Allianz estabelece parceria com canoísta Fernando Pimenta

  • ECO Seguros
  • 14 Setembro 2022

A Allianz e o canoísta multimedalhado Fernando Pimenta estabeleceram parceria no âmbito do envolvimento da seguradora com os Movimentos Olímpico e Paralímpico. A colaboração está agendada até 2024.

Fernando Pimenta, canoísta português vencedor de várias medalhas nos Jogos Olímpicos, campeonatos mundiais e europeus, é o mais recente embaixador da Allianz. A colaboração surge da intenção da seguradora de se associar aos Movimentos Olímpico e Paralímpico.

Através do acordo com Fernando Pimenta, a Allianz reforça a colaboração com os Movimentos Olímpico e Paralímpico.

A companhia alemã é a única seguradora entre os quinze patrocinadores mundiais dos Jogos e esta é “uma verdadeira missão”, que envolve o apoio direto a atletas e à segurança de pessoas e bens relacionados com a realização das competições.

Em comunicado, a seguradora informa que esta sinergia é das mais importantes em todo o Grupo Allianz que, “sabendo que o desporto une, pretende cimentar essa mesma união com os seus colaboradores, clientes e parceiros”. A associação a este movimento tem também por objetivo fortalecer a posição da Allianz relativamente à diversidade e inclusão.

Com um total de 121 troféus internacionais, dos quais se destacam duas medalhas olímpicas (Bronze em K1 1000M, em Tóquio 2021, e Prata em K2 1000M, em Londres 2012) , 4 títulos de Campeão do Mundo, 8 de Campeão da Europa, além de ter sido mais de 50 vezes Campeão Nacional, o Fernando Pimenta pensa já no pódio dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.

O especialista em caiaque é natural de Ponte de Lima e integra o projeto Olímpico do Sport Lisboa e Benfica, tendo começado a praticar canoagem com apenas 11 anos.

Através do acordo estabelecido com o atleta, a Allianz reforça ainda mais a colaboração com os Movimentos Olímpico e Paralímpico, sendo desde 2021 a seguradora oficial dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, até 2028.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EIOPA adverte supervisor de seguros eslovaco

  • ECO Seguros
  • 14 Setembro 2022

A Comissão Europeia emitiu um parecer formal à autoridade de supervisão dos seguros eslovaca, a Národná banka Slovenska (NBS), para que cumpra integralmente a diretiva Solvency II.

A EIOPA reuniu provas de que uma companhia de seguros eslovaca, sob a supervisão do Národná banka Slovenska (NBS), não cumpriu, nos últimos anos, as regras de Solvência II em relação a provisões técnicas, requisitos de capital, investimentos e sistema de governação. As conclusões do inquérito resultaram em parecer formal.

A EIOPA investigou e concluiu que a autoridade eslovaca não tomou as medidas corretivas necessárias para resolver a não-conformidade da empresa. A autoridade recomendou à NBS que tomasse as medidas adequadas para assegurar uma recuperação estrutural e sustentável de todas as infrações ou, se apropriado, retirar a autorização da empresa.

De acordo com a recomendação da EIOPA, o NBS anunciou uma estratégia de supervisão integrada e iniciou várias ações de supervisão, incluindo o lançamento de um procedimento de sanção contra a seguradora eslovaca.

Com base num controlo cuidadoso, a Comissão congratulou-se com as medidas tomadas pelo supervisor eslovaco desde que foi emitida a recomendação. No entanto, a Comissão observa que enquanto não tiverem sido tomadas medidas de supervisão decisivas, o BNE não está em conformidade com a diretiva Solvência II.

Por estas razões, a Comissão considera que o supervisor eslovaco deve fazer esforços adicionais, em particular, para finalizar o procedimento de sanção e adotar ações de supervisão conclusivas que garantam o cumprimento da legislação da União.

