Jardins e afins. A zona cinzenta do seguro Habitação

  • ECOSeguros + Innovarisk Underwriting
  • 21 Abril 2022

Filipa Peres, subscritora de Patrimoniais da Innovarisk Underwriting, fala das nuances das coberturas dos seguros de imóveis, em particupar quando existem espaços exteriores.

Uma casa não são só paredes nem o que lá está dentro. O espaço exterior num país de clima ameno como o nosso sempre foi valorizado, mas nos últimos anos a pandemia impulsionou exponencialmente o investimento em jardins, piscinas, áreas de lazer e de jogos e zonas de refeição ao ar livre.

No seguro de imóveis, nomeadamente de Habitação, existe a clássica separação entre o que é construção e o que é recheio, mas nem sequer existe uma secção própria de Jardim.

Já sabemos que ao efetuar o seguro há que separar o recheio normal dos bens especiais, como obras de arte e objetos de valor, quando existem. É um tema com pano para mangas que faz parte do dia-a-dia do Subscritor num nível de riscos mais elevado, mas que não cabe aqui desenvolver a menos que estejamos a falar de uma escultura no pátio.

Em relação à construção, parece muito fácil de determinar pois diz respeito a estruturas fixas. Sim, na verdade é mais fácil de apurar valores para seguro, mas quando falamos em propriedades maiores, normalmente associadas a moradias de valor elevado, devemos ter em conta outras estruturas para além das paredes da casa em si, como os muros, vedações e portões, caminhos internos e claro, o que não pode faltar: a piscina! E onde há piscina há coisas como espreguiçadeiras, colchões, toldos, e estruturas de apoio como duches, bombas, escadas, ponte, prancha, entre outros… No alpendre, uma zona de barbecue e refeições com mesas e cadeiras. E o jardim? Árvores e canteiros de flores a ladear os caminhos, aquela agradável pérgula com a sua confortável chaise longue para desfrutar de uma boa leitura, ou de uma sesta na sombra, ou começar numa e acabar noutra… e mais à frente um campo de jogos! E ainda uma horta e um pomar, tão em voga atualmente.

Filipa Peres, subscritora de Patrimoniais da Innovarisk.

Estão seguros os danos aos bens e estruturas? E às árvores? Até quanto? Têm de estar discriminados? E a origem ou causa do dano afetará a cobertura? Eis algumas perguntas que se sucedem quando começamos a analisar estes casos.

Consoante a seguradora e produto aplicam-se limites que podem ser fixos ou percentuais sobre o capital seguro nas secções de edifício e de recheio, além de valor máximo de indemnização por árvore. Portanto, se a propriedade for extensa, se tiver tudo aquilo que referi acima, os limites predefinidos poderão não ser suficientes. É conveniente verificar e se necessário pedir à seguradora uma extensão.

Certas causas podem estar excluídas. É comum excluírem-se os danos causados por tempestade e também por vandalismo a jardins e bens no exterior. Por vezes a cobertura está condicionada a situações específicas, como a edificação principal ser também afetada.

"Mas para riscos especiais há seguradoras especialistas que podem adaptar o seguro à medida das características do risco. O chamado serviço tailor made com coberturas mais amplas sem ou com poucos sublimites, e principalmente sem excluir todas aquelas coberturas que na verdade são as mais necessárias.”

Filipa Peres

Subscritora de Patrimoniais da Innovarisk Underwriting

A cobertura de jardins e bens no exterior é terreno fértil para as zonas cinzentas. Por vezes é difícil perceber se um dano teve origem súbita e imprevista ou gradual. É provavelmente a parte da casa que exige mais cuidados de manutenção. As árvores e os arbustos devem ser podados com regularidade, os caminhos, ralos e canais de escoamento devem manter-se desobstruídos de restos de vegetação e outros lixos. Assim minimizam-se os eventuais danos por tempestade, inundação ou incêndio. Ainda há que manter o que não se vê, ou seja, debaixo da terra. Certas árvores, como os pinheiros, tem raízes longas e agressivas que podem provocar roturas de canalizações, levantamento de pavimentos. Uma rotura de canalização, ou um entupimento causado por falta de manutenção poderão ser considerados eventos súbitos e imprevistos, ou acontecimentos graduais? Depende. Se a situação era identificável e não foram tomadas as devidas providências para acautelar, o evento será gradual.

