Fim das máscaras em cima da mesa do Conselho de Ministros desta quinta-feira

O Conselho de Ministros desta quinta-feira vai ter em cima da mesa o tema do fim das máscaras. O Governo inclina-se para acabar com a obrigação nas escolas, mas manter nos transportes e lares.

O tema do fim das máscaras vai estar em cima da mesa do Conselho de Ministros desta quinta-feira, apurou o ECO. Após dois anos de pandemia e com uma população quase totalmente vacinada, o Governo está inclinado para acabar com a obrigação do uso de máscara em espaços fechados, incluindo nas escolas, mas mantê-la nos transportes e nos lares. Foi exatamente em abril de 2020 que o uso de máscaras passou a ser obrigatório.

Esta quarta-feira o secretário de Estado Adjunto e da Saúde já tinha admitido que o Governo iria reavaliar o uso da máscara nas próximas duas semanas, tendo em conta a evolução do índice de transmissibilidade, o famoso R(t) que neste momento está abaixo de 1, e da mortalidade da Covid-19. Atualmente há 577 casos de infeção por 100 mil habitantes nos últimos sete dias.

Neste momento temos indicadores que podem permitir que nos próximos tempos, oito ou 15 dias, a Direção-Geral da Saúde (DGS) reanalise todo este processo e, se estes indicadores se mantiverem, poderá aliviar estas restrições”, disse António Lacerda Sales. O número dois de Marta Temido disse que é preferível deixar “decorrer” os próximos dias de maior mobilidade social por causa da Páscoa e do início das aulas para tomar decisões.

Lacerda Sales já tinha sinalizado que “a DGS poderá reanalisar esta medida, nomeadamente o uso das máscaras, e poderá eventualmente dentro de uma ou duas semanas proceder ao alívio destas restrições, nomeadamente nas escolas“. Esta indicação ocorre depois de haver contestação na comunidade escolar e entre alguns partidos sobre a manutenção das máscaras nas escolas.

O secretário de Estado garantiu que a decisão seria “iminentemente técnica”. Porém, na semana passada, a diretora-geral da Saúde, tinha defendido a manutenção do uso das máscaras nas crianças com 10 ou mais anos. O fim das máscaras nas escolas “é um risco ainda grande com a transmissibilidade que ainda existe”, considerou Graça Freitas.

O atual ministro da Educação, João Costa, disse esta quarta-feira que “seria irresponsável” antecipar-se “à verificação dos dados e às decisões que terão de ser tomadas pelo Conselho de Ministros”. “A minha opinião sobre a sensatez do uso das máscaras [nas escolas] é completamente irrelevante. O que nos interessa é saber se estamos, no âmbito do controlo da pandemia, em condições de dispensar o uso da máscara”, acrescentou o governante, citado pela Lusa.

Partidos como o PCP e a Iniciativa Liberal já se posicionaram contra a continuação da obrigação das máscaras nas escolas. “Não há razões que justifiquem o prolongamento da obrigação do uso de máscara nas escolas”, disseram os comunistas esta terça-feira. Os liberais apresentaram um projeto de lei na Assembleia da República que visava terminar com a obrigatoriedade de uso de máscara para a generalidade dos espaços públicos fechados, com a exceção dos estabelecimentos e serviços de saúde, das estruturas residenciais ou de acolhimento ou dos serviços de apoio domiciliário para populações vulneráveis, pessoas idosas ou pessoas com deficiência.

Numa das primeiras reuniões do Conselho de Ministros do novo Governo, o Executivo decidiu prorrogar a declaração da situação de alerta, no âmbito da pandemia da doença Covid-19, até às 23h59 do dia 22 de abril de 2022, mantendo inalteradas as medidas atualmente em vigor, incluindo o uso obrigatório das máscaras.

Para avançar para a “libertação total” das restrições, levantando a obrigatoriedade de uso de máscara na generalidade dos espaços públicos fechados, o Governo tinha definido como meta atingir o limiar das 20 mortes por Covid-19 por milhão de habitantes a 14 dias. No último relatório semanal da DGS, datado de 15 de abril, ainda havia 28,8 óbitos em 14 dias por milhão de habitantes.

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Zurich e AXA querem vender carteiras de seguro Vida na Alemanha

  • ECO Seguros
  • 20 Abril 2022

Confirmando-se intenção e concretização da venda, as seguradoras cedentes otimizam os respetivos balanços e reduzem a complexidade da atividade operacional no ramo.

