Lisboa é a terceira cidade europeia com maior crescimento de milionários

Estudo da Henley & Partners revela mudanças nas cidades favoritas dos milionários. Nova Iorque e Tóquio lideram o topo do ranking, embora tenham registado perdas até 12%.

As cidades de Nova Iorque, Tóquio e São Francisco são os locais onde vivem a maioria dos milionários a nível mundial, avançou esta quarta-feira um relatório da consultora imobiliária, Henley & Partners. Já Lisboa é a terceira cidade europeia com o maior crescimento no número de milionários residentes em 2022.

Na lista dos 20 países que compõem o relatório, os Estados Unidos têm mais cidades representadas, contando com seis cidades americanas no documento. Na Europa, os milionários preferem principalmente Londres no Reino Unido, Frankfurt na Alemanha, Zurique e Genebra na Suíça, bem como Paris em França. Por sua vez, na região Ásia-Pacífico estão representadas oito cidades.

Os dados recolhidos pela New World Wealth indicam que as cidades favoritas dos milionários estão a mudar. Nova Iorque, a cidade em primeiro lugar no ranking, perdeu 12% dos seus milionários residentes em 2022. Na mesma linha seguem também Los Angeles e Malibu a caírem 6% (6.º lugar no ranking) e Chicago com perdas de 4% (7.º lugar).

Embora Londres esteja em quarto lugar no ranking, fazendo dela a cidade europeia favorita dos milionários, a região perdeu 9% dos seus milionários residentes. No entanto, em último lugar na tabela está Paris, a cidade europeia que mais afundou, com uma queda de 12%.

A seguir a tendência oposta surge Lisboa, representando a terceira cidade europeia com o maior crescimento no número de milionários residentes, sendo que esta figura cresceu 7% para os 22.100, um número ainda distante dos 88.600 registados em Paris. No top das cidades europeias com o maior crescimento, Lisboa fica atrás de Lugano, na Suíça, com um crescimento de 8%. Em primeiro lugar estão Cannes e Mougins, em França, com um aumento de 8%.

A nível mundial, as cidades com o maior crescimento no número de milionários residentes foram Riad na Arábia Saudita (20%), Sharjah nos Emirados Árabes Unidos (20%) e Lusaka em Zâmbia (18%).

Também Abu Dhabi e o Dubai estão a acumular rapidamente novos milionários residentes, à medida que os Emirados Árabes Unidos se tornam mais atrativos, com baixos impostos e novos esquemas de residência e apoiados, em parte, pela emigração recorde russa, segundo a Bloomberg.

Já Pequim e Xangai, na China, ocupam o nono e décimo lugar no ranking, respetivamente, e também têm registado perdas na população milionária residente. A Henley & Partners prevê que a China será o país a registar a segunda maior fuga de riqueza em 2022, após a Rússia.

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Jerónimo de Sousa classifica de “frouxas” medidas do Governo para combater a inflação

  • Lusa
  • 14 Setembro 2022

“O que o Governo do PS apresentou são medidas frouxas, meias-medidas, onde estão também presentes muito engano e muito ilusionismo”, disse Jerónimo de Sousa esta quarta-feira.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou esta quarta-feira “frouxas” as medidas apresentadas pelo Governo para combater a inflação.

“O que o Governo do PS apresentou são medidas frouxas, meias-medidas, onde estão também presentes muito engano e muito ilusionismo”, disse Jerónimo de Sousa numa sessão pública dedicada ao tema “mais e melhores serviços públicos” que decorreu hoje em Almada, no distrito de Setúbal.

O secretário-geral do PCP defendeu que o país precisa de outras medidas, que passam pela recuperação para o domínio público dos instrumentos e setores estratégicos da economia nacional, que combatam a especulação e reponham o poder de compra.

“Isso o Governo não faz. Não faz porque o Governo não quer afrontar os grandes interesses económicos. O grande capital passa nestas medidas do Governo por entre os pingos da chuva sem se molhar, continuando alegremente a especular e a arrecadar milhões de lucros”, disse.

Em causa está, adiantou, a necessidade de medidas de emergência a serem concretizadas desde já como “o aumento geral dos salários e das pensões numa percentagem que assegure a reposição e valorização do poder de compra dos trabalhadores e dos reformados, bem como o aumento intercalar do Salário Mínimo Nacional para 800 euros”.

Jerónimo de Sousa considerou que “o surto inflacionista” e a “onda especulativa de preços dos bens essenciais” não encontra resposta por parte do Governo, defendendo que as medidas apresentadas de combate à inflação “passam ao lado do necessário combate que se impunha”.

Na sua intervenção, o dirigente do PCP defendeu a valorização dos serviços públicos, mas também dos trabalhadores da administração pública.