Não havendo forma de ter conhecimento ou consciência da situação, ou se, havendo esse conhecimento ou consciência até foram tomadas as medidas consideradas apropriadas por especialistas na matéria e ainda assim ocorreu o dano, pode considerar-se súbito.

As condições de cobertura vêm expressas nas Condições Gerais/Especiais e tende a não haver grande espaço para considerar casos particulares ou exceções à regra. Nas seguradoras generalistas costuma ser assim, o mesmo molde para tudo. Mas para riscos especiais há seguradoras especialistas que podem adaptar o seguro à medida das características do risco. O chamado serviço tailor made com coberturas mais amplas sem ou com poucos sublimites, e principalmente sem excluir todas aquelas coberturas que na verdade são as mais necessárias. É certo que exige uma análise mais pormenorizada e por vezes presencial, mas o resultado compensa certamente, pois vai garantir o que é preciso garantir para que se algo correr menos bem o cliente possa rapidamente voltar a poder usufruir do exterior da sua casa.

Em suma, o seguro deve abranger os jardins e outras estruturas e bens no espaço exterior da propriedade, garantindo os capitais adequados ao risco em particular e contra eventos que mais provavelmente o poderão afetar, mas não substituem, de forma alguma, os cuidados a ter.

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UE exportou mais 12,3 mil milhões de euros em vacinas Covid do que comprou ao exterior

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Abril 2022

Em 2021, as exportações de vacinas contra a Covid-19 para fora da UE superaram as importações para o território comunitário em 12,3 mil milhões de euros.

As importações de vacinas contra a Covid-19 para a União Europeia (UE) ascenderam a 7,8 mil milhões de euros em 2021, enquanto as exportações de vacinas para fora do território comunitário atingiram um total de 20,1 mil milhões de euros, segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat.

No ano passado, as importações para Estados-membros da UE de vacinas contra o coronavírus vieram predominantemente da Suíça (65%) e dos EUA (29%). As restantes doses chegaram ao bloco vindas da China (3%), da África do Sul (2%) e do Reino Unido (1%).

Fonte: Eurostat

Já as exportações de vacinas da UE para países não-membros destinaram-se, sobretudo, ao Japão (21%), ao Reino Unido (14%), à Coreia do Sul (6%) e também a outros países asiáticos (24%). Em menor número, os 27 também exportaram para a Turquia e a Austrália (5% para ambos) e para as regiões de África (7%), América do Norte (6%), América do Sul (5%) e outros países não discriminados (6%).

Entre os Estados-membros, a Bélgica, a Alemanha e a Espanha foram simultaneamente os maiores exportadores e os maiores importadores de vacinas contra a Covid-19, tanto para dentro como para fora da UE. A Bélgica exportou 61% do total da UE, enquanto a Alemanha e a Espanha exportaram, respetivamente, 21% e 11%. Nas importações, a Alemanha (30%) e a Espanha (21%) superaram a Bélgica (14%).

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EDP assegura contrato para nova central solar no Brasil

  • Lusa
  • 21 Abril 2022

EDP assegura contrato de venda de energia produzida por nova central solar em São Paulo, Brasil. Central tem capacidade de 254 MW, dos quais 120 ficam assegurados em Contrato de Aquisição de Energia.

A EDP assegurou um contrato para venda de energia renovável produzida por uma nova central solar no estado de São Paulo, Brasil, com capacidade de 254 megawatts (MW), que deverá entrar em operação em 2024, informou a empresa.

De acordo com comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP, “através de uma parceria 50%/50% entre as suas subsidiárias EDP Renováveis, S.A. (“EDPR”) detida em 74,98% e a EDP Energias do Brasil (“EDP Brasil”) detida em 56,94%, assegurou um Contrato de Aquisição de Energia (“CAE”) para a venda da energia limpa produzida por 120 MWac [megawatts] do projeto solar Novo Oriente”.