A comissária europeia para os Serviços Financeiros, Mairead McGuinness, esclareceu: “Introduzida em 2016, a Solvência II foi uma grande mudança no manual europeu de regras para as seguradoras, alinhando as regras prudenciais com as práticas de gestão de risco mais avançadas. Nos anos que se seguiram, funcionou bem e reforçou o mercado de seguros em benefício dos segurados e das empresas – mas precisamos de assegurar que seja aplicado com os mesmos padrões elevados em toda a UE. Apoiamos plenamente a EIOPA no seu compromisso de assegurar o cumprimento da legislação da União e esperamos que a autoridade supervisora eslovaca implemente as acões recomendadas de forma rápida e atempada”.

O Národná banka Slovenska (NBS), dispõe de 10 dias úteis após a receção do parecer para informar a Comissão e a EIOPA sobre as medidas que irá tomar para cumprir as suas obrigações. O NBS dispõe de 4 meses após a comunicação do parecer para adotar uma ação final conclusiva de supervisão que garanta o cumprimento do direito da União.

O artigo 17(1) do Regulamento (UE) n.º 1094/2010 autoriza a EIOPA a investigar potenciais violações da legislação setorial que sejam da sua competência pelas autoridades competentes. Se for constatada uma violação, a organização fornece uma recomendação à autoridade nacional competente em causa sobre as ações necessárias para restabelecer o cumprimento da legislação da União.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Parlamento Europeu quer elevar para 45% o consumo de energias renováveis em 2030

  • Lusa
  • 14 Setembro 2022

Os eurodeputados votaram a favor do aumento das metas de consumo de energia renovável face aos atuais objetivos de 32%. Proposta é aumentar consumo para 45% até 2030.

O Parlamento Europeu (PE) votou esta quarta-feira a favor de subir para 45% o consumo final bruto de energias renováveis na União Europeia em 2030, face aos atuais objetivos de 32% e em linha com a Comissão Europeia.

Os valores aprovados pelos deputados estão acima dos 40% propostos pelos países da União Europeia (UE).

Em 2018, a Comissão propôs a revisão da diretiva e a fixação da nova meta em 40%, mas na sequência da invasão russa da Ucrânia (que começou em 24 de fevereiro), o executivo da UE reforçou o seu compromisso de investimento em energias renováveis e sugeriu o aumento deste valor para 45%.

O Conselho, a instituição que representa os países da UE, fixou a sua posição negocial em junho passado em 40%. As três instituições terão agora de negociar a legislação final, que deverá estar concluída no início de 2023.

Com 418 votos a favor, 109 contra e 111 abstenções, os deputados europeus apoiaram a posição negocial de 45% com o Conselho e a Comissão sobre a revisão da Diretiva das Energias Renováveis, que faz parte do abrangente pacote legislativo “Fit for 55” para reduzir as emissões de CO2 em 55% até 2030, em comparação com os níveis de 1990.

O consumo final de energia renovável na UE foi de 9,6% em 2004 e de 22,1% em 2020.

“As energias renováveis são uma parte fundamental da solução para a escalada dos preços”, disse o deputado socialista e negociador da diretiva Nicolás González Casares, que apelou à redução não só da dependência dos produtos energéticos russos, mas também das importações de outros países.

Também como parte do pacote para reduzir as emissões de CO2 em 55% até 2030, os deputados do Parlamento Europeu também defenderam (469 votos a favor, 93 contra e 82 abstenções) uma atualização da Diretiva de Eficiência Energética até 2030 para reduzir o consumo final de energia da UE em 40% até 2030 e o consumo primário em 41,5%, em comparação com os níveis de 2007.

O consumo final é o consumo utilizado pelos utilizadores finais, enquanto o consumo primário inclui também a energia utilizada para a produção e fornecimento de energia.

O Conselho, que representa os Estados-membros, concordou em reduzir o consumo final de energia em 36% e o consumo de energia primária em 39%.

Uma redução de 40% poderia levar a uma redução de 740 milhões de toneladas de equivalente de petróleo (Mtep) no consumo final de energia e 960 Mtep no consumo de energia primária, de acordo com os cálculos do Parlamento.

