Relatório S&P: impacto climático vai atingir ativos

  • ECO Seguros
  • 19 Setembro 2022

Mais de 90% das maiores empresas globais terão pelo menos um ativo exposto aos impactos físicos das alterações climáticas até 2050, apura S&P Global Ratings.

Segundo o relatório da S&P Global Ratings, não for possível controlar as emissões prejudiciais ao clima, 98% das empresas de grande escala – classificadas no índice S&P Global 1200 – poderão estar expostas a riscos maiores até 2090.

O conjunto de dados S&P mede o risco físico do clima para os assets.

Se o objetivo do Acordo Climático de Paris, de limitar o aquecimento global a menos de 2 graus Celsius, for alcançado, a quota das grandes empresas com ativos de alto risco físico poderia ser reduzida para 39%.

“Os investidores e as empresas procuram análises avançadas para responder aos impactos financeiros das alterações climáticas. Essencial para isto, é a capacidade de quantificar o impacto financeiro das alterações climáticas a nível de ativos, para permitir um planeamento significativo da mitigação e adaptação”, disse James McMahon, Diretor Executivo do The Climate Service, parte da S&P Global, em declarações.

Ao recorrer a modelo climáticos que simulam a física, química e biologia da atmosfera, terras e oceanos, a S&P disse ser capaz de avaliar o risco para mais de 20 mil empresas e mais de 870 mil localizações de ativos, pontuando cada uma numa escala de 0 a 100.

Até 2050, prevê-se que cada empresa terá, pelo menos, um ativo com uma pontuação superior a 75, o que é considerado um risco significativamente elevado resultante de impactos climáticos como calor extremo, frio extremo, incêndios florestais, stress hídrico, seca, inundações costeiras, inundações fluviais e ciclones tropicais.

“Depois de pontuar um ativo para exposição ao risco físico, a S&P é então capaz de calcular o impacto financeiro, permitindo às empresas adaptar a sua exposição”, disse o Diretor.

Em termos simples, este conjunto de dados permite às empresas e aos investidores compreenderem os riscos climáticos – e, principalmente, o que poderiam custar”, esclareceu McMahon.

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