A nova central solar, com uma capacidade total de 254 MW, dos quais 120 ficam assegurados com este CAE, situa-se perto de um outro projeto, a central solar Pereira Barreto, que entrou recentemente em operação, o que, segundo a empresa, proporcionará “sinergias significativas entre os dois”.

A EDP espera que a nova central fotovoltaica Novo Oriente, entre em operação em 2024.

“Com este novo CAE, a EDP continua a aumentar a sua diversificação tecnológica com 3,8 GW de capacidade solar assegurada e um total de 8,9 GW de capacidade renovável assegurada para o período de 2021-25”, destacou a elétrica portuguesa, na nota enviada ao mercado.

A empresa realçou ainda que este tipo de contratos reforçam “o seu perfil de baixo-risco e estratégia de crescimento baseado no desenvolvimento de projetos competitivos e com visibilidade de longo-prazo, promovendo a aceleração da transição energética e a descarbonização da economia”.

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Portugueses já entregaram 2,5 milhões de declarações de IRS

Já foram entregues cerca de 2,5 milhões de declarações de IRS, sendo que já foram liquidadas mais de 870 mil, segundo o Fisco.

Em cerca de três semanas foram entregues 2,5 milhões de declarações de IRS, de acordo com as estatísticas disponíveis no Portal das Finanças. Já foram liquidadas mais de 870 mil, sendo que as Finanças apontam para um prazo médio de reembolso de 17 dias.

Até ao momento, foram entregues 2.516.772 declarações de IRS, segundo os dados da Autoridade Tributária e Aduaneira. São aproximadamente mais 500 mil do que há uma semana. No primeiro dia em que foi possível submeter a declaração, o número ficou ligeiramente acima das 450 mil até às 18h, de acordo com o comunicado do Ministério das Finanças.

Os reembolsos do IRS já começaram a “cair” nas contas dos portugueses, demorando “cerca de três dias úteis entre o processamento da ordem de reembolso (após liquidação da declaração) e a entrada na conta bancária do contribuinte”, de acordo com as Finanças. O último balanço do Ministério liderado por Fernando Medina revelou que o Fisco já devolveu mais de 450 milhões de euros em IRS.

Segundo os dados divulgados esta terça-feira, das quase 2,3 milhões de declarações de IRS que tinham sido entregues pelos contribuintes até então, já foram liquidadas mais de 870 mil, cerca de 38% do total. Assim, contas feitas, o Fisco tem feito um reembolso médio de 520 euros.

No total, é expectável que sejam entregues mais de seis milhões de declarações de IRS, tendo em conta o número fixado em 2021. Os contribuintes têm até ao final de junho para o fazer, mas muitos procuram acelerar este processo, obtendo mais rapidamente o reembolso, caso exista lugar a tal.

A entrega da declaração de IRS em 2022, referente aos rendimentos auferidos em 2021, é feita exclusivamente através do Portal das Finanças, sendo que os contribuintes podem recorrer à linha de apoio da AT (217 206 707).

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Preço das casas dispara 14% para 1.355 euros/m2 no quarto trimestre de 2021

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Abril 2022

INE calcula que, no último trimestre de 2021, o preço mediano dos alojamentos familiares em Portugal foi de 1.355 euros por metro quadrado, um aumento de 14,1% face ao período homólogo.

O preço mediano dos alojamentos familiares em Portugal atingiu 1.355 euros por metro quadrado no último trimestre de 2021, um aumento de 14,1% face ao período homólogo e mais 3,1% do que nos três meses anteriores, divulgou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Ou seja, houve uma aceleração em relação ao aumento de 12,2% fixado no terceiro trimestre.

De acordo com as Estatísticas de Preços da Habitação ao Nível Local, o preço mediano da habitação subiu em 23 das 25 sub-regiões NUTS III face ao período homólogo. As exceções foram o Baixo Alentejo e a Beira Baixa, que registaram uma diminuição homóloga dos preços de, respetivamente, 2,5% e 0,7%. O Alto Alentejo apresentou o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (487 euros/m2).

