Wall Street com a maior queda em dois anos, após dados da inflação

Bolsas norte-americanas fecharam com fortes perdas, com o Nasdaq e S&P 500 a tombarem mais de 4%, pressionados pelos dados da inflação nos EUA, que ficaram acima do esperado pelos analistas.

Os principais índices norte-americanos encerraram a sessão desta terça-feira com fortes perdas, com o Nasdaq e S&P 500 a tombarem mais de 4%, pressionados pelos dados da inflação nos EUA, que ficaram acima do esperado pelos analistas, o que aumenta as perspetivas de novas subidas das taxas de juro por parte da Fed.

O índice de referência S&P 500 recuou 4,25% para 3.935,67 pontos, enquanto o industrial Dow Jones perdeu 3,92% para 31.111,92 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq tombou 4,99% para 11.654,85 pontos. Com este desempenho, os três índices registaram a maior queda percentual diária desde 11 de junho de 2020 e quebraram um ciclo de quatro dias consecutivos de ganhos.

Evolução do S&P 500 nos últimos dois anos

Evolução do S&P 500 nos últimos dois anos até dia 13 de setembro de 2022Fonte: Reuters

Nesta sessão, os investidores estiveram a digerir os dados divulgados esta terça-feira pelo Departamento do Trabalho norte-americano, que revelou que a taxa de inflação homóloga nos Estados Unidos desacelerou para 8,3% em agosto, o que representa um recuo de duas décimas face ao registado em julho e um recuo pelo segundo mês consecutivo.

Além disso, no que respeita à variação em cadeia, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) nos EUA aumentou 0,1% face ao registado em julho. Os analistas consultados pela Reuters antecipavam um recuo de 0,1%. Estes dados aumentam as perspetivas de que a Fed vai manter o posicionamento agressivo na subida dos juros, devendo proceder a um novo aumento das taxas na próxima reunião, marcada para 20 e 21 de setembro.

Os analistas apontam que o mais certo é que a Fed volte a aumentar as taxas de juro em 75 pontos base para conter a inflação, não obstante, e de acordo com a ferramenta FedWatch da CME, citada pela Reuters, há 18% dos analistas a admitirem aumentos superiores. Além disso, persistem os receios de que um período prolongado de aperto nas políticas da Fed possa conduzir a economia norte-americana a uma recessão.

Nesta sessão, as cotadas ligadas ao setor tecnológico estiveram entre as mais penalizadas. A título de exemplo, a Apple tombou 5,87% para 153,84 dólares, a Microsoft recuou 5,50% para 251,99 dólares e a Amazon caiu 7,06% para 126,82 dólares.

Em contrapartida os títulos do Twitter somaram 0,65% para 41,74 dólares, no dia em que os acionistas da empresa aprovaram a venda da rede social a Elon Musk por 44 mil milhões de dólares (43 mil milhões de euros). Recorde-se que o negócio está num impasse e o caso está atualmente no tribunal de Delaware, com um julgamento previsto para começar em meados de outubro.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h27)

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