Angolana ENSA desce lucro 64% no último ano antes da privatização

  • António Ferreira
  • 17 Abril 2022

Seguradora angolana cresceu 16% em volume bruto de prémios, beneficiou da redução de sinistros e continuou a reforçar capital próprio no ano em que falhou o calendário da 1ª fase de privatização.

ENSA, maior companhia no mercado angolano de seguros em volume de negócio, apresentou resultados relativos a 2021, anunciando “desempenho positivo na generalidade dos indicadores,” nomeadamente “aumento dos prémios brutos emitidos, redução dos sinistros e da taxa de sinistralidade, diminuição da despesa e aumento do ativo”.

A Ensa – Seguros de Angola SA fechou o último exercício com um resultado (antes de impostos) que ascendeu a 9,3 mil milhões de kwanzas (cerca de 14,6 milhões de euros ao câmbio de 31/12/2021). Depois dos impostos (cujo montante mais que decuplicou face ao exercício anterior), o lucro apurado cifrou-se em 6,32 mil milhões de kwanzas, em queda anual de 64%. Além de maior peso na parcela fiscal, o resultado reflete ainda agravamento significativo no resultado de resseguro cedido, custos que foram parcialmente compensados pela descida da taxa de sinistralidade.

Num ano em que também cedeu alguma quota de mercado (passando de 37% em 2020 para 34% em 2021), o volume de prémios brutos emitidos ascendeu a 97,77 mil milhões de kwanzas (cerca de 153,8 milhões de euros), um incremento de 16% comparativamente com a produção de seguro direto no anterior, mas a desacelerar face ao aumento de 33% reportado em 2020 (face a 2019).

Entre os ramos de maior significado operacional, seguros Saúde, Petroquímica, Acidentes de Trabalho e Automóvel representam 89,3% do total dos prémios brutos emitidos. Em variação anual, o seguro Petroquímica cresceu 12,5%: Saúde progrediu 14%, “mantendo o peso de 39% no total de prémios brutos,” enquanto Automóvel registou um “crescimento expressivo de 36,1%” e o seguro de Acidentes de Trabalho apresentou “um crescimento menor, mas mantendo o peso de 11% na estrutura dos prémios brutos emitidos.”

O desembolso em indemnizações ascendeu a 39,1 mil milhões de kwanzas, menos 15% do que em 2020, com declínio de aproximadamente 46% em petroquímica, descendo mais de 56% em Automóvel e a subir 68% em Saúde. O resultado técnico de seguro direto apurado foi de 54,9 mil milhões AOA (kwanza) contra 33,5 mil milhões em 2020.

A margem de solvência, agora calculada em 160%, recuou 55pp face aos 213% apresentados ano anterior, mas está “significantemente acima dos limites regulatórios,” refere a seguradora estatal angolana.

O ativo bruto da empresa totaliza 198,01 mil milhões de kwanzas, praticamente estabilizado face a 2020, enquanto o capital próprio aumentou 17%, para 44,83 mil milhões, reforçado em dobro (114%) nos últimos 2 anos. Esperando ainda por concretizar a primeira fase de privatização, que estava prevista ser no ano passado, a seguradora que se mantém sob controlo direto do Estado terminou 2021 com 552 colaboradores, contando com 28 agências (no canal direto) distribuídas pelas províncias do país, 102 parcerias; 118 mediadores, 30 corretores, um call center com 10 operadores.

Numa breve referência às perspetivas para 2022, o documento divulgado no website da companhia resume: “Mudança para a nova sede; Reformulação digital; Lançamento de novos produtos”.

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Swiss Re e Munich Re deverão suportar 1.000 milhões pelos danos da guerra na Ucrânia

  • ECO Seguros
  • 17 Abril 2022

Duas maiores no setor global de resseguro suportarão fatura individual a rondar 500 milhões de dólares em consequência da destruição causada pela guerra na Ucrânia, prevê o banco Jefferies.

Será 1 000 000 000 de dólares o custo aproximado a suportar pelas duas maiores companhias de resseguro por conta da guerra, segundo estima o banco de investimento Jefferies, com base na previsão de que a indústria de resseguro registará 5 mil milhões de dólares de impacto negativo da destruição causada pelo ataque da Rússia à Ucrânia.

Pesando os 10% de quota que a Swiss Re tem do negócio global do setor, a companhia suíça suportará cerca de 500 milhões da fatura em resseguro, podendo dispersar este montante pelas contas dos dois primeiros trimestres do ano, consideram os analistas do grupo financeiro nova-iorquino notando ainda que, aos custos da guerra, a resseguradora vai somar ainda contabilização de perdas pelos riscos das catástrofes naturais.