Nas três sub-regiões com os preços mais elevados, nomeadamente o Algarve (2.114 euros/m2), a Área Metropolitana de Lisboa (1.904 euros/m2) e a Região Autónoma da Madeira (1.506 euros/m2), verificaram-se taxas de variação homóloga superiores à do país: 15,8%, 14,6% e 20,3%, respetivamente. Com um preço médio de 1.444 euros/m2, a Área Metropolitana do Porto ficou também acima da média do país, mas o crescimento homólogo, fixado em 12,4%, foi inferior.

Excetuando Gondomar e Santa Maria da Feira, todos os municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto com mais de 100.000 habitantes registaram preços medianos de habitação superiores ao valor nacional. Lisboa (3.723 euros/m2) e Cascais (3.216 euros/m2) destacam-se com os maiores valores. Entre os 17 municípios das áreas metropolitanas com mais de 100.000 habitantes, cinco apresentaram taxas de variação homólogas superiores à nacional (+14,1%): Oeiras (+15,0%), Gondomar (+14,5%), Seixal (+14,4%), Matosinhos (+14,3%) e Cascais (+14,2%).

Dos municípios com mais de 100.000 habitantes fora das áreas metropolitanas, só o Funchal apresentou um preço médio (1.967 euros/m2) e crescimento homólogo (+22,5%) superiores aos valores nacionais. Coimbra (1.418 euros/m2) teve um valor médio das vendas superior ao do país e Leiria registou um crescimento homólogo superior ao do país (+15,4%).

Entre outubro e dezembro de 2021, a taxa de variação homóloga aumentou em sete dos 11 municípios com mais de 100.000 habitantes da Área Metropolitana de Lisboa, registando uma aceleração dos preços superior à verificada a nível nacional (+1,9 p.p.) em Setúbal (+9,8 p.p.), Loures (+3,0 p.p.), Almada (+2,2 p.p.) e Oeiras (+2,1 p.p.) enquanto da Área Metropolitana do Porto apenas os municípios da Maia (+10,5 p.p.) e Vila Nova de Gaia (+8,1 p.p.) tiveram um aumento das taxas de variação homólogas superior ao país.

O INE destaca ainda que cinco dos sete municípios acima dos 100.000 habitantes fora das áreas metropolitanas registaram um aumento da taxa de variação homóloga entre o terceiro e o quarto trimestre de 2021. Este aumento superou a variação registada no país no Funchal (+16,7 p.p.), em Coimbra (+11,7 p.p.), Leiria (+8,8 p.p.) e Barcelos (+6,8 p.p.).

Pelo contrário, houve uma redução da taxa de variação homóloga dos preços da habitação em nove municípios, dos quais quatro pertencem à Área Metropolitana de Lisboa – Vila Franca de Xira (-4,7 p.p.), Odivelas (-3,5 p.p.), Amadora (-3,2 p.p.) e Cascais (-1,2 p.p.) – e três à Área Metropolitana do Porto – Santa Maria da Feira (-4,8 p.p.), Matosinhos (-1,5 p.p.) e Gondomar (-0,3 p.p.).

(Notícia atualizada às 12h36)

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Endividamento da economia aumenta para 777,4 mil milhões de euros

O endividamento dos cidadãos, empresas e Estado aumentou 3,4 mil milhões de euros em fevereiro, para 777,4 mil milhões de euros.

O endividamento da economia portuguesa (todos os agentes económicos exceto a banca) aumentou para 777,4 mil milhões de euros em fevereiro, um aumento de 3,4 mil milhões de euros, de acordo com os dados publicados pelo Banco de Portugal (BdP) esta quinta-feira. O endividamento do setor público subiu 2,9 mil milhões de euros, enquanto a subida no setor não financeiro privado foi de 0,6 mil milhões de euros.

Em fevereiro, o endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares) aumentou 3,4 mil milhões de euros, para 777,4 mil milhões de euros“, lê-se no comunicado do banco central. A nota de informação estatísticas refere que houve revisões nos números desde janeiro de 2020: uma comparação com os números anteriores mostra que há uma revisão em alta do endividamento da economia.

