Empresários da Região de Coimbra apelam ao “bom senso” do Governo

  • Lusa
  • 24 Agosto 2022

Conselho Empresarial da Região de Coimbra apela ao “bom senso” do Governo, recusando “medidas cegas” na redução dos consumos energéticos. E pede para ter em atenção "as diferentes realidades no país".

“Apela o Conselho Empresarial da Região de Coimbra (CERC) ao bom senso dos governantes, por forma a que não sejam aplicadas medidas cegas [na redução dos consumos energéticos] e que tenham em atenção períodos de habituação e de testes, e as diferentes realidades no nosso país”. O pedido ao Governo é divulgado, em comunicado, por este organismo liderado por Nuno Lopes que apresenta algumas medidas nesse sentido.

O CERC, que é constituído pelas 13 associações empresariais existentes nos 19 municípios da região de Coimbra, em representação de cerca de 15 mil empresas, frisou, num comunicado, que os seus contributos para a redução de consumos energéticos já foram apresentados “em privado junto de diversas entidades”.

A lista de medidas inclui a redução do horário de funcionamento dos centros comerciais e a redução da iluminação das montras das lojas de rua, “desde que seja assegurada a iluminação pública, preservando-se assim a segurança”.

O CERC defendeu ainda a simplificação e agilização do processo de instalação de painéis solares de autoconsumo, “tendo em conta o número de contribuinte e não o Código de Ponto de Entrega (CPE)”, a instalação destes equipamentos em condomínios, bem como a concessão de apoios “para particulares e empresas tornarem as suas casas e instalações mais eficientes em termos energéticos”.

A entidade liderada pelo também presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) quer ainda apoios para a instalação de postos de carregamento de viaturas elétricas nas instalações das empresas e junto a lojas e escritórios. Defende, por isso, a sensibilização do público em geral “para hábitos mais saudáveis e mais amigos do ambiente, que possam contribuir para a redução de consumos energéticos”.

A nível fiscal, o representante das associações empresariais da região de Coimbra defendeu a criação de incentivos à instalação de iluminação LED, aparelhos de ar condicionado mais eficientes e portas automáticas nos estabelecimentos comerciais, e a majoração de “todas as despesas associadas com migração de servidores próprios para soluções cloud mais eficientes energeticamente”.

Por outro lado, o CERC pretende que seja incentivado fiscalmente o teletrabalho “para todas as funções em que tal seja exequível, minimizando assim as deslocações e despesas energéticas associadas” assim como a compra de torneiras “com calibradores para se reduzir o consumo de águas em todas as utilizações”.

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