A estimativa para a companhia suíça difere pouco dos cálculos realizados pela mesma casa de investimento relativamente à fatura da concorrente Munich Re. De acordo com o site Insurance Day (Informa UK Ltd), que cita o exercício dos analistas da Jefferies, a guerra na Ucrânia, considerando as perdas incorridas (mas ainda não reportadas), custará aproximadamente 544 milhões de dólares à companhia alemã, um impacto provavelmente que será contabilizado nas contas deste 2º trimestre.

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Lionesa retoma expansão imobiliária de 100 milhões até ao mosteiro de Leça

Centro empresarial de Matosinhos duplica espaço até 2025. Projeto prevê construção de nova área de escritórios, ligação a zona verde e edifício de coliving com capacidade para 160 alojamentos.

O Lionesa Business Hub (LBH) vai avançar com o projeto de expansão para sul, fazendo a ligação entre o lote original da antiga fábrica de sedas e o Mosteiro de Leça do Balio, em Matosinhos. O projeto de expansão até aos 110 mil metros quadrados, que mais do que duplica a área atual, representa um investimento superior a 100 milhões de euros e prevê a construção de uma nova área de escritórios e também de um edifício de coliving.

Foi há quase cinco anos, em junho de 2017, na presença do então secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, que o centro empresarial nortenho apresentou um masterplan da autoria do arquiteto António Leitão Barbosa, que incluía um hotel ou a edificação de uma torre de 25 pisos. Após uma reformulação de conceitos, nomeadamente na parte residencial, o projeto está agora “em processo de concurso para avançar ainda este ano” e mantém o prazo de conclusão em 2025.

“Decidimos crescer aqui por várias razões: pela envolvente e pela escala, que faz com que tenhamos outra credibilidade e outro peso a nível internacional. O corredor central vai continuar até ao Mosteiro. Do lado direito vamos ter coliving e alguns edifícios de escritórios e de apoio, como restauração ou ginásios. E do lado esquerdo vamos ter um grande projeto paisagístico, que está a ser desenvolvido em conjunto com a reabilitação do Mosteiro pelos arquitetos Siza Vieira e Sidónio Pardal”, resume Eduarda Pinto, diretora geral do LBH.

O terreno já pertence desde 2016 à família do empresário Pedro Pinto, acionista única deste centro empresarial criado em 2002 para revitalizar o antigo espaço industrial da Lionesa, que faliu no final dos anos 1990. O parque de estacionamento que funciona naquele local vai passar a ser subterrâneo e os novos edifícios vão surgir por cima. “Não estamos a falar em construção de escala nem de altura. Pelo contrário, será tendencialmente baixa para ir ao encontro desta visão para o Mosteiro”, sublinha.

Terreno para expansão da Lionesa até ao Mosteiro de Leça do Balio, atualmente ocupado com estacionamento à superfície, pertence desde 2016 à família do empresário Pedro Pinto

“Ainda este ano queremos executar, pelo menos, metade das garagens. Estamos a falar em mais de 20 mil metros quadrados. Quando lançámos isto, pensámos em 2025 e esse é um prazo que está em cima da mesa. Mas mais do que o prazo, pretendemos consolidar o nosso conceito. Se para isso tivermos de sacrificar prazo, vamos sacrificar”, admite a gestora deste centro empresarial em que a FedEx vai instalar um centro de serviços partilhados com 700 pessoas.

Nova área residencial com 160 unidades

A nova área de escritórios vai contar com três infraestruturas distintas, concebidos por vários arquitetos a título individual, mas que estão “a trabalhar em conjunto porque, se um dia um inquilino quiser ocupar a área toda, os edifícios têm de ser capazes de conviver entre si”. “Tem de haver flexibilidade total porque todos os nossos espaços são customizados, tudo é feito em função do cliente”, esclarece Eduarda Pinto, notando que “cada vez mais o foco é captar as grandes empresas, embora as pequenas também sejam importantes e a diversidade é fundamental”.

Já o projeto de coliving, que deverá estar pronto em 2024, terá capacidade para 100 unidades de alojamento, com a possibilidade de ter ainda mais cerca de 60 apartamentos. Terá soluções para estadas de curta duração, como quartos ou estúdios, ou para estadas mais prolongadas, associando serviços como a lavandaria. A exploração desta componente residencial da futura Lionesa vai ser entregue a terceiros, estando a administração da Lionesa já a negociar com diferentes operadores.