Para atingir estas novas metas de eficiência energética, os Estados-Membros terão de estabelecer objetivos nacionais vinculativos e conceber medidas a nível local, regional, nacional e europeu em diferentes setores, tais como administração pública, edifícios, empresas e centros de dados.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Câmara de Lisboa atribui 6,3 milhões de euros para realização Web Summit

  • Lusa
  • 14 Setembro 2022

A Câmara de Lisboa vai atribuir de 6,3 milhões de euros à Associação de Turismo de Lisboa (ATL) para a realização da próxima edição da conferência Web Summit, que decorre de 1 a 4 de novembro.

A Câmara de Lisboa aprovou a atribuição de 6,3 milhões de euros à Associação de Turismo de Lisboa (ATL) para a realização da próxima edição da conferência Web Summit, que se realiza entre 1 e 4 de novembro deste ano.

Em reunião privada do executivo camarário, a proposta para a realização da Web Summit 2022, na cidade de Lisboa, foi aprovada com os votos a favor da liderança PSD/CDS-PP e do PS e os votos contra dos restantes eleitos, designadamente do PCP, BE, Livre e vereadora independente eleita pela coligação PS/Livre.

Apresentada pelo vereador da Economia e Inovação, Diogo Moura (CDS-PP), a proposta determina a transferência para a ATL de 6,3 milhões de euros [6.300.468 euros], para assegurar a “disponibilização dos espaços necessários à realização do evento e dos serviços de Wi-Fi/ICT”.

As obras de expansão do recinto para que a Web Summit continue a realizar-se em Lisboa “não se encontram ainda implementadas e, para assegurar a edição do corrente ano, é necessário disponibilizar os espaços necessários à realização do evento, ainda que de natureza temporária”, lê-se na proposta.

Neste âmbito, a ATL, que é uma das entidades signatárias do acordo para organização do evento, submeteu uma candidatura ao Fundo Desenvolvimento Turístico de Lisboa (FDTL) para este efeito, a qual teve “parecer favorável pelo Comité de Investimentos”.

A Web Summit vai continuar a realizar-se na cidade de Lisboa até 2028, segundo o acordo alcançado em novembro de 2018, entre o Governo português, o município de Lisboa, o Turismo de Portugal, a ATL, a AICEP Portugal Global, E.P.E, a IAPMEI – Agência para a competitividade e Inovação e o Connected Intelligence Limited (CIL).

Neste âmbito, foi estudado o aumento de infraestruturas na cidade de Lisboa, em resposta ao desafio de atração de grandes eventos e congressos, entendendo-se que “não deverá estar circunscrito ao espaço da FIL [Feira Internacional de Lisboa], sendo a todos os títulos benéfico possibilitar outras soluções, como a construção de um novo equipamento, caso essa opção demonstre ser viável”.

Segundo a proposta, decorreu um longo processo negocial com a CIL — entidade organizadora da Web Summit — para a alteração do acordo inicial referente ao período de 2019 a 2028, no sentido de flexibilizar o teor das obrigações assumidas pelo município de Lisboa quanto ao local da expansão, incluindo o adiamento da data de conclusão da obra de expansão, que resultou no Ato de Alteração (“Deed of Variation”) ao acordo.

“A expansão dos equipamentos existentes ou a construção de um novo equipamento deverá ter em consideração um conjunto de orientações para a expansão das infraestruturas de congressos e grandes eventos que respondam às necessidades da cidade de Lisboa”, defende o vereador da Economia e Inovação.

Justificando o voto contra da proposta de atribuição de 6,3 milhões de euros para a Web Summit, a vereadora do BE, Beatriz Gomes Dias, explicou que esse montante significa “um aumento de 40% da verba entregue ao evento”.

“Os impactos da inflação caem sobre a câmara, mas os lucros vão para Paddy Cosgrave [presidente executivo da Web Summit]. Com o mesmo valor, seria possível reabilitar 275 fogos de habitação municipal, construir 30 fogos de renda acessível ou ajudar as famílias e empresas que sofrem com o enorme aumento do custo de vida”, defendeu o BE.