“Vitimas desta política que submete os serviços públicos à ditadura do défice e do euro são igualmente os trabalhadores da administração pública que veem os seus salários e as suas carreiras desvalorizadas há anos e que o atual Governo do PS teima em prosseguir esse caminho de desvalorização quando afirma que as suas remunerações não podem acompanhar o valor da inflação”, disse.

Jerónimo de Sousa falou ainda da área da saúde, defendendo mais recursos financeiros para o Serviço Nacional de Saúde de forma a valorizar os seus profissionais e alertou que a nomeação de um novo diretor executivo do SNS “não pode significar uma desresponsabilização do Ministério da Saúde”.

Em matéria de transportes públicos fez referência aos problemas vividos no distrito de Setúbal, defendendo a expansão do Metro de superfície até à Moita, Montijo e Alcochete e do Monte da Caparica à Costa da Caparica.

Relativamente ao transporte fluvial, propôs o reforço da componente de manutenção dos navios ao serviço da Transtejo e da Soflusa, de forma a evitar ruturas no serviço assim como a aceleração da construção de novos navios.

Já no que se refere aos constrangimentos vividos no transporte público rodoviário, o secretário-geral do PCP considerou “inadmissível” que as populações dos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Setúbal, Almada, Seixal e Sesimbra “continuem a ser prejudicadas nas suas vidas pelos sucessivos incumprimentos das empresas”.

(Notícia atualizada às 20h42 com mais informação)

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Seguradores de Vida querem juros altos para voltarem a crescer

José Galamba de Oliveira, António Castanho e Nelson Machado explicam as razões por que a procura de seguros de Vida financeiros quebrou este ano. E por que vão voltar a subir.

José Galamba de Oliveira, presidente da APS, António Castanho da CA Vida e Nelson Machado do Grupo Ageas estão de acordo a apontar a incerteza mundial e nacional como causa para as hesitações dos clientes na subscrição de seguros de Vida financeiros.

O mercado dos seguros continua turbulento à espera de algumas definições da conjuntura mundial e do Governo, quanto a segurança social e incentivos à poupança. De acordo com os dados mais recentes publicados pela ASF, entidade reguladora, nos sete primeiros meses deste ano o mercado total atingiu os 7,2 mil milhões de euros, menos 4% que em igual período do ano passado. O segmento Não Vida cresceu 6,4%, enquanto o INE aponta para uma inflação média foi 6,5%. A explicação pode estar mais, por enquanto, no aumento do volume de negócios que na subida de preços nas tarifas aplicadas. Os seguros Vida baixaram 13% mas, enquanto os produtos Vida Risco aumentaram 8,5%, os seguros de investimento ou financeiros baixaram 21%, mais de 600 milhões de euros em apenas 7 meses.

“A queda na produção de seguros de vida financeiros, não é por falta de oferta das seguradoras, é sim, consequência direta do ambiente macroeconómico que vivemos – a grande volatilidade nos mercados, acentuada após o início da guerra na Ucrânia, bem como as expectativas de redução de rendimento disponível das famílias, está a gerar uma crise de confiança nos consumidores com impacto na tomada de risco associada a este tipo de produtos”, resume José Galamba de Oliveira, presidente da APS, associação que reúne seguradoras que representam mais de 99% no mercado nacional.

“O que se passou foi que em Abril os mercados entraram em total instabilidade culminando, em junho, com desvalorizações muito significativas das dívidas públicas, com particular relevo para a dívida italiana, obrigando o BCE a intervir no sentido de dizer ao mercado que iria atuar de forma a evitar ataques aos países Euro”, afirma António Castanho, presidente da seguradora CA Vida, que é parte do grupo que está no top 10 do mercado nacional. O gestor acrescenta que “essa instabilidade levou as seguradoras a reduzir drasticamente a comercialização dos produtos de Capitalização com particular destaque para os produtos que não sejam unit linked. Mas, mesmo estes, deixaram de ser promovidos para proteção dos clientes”.

Nelson Machado, administrador especializado na área Vida do Grupo Ageas Portugal – o 2º maior em Portugal -, refere que “o fator principal é a evolução em quebras dos mercados, alavancada pela incerteza provocada pela guerra da Ucrânia nos mercados energéticos e de matérias primas, fazendo com que as expectativas de recuperação ainda estejam muito enevoadas e dai não haver apetência para comprar os produtos que as Seguradoras preferem vender”, conclui.