Os grupos seguradores AXA e Zurich planeiam desfazer-se de um total estimado em 35 mil milhões de euros em responsabilidades agregadas em negócios de seguros de Vida na Alemanha. Segundo avançou o jornal Handelsblatt, trata-se de carteiras antigas com custos de manutenção elevados e que estas seguradoras pretendem ceder.

No caso do Zurich InsuranceGroup estão em causa cerca de 800 mil contratos que representam responsabilidades estimadas em 20 mil milhões de euros. Por parte da francesa AXA, a eventual venda compreende ativos num montante aproximado de 15 mil milhões de euros. Cada uma destas carteiras, teria uma valorização em torno de 500 milhões de euros, refere a publicação germânica.

Confirmando-se, a venda destas carteiras permitiria às seguradoras cedentes otimizar os respetivos balanços e reduzir a complexidade da atividade operacional, acrescenta ainda o periódico.

Há cerca de dois meses, em declarações à Reuters, o presidente executivo da Zurich disse que a próxima venda de um pacote de apólices Vida (carteiras fechadas à adesão de novos clientes) poderia acontecer na Alemanha, um bloco que levaria alguns meses a vender, “muito maior” do que a carteira italiana adquirida pela portuguesa GamaLife (ex-GNB Vida), adiantou Mario Greco.

 

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Costa admite que Cavaco Silva esteja “um pouco azedo” após derrotas no PSD e no país

  • Lusa
  • 20 Abril 2022

"É preciso ser justo e perceber que quem acabou de ter uma derrota no PSD e outra derrota no país é capaz de estar um pouco azedo”, reagiu o primeiro-ministro ao artigo de Cavaco Silva no Público.

O primeiro-ministro admitiu esta quarta-feira que o ex-Presidente da República Cavaco Silva esteja um pouco azedo após ter perdido eleições tanto no PSD como no país e contrapôs que o crescimento é em média superior com governos socialistas.

Estas posições foram assumidas por António Costa numa entrevista promovida pelo Clube de Jornalistas, em parceria com a agência Lusa e com a Escola Superior de Comunicação Social, no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e dos 40 anos do clube.

Na parte final da entrevista, António Costa foi confrontado com o artigo de Cavaco Silva, publicado no jornal Público, em que o atual primeiro-ministro é criticado por ter falta de coragem. “Ninguém é bom juiz em causa própria e alguns não são bons juízes em causa alheia”, começou por reagir o líder do executivo.

O artigo de Cavaco Silva, segundo o primeiro-ministro, “não tem grandes novidades relativamente àquilo que se sabe que é o pensamento dele”. Para António Costa, é mesmo “um artigo talvez um bocadinho mais azedo do que é habitual”. “Mas é preciso ser justo e perceber que quem acabou de ter uma derrota no PSD e outra derrota no país é capaz de estar um pouco azedo”, comentou.

A divergência fundamental, na perspetiva de António Costa, reside em torno daquilo “que o professor Cavaco Silva entende o que são as reformas necessárias para o país” e as reformas que ele, secretário-geral do PS, entende necessárias.

“Cavaco Silva, como a direita habitualmente, entende que as grandes reformas são o choque fiscal e a desregulação do mercado de trabalho. Eu entendo que o grande investimento que temos de fazer para melhorar a produtividade das empresas e a competitividade do país é investir nas qualificações e na inovação”, contrapôs.

Mas António Costa foi ainda mais longe nas suas críticas. “Tivesse Cavaco Silva aplicado a minha ideia enquanto governou e o Produto Interno Bruto do país seria francamente diferente. Para já, eu respeito a opinião dele e ele seguramente respeita a minha. Por isso, há democracia”, sustentou.

A ideia fundamental de Cavaco Silva, de acordo com António Costa, é que com os governos socialistas o país não cresce. “Mas, se formos ver com séries longas, verificamos o seguinte: O país cresceu mais nos anos de António Guterres do que nos de Cavaco Silva; e mais nos anos de José Sócrates do que nos de Durão Barroso e Santana Lopes. No que me diz respeito, cresceu francamente mais não só do que na média dos anos de Pedro Passos Coelho – mas seria injusto fazer esta comparação dadas as circunstâncias em que governou [o anterior primeiro-ministro] -, mas também sete vezes do que na média dos 14 anos anteriores”, acrescentou.