Aquando o acordo estabelecido em 2018, para organização da Web Summit em Portugal, no período entre 2019 e 2028, a cidade de Lisboa garantiu a organização do evento mediante investimentos anuais de 11 milhões de euros. Deste valor, três milhões de euros são investimento municipal e oito milhões são assegurados pelo Governo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Concorrência multa Auchan, Modelo Continente, Pingo Doce e Active Brands em 5,7 milhões de euros

Auchan, Continente e Pingo Doce, bem como o fornecedor comum de bebidas alcoólicas Active Brands/Gestvinus e um responsável desta empresa são acusados de participar "num esquema de fixação de preços".

A Autoridade da Concorrência (AdC) anunciou esta quarta-feira ter sancionado os supermercados Auchan, Modelo Continente e Pingo Doce, bem como o “fornecedor comum” ActiveBrands/Gestvinus e um responsável desta empresa, acusando-os de “terem participado num esquema de fixação de preços”.

O valor da coima total ascende a quase 5,7 milhões de euros. A maior multa é para a Active Brands, empresa distribuidora de vinhos e bebidas espirituosas, com uma coima de 2,39 milhões de euros. Segue-se o Modelo Continente com uma multa de 1,41 milhões de euros, o Pingo Doce com 1,2 milhões e o Auchan com 660 mil euros. Já o responsável da Active Brands foi multado 5.178 euros.

A investigação “permitiu constatar que as empresas de distribuição participantes asseguraram o alinhamento dos preços de retalho nos seus supermercados mediante contactos estabelecidos através do fornecedor comum, sem necessidade de comunicarem diretamente entre si”, adianta o regulador, em comunicado.

Tal prática “elimina a concorrência, privando os consumidores da opção de melhores preços, mas assegurando melhores níveis de rentabilidade para toda a cadeia de distribuição, incluindo fornecedor e cadeias de supermercados”, reforma a entidade liderada por Margarida Matos Rosa.

A AdC indica ainda que esta prática durou mais de oito anos, entre 2009 e 2017, “e visou vários produtos do fornecedor, tais como vinhos, aguardentes e licores/aperitivos”.

A entidade reforça ainda que as coimas são “determinadas pelo volume de negócios das empresas sancionadas nos mercados afetados nos anos da prática”, sendo que “de acordo com a Lei da Concorrência, as coimas não podem exceder 10% do volume de negócios da empresa no ano anterior à decisão de sanção e 10% da remuneração anual auferida no último ano da infração, no caso das pessoas singulares”.

Pingo Doce, Continente e Auchan vão recorrer aos tribunais

O Pingo Doce considera que a multa da Autoridade da Concorrência (AdC) anunciada esta quarta-feira é “injusta e imerecida” e, por isso, “à semelhança das anteriores, será impugnada nos tribunais a fim de ser reposta a verdade dos factos”.

“Nada demoverá o Pingo Doce de continuar a oferecer aos portugueses os maiores descontos e as melhores oportunidades de preço e promoções, como sempre tem feito”, sinalizou fonte oficial do retalhista, em resposta à Lusa.

Já a Sonae MC, que detém a Modelo Continente, “repudia, em absoluto, esta decisão de condenação”, considerando-a “manifestamente errada e infundada” Além disso, numa declaração à Lusa, a cadeia de supermercados rejeita a acusação de envolvimento da sua participada em qualquer acordo ou concertação de preços, em prejuízo dos consumidores, bem como a aplicação de qualquer coima”.

Nesse sentido, a dona dos supermercados Modelo Continente assegura que “irá recorrer desta decisão da AdC para os Tribunais e utilizará todos os meios ao seu alcance para o cabal esclarecimento dos factos de que é acusada, a defesa da sua reputação e a afirmação dos seus valores”.

Também a Auchan “refuta totalmente as práticas que lhe são imputadas pela Autoridade da Concorrência” (AdC) que voltou a multar a cadeia de supermercados, adiantando que vai “recorrer judicialmente” da decisão.

O grupo garantiu ainda que “são assegurados internamente todos os processos de formação e controlo dos seus colaboradores a fim de evitar qualquer tipo de comportamentos que possam resultar na violação das regras de concorrência”, lê-se, numa nota enviada à Lusa.

(Notícia atualizada às 20h00 com as reações da Sonae MC e do grupo Auchan)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Uniper mais perto de ser nacionalizada devido à crise energética

Depois do resgate financeiro aprovado em julho e das duas linhas de crédito concedidas pelo banco estatal alemão, gigante energética já admite a nacionalização face à escalada da crise energética.