Foi em abril deste ano que a queda se começou a fazer presente. “Em março isso não se notou muito porque um dos grandes players lançou um produto Unit Link Fechado de grande montante porque senão já esse mês teria sido em queda” explica Nelson Machado que lembra questões mais de fundo que travam o desenvolvimento dos seguros financeiros: “como quase sempre não há uma só razão, a atual incerteza associada ao impacto dos produtos de capital garantido na solvência e capital das seguradoras e a inexistência de vantagens fiscais nos produtos de poupança têm, de certeza, algum peso nesta tendência”, conclui.

Retoma previsível depois de FED e BCE terem definido política de taxas de juro

Ultrapassar este mau momento dos seguros de Vida financeiros parece estar mais próximo agora. António Castanho adianta que o cenário “poderá melhorar atendendo a que tanto a Reserva Americana como o BCE – este último foi muito renitente – já assumiram claramente que a política de taxas de juro tem por prioridade o controlo da inflação e que estas no seu limite inferior se manterão nos atuais níveis mesmo com uma eventual recessão no horizonte”.

Na opinião do presidente da CA Vida, “esta estabilidade permitirá no futuro próximo suporte para a atividade seguradora retomar o ritmo de crescimento do 1º Trimestre.

António Castanho nota que as famílias nesta fase estão a absorver os aumentos da energia e dos produtos alimentares. “Penso que o rendimento disponível vai reduzir drasticamente para muitas famílias culminando numa incapacidade para investir no seu futuro, designadamente na sua poupança e/ou reforma”. Contudo, acrescenta “este impacto estará atenuado pelos atuais níveis de poupança em depósitos bancários, os quais têm crescido sempre nos últimos anos, com particular relevo para o ano de 2020 e 2021”.

Captar as famílias para produtos Vida investimento poderá tornar-se mais eficaz. “Será previsível que muitos destes depósitos, atendendo ao facto de que não existe atualmente qualquer movimento no sentido de os bancos aumentarem as taxas de juro passivas, possam vir a ser convertidos em produtos de capitalização das seguradoras, dos quais se espera rentabilidades algo superiores e com risco diminuto”, conclui António Castanho.

Seguros Não Vida em linha com a inflação, já não com o PIB

Ao fim de sete meses deste ano, o conjunto dos ramos Não Vida está a evoluir mais com a inflação que com o PIB, como era habitual. Segundo dados da APS, que também divulgou números e que são geralmente muito semelhantes aos da ASF, houve um aumento de 6,1% em Não Vida o que significa uma queda de 0,4% se ajustado pelo valor da inflação média de 6,5% dos meses de 2022. No total de janeiro a julho os ramos Não Vida atingiram prémios de 3,7 mil milhões de euros.

A Saúde continua a ser o ramo que mais cresce, 11% relativamente a igual período de 2021, Automóvel que continua a ser o maior em volume cresceu apenas 2,2% enquanto Incêndio e outros riscos – que inclui coberturas multirriscos – subiu 6,4%, Acidentes de Trabalho também cresceu mas 5,7% enquanto Responsabilidade Civil atingiu 121 milhões de euros em sete meses, um valor 6,6% superior ao ano passado.

O conjunto de todos os outros ramos Não Vida atingiu 371 milhões, um valor 13% acima do ano passado.

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Após dez anos de desafios, Portugal Ventures procura década tranquila

Sociedade de capital de risco do Estado reconhece que há crise de confiança do mercado, "que está a afetar decisões de investimento".

Quando nasceu, em 2012, a Portugal Ventures enfrentou o período mais difícil da troika. Uma década depois, a sociedade de capital de risco do Estado lida com os efeitos da guerra na Ucrânia e da elevada inflação. Mesmo assim, a entidade pública espera que a próxima década possa ser tranquila e possa dar mais apoio a novos negócios. Esta foi a principal mensagem da cerimónia do 10.º aniversário, que decorreu no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões.

Estes 10 anos foram importantes e devem ser propulsores de outros 10 anos, a serem vividos com mais tranquilidade. Têm existido várias dores de crescimento” salientou a atual secretária de Estado do Turismo. Rita Marques foi presidente da Portugal Ventures nos anos de 2018 e de 2019 mas acabou por substituir o ministro da Economia, António Costa e Silva, na cerimónia desta quarta-feira.

Quando nasceu, em 2012, “Portugal não conseguia captar financiamento nacional e internacional”, atentou Teresa Fiúza, vice-presidente da sociedade de capital de risco. A Portugal Ventures “fez nascer o ecossistema empreendedor”, voltou a destacar Rita Marques. Uma década depois, a Portugal Ventures conta com 140 startups no seu portefólio e tem 261 milhões de euros sob gestão.