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10 casos que obrigam automobilistas a reembolsar as seguradoras

  • ECO Seguros
  • 20 Abril 2022

Fique a conhecer as situações que podem dar lugar à obrigação de devolver à seguradora o valor da indemnização paga pelo seu sinistro automóvel.

Em determinados casos, no seguro de Responsabilidade Civil (RC) Automóvel, a empresa de seguros paga as indemnizações devidas aos terceiros lesados e exige depois a devolução do valor pago, exercendo o chamado “direito de regresso”. Para ajudar a clarificar o tema, a Autoridade de Supervisão (ASF) lançou um novo vídeo no âmbito do projeto Academia do Consumidor, fornecendo informação acerca das situações típicas que, no seguro de RC automóvel, dão lugar a direito de regresso da empresa de seguros, ou seja, a exigir o reembolso das quantias despendidas com a regularização do sinistro.

Os 10 casos que podem dar lugar à obrigação de devolver à seguradora a indemnização recebida são resumidas nas seguintes situações:

1. Causar intencionalmente um acidente que provoque danos num terceiro lesado;

2. Ser autor ou cúmplice de furto ou roubo do veículo que causou o acidente;

3. Ser condutor de um veículo que sabe que foi roubado e provocar um acidente que cause danos;

4. Ser responsável de um acidente estando com taxa de alcoolemia superior à legalmente admitida ou ter consumido estupefaciente ou outros produtos tóxicos;

5. Se provocar um acidente sem estar legalmente habilitado a conduzir;

6. Se provocar um acidente e abandonar sinistrado;

7. Se provocar danos que sejam causados por mau acondicionamento da carga transportada no veículo;

8. Se estava obrigado a celebrar um seguro de garagista e não o fez, tendo provocado acidente no âmbito da atividade profissional e que causou danos a terceiros;

9. Se, tendo o veículo apenas seguro de garagista, o usou fora da sua atividade profissional tendo causado danos a terceiros;

10. Se for responsável por acidente com veículo que não cumpra obrigações legais de caráter técnico ou se não cumpriu dever de realizar inspeção periódica obrigatória durante período de vigência do seguro, desde que o acidente tenha sido provocado ou agravado pelo mau funcionamento do veículo.

A Academia do Consumidor ASF é uma nova ferramenta de informação e formação dos consumidores de seguros e de fundos de pensões que inclui uma componente interativa, permitindo testar conhecimentos através da resposta a pequenos quizzes.

O vídeo “10 situações que dão lugar a direito de regresso da empresa de seguros” pode ser visto aqui.

 

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Novobanco: Se Fundo de Resolução foi lesado, “não só tem razões como tem o dever de agir”, diz Costa

  • Lusa
  • 20 Abril 2022

O primeiro-ministro diz que poderá estar em causa uma "cascata de processos".

O primeiro-ministro considerou esta quarta-feira que se o Fundo de Resolução foi lesado, “não só tem razões como tem o dever de agir” judicialmente sobre o Novobanco e indicou que as outras instituições bancárias também têm essa legitimidade.

“Acho que o Fundo de Resolução, se foi lesado, não só tem razões como tem o dever de agir sobre os administradores do Novobanco, sobre o Novobanco, sobre os acionistas do Novobanco e sobre os devedores ao Novobanco que terão beneficiado ilicitamente das negociações com o Novobanco“, afirmou, considerando que o fundo de resolução “tem esse estrito dever”.

Esta posição foi assumida por António Costa numa entrevista promovida pelo Clube de Jornalistas, em parceria com a agência Lusa e com a Escola Superior de Comunicação Social, no âmbito dos 50 anos das comemorações do 25 de Abril e dos 40 anos do clube.

Nesta entrevista, com cinco jornalistas de cinco diferentes gerações (Henrique Garcia, Luísa Meireles, Ana Sá Lopes, Rita Tavares e Filipe Santa-Bárbara), que foi conduzida por Maria Elisa Domingues, o primeiro-ministro foi questionado sobre a possibilidade de o Governo processar o Novobanco.