A energética alemã Uniper pode estar mais perto de ser nacionalizada, depois de a empresa ter anunciado que o resgate financeiro “não é suficiente” para ajudar a enfrentar a crise energética na Europa.

Em comunicado citado esta quarta-feira pela Reuters e o Financial Times, a empresa, que, em julho, chegou a acordo com o Governo alemão de ceder 30% do capital, afirma estar à procura de “soluções alternativas”, entre elas, “um aumento direto do património que resultaria numa participação maioritária e significativa do governo alemão”. A gigante informa que as negociações com o principal acionista, a finlandesa Fortum, e o executivo de Olaf Sholz prosseguem com o objetivo de arranjar uma “solução a longo prazo”.

energética alemã tem sido fortemente penalizada pelas interrupções dos envios de fluxos de gás enviados pela Rússia, tendo sido obrigada a pedir um resgate financeiro de 15 mil milhões de euros ao governo de Olaf Sholz e um crédito de 9 mil milhões de euros ao Banco de Desenvolvimento da Alemanha (KfW), em julho. A 29 de agosto, a Uniper terá pedido uma segunda linha de crédito de 4 mil milhões de euros ao mesmo banco como forma de compensar as perdas que foram aumentando face ao aumento dos preços dos combustíveis.

Mas o montante revelou ser insuficiente para enfrentar a crise energética. Na nota divulgada, a Uniper refere que desde que o acordo de julho foi assinado, a crise energética da Europa “agravou-se”, graças à decisão da Rússia de suspender indefinidamente todos os envios de gás através do gasoduto Nord Stream 1, o principal gasoduto que liga a Russia à Europa, através da Alemanha.

As sucessivas interrupções ao fornecimento de gás ao motor económico e maior dependente deste combustível russo, fazem aumentar as preocupações de uma recessão. Esta segunda-feira, o instituto alemão Ifo divulgou que, em 2023, a economia alemã deverá contrair-se em 0,3%, enquanto a inflação será de 9,3%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5G: NOS prova que condução autónoma é possível e agora cabe às empresas avançar

  • Lusa
  • 14 Setembro 2022

A primeira viagem em Portugal de condução autónoma e conectada com 5G, em ambiente real, decorreu na Ponte Internacional Valença-Tui e contou com tecnologia 5G da NOS.

O administrador executivo da NOS Jorge Graça afirmou esta quarta-feira à Lusa que a primeira viagem de um veículo autónomo na fronteira de Portugal e Espanha com tecnologia 5G “correu muito bem” e agora tudo “depende da vontade das empresas”.

A primeira viagem em Portugal de condução autónoma e conectada com 5G, em ambiente real, decorreu hoje na Ponte Internacional Valença-Tui e contou com tecnologia 5G da NOS, marcando a conclusão do projeto europeu 5G-MOBIX. “Correu muito bem, todos os objetivos que tínhamos para demonstrar conseguimos atingir“, salientou o administrador com o pelouro da tecnologia e informação (‘chief technology and information officer‘) do grupo NOS.

O ‘shuttle‘ (minibus) com pessoas a bordo, mas em modo de condução autónoma, atravessou a ponte antiga entre Tui e Valença, tendo inclusivamente lidado com um fator inesperado, de um pedestre a atravessar a via, que não estava no plano, tendo cumprido com as normas de segurança e parado, adiantou.

“Foi capaz de lidar com a situação inesperada”, sublinhou Jorge Graça, referindo que “está demonstrado que é possível” a condução autónoma com 5G, portanto, agora “é quando” as empresas decidirem. O uso corrente da condução autónoma “vai depender da vontade das empresas”, já que a “tecnologia está disponível”, sublinhou.

“Este projeto do Mobix tem um objetivo de standardização dos resultados e de tornar este tipo de tecnologia disponível para depois ser implementado pelos fabricantes de carros, fabricantes de shuttles e depois para materializar este tipo” de casos de estudo, prosseguiu.