Eduarda Pinto, diretora geral do Lionesa Business Hub

A opção pelo modelo de coliving é explicada com a “necessidade das empresas, que muitas vezes fecham o contrato de trabalho e oferecem residência ao colaborador”. Por outro lado, “quando implementam aqui uma nova operação, trazem sempre os expatriados e não é confortável estarem numa lógica de hotel, daí a ideia de ser um espaço em que possam estar numa residência com serviços associados e estar em comunidade”, completa a diretora geral.

Outro dos “propósitos” deste coliving é integrar um espaço de trabalho partilhado (coworking). Contando atualmente com uma comunidade de 7.000 pessoas, de 40 nacionalidades, este centro empresarial no concelho de Matosinhos, com perto de 125 empresas instaladas, é “cada vez mais procurado por pessoas individuais que querem estar integradas num ecossistema” deste género.

“Começa a ser um serviço que é fundamental termos. Por outro lado, muitas vezes quando as multinacionais vêm, pela primeira vez, para o país, gostam de começar por ocupar menos área, perceber como as coisas funcionam, ter meia dúzia de colaboradores pivô e depois começarem a crescer e a expandir. O coworking permite também gerir esse tipo de situações”, contrapõe Eduarda Pinto.

O tema do teletrabalho mata quando há a preocupação da retenção do talento. Cada vez mais, as empresas têm de estar próximas das pessoas e isso tem de ser feito de forma física.

Eduarda Pinto

Diretora geral do Lionesa Business Hub (LBH)

Na lista de tendências no mercado dos espaços de trabalho, a responsável da Lionesa coloca a existência de “cada vez mais espaços colaborativos e iniciativas que promovam o engagement e a passagem da cultura empresarial aos colaboradores”. Uma das apostas passa pelo desenvolvimento do conceito de business club, disponível para toda a comunidade, com o objetivo de estimular o network, a troca de experiências, os encontros pós-laborais e a realização de atividades, como eventos ou aulas de ioga e de surf.

E o teletrabalho não é uma ameaça para um negócio de acolhimento de empresas? “O tema do teletrabalho mata quando há a preocupação da retenção do talento. Quando vamos para casa trabalhar, tanto me faz trabalhar para A como para B, se é o mesmo tipo de trabalho que estou a desenvolver. Cada vez mais, as empresas têm de estar próximas das pessoas e isso tem de ser feito de forma física. De uma forma remota não é fácil passar muitas das coisas”, responde a diretora do LBH.

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UE vai oferecer um interrail pela Europa a 35 mil jovens. Saiba como se candidatar

  • ECO
  • 17 Abril 2022

Jovens com 18 anos podem candidatar-se a um interrail de um mês pela Europa, com viagens de comboio oferecidas pela Comissão Europeia. Candidaturas terminam a 21 de abril.

A Comissão Europeia está à procura de, pelo menos, 35 mil jovens com 18 anos para lhes oferecer um passe de interrail de até um mês pela Europa. O passe oferece viagens de comboio (preferencialmente) e descontos em várias atividades, transportes locais, alojamento e alimentação. As candidaturas estão abertas até ao dia 21 de abril e são feitas através do preenchimento de um formulário.

A iniciativa chama-se “DiscoverEU” e faz parte do programa Erasmus+. O objetivo é “oferecer aos jovens de 18 anos uma experiência de viagem que promova o sentimento de pertença à União Europeia, permitindo-lhes explorar a diversidade da Europa, o seu património cultural e histórico, conectar-se com pessoas de todo o continente e, finalmente, descobrir-se”, refere o site do programa.

Bruxelas vai, assim, oferecer passes de viagens para explorar a Europa entre 1 de julho de 2022 e 30 de junho de 2023 por um período máximo de um mês. “Os candidatos premiados viajarão, como regra básica, de comboio”, avisa a organização, contudo, “para garantir o acesso mais amplo possível, o projeto oferece meios de transporte alternativos como autocarros quando necessário”. “Em casos excecionais, e quando não houver outros meios de transporte disponíveis, serão permitidas viagens de avião”.

Os participantes escolhidos receberão ainda um cartão de descontos DiscoverEU, cuja validade será a mesma da viagem que pretendam fazer, e que vai oferecer “descontos para visitas e atividades de cultura, aprendizagem, natureza, desporto, transporte local, alojamento, alimentação, etc.”.

Para concorrer é preciso ter nascido entre 1 de julho de 2003 e 30 de junho de 2004. Para além disso, o candidato tem de ser cidadão ou residir legalmente num dos vários 27 Estados-membros da União Europeia ou em países terceiros associados ao programa Erasmus+. As informações podem ser consultadas aqui e a candidatura é feita através deste formulário.

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APS lança curso de Análise de Riscos no ramo Acidentes de Trabalho

  • ECO Seguros
  • 17 Abril 2022

Academia da APS abriu inscrições para profissionais de seguros e quadros de empresas. Conteúdo programático oferece conhecimentos e competências técnicas no âmbito da Segurança e Saúde no Trabalho.