O chefe de Governo assinalou que “o Estado emprestou aos bancos o dinheiro para financiar o Fundo de Resolução porque quem financia o Fundo de Resolução são os bancos“, salientando que “também os outros bancos concorrentes do Novobanco, que são os verdadeiros financiadores do fundo de resolução e que ao longo dos anos terão que pagar o empréstimo que o Estado lhes fez, também se considerarem lesados, também têm toda a legitimidade para agir sobre o Novobanco e sobre quem entendam que os lesou”.

E admitiu que poderá estar em causa uma “cascata de processos”: “Se fossem justificados, sim”.

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Allianz Partners Portugal apoia formação em modelagem e costura

  • ECO Seguros
  • 20 Abril 2022

Seguradora desenvolve projeto social para pessoas desempregadas em situação de vulnerabilidade, oferecendo aprendizagem de um ofício e também apoio na procura ativa de trabalho.

A Allianz Partners criou a nível internacional o Societal Impact Program, um projeto de “sustentabilidade social” para dar resposta a necessidades na comunidade local ou além-fronteiras. O programa tem a duração de seis meses e “pretende ajudar pessoas que se encontrem desempregadas e em situação socioeconómica vulnerável, ensinando-lhes um ofício,” explica a seguradora.

Maria Emília Barros, Presidente da Associação Auxílio e Amizade, no atelier de costura.

Em Portugal, a filial de assistência do grupo segurador alemão está a apoiar desenvolvimento do Atelier de Costuraque pretende apoiar pessoas desempregadas, oferecendo a aprendizagem de um ofício e também apoio na procura ativa de trabalho”. O centro de formação funciona em parceria com a Associação Auxílio e Amizade e está inserido num programa que arrancou no passado mês de março e irá decorrer ao longo do período de seis meses.

A Associação levou a cabo o recrutamento de pessoas sem trabalho, com o intuito de lhes possibilitar a aprendizagem de modelagem e costura no seu Atelier Linhas com Arte. Esta é uma causa que, comenta a Presidente da Associação Auxílio e Amizade Maria Emília Barros: “tem o intuito de ajudar famílias em situação de grave vulnerabilidade socioeconómica, com vista à construção da sua autonomia”.

No apoio à iniciativa existe um conjunto de voluntários da Allianz Partners Portugal “para que seja possível aprender este ofício e colocá-lo em prática, até em termos profissionais, se for desejado. Mas este é um projeto completo, uma vez que também fornece apoio na procura ativa de trabalho, através de dicas e orientações ao nível de carreira profissional”.

“O nosso apoio e colaboração no Atelier de Costura promovido pela Associação Auxílio e Amizade representa para nós mais um passo à frente na missão de Ajudar quem mais precisa. Mais do que uma formação, estamos a dar a oportunidade a um grupo de pessoas de aprender um ofício que pode proporcionar um melhor futuro. O nosso papel enquanto Empresa é também promover ações que permitam a melhoria sustentada, proporcionando as condições necessárias para uma sociedade mais justa e equilibrada socialmente”, comenta Miguel Mello do Rego, CEO da Allianz Partners Portugal.

“Entre as formandas, contamos com uma jovem de 18 anos que não entrou no seu curso de Artes e gosta de costurar. Há também uma mãe senegalesa, viúva, com 5 filhos entre os 18 meses e os 14 anos. No programa está ainda uma senhora em situação de desemprego de muito longa duração e outra cujo trabalho precário não permite fazer face a todos os compromissos financeiros mensais”, detalha a Associação, exemplificando alguns dos casos.

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Orçamento retificativo está “completamente fora de questão”, diz Costa

  • Lusa
  • 20 Abril 2022

“Isso é uma hipótese que, para nós, não está sequer em cima da mesa”, disse o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro considerou esta quarta-feira estar “completamente fora de questão” um orçamento retificativo, afirmando não ver como poderia a situação internacional traduzir-se numa “pressão sobre a despesa” que justificasse uma retificação.

Está completamente fora de questão. Estando já na fase do ano em que estamos, não há quadro previsível que justifique um orçamento retificativo daqui até lá”, sustentou António Costa.

Esta posição foi assumida pelo primeiro-ministro numa entrevista promovida pelo Clube de Jornalistas, em parceria com a Agência Lusa e com a Escola Superior de Comunicação Social, no âmbito dos 50 anos das comemorações do 25 de Abril e dos 40 anos do clube.