A Portugal Ventures nasceu da fusão de vários instrumentos de capital de risco – legalmente enquadrados em 1986 – e viveu três fases. Entre 2012 e 2014, foi o momento de “lançamento do ecossistema”, recordou o atual líder da sociedade, Rui Ferreira. Entre 2015 e 2017, na chegada da Web Summit ao país, foi a fase de “consolidação do ecossistema e crescente reconhecimento internacional de Portugal como um exemplo no apoio a startups com ambição global”. Entre 2018 e 2021, além de “colmatar falhas de mercado”, foi a etapa de “valorização de empresas investidas” e da integração no Banco Português de Fomento.

Conselho de administração da Portugal Ventures: Rui Ferreira, Teresa Fiúza e Pedro Mello Breyner.

O futuro mais imediato tem no horizonte a guerra na Ucrânia, a inflação e a necessidade de políticas económicas mais restritivas para travar a escalada de preços. O ecossistema empreendedor e o mercado e capital de risco enfrentam uma “crise de confiança, devido à grande imprevisibilidade, que está a afetar as decisões de investimento”, reconheceu Teresa Fiúza.

Para continuar a “colmatar as falhas de mercado”, a Portugal Ventures conta com uma equipa de 45 trabalhadores e deverá continuar a ser “um braço armado do Governo para promover o ecossistema empreendedor nacional”.

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Há 245 projetos para descarbonizar a indústria com apoio do PRR

As candidaturas têm subjacente um investimento de 1,5 mil milhões de euros. IAPMEI vai abrir um novo aviso no início do próximo ano. Empresas podem candidatar-se mais do que uma vez.

Afinal, o IAPMEI recebeu 245 candidaturas para a descarbonização da indústria que têm subjacente um investimento de 1,5 mil milhões de euros, revelou o presidente da Agência para a Competitividade e Inovação, esta quarta-feira no Parlamento.

Francisco Sá explicou que a maioria dos projetos candidatos à componente 11 do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) são de grandes empresas. “Tivemos 123 projetos de não PME, 84 de médias empresas e 37 de pequenas empresas e um de micro empresas“, disse o responsável, atualizando os números divulgados no arranque de agosto, após o encerramento das candidaturas a 29 de julho.

A descarbonização da indústria “tem como objetivo principal ser um mecanismo de auxílio e incentivo à descarbonização da indústria nacional, contribuindo para o objetivo da neutralidade carbónica, promovendo a transição energética por via da eficiência energética, apoiando as energias renováveis e introduzindo novas tecnologias ou processos de produção mais sustentáveis e energeticamente mais eficientes”.

O responsável revelou ainda que no âmbito desta medida, que tem uma dotação de 705 milhões de euros que serão atribuídos como subsídios não reembolsáveis, será lançado um novo aviso no início do próximo ano. “No início do próximo ano vamos lançar uma segunda call”, explicou o responsável aos deputados da Comissão de Economia, precisando que espera assim cumprir a meta de 300 projetos definidas no âmbito do PRR. Na bazuca europeia, os Estados-membros apenas recebem as verbas a que têm direito depois de comprovarem o cumprimento das metas e marcos previamente acordados com a Comissão Europeia.

Francisco Sá fez questão de precisar que “uma empresa pode ter mais do que um projeto em função das unidades de produção que possam ter impacto nesta questão da descarbonização”. “Contamos com esta segunda call e com a componente dos roteiros atingir a meta de projetos a apoiar”, no âmbito do PRR, frisou.

No âmbito desta componente 11 do PRR existe esta segunda medida, com um orçamento de dez milhões, orientada para a elaboração e implementação de roteiros para a descarbonização da indústria. “Visam apoiar entidades no terreno para promover a sensibilidade das empresas a orientem parte do investimento para a descarbonização da indústria”, explicou o presidente do IAPMEI. “As candidaturas fecharam com 39 projetos que estão em fase de análise”, disse Francisco Sá.

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Ministra quer Tribunais Administrativos e Fiscais com gestão própria

Grupo de trabalho está reunido desde Junho e apresentou esta quarta-feira as conclusões relativas ao estado da justiça Administrativa e Fiscal.

A ministra da Justiça disse que o grupo de trabalho para a justiça administrativa e fiscal vai entregar-lhe as suas conclusões, que serão estudadas pelo Ministério e algumas delas implementadas “em breve”.

“O grupo de trabalho entregar-me-á as conclusões hoje mesmo e a partir daqui, estudando-as, estamos em condições de começar de começar a implementar algumas delas”, disse Catarina Sarmento e Castro aos jornalistas, depois de questionada sobre esta questão.

A ministra falava, no Parque das Nações, em Lisboa, à entrada para a reunião do Conselho Consultivo da Justiça (CCJ), órgão de consulta e aconselhamento estratégico do Governo.