Para além da reparação e da reabilitação, também a prevenção dos acidentes de trabalho é cada vez mais uma preocupação das seguradoras e, também, necessidade de especialização pelos profissionais dos seguros e de quadros técnicos que, nas empresas e outras organizações, se ocupam da área de Saúde e Segurança no Trabalho.

Neste âmbito, a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), através da Academia Portuguesa de Seguros, preparou um Curso de especialização em “Análise de Riscos para o Ramo de Acidentes de Trabalho,” um programa intensivo que vai decorrer entre os dias 27 de abril e 29 de junho. A proposta formativa proporciona aos formandos conhecimentos e competências técnicas básicas no âmbito da Segurança e Saúde no Trabalho, que lhes possibilitem a realização de análises de risco orientadas para o ramo de Acidentes de Trabalho. Entre outros objetivos, o curso pretende:

  • Explicar os conceitos base em matéria de segurança e saúde no trabalho;
  • Indicar os principais diplomas legais da segurança e saúde no trabalho e seguro de acidentes de trabalho;
  • Identificar os meios de proteção vitais para a mitigação de riscos exigidos pelas diferentes máquinas e equipamentos de trabalho, e a especial perigosidade de algumas máquinas como os equipamentos automotores de movimentação de cargas;
  • Diferenciar análise de riscos de avaliação de riscos;
  • Usar uma metodologia de análise riscos em acidentes de trabalho para o setor segurador;

Com base no conteúdo programático, os módulos que focam legislação e máquinas e equipamentos de trabalho são os que justificam maior número de horas letivas.

A especialização dirige-se sobretudo a colaboradores do setor segurador das áreas de subscrição, gestão de produto e sinistros de acidentes de trabalho; Técnicos Analistas de Riscos Industriais; e outros colaboradores do setor segurador que pretendem melhorar conhecimentos na análise de riscos de acidentes de trabalho. Também se podem candidatar Peritos Averiguadores de sinistros de Acidentes de Trabalho e quadros técnicos de empresas e/ou instituições cuja atividade profissional se relaciona com a Segurança e Saúde no Trabalho.

O curso é coordenado por Hélder Azevedo Ferreira, estando previstos workshops com a participação de vários oradores. A formação está planeada para se realizar em modo síncrono híbrido (sessões presenciais e sessões online), tem a duração de 70 horas (26 h presenciais e 44 horas online, via zoom) e irá decorrer usualmente à 3ª feira em horário pós-laboral (17.15h às 20.15h) e à 4ª feira em horário laboral (9.15h às 17.15h).

Inscrições e outras informações acessíveis aqui

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Portos da Madeira com 21 escalas e 11.556 passageiros na semana da Páscoa

  • Lusa
  • 17 Abril 2022

Porto do Funchal “tem estado todos os dias cheio nesta semana de Páscoa” e está "muito perto dos números de escalas de 2019".

Os portos do Funchal e do Porto Santo registaram 21 escalas de navios cruzeiros, 11.556 passageiros e 8.032 tripulantes entre o último domingo e este, anunciou a Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira (APRAM).

Em comunicado, a APRAM salienta que o Porto do Funchal “tem estado todos os dias cheio nesta semana de Páscoa”, acrescentando que, “a este movimento, juntam-se também sete escalas de megaiates/veleiros com escala não só no Porto do Funchal como no Porto Santo e Caniçal”.

“Tem sido um período excelente para os nossos portos. Estamos muito perto dos números de escalas de 2019. A nível do movimento de passageiros, ainda não e vai levar mais algum tempo, certamente a situação irá mudando, conforme a pandemia for perdendo força”, afirma a presidente da APRAM.

Paula Cabaço refere também que muitos dos navios que têm visitado a região “são mais pequenos e isso, naturalmente, reflete-se no movimento global de passageiros”.

Nesta semana, passaram pelos Portos do Funchal e Porto Santo os navios “World Explorer”, “Europa 2”, “Club Med 2”, “AIDAnova”, “Scenic Eclipse” – uma estreia – “Le Champlain”, “Vasco da Gama”, “Norwegian Epic”, “Hanseatic Inspiration”, “Le Dumont D´Urville”, “Marella Explorer”, “Sea Cloud Spirit”, “World Voyager” e “Mein “Schiff 3”. Hoje, estão no Porto do Funchal o “Mein Schiff 4”, o “Seven Seas Voyager” e, novamente, o “Scenic Eclipse.”