Nesta entrevista, com cinco jornalistas de cinco diferentes gerações (Henrique Garcia, Luísa Meireles, Ana Sá Lopes, Rita Tavares e Filipe Santa-Bárbara), que foi conduzida por Maria Elisa Domingues, Costa reiterou que a proposta de Orçamento do Estado para 2022 que vai ser discutida na próxima semana na Assembleia da República “não tem nenhum quadro de previsão da necessidade de qualquer orçamento retificativo até dezembro”.

Isso é uma hipótese que, para nós, não está sequer em cima da mesa”, reforçou.

O primeiro-ministro sublinhou que as retificações orçamentais só se impõem “quando é necessário ultrapassar o teto máximo da despesa” – uma vez que é a Assembleia da República que autoriza esse limite – mas relembrou que, desde que se tornou primeiro-ministro, em 2015, só em 2020 é que um executivo seu procedeu a um orçamento retificativo, devido ao impacto da pandemia.

“Agora, se me diz, posso garantir que não aparece uma nova variante em setembro que faça disparar um novo pico de pandemia? Bem, isso eu creio que ninguém no mundo está em condições de garantir que não há essa nova variante. Creio que todos estamos a trabalhar no pressuposto de que a pandemia vai fazendo a sua trajetória e que vamos todos coletivamente conseguir reajustar aquilo que são os impactos da guerra, do ponto de vista inflacionista”, referiu.

Questionado assim se a necessidade de um orçamento retificativo dependeria mais do surgimento de uma nova variante ou de uma situação relativa à pandemia do que da situação internacional decorrente da guerra na Ucrânia, Costa respondeu: “Isso claramente. A situação internacional não vejo em que é que possa ter uma tradução de uma pressão sobre a despesa que exigisse um orçamento retificativo”.

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Trabalhadores agrícolas veem salários subir até 6%

Os valores salariais acordados entre a CAP e o SETAAB têm aplicação a partir de 1 de março.

Os trabalhadores agrícolas vão ver os seus salários subir este ano entre 5% e 6%, o que representa um reforço de 40 euros na sua remuneração mensal, depois do acordo alcançado entre a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Agricultura, Floresta, Pesca, Turismo, Indústria Alimentar, Bebidas e Afins (SETAAB) para atualização do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT).

Os valores salariais acordados têm aplicação a partir de 1 de março e representam uma atualização da tabela salarial mensal, horária e diária e subsídio de refeição aplicáveis ao setor agrícola em 2022.

Os valores mensais de remuneração oscilam consoante o nível de categoria profissional. Assim, um técnico superior (nível 1) irá auferir 836 euros, uma subida de 5,03% face aos 796 euros auferidos no ano anterior.

Já um técnico de nível 2 — técnico de Produção Agropecuária, máquinas florestais ou de jardinagem e espaços verdes — irá registar uma subida de 5,21%, para 808 euros; enquanto os trabalhadores de nível 3 — caso de encarregados de armazém, operadores agrícolas ou pastor — irá obter um aumento de 5,56%, para 760 euros.

No caso dos trabalhadores de nível 4 — rececionista, telefonista, operador de armazém, vendedor ou motorista — irá passar a receber 715 euros (+5,93%) — e os de nível 5 — que abrange categorias como calibrador de ovos, trabalhador agrícola, avícola, de limpeza, jardineiro, ajudante de armazém ou estagiário — irá auferir 705 euros (o novo Salário Mínimo Nacional), uma subida de 6,02%.

Em todas as categorias, a atualização salarial fechada representa uma subida de 40 euros nas remunerações.

A atualização do Contrato Coletivo de Trabalho definiu ainda o valor de remuneração por hora e diária (já incluindo os proporcionais referentes a férias, subsídio de férias e subsídio de Natal). Assim, os trabalhadores de nível 3 passam a receber mais 4 euros, para 52 euros/dia (+8,33%); os de nível 4 a auferir 46,4 euros (+9,43% e 4 euros) e os de nível 5 um valor dia de 42,96%, mais 2,75 euros do que há um ano (+6,84%).

O subsídio de refeição foi atualizado para 4,60 euros/dia — antes era 4,50 euros/dia — e as diuturnidades mantém-se em 9,25 euros/cada, informa a CAP.

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Costa condiciona aumentos na função pública em 2023 à inflação e à “capacidade orçamental”

  • Lusa
  • 20 Abril 2022

O primeiro-ministro anunciou que, em 2023, “voltará a haver atualização anual dos salários” da função pública, mas ressalvou que o valor dependerá da negociação sindical e da evolução da inflação.