Endividamento da economia atinge novo recorde

Fonte: Banco de Portugal.

Este é um novo recorde no endividamento da economia. Porém, recorde-se que em percentagem do PIB, o peso que tem na economia, tem vindo a baixar, após o pico da pandemia. O rácio de endividamento baixou de 375,4% do PIB em 2020 para 363,3% do PIB em 2021, continuando longe dos mais de 420% registados durante a última crise.

No caso do setor público em fevereiro, o endividamento aumentou 2,9 mil milhões de euros para 348,8 mil milhões de euros. As administrações públicas e as empresas públicas endividaram-se junto do setor financeiro (1,4 mil milhões) e do exterior (1,3 mil milhões de euros).

Endividamento da economia sobe em fevereiro face a janeiro

Fonte: Banco de Portugal.

No caso do setor privado em fevereiro, o endividamento aumentou 600 milhões de euros, num total de 428,6 mil milhões de euros. O aumento divide-se em 200 milhões para as empresas privadas e 400 milhões para os particulares, sendo que o “acréscimo de endividamento foi sobretudo junto do setor financeiro”.

Em relação às empresas privadas, o endividamento cresceu 4,3% comparativamente com fevereiro de 2021, “o que correspondeu a uma desaceleração de 0,5 pontos percentuais (pp) em relação ao mês anterior”, assinala o banco central.

Já o endividamento dos particulares continuou a acelerar, aumentando 3,7% em termos homólogos, mais três décimas do que em janeiro.

A próxima atualização dos dados ocorre a 19 de maio.

(Notícia atualizada às 11h38 com mais informação)

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Abreu Advogados encerra 2021 faturando 37,8 milhões de euros

A Abreu Advogados, liderada por Inês Sequeira Mendes, registou em 2021 uma faturação de 37,8 milhões de euros, um crescimento de 14% face a 2020.

A Abreu Advogados registou um valor de faturação de 37,8 milhões de euros em 2021, o que representa um crescimento de 14% face a 2020. Segundo o comunicado da firma, entre 2019 e 2021, no período marcado pela pandemia de Covid-19, a faturação do escritório liderado por Inês Sequeira Mendes cresceu 24%, equivalente a 6,2 milhões de euros.

“2021 foi mais um ano desafiante para todos. Conseguir atingir este valor recorde num contexto de tamanha imprevisibilidade é demonstrativo da grande capacidade de superação e adaptação das nossas equipas e da confiança que os clientes e parceiros depositam no nosso trabalho. Queremos continuar a crescer de uma forma sustentável e a ser pioneiros não só na prestação de serviços jurídicos mas também na inovação tecnológica, sustentabilidade e responsabilidade social. É essa perspetiva humanista que nos diferencia e que serve de base a tudo o que fazemos”, sublinhou Inês Sequeira Mendes, managing partner da Abreu Advogados.

Segundo dados disponibilizados, em 2021, a Abreu Advogados ultrapassou os 4.000 clientes ativos, tendo reforçado a estratégia de internacionalização, “com o mercado internacional a representar 35% da totalidade de clientes ativos”. O número total de colaboradores do escritório também aumentou.

“Queremos ter um papel relevante na construção do futuro do setor da advocacia, dos nossos clientes e da sociedade em que vivemos. Para isso teremos de continuar a ser inovadores e audazes, não nos limitando apenas a seguir as tendências globais. A partilha de conhecimento multidisciplinar, o ESG, a adaptação dos serviços aos novos desafios, o reforço das nossas equipas e do conhecimento e da experiência das nossas áreas de prática são eixos estratégicos que continuaremos a seguir e que entendemos fundamentais para nos continuarmos a afirmar como uma das principais sociedades de advogados independentes em Portugal”, conclui Inês Sequeira Mendes.

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Taxa de inflação homóloga ultrapassa 7% em março na Zona Euro e UE

  • Lusa
  • 21 Abril 2022

Inflação portuguesa acelera em março para 5,5%, terceiro valor mais baixo entre os Estados-membros, liderados pela Lituânia (15,6%). Inflação homóloga acelera para 7,4% na Zona Euro, e 7,8% na UE.

