendas a retalho na Alemanha caem 8,8% em junho, em termos homólogos, e 1,6% face ao mês anterior. Inflação, guerra na Ucrânia e racionamento energético no inverno prejudicam economia alemã.

As vendas a retalho na Alemanha caíram 8,8% em junho, em termos reais, face ao mesmo período de 2021, o que representa a maior queda desde 1994, avança a Reuters citando o Departamento Federal de Estatística alemão.

Ao compararmos com o mês de maio de 2022, as vendas a retalho na Alemanha já caíram 1,6% em termos reais, enquanto as vendas no setor da alimentação também verificaram uma queda de 1,6% em termos reais, face ao mês anterior. A impulsionar este recuo nas vendas do setor da alimentação está uma subida na despesa do consumidor junto dos supermercados, bem como um aumento na área da restauração.

Em termos homólogos face a junho de 2021, a quebra nas vendas a retalho na Alemanha foi de 9,8%, a maior em registo desde 1980. Já as vendas no setor do mobiliário e dos eletrodomésticos, bem como do vestuário, verificaram quedas ainda mais acentuadas.

A prejudicar a economia alemã, a maior da Europa, está o aumento da inflação, a guerra na Ucrânia, constrangimentos nas cadeias de abastecimento, e as perspetivas de racionamento energético no inverno, que irá levar ao encerramento de algumas fábricas no país, avançou esta segunda-feira a Bloomberg.

Adicionalmente, a produção alemã estagnou no segundo trimestre de 2022, enquanto a inflação acelerou para os 8,5% em junho. Adicionalmente, está prevista uma aceleração da inflação nos próximos meses, à medida que expiram as reduções nos impostos do combustível, bem como os bilhetes de transporte subsidiados.

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