O grupo de trabalho para a Justiça Administrativa e Fiscal reuniu-se pela primeira vez no final de junho.

A governante adiantou que algumas conclusões já estão em andamento, “porque há uma questão básica que é preciso resolver, que é dotar o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais de efetivos mecanismo de gestão para que possa fazer a gestão dos magistrados, da Justiça, da Justiça Administrativa”.

Catarina Sarmento e Castro salientou a importância do Conselho Consultivo da Justiça, considerando que a Justiça “é uma matéria demasiado importante para que possa ser pensada na solidão dos gabinetes”, sendo, por isso, fundamental as reuniões que se têm realizado com os parceiros, “designadamente com os sindicatos, mas também com todos os parceiros institucionais e até de outras áreas fora da justiça que possam contribuir para o desígnio nacional” de ter “uma Justiça mais célere”, “que possa chegar aos cidadãos e às empresas de forma mais rápida”.

“Começámos por traçar o nosso plano e vamos conversar com os nossos parceiros para aperfeiçoar esse mesmo plano e o que espero daqui é um trabalho conjunto com os contributos de todos aqueles que estão hoje à volta desta mesa, mas tencionamos também convocar outros”, afirmou, acrescentando que hoje serão cooptados mais três, entre os quais a Ordem dos Notários e sindicatos de outras áreas da Justiça que ainda não estavam representados naquele órgão.

A ministra adiantou que o CCJ poderá, em futuras reuniões, ver diversificada a sua composição, consoante os assuntos em análise, o que lhe permitirá vir a ser alargado a outros atores e protagonistas do setor, ou fora dele, em áreas que estejam ligadas ao mesmo, nomeadamente agentes públicos ou privados, cidadãos ou empresas.

Catarina Sarmento e Castro elencou como uma das prioridades “garantir aos portugueses que o Governo irá fazer “uma reforma profunda na Justiça Administrativa”, pois esta “ainda é hoje lenta”, com o objetivo de “fazer chegar as decisões mais rapidamente às pessoas” e também reforçar “a competitividade das empresas”.

“Queremos olhar também para os mais vulneráveis, queremos olhar para as vítimas, mas também olhar para a Justiça dos jovens e também ter, por exemplo, uma ideia para a Europa, isto é, podermos nós mesmos portugueses influenciarmos aquilo que é a justiça lá fora. Depois também no plano da reinserção social dos reclusos, que é uma das matérias em que queremos apostar ativamente”, declarou aos jornalistas.

No sentido de obter uma maior celeridade na Justiça, acrescentou que o Ministério está “ativamente a trabalhar numa gestão interna da Justiça”, dando como exemplo alterações do ponto de vista legislativo e “a introdução de alguns mecanismos eletrónicos permitam uma melhor gestão daquilo que é eficiência dos tribunais, libertando-os para aquilo que verdadeiramente devem fazer, que é julgar e decidir”.

Além da ministra da Justiça, do secretário de Estado Adjunto e da Justiça e do Secretário de Estado da Justiça, compõem o Conselho Consultivo representantes da Direção-Geral da Política da Justiça, Ordem dos Advogados, Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução, um representante sindical da magistratura judicial, da magistratura do Ministério Público e dos oficiais de justiça, bem como representantes do Observatório Permanente da Justiça, das confederações sindicais de trabalhadores e das confederações patronais com assento no Conselho Permanente de Concertação Social.

Podem também participar no CCJ, por direito próprio, sempre que o entendam, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o procurador-geral da República e o presidente do Supremo Tribunal Administrativo.

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Portugal paga o dobro para se financiar nos mercados este ano

Com 90% do financiamento em Obrigações do Tesouro deste ano já assegurado, Portugal está a pagar o dobro dos juros conseguidos nas emissões de 2021. Custo médio da dívida vai, ainda assim, baixar.

Os tempos de inflação quase inexistente terminaram e com eles os juros negativos do Banco Central Europeu que permitiram que os Estados se financiassem com custos historicamente baixos. A inversão agressiva da política monetária trouxe juros mais altos e Portugal já paga este ano o dobro do que pagava em 2021 pelo financiamento de médio e longo prazo nos mercados.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) já foi ao mercado levantar 11,8 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro este ano, o equivalente a 90% do montante previsto para financiar o défice de 1,9% do PIB e fazer face a reembolsos, de acordo com a última atualização disponível do programa de financiamento. Segundo cálculos do ECO, a taxa média ponderada dessas emissões (excluindo as operações de troca) foi de 1,44%, o dobro dos 0,73% contabilizados o ano passado.

