Crédito às empresas cresce a ritmo mais lento desde a pandemia

Banca empresta 76,8 mil milhões de euros às empresas no final de julho, um crescimento de 1,6%, mas o valor mais baixo desde 2020. Desaceleração é mais acentuada nas pequenas e grandes empresas.

O setor da banca tinha uma carteira de crédito às empresas de 76,8 mil milhões de euros no final de julho de 2022, o que representa um crescimento de 1,6% face a igual período do ano anterior, sendo ainda assim o valor mais baixo desde março de 2020, segundo dados do Banco de Portugal (BdP) divulgados esta sexta-feira.

A desaceleração foi transversal a todas as classes de empresas, e mais expressiva nas pequenas e grandes empresas, avança a nota informativa do BdP. Nas grandes empresas a variação anual foi de 0,2% em julho contra 3,6% no mês anterior, o que representou a maior desaceleração entre todas as classes de dimensão.

Desde janeiro de 2022 que os empréstimos às empresas registavam uma tendência de queda, mas em julho este indicador afundou mais acentuadamente ao cair 1,3 pontos percentuais, face a junho de 2022. Ao considerar os dados até junho, verifica-se que a Zona Euro segue na direção oposta, com um aumento gradual do crédito às empresas desde março.

Já no que diz respeito ao crédito a particulares, o montante total emprestado cresceu 4,8% face a julho de 2021, atingindo os 99,5 mil milhões de euros. O valor do crédito destinou-se à habitação, e registou ainda uma evolução semelhante no mês anterior. Por sua vez, o montante total de empréstimos ao consumo ascendeu aos 20,3 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 5,5%, em termos homólogos.

Na mesma linha seguem também os depósitos dos particulares, sendo que foram depositados 182,7 mil milhões de euros nos bancos residentes, no final de julho. O valor corresponde a um aumento de 7,2%, ao passo que os depósitos das empresas cresceram 11% em relação a julho de 2021, para os 63,3 mil milhões de euros.

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