O primeiro-ministro anunciou esta quarta-feira que, em 2023, “voltará a haver atualização anual dos salários” da administração pública, mas ressalvou que o valor dependerá da negociação sindical e da evolução da taxa de inflação.

“Para o ano, voltará a haver atualização anual dos salários. Quanto é que vai ser a atualização anual? Bom, isso vamos ter de negociar com os sindicatos – como está sempre sujeito a negociação sindical – e acho que dependerá de vários fatores: dependerá seguramente de se confirmar ou infirmar aquilo que são hoje as previsões sobre a evolução da inflação”, declarou António Costa.

Esta posição foi assumida pelo primeiro-ministro numa entrevista promovida pelo Clube de Jornalistas, em parceria com a Agência Lusa e com a Escola Superior de Comunicação Social, no âmbito dos 50 anos das comemorações do 25 de Abril e dos 40 anos do clube.

Nesta entrevista, com cinco jornalistas de cinco diferentes gerações (Henrique Garcia, Luísa Meireles, Ana Sá Lopes, Rita Tavares e Filipe Santa-Bárbara), que foi conduzida por Maria Elisa Domingues, o primeiro-ministro referiu que, caso o atual aumento da inflação seja um pico que dure “durante estes meses e não conjunto do ano”, com a “previsão de uma queda muito acentuada e uma retoma muito rápida da normalidade da inflação no próximo ano, é um quadro”.

“Se este pico inflacionista, em vez de ser um pico, é um longo planalto ou, pior ainda, vai continuar a subir, é um outro quadro completamente distinto. [O valor da atualização dependerá] também de quais são as circunstâncias económicas e a capacidade orçamental que o país terá. Obviamente, é isso”, referiu.

O chefe do Governo referiu ainda que “o direito à negociação coletiva na administração pública” é um “princípio fundamental” que o Governo irá respeitar, assegurando que “não haverá fixação sem prévia negociação sindical”.

Costa considera que atual pico de inflação não vai ter continuidade

O primeiro-ministro considerou esta quarta-feira que o país está a atravessar um pico extraordinário de inflação, que tenderá a estabilizar no próximo ano, e que o orçamento para 2022 é o primeiro que foi referendado pelos portugueses.

Estas posições foram assumidas por António Costa numa entrevista promovida pelo Clube de Jornalistas, em parceria com a agência Lusa e com a Escola Superior de Comunicação Social, no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e dos 40 anos do clube.

Este é o primeiro Orçamento do Estado referendado pelos portugueses”, declarou o líder do executivo, num a alusão à crise política aberta com o chumbo da anterior proposta orçamental e às posteriores eleições legislativas antecipadas que o PS venceu com maioria absoluta.

Nesta entrevista, com cinco jornalistas de cinco diferentes gerações (Henrique Garcia, Luísa Meireles, Ana Sá Lopes, Rita Tavares e Filipe Santa-Bárbara), que foi conduzida por Maria Elisa Domingues, António Costa afastou em absoluto a possibilidade de o país regressar ao carvão como resposta à atual crise energética e defendeu as metas constantes na proposta de Orçamento do Estado para 2022 do Governo, que será debatida na generalidade no parlamento nos próximos dias 28 e 29.

Na questão do Orçamento do Estado, António Costa recusou a perspetiva de ser uma proposta para seis meses, contrapondo que várias das medidas terão efeitos retroativos a 01 de janeiro, e considerou natural que as forças da oposição a critiquem, “porque é a mesma que já chumbaram” em outubro passado.

“Assumimos o compromisso que, uma vez eleitos, apresentaríamos exatamente o mesmo orçamento, que é o original, mas já incorporando todos os compromissos que tínhamos assumido nas negociações com o PCP – e, apesar disso, o PCP manteve o seu voto negativo”, declarou, numa referência aos episódios da última crise política.

António Costa sustentou depois que a proposta de orçamento vai “reforçar significativamente os rendimentos, desde logo de todos os pensionistas até 1108 euros, que terão um aumento extraordinário” e que será pago com efeitos retroativos a 01 de janeiro. Neste ponto da entrevista, o primeiro-ministro falou em medidas de desagravamento do IRS, sobretudo para os mais jovens, e de caráter social, caso da gratuitidade das creches.