O agravamento dos custos de financiamento ficou bem patente na emissão realizada esta quarta-feira, em que o IGCP pagou uma taxa de rentabilidade média (yield) de 2,754% para colocar 780 milhões de euros em títulos a 10 anos, mais 63% do que os 1,694% conseguidos na operação sindicada de abril em que vendeu 3.000 milhões.

É preciso recuar cinco anos, a setembro de 2017, para encontrar um leilão de idêntica maturidade com uma taxa mais elevada. Na altura, Portugal pagou 2,785% para colocar 850 milhões. Valores bem superiores aos 0,329% que o Tesouro chegou a conseguir em setembro de 2020.

Esta realidade de juros mais elevados estende-se às linhas nos restantes prazos em que o país tem ido ao mercado, dos quatro aos 20 anos. É o resultado da tendência de subida das yields das obrigações desde o início do ano e que acelerou após a invasão russa da Ucrânia e, mais recentemente, da subida das taxas diretoras pelo Banco Central Europeu para tentar travar a inflação, que atingiu os 9,1% na Zona Euro em agosto.

A inflação tem continuado a surpreender em alta, o que fez com que os bancos centrais iniciassem um movimento de subida de taxas mais agressivo. Este efeito tem levado a um rápido ajuste nas yields de todas as maturidades das dívidas soberanas”, explica Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, num comentário à emissão de hoje.

Apesar deste aumento dos juros exigidos nas novas emissões, Portugal voltará este ano a conseguir baixar o custo médio do seu stock de dívida, que foi de 1,9% em 2021, já que as colocações deste ano terão um encargo médio inferior e amortizam emissões tendencialmente mais caras. A taxa de 1,44% referida não inclui os títulos de curto prazo (Bilhetes do Tesouro) que continuaram a ter taxas quase sempre negativas.

Em 2023, poderá já não ser assim, uma vez que a perspetiva é de que os juros continuem a subir. “Sabemos que os bancos centrais vão estar a tomar decisões reunião a reunião e com base nos dados que forem sendo divulgados. É certo que iremos continuar a ter volatilidade, pelo menos até à rubrica da inflação estabilizar. Para os emitentes e neste caso Portugal, iremos ter custos de refinanciamento mais elevados“, acrescentou.

Após a última reunião do Conselho do BCE, na semana passada, a presidente, Christine Largarde afirmou que a Zona Euro ainda está “longe da taxa que levará a inflação a regressar ao objetivo de médio prazo de 2%”. Os economistas estimam que o banco central possa elevar a taxa de referência até aos 2,5%, ou até mais, nos próximos meses.

À subida das taxas pode somar-se outro fator de pressão, caso o BCE pare com o reinvestimento dos títulos adquiridos no âmbito dos vários programas de compras de ativos e que chegam entretanto à maturidade. A favor de Portugal jogam as recentes melhorias do rating pela DBRS (para “A”) e pela Standard & Poor’s para (BBB+) e a trajetória de redução do défice e da dívida pública.

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Primeira-ministra da Suécia apresenta demissão

Magdalena Andersson vai demitir-se, após admitir que os resultados das eleições de domingo são claros. O bloco de direita, que inclui o partido de extrema-direita, teve mais votos.

A primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, anunciou que vai demitir-se esta quinta-feira, na sequência das legislativas de domingo passado, apesar de o seu partido social-democrata ter sido o mais votado, avança a AFP. O bloco de vários partidos que liderava, no entanto, teve menos votos que o bloco de direita, que inclui o partido de extrema-direita Democratas Suecos (SD), o segundo maior partido do país.

De acordo com a agência de notícias, Magdalena Andersson disse esta quarta-feira aos jornalistas que, enquanto os votos das eleições ainda estão a ser contados, é já possível perceber que o bloco de direita ganharia a maioria dos assentos parlamentares.

“Se a alternativa de Ulf Kristersson [líder do Partido Moderado] não se confirmar, estou pronta para liderar”, disse a primeira-ministra, acrescentando que não tem planos de deixar o cargo de líder dos social-democratas. “A Suécia estará a apenas um ou dois votos de uma crise governamental”, notou.

Kristersson, de 58 anos, deverá liderar um Governo com o apoio de uma maioria muito pequena no Parlamento sueco, como o que Magdalena Andersson governou, o que levou a vários anos de tumultos na política sueca.

Kristersson iniciou conversações com três partidos que apoiaram a sua candidatura, incluindo os democratas suecos anti-imigração – que agora são a segunda maior força política do país, escreve a Bloomberg. O principal obstáculo que este enfrenta ao tentar assumir o cargo de Andersson é acertar as diferenças entre os democratas suecos e os liberais, que procuram manter os nacionalistas o mais longe possível do poder.

