Fundo de resgate europeu fica com diretor interino até ao fim do ano

Já sem o ex-ministro João Leão na corrida, o Conselho de Governadores do Mecanismo Europeu de Estabilidade apontou como solução transitória o até agora vice-diretor executivo, Christophe Krankel.

Sem conseguir chegar a acordo quanto ao sucessor do alemão Klaus Regling na direção executiva, que termina o mandato esta sexta-feira, o Conselho de Governadores do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) decidiu apontar o vice-diretor executivo, Christophe Krankel, para esta posição durante um período transitório, até ao final do ano ou até ser escolhido um nome que reúna o apoio necessário.

A decisão sobre a sucessão de Regling, que é diretor executivo do MEE desde a sua criação, em 2012, tem de ser tomada pelos ministros das Finanças do euro, no Conselho de Governadores do MEE, numa votação feita por maioria qualificada. Ou seja, 80% dos votos expressos, sendo que os direitos de voto são iguais ao número de ações atribuídas a cada país membro no capital social autorizado.

Na corrida chegou a estar o português João Leão. No entanto, tal como aconteceu com o luxemburguês Pierre Gramegna, o nome do ex-ministro das Finanças acabou por ser retirado da corrida por não ter conseguido reunir os votos necessários para liderar o fundo de resgate da Zona Euro. Portugal e Luxemburgo decidiram a 20 de setembro abdicar das candidaturas para “evitar um impasse e para não prejudicar a sucessão” na entidade. Um dia após esta decisão, Leão disse à Lusa que “sentia que poderia dar um contributo importante nesta fase desafiante para a economia europeia”, mas “há sempre circunstâncias que depois tornam difícil a eleição”.

“Começámos o processo de seleção de um novo diretor executivo com quatro excelentes candidatos, mas nenhum deles foi capaz de atingir o patamar dos 80% de votos expressos. (…) Frankel esteve como vice-diretor executivo desde a criação do MEE e tem um excelente background profissional nas áreas das finanças e dos mercados financeiros”, comentou o porta-voz do conselho de governadores, Paschal Donohoe.

Sediado no Luxemburgo, o MEE é uma organização intergovernamental criada pelos Estados-membros da zona euro para evitar e superar crises financeiras, e manter a estabilidade financeira e a prosperidade a longo prazo, concedendo empréstimos e outros tipos de assistência financeira aos países em graves dificuldades financeiras.

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