A taxa de inflação homóloga ultrapassou a barreira dos 7% tanto na Zona Euro quanto na União Europeia (UE) em março e só em Malta se fixou abaixo dos 5%, segundo o Eurostat.

De acordo com o gabinete estatístico da UE, em março, a taxa de inflação homóloga foi de 7,4% na Zona Euroligeiramente abaixo dos 7,5% previstos na estimativa rápida de dia 1 -, face aos 5,9% de fevereiro e aos 1,3% do mesmo mês de 2021.

Na UE, a taxa de inflação chegou aos 7,8%, contra 6,2% de fevereiro e 1,7% de março de 2021.

Entre os Estados-membros, as taxas de inflação mais baixas foram observadas em Malta (4,5%), França (5,1%) e Portugal (5,5%) e as mais altas na Lituânia (15,6%), na Estónia (14,8%) e na República Checa (11,9%).

Considerando os componentes do indicador, as maiores contribuições para a taxa de inflação em março provêm do setor da energia (4,36 pontos percentuais, pp), seguindo-se o dos serviços (1,12 pp), da alimentação, álcool e tabaco (1,07 pp) e dos bens industriais não energéticos (0,99 pp).

A taxa de inflação na Zona Euro e UE tem vindo a acelerar desde junho de 2021, puxada pela subida dos preços dos combustíveis, e a atingir valores recorde desde novembro.

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Bolsa de Angola acolhe primeira empresa em junho

Ações do Banco BAI começam a negociar na bolsa angolana em 9 de junho. IPO avalia a empresa em mais de 900 milhões de euros.

A Bolsa de Divida e Valores de Angola prepara-se para acolher a primeira cotada, com um atraso de quase oito anos face ao inicialmente previsto. Em causa está a Oferta Pública Inicial (IPO) do Banco BAI, que tem a petrolífera Sonangol e a empresa de diamantes Endiama entre os principais acionistas.

As ações do Banco BAI vão entrar na bolsa angolana com um preço indicativo entre 17.200 e 20.640 kwanzas (o equivalente a 37,77 e 45,32 euros aos preços atuais), o que avalia a empresa em quase 901 milhões de euros. Segundo a Bloomberg, as ações começam a negociar a 9 de junho.

Este é um passo importante na estratégia de atração de investimento estrangeiro do governo angolano, depois de, no ano passado, o país ter ultrapassado a recessão em que viveu durante os últimos cinco anos.

Em setembro, a Moody’s subiu a notação atribuída à dívida angolana de Caa1 para B3, com perspetiva estável (para comparação, a agência atribui o rating de Baa2 a Portugal, seis níveis acima) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um crescimento económico de 3% este ano.

O Presidente angolano, João Lourenço, tem também levado a cabo um plano de privatizações envolvendo 195 ativos. Segundo o último balanço, feito esta semana, o programa já rendeu quase 870 mil milhões de kwanzas, o equivalente a quase dois mil milhões de euros provenientes da venda de 84 ativos e empresas.

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“Sócrates aldrabou-nos”, considera António Costa

  • ECO
  • 21 Abril 2022

O primeiro-ministro, António Costa, considera que José Sócrates enganou o Partido Socialista quando passou a mensagem de que a mãe teria herdado uma fortuna da família.

A confissão surge no quarto volume da biografia atualizada de Mário Soares, da autoria do antigo jornalista Joaquim Vieira. “Depois do que vi já, entretanto, e que o próprio Sócrates não desmente, concluo que ele, de facto, aldrabou-nos [ao PS]”, afirma o atual primeiro-ministro e líder socialista, numa declaração incluída nesse volume e citada pelo Correio da Manhã (acesso pago), a propósito da altura em que Sócrates disse ao partido que a mãe teria herdado uma fortuna do pai e que o ajudava a manter um nível de vida elevado.

É a primeira vez que o atual líder do PS manifestou de forma tão clara o que pensa sobre a situação de Sócrates. Segundo o autor do livro, esta declaração de Costa foi feita no dia 28 de julho de 2021, no âmbito da preparação da biografia que este antigo jornalista está a escrever sobre o atual chefe de Governo.