(Notícia atualizada às 19h25 com mais informação)

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Produção automóvel aumenta 9,7% para 197.137 veículos até agosto

  • Lusa
  • 14 Setembro 2022

Só em agosto, foram produzidos 11.480 veículos automóveis em Portugal, mais do triplo (257,7%) face ao mesmo mês de 2021.

A produção automóvel em Portugal aumentou 9,7% para 197.137 veículos entre janeiro e agosto, segundo dados da ACAP – Associação Automóvel de Portugal divulgados esta quarta-feira. “Em termos acumulados, nos oito meses de 2022, saíram das fábricas instaladas em Portugal 197.137 veículos, ou seja, mais 9,7% do que em igual período do ano anterior”, indicou, em comunicado a associação.

Só em agosto, foram produzidos 11.480 veículos automóveis em Portugal, mais do triplo (257,7%) face ao mesmo mês de 2021. Por categoria, entre janeiro e agosto, foram produzidos 153.088 ligeiros de passageiros, mais 7% do que no período homólogo e 40.950 ligeiros de mercadorias, traduzindo-se num ganho de 20,4%.

Por sua vez, a produção de veículos pesados cresceu 15% para 3.099. “A informação estatística relativa ao ano de 2022 confirma a importância que as exportações representam para o setor automóvel, já que 97,7% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo”, apontou.

Neste período, a Europa manteve-se na liderança (97,4%) das exportações dos veículos fabricados em Portugal. Destaca-se a Alemanha (22,6%), seguida por França (14,9%), Itália (11,6%) e Espanha (9,4%). Até agosto, foram montados 130 veículos, menos 5,8% face ao mesmo período do ano anterior.

Pelo oitavo mês consecutivo, só foram montados, em Portugal, veículos pesados de passageiros. Em agosto, a produção de automóveis multiplicou-se por sete (600%) com 21 veículos pesados.

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Petróleo sobe mais de 2% com preocupações com a oferta

Matéria-prima valoriza pouco mais de 2%, recuperando das perdas de ontem, no dia em que a AIE alertou que poderá existir uma maior substituição do gás por petróleo no próximo inverno.

Os preços do petróleo nos mercados internacionais estão a valorizar pouco mais de 2%, recuperando das perdas da sessão de terça-feira, depois de a Agência Internacional da Energia (AIE) ter antecipado maior substituição do gás por petróleo no próximo inverno, devido à escalada de preços, e o que poderá intensificar o aperta da oferta de “ouro negro” face à procura.

Pelas 18h37 de Lisboa, o barril de Brent, que serve de referência às importações nacionais, somava 2,04% para 95,07 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, valorizava 2,38% para 89,31 dólares.

Esta quarta-feira a AIE antecipou que o aprofundamento da desaceleração económica e uma economia chinesa vacilante provoquem uma redução na procura por crude no último trimestre deste ano. Além disso, a instituição prevê ainda que haja uma mudança do gás para o petróleo para fins de aquecimento, o que pode representar uma média de 700 mil barris por dia entre outubro de 2022 e março de 2023 – o dobro face ao ano passado.

Os peritos da AIE estimam que em 2022 o consumo médio será de 100,1 milhões de barris por dia, mais 4,8 milhões do que no ano passado. Em 2023, o aumento será de 1,7 milhões de barris por dia para 101,8 milhões de barris por dia.

Recorde-se que na terça-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) manteve as suas previsões sobre a procura global de petróleo para 2022 e 2023, sinalizando que as economias mundiais estão a responder melhor do que o esperado, apesar dos “ventos contrários”, como é o caso da inflação.

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Retomada requalificação da ribeira de Aljezur suspensa por providência cautelar

  • Lusa
  • 14 Setembro 2022

Câmara Municipal de Aljezur retoma trabalhos de requalificação da ribeira local após suspensão por interposição de providência cautelar contra o uso de um herbicida contendo glifosato.

A Câmara Municipal de Aljezur retomou os trabalhos de requalificação da ribeira de Aljezur após terem sido suspensos por interposição de uma providência cautelar contra a utilização de um herbicida contendo glifosato, anunciou a autarquia liderada por José Gonçalves.

“Esta intervenção não terá o impacto inicial, nem atingirá os objetivos inicialmente traçados, muito devido à impossibilidade de remoção eficaz das plantas invasoras existentes ao longo da área de intervenção inicialmente programada”, lamentou à Lusa o presidente da Câmara Municipal de Aljezur.

No início de julho, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé tinha dado razão à Associação de Defesa da Costa Vicentina (Arriba), determinando a paragem da aplicação de um herbicida contendo glifosato e a utilização de meios mecânicos pesados.