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Falência da economia russa é uma “questão de tempo”, diz Von der Leyen

"Esta manhã, não conseguimos negociar um cessar-fogo nas rotas de evacuação", disse a vice-primeira-ministra ucraniana.

As autoridades ucranianas anunciaram este domingo a suspensão dos corredores humanitários no leste da Ucrânia para evacuação de civis por ausência de acordo com a Rússia para garantir a segurança das operações. “Esta manhã, não conseguimos negociar um cessar-fogo nas rotas de evacuação. É por isso que, infelizmente, não vamos abrir hoje os corredores humanitários”, disse a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk.

A situação é especialmente dramática em Mariupol, onde cerca de 100.000 habitantes permanecem retidos depois de várias centenas de civis terem sido retirados nos últimos dias. No sábado à noite, a Rússia pediu a rendição dos militares ucranianos que estão em Mariupol, exigindo que depusessem as armas a partir das 4h de Lisboa. Os russos garantiram que as vidas dos militares nesta cidade seriam poupadas.

O Presidente ucraniano instou o mundo a “preparar-se” para a eventual utilização pela Rússia das suas armas nucleares. “Não devemos esperar pelo momento em que a Rússia decida utilizar as suas armas nucleares. Devemos preparar-nos para isso”, declarou Volodymyr Zelensky em entrevista a meios de comunicação ucraniana.

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Coreia do Norte diz que testou novo sistema que aumentará eficácia de armas nucleares

  • Lusa
  • 17 Abril 2022

Kim Jong-un supervisionou o teste da nova arma tática que irá aumentar o poder de fogo da artilharia de longo alcance.

A Coreia do Norte testou um novo sistema de armamento que permitirá aumentar a eficácia das suas armas nucleares táticas, indicaram este sábado os media norte-coreanos estatais, sem especificar a data exata da operação.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, supervisionou o teste da nova arma tática que irá aumentar o poder de fogo da artilharia de longo alcance e irá melhorar “a eficiência operacional das armas nucleares táticas da RPDC (República Popular Democrática da Coreia) e a diversificação das (suas) missões de poder de fogo”, segundo avançou a agência de notícias KCNA.

O líder norte-coreano presidiu a uma marcha civil, em Pyongyang, na quinta-feira, para assinalar o 110.º aniversário do nascimento do avô e fundador do país, Kim Il-sung, segundo noticiaram os meios de comunicação estatais.

Vários observadores tinham previsto a realização de um grande desfile militar nesta data, numa altura de tensão crescente devido aos recentes testes de projéteis de Pyongyang, que pela primeira vez, desde 2017, lançou um míssil balístico intercontinental (ICBM) em março, um gesto ao qual Washington respondeu com o envio de um porta-aviões para as águas ao largo da península, pela primeira vez em cinco anos.

Na segunda-feira, Estados Unidos e Coreia do Sul dão início às habituais manobras militares de primavera, momento de grande tensão entre os vizinhos da península coreana. Norte e Sul continuam tecnicamente em guerra, uma vez que a Guerra da Coreia (1950-53) terminou com a assinatura de um armistício e não de um tratado de paz.

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Marine Le Pen acusada em relatório europeu de combate à fraude

  • Lusa
  • 17 Abril 2022

Candidata presidencial francesa e pessoas próximas dela são acusadas de ter desviado cerca de 600.000 euros de dinheiro público europeu durante os respetivos mandatos como eurodeputados.

A candidata presidencial francesa da extrema-direita Marine Le Pen e pessoas próximas dela são acusadas de ter desviado cerca de 600.000 euros de dinheiro público europeu durante os respetivos mandatos como eurodeputados.

A acusação provém do Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF), segundo um novo relatório divulgado no sábado pelo portal de informação francês Mediapart e enviado à justiça francesa. Questionado pela agência de notícias francesa AFP, o Ministério Público de Paris confirmou ter recebido a 11 de março este relatório, que está agora a ser analisado.

“Estou espantado com o momento escolhido para a revelação” e a sua “instrumentalização”, reagiu Rodolphe Bosselut, o advogado de Marine Le Pen, que se encontra em campanha para a segunda volta das eleições presidenciais em França, que se realizará a 24 de abril, e em que enfrentará o atual chefe de Estado, o centrista Emmanuel Macron.

Bosselut declarou-se também “consternado com a forma como o OLAF está a atuar, sem contraditório” e em relação a “factos antigos, com mais de dez anos” nalguns casos. Marine Le Pen “não foi intimada por qualquer autoridade judicial francesa”, acrescentou, lamentando ainda que nem ele nem a sua cliente tenham recebido o relatório final. A investigação do OLAF está em curso desde 2016 e Le Pen foi interrogada por correio em março de 2021.