Nesta demonstração, o veículo ‘navegou’ entre dois operadores de telecomunicações de “forma transparente”, ou seja, do lado espanhol pela Telefónica e do lado português pela NOS, sem ter havido um vazio de comunicação, explicou.

O projeto 5G-Mobix “é um projeto da União Europeia e a NOS é o único operador que está envolvido neste projeto. Nós participamos aqui do lado português com um consórcio grande”, no qual constam parcerias com as universidades do Minho e de Aveiro, para citar alguns, e com ligação a operadores de infraestrutura também portugueses que “ajudaram a desenvolver o software“.

Jorge Graça destacou o “esforço grande colaborativo” entre as empresas envolvidas. Durante a demonstração, o shuttle autónomo encontrou vários obstáculos: “Num primeiro caso, perante a obstrução do percurso, o veículo passou o controlo para o centro de controlo de tráfego, onde um técnico assumiu a condução, remotamente, usando uns óculos de realidade virtual”, de acordo com a operadora.

Num outro, “um pedestre que se encontrava num ângulo morto do veículo foi detetado por um sensor instalado na ponte, que passou a informação à rede e ao shuttle, evitando a colisão”. Toda a informação foi transmitida pela rede 5G da NOS, fazendo uso da tecnologia Nokia, em tempo real, “assegurando a velocidade, baixa latência e a fiabilidade da comunicação, essenciais para garantir a segurança e sucesso da viagem”, refere a operadora, em comunicado.

“É um orgulho enorme ver os benefícios do 5G pode trazer para a sociedade, para as empresas, a materialização da tecnologia é algo que nos enche de muito orgulho”, rematou Jorge Graça. A iniciativa 5G-MOBIX, financiada pela União Europeia (2018-2022) no âmbito do Horizonte 2020, tem como objetivo principal estabelecer a base para o desenvolvimento de corredores 5G e impulsionar o desenvolvimento de oportunidades aplicadas à Mobilidade Autónoma Conectada. O consórcio reúne 58 parceiros de 13 países da União Europeia, bem como Turquia e Coreia do Sul, entre outros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa recua pelo segundo dia consecutivo

Lisboa encerrou a sessão no "vermelho", pelo 2.º dia consecutivo. A pressionar o índice de referência nacional estiveram alguns dos "pesos pesados", como a NOS, Jerónimo Martins e BCP.

A bolsa de Lisboa terminou a sessão desta quarta-feira em terreno negativo, acompanhando a tendência vivida na generalidade das praças europeias. A pressionar o índice de referência nacional estiveram alguns dos “pesos pesados” do PSI, como a Nos, Jerónimo Martins e BCP. Galp trava quedas mais expressivas.

Pelo “Velho Continente”, o Stoxx 600 recuou 0,84%, enquanto o alemão DAX caiu 1,17%, o britânico FSTE 100 perdeu 1,43% e o francês CAC-40 desvaloriza 0,42%. Em contrapartida, o espanhol IBEX-35 somou 0,2%.

Lisboa acompanhou as quedas da generalidade das praças europeias, fechando em terreno negativo pelo segundo dia consecutivo. O PSI caiu 0,84% para 5.974,62 pontos, com apenas três das 15 cotadas a fechar em terreno positivo e as restantes no “vermelho”.

A pressionar o índice de referência nacional estiveram, sobretudo, as cotadas ligadas ao setor da pasta e do papel, bem como alguns “pesos pesados” do PSI. Nas papeleiras, Semapa recuou 0,43% para 14 euros, a Navigator caiu 2,23% para 3,684 euros e a Altri desvalorizou 1,01% para 5,37 euros.

Entre os “pesos pesados”, nota negativa para as ações da NOS, Jerónimo Martins, BCP e grupo EDP. Os títulos da empresa de telecomunicações caíram 1,37% para 3,596 euros, enquanto as ações da retalhista dona do Pingo Doce cederam 0,95% para 22,88 euros.

No grupo EDP, a elétrica recuou 0,42% para 4,956 euros por ação, ao passo que a subsidiária EDP Renováveis desvalorizou 1,47% para 24,77 euros. Já os títulos do banco liderado por Miguel Maya perderam 0,62% para 14,33 cêntimos.