Em relação ao facto de as principais instituições internacionais estimarem para Portugal um crescimento menor do que o previsto na proposta de Orçamento, António Costa contrapôs que “o ponto de partida” para a execução orçamental deste ano “é bastante melhor do que aquela que estava prevista”. “O défice previsto era de 4,3% e foi de 2,8%. O ponto de partida é francamente melhor. Por isso, em junho vamos começar a preparar o Orçamento do próximo ano”, disse.

No que respeita ao fenómeno da inflação, o líder do executivo citou as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) que “reafirmou que se está neste momento a viver um pico extraordinário de inflação, que não vai ter continuidade”. “Prevê-se uma inflação de 4% em Portugal e para 2023 [o FMI] estima 1,5%, ou seja, uma queda muito significativa já no próximo ano. Há outras instituições menos otimistas, mas o Banco Central Europeu (BCE) aponta para a mesma trajetória, entendendo que tenderemos a estabilizar na zona euro com uma inflação na ordem dos 2%”, alegou.

António Costa apontou depois que, nos últimos 12 meses, em Portugal, registou-se 2,2% em termos de inflação, embora no mês passado tenha sido superior a 5%. “Apesar de tudo, somos o terceiro ou quarto país da União Europeia com uma inflação mais baixa graças precisamente à política energética e às medidas tomadas em outubro para controlar a subida de preços. Nos próximos meses, temos de ter uma ação muito forte sobre o processo de formação de preços. Nesse sentido, espero que esta sexta-feira a Assembleia da República aprove já a descida do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) num valor equivalente ao que se pretendia reduzir no IVA”, afirmou.

António Costa considerou ainda fundamental que a proposta de Portugal e Espanha, para evitar a contaminação do preço da eletricidade pelo do gás, seja aprovada pela Comissão Europeia em breve. “Mas seria um absurdo o regresso ao carvão. Portugal tem é de acelerar a transição energética”, acrescentou.

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Privatização da ENSA deverá realizar-se até final do 1º semestre

  • Lusa e ECO Seguros
  • 20 Abril 2022

Venda de 51% da seguradora estatal esteve para ser concretizada em 2021. Programa de privatizações de Angola já rendeu quase 870 mil milhões de kwanzas, mais de 1,9 mil milhões de euros.

A primeira fase de privatização da ENSA-Seguros de Angola (Ensa) será concluída até final do primeiro semestre, segundo recalendarização do Governo angolano.

Até final do primeiro semestre, Angola “prevê concluir 48 processos, onde se destacam a conclusão dos processos no sector financeiro (ENSA, BAI, BODIVA), setor das telecomunicações (TV Cabo e Multitel), e no setor industrial (4.ª fase de privatização dos activos da ZEE, Secil Lobito – Companhias de Cimentos do Lobito e Unidades Industriais do Universo CIF)”, indica um comunicado.

O programa de privatizações de Angola já rendeu quase 870 mil milhões de kwanzas, mais de 1,9 mil milhões de euros, provenientes da venda de 84 ativos e empresas, anunciaram as autoridades de Luanda. “Até a data, já foram concluídos processos de privatização referentes a 84 activos e empresas, cujo valor total dos contratos corresponde a 869,55 mil milhões Kwanzas”, lê-se no comunicado enviado à Agência Lusa, que dá conta da segunda reunião deste ano da Comissão Nacional Interministerial responsável pela implementação do Programa de Privatizações (CNI-PROPRIV).

Dos 84 ativos privatizados, o setor da agricultura criou 389 postos de trabalho direto, com o setor industrial, onde estão as Zonas Económicas Exclusivas, a representarem mais de mil postos de trabalho, a que se juntam mais 393 novos postos nas unidades industriais têxteis e a manutenção dos 105 lugares nos setores do imobiliário e turismo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Agendas mobilizadoras têm potencial de investimento de 8,3 mil milhões

Candidaturas são agora avaliadas de acordo com vários critérios de seleção como o grau de inovação ou diferenciação. Contratualização dos projetos só deverá ter início no terceiro trimestre deste ano.

A segunda fase do concurso das agendas mobilizadoras para a inovação empresarial somou 64 candidaturas concretizadas, que representam um potencial de investimento global de 8,38 mil milhões de euros, indicou, em comunicado, o IAPMEI. A energia domina estas intenções de investimento, já que os cinco maiores projetos inserem-se nesta área.