O novo relatório do OLAF, do qual o Mediapart publicou excertos, diz respeito a ajudas que os grupos políticos podem utilizar no âmbito do seu mandato de deputados europeus e que Marine Le Pen e pessoas próximas dela terão utilizado para fins políticos nacionais, despesas pessoais e subsídios a empresas próximas do seu partido, então chamado Frente Nacional (FN, atualmente União Nacional), e do grupo parlamentar de extrema-direita Europa das Nações e das Liberdades (ENL).

O OLAF implica Marine Le Pen, outros três ex-eurodeputados franceses — o seu pai, Jean-Marie Le Pen, o seu antigo companheiro, Louis Aliot, e Bruno Gollnisch, membro do secretariado nacional da FN — e o ENL. O organismo acusa-os de terem desviado cerca de 600.000 euros, cujo reembolso pretende que seja feito. Segundo o relatório, a candidata da Frente Nacional terá pessoalmente desviado cerca de 137.000 euros de dinheiro público do Parlamento de Estrasburgo quando foi eurodeputada, entre 2004 e 2017.

Desde junho de 2017, Marine Le Pen é também perseguida judicialmente no âmbito do inquérito em curso em Paris sobre suspeitas de criar empregos fictícios no Parlamento Europeu para assistentes do partido. Neste momento, está, portanto, indiciada por “desvio de fundos públicos” e “cumplicidade” no crime em causa neste inquérito.

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Recebeu o IRS? Há formas de rentabilizar o seu dinheiro

Do investimento em ações aos PPR, passando pelos fundos multi-ativos, o ECO falou com dois investidores sobre como rentabilizar o reembolso do IRS.

No primeiro dia de abril arrancou o período de entrega das declarações de IRS, que se prolongará até 30 de junho. Para muitos portugueses, é também sinónimo de reembolso do imposto retido a mais no ano anterior.

Este dinheiro extra é um importante balão de oxigénio que ajuda nas despesas familiares, principalmente neste período de elevada inflação. Mas também há quem consiga pô-lo a render. Quais as melhores opções na altura de investir?

Rui Castro Pacheco, head of investments do Banco Best, sublinha, em primeiro lugar, a importância de se olhar para o prazo de investimento e para o perfil de risco do investidor. “Se o investidor sabe que vai necessitar do capital no curto prazo, não deve efetuar investimentos arriscados”, aconselha.

Um investimento de risco, onde o capital não é garantido, tão facilmente pode valorizar como o oposto (ainda que, a longo prazo, a perspetiva seja de que cresça em valor). Rui Castro Pacheco explica que, no caso de uma desvalorização pouco depois de ter sido feito o investimento, “o investidor pode não ter tempo de recuperar e ter que liquidar as suas posições com uma perda”. Neste sentido, o especialista destaca o princípio da diversificação no investimento a médio e longo prazo.

Para o responsável do Banco Best, as taxas de juro ainda se encontram em valores relativamente baixos, razão pela qual defende que os depósitos não representam uma boa alternativa onde investir o reembolso — com a inflação atual, aliás, facilmente acaba por perder poder de compra.

Rui Castro Pacheco dá também outras ideias: o investimento em crowdfunding (financiamento colaborativo), os fundos imobiliários e fundos multi-ativos, por exemplo.

Por sua vez, Nuno Sousa Pereira, head of investments da Sixty Degrees, sugere estratégias de investimento flexíveis, especialmente as que podem evitar a exposição a obrigações. O motivo, garante o responsável, reside no atual contexto de inflação elevada, possível subida das taxas de juro, retirada dos estímulos aos mercados financeiros e corrida aos recursos e matérias-primas.

Os retornos dos investimentos deverão ser mais voláteis e a classe de obrigações poderá ser aquela que irá surpreender mais negativamente os investidores, em especial pelas expectativas iniciais de baixo risco.

Nuno Sousa Pereira

Head of Investments da Sixty Degrees

Nuno Sousa Pereira enfatiza ainda a importância de seguir uma estratégia que se adapte às condições de mercado, sendo que esta deverá permitir maximizar as hipóteses de atingir um “bom binómio retorno/risco”.

Para os perfis mais dinâmicos

Como o nome indica, os fundos multi-ativos investem em vários tipos de ativos, desde liquidez, obrigações, ações e outros instrumentos. Estes fundos podem adotar perfis mais ou menos agressivos, podendo encontrar alguns com “preocupação pela proteção do capital investido”, ou seja, com um risco “muito controlado”.

No entanto, os fundos multi-ativos também podem ter um perfil mais agressivo de modo a refletir um investimento mais dinâmico (e também mais volátil), sendo que, neste caso, deve ter um “horizonte temporal alargado”, defende Rui Castro Pacheco.

