Supervisores consideram promoção da educação financeira nas escolas “pilar estratégico”
O Conselho Nacional de Supervisores Financeiros e a AT destacam “a promoção da educação financeira nas escolas como um pilar estratégico da sua atuação” no contexto da Semana da Literacia Financeira.
A administradora do Banco de Portugal (BdP), Ana Paula Serra, na ocasião da Sessão Solene da Semana da Formação Financeira 2022, especialmente dedicada às escolas, sublinhou que as orientações estratégicas para o período de 2021-2025 incluem a transição digital, a sustentabilidade e a formação financeira.
A administradora congratulou a inclusão da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) no Plano Nacional de Formação Financeira e destacou que a integração de conteúdos fiscais no Plano de Formação Financeira é essencial.
No discurso da Sessão Solene da Semana da Literacia Financeira, Ana Paula Serra declarou que, “em boa hora o Plano assumiu a Promoção da Educação Financeira nas escolas como um pilar estratégico da sua atuação”. Disse ainda que “a colaboração com o Ministério da Educação tem sido essencial para que a educação financeira entre nas escolas”.
Ana Paula Serra, que está de saída do Banco de Portugal, assinalou a importância de transmitir conhecimentos financeiros e desenvolver nas crianças e jovens as atitudes e comportamentos mais adequados “para os preparar para as decisões financeiras que irão tomar ao longo da vida”.
Passados quase dez anos desde a publicação do Referencial de Educação Financeira, a administradora declarou que os Supervisores Financeiros e o Ministério da Educação sentiram a necessidade “de fazer uma revisão e atualização dos conteúdos”.
Portugal tem vindo a adaptar a sua oferta digital financeira. Em relação aos criptoativos, a administradora refere que “existe, cada vez mais, uma apetência maior, em especial entre os mais jovens, por estes ativos, mas nem sempre existe um conhecimento devido dos riscos associados”.
O BdP “está empenhado” e tem uma estratégia de literacia financeira digital integrada naquilo que é a estratégia de literacia financeira digital para Portugal, em conjunto com a OCDE, com o apoio financeiro da União Europeia.
“Achamos que podemos contribuir para aumentar os níveis de literacia financeira digital na população, capacitar os cidadãos para a utilização segura de produtos e serviços financeiros digitais e tornar os consumidores mais resilientes e mais conscientes do impacto do comportamento na utilização desses serviços”, disse a administradora. “Por vezes nem nos apercebemos como somos conduzidos a determinadas decisões”, acrescentou.
Ana Paula Serra informou que, com a primeira etapa do projeto de Formação Financeira concluída, está em desenvolvimento uma segunda fase, que envolveu a realização de um inquérito à população portuguesa sobre o conhecimento e a utilização dos canais digitais. A iniciativa consistiu em entrevistas porta-a-porta numa amostra de 1500 indivíduos.
“Terminámos este trabalho em setembro e estamos agora a analisar os resultados”, indicou, acrescentando que continuam “muito empenhados em alargar o impacto das iniciativas presenciais e digitais”.
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