“De um universo de 70 manifestações de interesse selecionadas na Fase I do concurso das agendas mobilizadoras para a inovação empresarial, foram concretizadas nesta segunda fase 64 candidaturas de financiamento, correspondentes a 66 dessas 70 manifestações de interesse”, lê-se no documento.

No total, estas candidaturas representam um potencial de investimento de 8.385 milhões de euros. E perante uma participação tão vasta dos consórcios, que ultrapassa largamente a dotação inicial de 930 milhões de euros, o primeiro-ministro anunciou que a verba adicional do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de 1,6 mil milhões de euros será alocada às agendas mobilizadoras. Esta verba adicional é explicada por uma parte da distribuição das subvenções do PRR que dependia da variação do PIB em 2020 e 2021. Apurados os números de 2021, a conclusão é que Portugal recebe mais, dado que registou uma contração maior do que o previsto anteriormente.

O IAPMEI divulga a lista dos consórcios responsáveis pelas propostas finais desta segunda fase do concurso para as agendas mobilizadoras e no top 5 das maiores propostas de investimento estão a Petrogal e Efacec (que lideram mais do que um consórcio) e Prio que propõem investir 2,63 mil milhões de euros.

Este concurso, financiado pelo PRR, tem por objetivo aumentar a competitividade da economia com base em investigação e desenvolvimento, inovação e especialização.

As candidaturas são agora avaliadas de acordo com vários critérios de seleção como o grau de inovação ou diferenciação; o impacto do projeto para a competitividade empresarial e para a alteração do perfil de especialização produtiva do país; o impacto potencial na região de desenvolvimento do projeto; a capacidade de alavancagem do investimento; potencial de valorização económica da inovação e escalabilidade; a contribuição do projeto para a neutralidade carbónica e resiliência energética; a qualidade do consórcio em termos das competências dos promotores face aos objetivos do projeto e do modelo de governação do consórcio e viabilidade económico-financeira dos projetos e dos proponentes.

Os projetos têm de ser iniciados no prazo máximo de seis meses após a notificação da decisão e o investimento produtivo ou as infraestruturas financiadas afetos à respetiva atividade e, quando aplicável, na localização geográfica definida no projeto, devem ser mantidos pelo menos durante cinco anos (ou três anos quando estejam em causa investimentos de PME). Mas a contratualização dos projetos só deverá ter início no terceiro trimestre deste ano, de acordo com o cronograma apresentado, em dezembro pelo então ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.

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PCP não vai assistir a discurso do presidente ucraniano no Parlamento

Os deputados comunistas serão os únicos a não assistir ao discurso de Volodymyr Zelensky agendado para esta quinta-feira, às 17h, no Parlamento.

A bancada comunista não vai assistir esta quinta-feira ao discurso do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Assembleia da República. “O PCP não participará numa sessão na Assembleia da República concebida para dar palco à instigação da escalada da guerra contrária à construção do caminho para a paz, com a participação de alguém, como Volodymyr Zelensky, que personifica um poder xenófobo e belicista rodeado e sustentado de forças de cariz fascista e neonazi”, anunciou a deputada Paula Santos em declarações ao jornalistas.

Questionada quanto a esta tomada de posição, Paula Santos defendeu que a intervenção do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, “não é um contributo para a paz”, havendo sempre “um apelo à intervenção e participação da NATO na guerra”. O PCP entende que as intervenções de Zelensky têm sempre “uma lógica de confronto para continuar uma situação de guerra, e não para encontrar uma solução pacífica para a paz”.

Paula Santos acrescentou ainda que, neste sentido, “a Assembleia da República (AR) não pode ser instrumentalizada, e não pode dar palco com o objetivo da promoção da guerra e não da paz”. A deputada destacou que o papel da AR, e do país, deve ser o de contribuição para o cessar-fogo, encontrar uma solução negociada de segurança comum, e para uma paz duradoura para os povos da Europa.

Para este fim, o PCP colocou-se contra o que considera ser uma “corrida aos armamentos” e de “sanções que só contribuem para a confrontação”, e defende que deve ser feito o contrário, a promoção do diálogo. Paula Santos condenou ainda a postura de quem “afirma que quer a paz, mas depois, na prática, todas as ações que apoiam são da continuação da guerra”.

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