Um fundo multi-ativos pode representar um investimento genérico em ações, ou mesmo um investimento temático (tecnologia, indústria, etc.), podendo gerar “um retorno interessante e acima dos mercados acionistas mais genéricos”, diz o investidor.

À semelhança dos fundos multi-ativos focados na proteção do capital, existem outras opções com o objetivo inverso, ou seja, com uma equipa de gestão ativa focada no crescimento dos investimentos e não tanto na proteção dos mesmos. Ao preço de um risco adicional face a outros fundos multi-ativos mais conservadores, estes podem ter um potencial de crescimento superior aos fundos mais modestos (mas também de perdas). Preste atenção às comissões — em fundos com gestão ativa, estas podem ser mais elevadas do que gostaria.

O investimento genérico em ações também pode representar uma boa opção de investimento a longo prazo, defende Rui Castro Pacheco. Se for global e diversificado, este tipo de investimento pode representar uma mais-valia, mas para os investidores com preocupações ou gosto por áreas em particular, há também a opção de um investimento temático, menos genérico e mais específico, avança o responsável do Banco Best.

Nuno Sousa Pereira também faz menciona o investimento em ações de empresas cíclicas, com equipa de gestão experiente, implantação no mercado e geração de cash flow. O responsável da Sixty Degrees confessa mesmo que “estas deverão ser as empresas mais beneficiadas durante o início do novo ciclo macroeconómico”. Em função de um ambiente marcado pela disrupção logística, custos elevados de energia e competição pela mão-de-obra especializada, as empresas já estabelecidas no mercado têm uma vantagem competitiva elevada, garante Pereira.

Precisamente pelos motivos invocados, o responsável considera que as características anteriormente mencionadas se integram nas empresas que compõem o índice PSI da bolsa portuguesa, daí o seu “bom retorno face aos índices europeus”.

Planos Poupança Reforma

Se só planeia resgatar na reforma, os PPR representam uma opção versátil e variada, desde os mais conservadores aos mais dinâmicos, passando também pelos chamados “todo-o-terreno”, avança Rui Castro Pacheco.

Também Nuno Sousa Pereira recomenda o investimento em PPR, especialmente se o investidor for capaz de capitalizar os benefícios à entrada”, visto obter desta forma um elevado retorno no ano da realização.

O responsável da Sixty Degrees recorda ainda que existe um benefício fiscal para quem poupa via PPR. Se tem menos de 34 anos e investir 2.000 euros no ano, tem direito a deduzir 400 euros no IRS do ano seguinte, valor que vai descendo consoante a idade do investidor. Mas tenha sempre em conta que se resgatar o investimento fora das condições previstas na lei, tem de devolver ao Estado o benefício fiscal, acrescido de juros.

Como regra de ouro, nunca deve investir em produtos que não conhece. É recomendável esclarecer todas as dúvidas antes de avançar.

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Madeira tem as duas melhores praias da Europa

  • ECO
  • 16 Abril 2022

A Madeira tem duas das melhores três praias da Europa. O ranking com as 22 melhores tem praias de Espanha, França, Itália e Grécia. Saiba quais são.

O turismo tem estado a recuperar e, com o verão cada vez mais perto, Portugal continua a dar cartas e a colecionar prémios e distinções. Desta vez o mérito vai para a Madeira, que tem as duas melhores praias da Europa, de acordo com um ranking da European Best Destinations (EBD), uma entidade da Comissão Europeia. As praias do Porto Santo e do Porto do Seixal são vistas como “seguras” e até a “areia vulcânica” merece destaque.

A lista das 22 melhores praias da Europa em 2022 tem opções para todos os gostos: areia dourada, praias isoladas, escondidas ou selvagens, para escapadinhas românticas ou aventuras em famílias, para desportos aquáticos, etc. A votação foi feita por milhares de viajantes de 82 países, sendo que 16% dos votantes são dos Estados Unidos. São “refúgios de pura natureza que oferecem praias de sonho para se desligar de um mundo preocupante e conectar-se consigo mesmo”, afirma a EBD, no seu site.

“Um destino seguro e ensolarado”, que combina “natureza, bem-estar, desporto ao ar livre, gastronomia e golfe”, “facilmente acessível a partir de aeroportos europeus” e com voos diretos para Nova Iorque. “As ilhas da Madeira são o destino” ideal “para recarregar as baterias”, diz a EBD. A lista é encabeçada pela praia de Porto Santo, na ilha com o mesmo nome, no arquipélago da Madeira.