A frase de Costa foi incluída no quarto volume da biografia de Soares por estar relacionada com a visita que o antigo Presidente da República e o atual primeiro-ministro fizeram a José Sócrates na prisão de Évora, em 31 de dezembro de 2014, quando este estava detido no âmbito da Operação Marquês. Nessa declaração, o atual líder socialista revela que, nesse dia, não estava prevista a visita de Soares à cadeia de Évora e que “o Sócrates o mandou ir lá”.

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Siemens lança nova edição da SAP Academy

O programa conta com dez vagas e destaca-se por não serem necessários conhecimentos de SAP para entrar. Os candidatos devem ser licenciados em tecnologias de informação, gestão, finanças ou similar.

A Siemens já lançou a nova edição da SAP Academy, um programa de estágio que forma jovens nas diversas áreas do sistema integrado de gestão de empresas SAP, atualmente competências com elevada procura no mercado de trabalho. O programa conta com dez vagas e destaca-se por não serem necessários conhecimentos de SAP para entrar. Contudo, os candidatos devem ser licenciados em tecnologias de informação, gestão de empresas, finanças, economia ou numa área similar. As candidaturas já estão abertas.

“Ao longo do programa, que já contou com cerca de 40 pessoas no total das quatro edições anteriores, os participantes vão adquirindo competências e ferramentas específicas para a integração futura nas equipas da Siemens que trabalham em SAP”, lê-se em comunicado.

A quinta edição da SAP Academy decorrerá entre 1 de julho de 2022 e 30 de junho de 2023. O período de formação inicial é de um mês, dividido em três áreas: competências gerais, SAP e Lisbon Tech Hub. No final do primeiro mês, os dez alunos entram para as equipas onde desenvolverão o estágio.

Nas primeiras quatro edições, cerca de 90% dos participantes foram integrados nas equipas do Lisbon Tech Hub, o centro de tecnologias de informação global que a empresa tem sediado em Portugal.

No ano comercial passado (findo a 30 de setembro de 2021), o Grupo Siemens integrou 212 novos colaboradores nas suas equipas. Entre as apostas do grupo continuaram a estar os novos talentos. No total, nesse período, foram também recrutados 216 estagiários, resultado para o qual muito contribuíram os programas de estágios para as áreas financeira e de tecnologias da informação, como o Finance Trainee Program, o Siemens Cloud Academy e a SAP Academy.

Os interessados em participar na academia da Siemens devem submeter a sua candidatura aqui.

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Primavera BSS procura 50 novos talentos TIC

Reforço da equipa visa responder ao aumento do negócio, cujos resultados subiram 16% no ano passado.

A Primavera BSS quer reforçar a sua equipa e quer contratar 50 novos talentos, maioritariamente engenheiros de software e consultores para trabalhar o mercado português. “Reforço da equipa deve-se ao crescimento do negócio nos mercados nacional e externos, cujos resultados subiram 16% face ao período homólogo.” Colaboradores irão encontrar um modelo de trabalho híbrido.

Esta é uma grande oportunidade para ingressar “num grupo tecnológico de referência, com valores e princípios centrados nas pessoas, onde os colaboradores são respeitados e valorizados e onde existe um elevado grau de compromisso com o desenvolvimento profissional e pessoal de cada um”, diz Rita Cadillon, people & culture head manager da Primavera, citada em comunicado.

A tecnológica oferece a todos os seus funcionários um “pacote de benefícios que inclui dias adicionais de férias, condições exclusivas de acesso a múltiplos serviços de saúde, bem-estar e outros, seguro de saúde, acesso a bilhetes para espetáculos culturais e atividades desportivas”, entre outros.

A companhia adotou um “modelo de trabalho híbrido que permite um maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal”, tendo sido distinguida pela Ordem dos Psicólogos Portugueses com o selo Healthy Workplace.

Presente em Portugal, Espanha, Angola, Moçambique e Cabo Verde, a Primavera BSS passou a integrar, recentemente, o Grupo Primavera, constituído por dez empresas e cerca de 700 pessoas.

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