Antes, no início de janeiro, a obra de requalificação da ribeira já tinha sido suspensa através da interposição de uma providência cautelar apresentada pela associação.

De acordo com a decisão de julho, o tribunal deliberou “intimar o município de Aljezur para se abster de realizar [e continuar] os seguintes trabalhos previstos”: a aplicação do herbicida sistémico proposto, contendo glifosato com adjuvante do tipo Li 700, ou equivalente, e o “corte dos rebentos caulinares das canas através de meios mecânicos pesados, designadamente máquinas escavadoras”.

A autarquia vai, contudo, “avançar” para tribunal contra esta decisão, assegurando que “não impede a continuação dos trabalhos que serão agora executados sem a utilização do herbicida que contém glifosato e sem a utilização de meios mecânicos pesados”.

Em comunicado, o município de Aljezur afirma que a intervenção que recomeça agora, “ainda que fortemente condicionada pela sentença proferida”, é de “vital” importância. “Ainda que já tenha sido realizado um corte nas espécies invasoras, o mesmo já se revelou inconsequente, uma vez que a ação para erradicação das mesmas não foi concluída em conformidade com o projetado (…) tendo mesmo dado maior presença às espécies invasoras”, lê-se na nota.

A autarquia vai retomar “as ações de aplicação de engenharia ambiental inicialmente programadas, que vão implicar a remoção de forma manual de algumas áreas ocupadas por espécies invasoras”. O município reconhece que a intervenção “não terá o impacto inicial, nem atingirá os objetivos inicialmente traçados, muito devido à impossibilidade de remoção eficaz das plantas invasoras existentes ao longo da área de intervenção inicialmente programada”.

Segundo a autarquia, a retoma de trabalhos “só foi possível graças à compreensão do projetista” para readaptar o projeto inicial e redefinir algumas intervenções de modo a conseguir-se “executar, ainda assim, algumas partes importantes do mesmo”.

Com a obra de valorização e requalificação da ribeira de Aljezur, a autarquia pretende “corrigir e melhorar a continuidade longitudinal e transversal do corredor ecológico, baseando-se em critérios de salvaguarda, promoção e valorização da biodiversidade”.

O projeto, que é desenvolvido em parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), conta com financiamento do Fundo Ambiental e o parecer positivo do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

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CNP aposta no Brasil

  • ECO Seguros
  • 14 Setembro 2022

A francesa CNP Assurances anunciou que se tornou acionista a 100% de cinco empresas no Brasil. Esta operação irá permitir-lhe comercializar produtos de saúde, dentários e de poupança.

Como parte da sua “estratégia de desenvolvimento internacional em curso”, a CNP Assurances anunciou que irá adquirir 100% das participações da Caixa Seguridade e da Icatu em cinco empresas. A transacção refere-se aos 48,25% do capital detido pela Caixa Seguridade, através da sua holding conjunta com a CNP Seguros Holding Brasil (CSH), na CNP Seguros Participações em Saúde, Seguros Previdência do Sul, Odonto Empresas Convênios Dentários e CNP Consórcio S.A. Administradora de Consórcios.

Stephane Dedeyan, Chefe do Executivo CNP Assurances.

Estas aquisições estão em plena consonância com a nossa estratégia de desenvolvimento internacional e multiparceiros. A assinatura destes acordos permitirá à CNP Assurances acelerar o seu desenvolvimento no Brasil, alavancando novos motores de crescimento num modelo aberto”, disse Stéphane Dedayan, Director Executivo da CNP Assurances.

A aquisição inclui também os 24,61% detidos pela Caixa Seguridade via CSH e os 49% detidos pela Icatu no CNP Capitalização.

“O custo total destas aquisições é de 174,5 milhões de euros” afirmou o Grupo CNP Assurances, em comunicado. Este montante será “financiado pelos seus próprios fundos” e o impacto estimado no rácio de cobertura do SCR do Grupo deverá ser de -1 ponto.

Já estabelecida no Brasil devido à sua parceria com a Caixa Econômica Federal, a seguradora francesa está a fazer do país lusófono uma terra de “desenvolvimento privilegiado” nas palavras de Stéphane Dedeyan.

No final do primeiro semestre de 2022, o Brasil, que conta 3887 milhões de euros de volume de negócios, representava pouco mais de 40% do volume de negócios do grupo no estrangeiro.

Estas cinco aquisições alinham-se com a estratégia da CNP Assurances de “andar sobre duas pernas”, ou seja, desenvolver-se através de dois modelos de distribuição. A primeira consiste em forjar uma parceria altamente estratégica, como é o caso da Caixa Econômica Federal, enquanto a segunda tende a desenvolver um modelo aberto que lhe permite operar com diferentes parceiros.

 

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