Praia do Porto Santo, na Madeira, é a melhor praia da Europa em 2022.Wikimedia Commons

“Muito menos movimentada que as Ilhas Canárias, a ilha da Madeira oferece um turismo autêntico, 100% de natureza e infraestruturas hoteleiras de altíssimo nível. Para evitar as multidões e se conectar com a natureza, é uma ótima escolha neste verão”, lê-se.

A segunda melhor praia da Europa fica em Espanha. Estamos a falar da Praia de Bolonia, em Cadiz. “Para quem gosta de tranquilidade e quer descobrir praias selvagens e desertas”, a praia de Bolonia é a ideal. Com “sorte e se o tempo estiver bom” é possível ver a costa de África.

A Madeira tem ainda a terceira melhor praia da Europa, na ilha do Funchal. A Praia do Porto do Seixal é destacada pela EBD pela “beleza do areal vulcânico, das águas cristalinas e das incríveis falésias”. “É uma das mais belas praias da Europa”, pode ler-se. A poucos minutos de Porto Moniz, esta praia “incrivelmente instagramável” tem alojamentos “com vista para o mar e falésias com acesso direto à praia”.

Veja na fotogaleria as 22 melhores praias da Europa

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Passageiros têm crédito de 643 milhões em voos por fazer na TAP

Os voos adiados por causa da covid-19 continuam a pesar nas contas da companhia aérea. Valor baixou face ao final de junho, mas continua a merecer uma observação do auditor.

A pandemia continua a deixar um lastro significativo de passagens aéreas pagas mas cujos voos não se realizaram. Os documentos pendentes de voo, como lhes chama a TAP, totalizavam 643,6 milhões de euros no final de 2021. Juntando as milhas do programa de fidelização, a soma sobe para 684,6 milhões.

O valor é inferior aos 657,7 milhões registados no final de junho, mas foi considerado uma matéria relevante pelo auditor e objeto de uma nota. A PwC lembra que “na sequência dos impactos da pandemia COVID-19 no setor do transporte aéreo, o grupo [TAP] sofreu uma redução significativa da sua atividade em 2020 e 2021, em resultado de uma acentuada quebra da procura e da imposição de restrições governamentais à circulação aérea, o que gerou o cancelamento de diversos voos”.

Cancelamentos que geraram uma obrigação de prestação do serviço no futuro ou uma obrigação de reembolso do valor do bilhete, que a companhia aérea contabilizava em 643,6 milhões no final de dezembro, mais 41,6 milhões do que em 2020. Daquele total, 438,69 milhões dizem respeito a bilhetes não voados e 203,9 milhões a vouchers.

A TAP lembra no relatório e contas que “no exercício de 2020 o conselho de administração reviu a política de utilização de documentos pendentes de voos, nomeadamente no que respeita à possibilidade de remarcação de passagens sem custos adicionais e ao reembolso das passagens em voucher com majoração e prazos de validade alargados“. Uma decisão que, aliada ao cancelamento de viagens devido à pandemia Covid-19, se traduziu num incremento das responsabilidades registadas.

O auditor sublinha que existem ainda créditos associados ao programa “TAP Miles&Go”: “a responsabilidade associada ao programa de fidelização de clientes, a 31 de dezembro de 2021, ascende a 41 milhões de euros“. E lembra que em 2020 o grupo “optou por prorrogar em 12 meses a validade das milhas atribuídas a clientes, tendo atualizado, em conformidade, os pressupostos associados ao cálculo desta estimativa”.

A PwC deixa um ênfase no relatório e contas, onde chama à atenção para os fatores de incerteza que podem ter impacto material na atividade operacional futura do Grupo TAP SA, nomeadamente as condições da aprovação do plano de reestruturação pela Comissão Europeia, a monitorização futura por parte da Comissão Europeia quanto ao seu cumprimento, os impactos da evolução da pandemia Covid-19 e do conflito na Ucrânia no setor do transporte aéreo.

A TAP apresentou na segunda-feira, dia 11, um crescimento dos prejuízos para 1.599,1 milhões de euros em 2021, ultrapassando os 1.230 milhões de 2020. Um número que fica, ainda assim, abaixo dos 1.750 milhões previstos no plano de reestruturação.

O agravamento dos prejuízos deveu-se aos custos não recorrentes de 1.024,9 milhões com o encerramento da Manutenção e Engenharia no Brasil no quarto trimestre. A TAP informa, em comunicado, que o resultado líquido ajustado de itens não recorrentes (incluindo ajustes fiscais) seria de negativo em 760,14 milhões.

“Se o plano de restruturação for cumprido com todas as suas metas, isso quer dizer que a TAP em pouco tempo voltará ao lucro, ou seja, será uma empresa que dará lucro”, afirmou na quarta-feira o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

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