TAP diz que até às 11h00 operou 41 dos 119 voos previstos para hoje

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2022

TAP operou os 41 voos previstos até às 11h, do total de 119 programados. PCP questionou o Governo se sabe da tentativa de coação de tripulantes por parte da administração.

A TAP operou os 41 voos previstos até às 11h, do total de 119 programados para esta sexta-feira, o segundo dia de greve dos tripulantes de cabina, de acordo com a última atualização da companhia aérea portuguesa.

Devido à greve convocada para quinta e sexta-feira pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), a TAP está a operar com serviços mínimos decretados pelo tribunal arbitral e pelos seus parceiros.

Dos 30 voos de serviços mínimos determinados para esta sexta-feira, a TAP diz que “já operou os nove previstos”, sendo que “apenas um voo para a Praia foi cancelado, mas devido a falta de passageiros”.

Segundo a companhia, na quinta-feira, o primeiro dia da greve, “foram feitos todos os 148 voos previstos, sendo 64 de serviços mínimos”.

Afirmando que “lamenta profundamente esta situação, que prejudica os clientes, a companhia e o país”, a TAP garante que “continua, como sempre, disponível para negociar com o SNPVAC, bem como com todos os sindicatos”.

A este propósito, salienta que “aceitou nove das 14 propostas do sindicato e pediu que a sua assembleia geral fosse antecipada para evitar o impacto na operação da companhia”.

“O aviso de greve dos tripulantes de cabina levou a TAP a cancelar 360 voos, uma decisão tomada tendo como prioridade a proteção dos clientes”, sustenta, afirmando que “pediu atempadamente aos seus passageiros para que remarcassem os seus voos voluntariamente” e que “todos os passageiros puderam pedir a remarcação ou um reembolso”.

Pedindo “desculpa a todos os passageiros”, a companhia assegura que “tudo está a fazer para minimizar o impacto” da greve e “agradece o profissionalismo de todos os tripulantes de cabina incluídos nos serviços mínimos, bem como os esforços de todos os trabalhadores da TAP envolvidos nesta operação”.

Os tripulantes de cabina da TAP cumprem esta sexta-feira o segundo de dois dias de greve, convocada pelo SNPVAC, por falta de acordo nas negociações do novo Acordo de Empresa (AE). Os tripulantes da TAP decidiram, na terça-feira, manter a greve e aprovaram também a marcação de pelo menos mais cinco dias de paralisação até 31 de janeiro.

Na moção votada na assembleia geral de associados, na terça-feira, o SNPVAC considera que “a TAP preferiu ‘pagar para ver’ os efeitos da greve, ao invés de repor aos tripulantes aquilo que unilateralmente lhes retirou”.

Por sua vez, a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, disse lamentar a decisão do sindicato, manifestando-se disponível para tentar encontrar soluções que evitem mais disrupções.

A TAP e os sindicatos encontram-se em negociações para a revisão do AE, no âmbito do plano de reestruturação. A TAP propõe cortes nos salários e flexibilização de horários, entre outras medidas.

Descontentes, os tripulantes da TAP, em assembleia geral de emergência do SNPVAC, a 3 de novembro, decidiram avançar com uma greve nos dias 8 e 9 de dezembro, bem como “recusar liminarmente a proposta de novo acordo de empresa” apresentada pela companhia aérea, que consideram “absolutamente inaceitável e manifestamente redutora”.

Os tripulantes querem que o atual AE seja o ponto de partida e base para qualquer negociação futura.

PCP questiona se Governo sabe de tentativa de coação de tripulantes por parte da administração

O PCP questionou esta sexta-feira o Governo sobre uma alegada tentativa de coação por parte da administração da TAP para dissuadir tripulantes que planeavam fazer greve entre quinta e sexta-feira.

Numa pergunta endereçada ao ministro das Infraestruturas, através do parlamento, o PCP questiona se Pedro Nuno Santos tem conhecimento de que “a administração da TAP enviou uma mensagem de correio eletrónico aos tripulantes de cabine, dias antes da greve decretada para 08 e 09 de dezembro, onde solicitava que os trabalhadores nomeados para um serviço de assistência nos dias da greve informassem se iriam fazer greve”.

A bancada comunista pergunta ao executivo se considera “plausível e aceitável” que a administração da companhia aérea tente “coagir os trabalhadores” e se a tentativa de condicionar a adesão à greve coloca “em causa o direito constitucional”.

O PCP quer também saber se o Governo pondera “intervir junto da administração da TAP” para “impedir tais práticas”.

Os comunistas denunciam que a mensagem enviada pela administração da TAP pedia uma resposta dos tripulantes “até às 22h” de 7 de janeiro, véspera do início da greve, “e caso não houvesse resposta, iria assumir que o trabalhador estaria em greve”.

“O direito à greve é um direito constitucional dos trabalhadores e o seu exercício não requer informação à empresa pelo trabalhador”, sustenta a bancada comunista, advertindo que é “urgente reverter” as “tentativas de intimidação e o prolongamento dos cortes nos salários e direitos dos trabalhadores da TAP”.

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