Em contraciclo e a evitar quedas mais expressivas do índice de referência nacional estiveram a Galp Energia e a GreenVolt. Os títulos da petrolífera portuguesa avançaram 0,33% para 10,625 euros, beneficiando da subida de cotações de petróleo nos mercados internacionais. Já as ações da empresa de energia renovável subiram 1,75% para 9,30 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Franceses da Alstom chegam à Maia e ‘dão sinal’ a 25 empregos

Fabricante de dois terços dos comboios nacionais abre centro de engenharia e inovação para sistemas de sinalização enquanto participa no concurso para fabricar 117 novos comboios para a CP.

A Alstom, empresa que fabricou dois em cada três comboios portugueses, abriu um centro de engenharia e inovação na cidade da Maia. A companhia francesa já criou 25 empregos para engenheiros nacionais e vai desenvolver novos sistemas de sinalização para as linhas de caminho-de-ferro.

“A missão principal do centro é a sinalização ferroviária, através do desenvolvimento de software. É mais um passo na nossa estratégia de crescimento em Portugal”, sinalizou o diretor-geral da Alstom para Portugal, David Torres, sem revelar valores do investimento.

Os franceses já estão a desenvolver, em Portugal, novas ‘balizas’ para colocar na via ferroviária, que permitem comunicar com o sistema Convel e o novo sistema comum europeu, o ERTMS. O sistema poderá ser exportado e permitir, por exemplo, que um comboio espanhol possa circular em Portugal sem ter de instalar tecnologia adicional – desde que tenha bitola ibérica ou eixos telescópicos.

Estamos aqui para escrever um novo capítulo na mobilidade em Portugal. Como líderes do setor, temos de estar aqui e aplicar o nosso conhecimento

David Torres

Diretor-geral da Alstom para Portugal

Além de fabricar comboios, a Alstom é a atual responsável pela manutenção do Convel – depois da compra dos canadianos da Bombardier. O sistema de segurança está instalado em mais de 1.500 dos 2.562 quilómetros da rede ferroviária nacional (e na rede do Metro do Porto) e permite, por exemplo, a frenagem automática do comboio em caso de incumprimento da sinalização da via ou de velocidade excessiva. Já neste ano, a fabricante francesa vendeu quatro sistemas Convel a uma transportadora ferroviária nacional.

Primeiro passo do “sonho” português

David Torres considerou a abertura do centro como “um sonho tornado realidade”. Em entrevista ao ECO, o responsável destaca que os planos do Governo português para a ferrovia “são sólidos”. A Alstom – em conjunto com a construtora portuguesa DST – está no concurso para fornecer 117 comboios suburbanos e regionais para a CP, no valor de 819 milhões de euros.

“Estamos aqui para escrever um novo capítulo na mobilidade em Portugal. Como líderes do setor, temos de estar aqui e aplicar o nosso conhecimento”, sinaliza o responsável espanhol. Quem fornecer os novos comboios à CP terá de apostar na incorporação nacional ou mesmo construir uma fábrica de comboios em Guifões, junto às atuais oficinas e ao centro tecnológico para a ferrovia.

David Torres, diretor-geral da Alstom para Portugal.

“Num concurso como este, com uma grande quantidade de comboios, queremos colocar a nossa experiência ao dispor, tal como fizemos noutros contratos na Europa. Somos uma empresa global, que se transforma numa empresa local quando desenvolvemos projetos. Neste aspeto, creio que somos únicos”, acrescenta.

A abertura do centro da Maia também vai servir para “impulsionar a indústria local, criar empregos de qualidade, desenvolver conhecimento e capacidades locais”. A Alstom vai ainda participar num mestrado em Ferrovia, que será lançado pela Universidade do Porto no próximo ano letivo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal Ventures celebra 10º aniversário. Acompanhe aqui

  • Conteúdo Patrocinado
  • 14 Setembro 2022

Para celebrar o seu 10º aniversário, a Portugal Ventures organizou o “Celebrar o Passado, Sublinhar o Presente e Perspetivar o Futuro”, um evento a realizar hoje, às 17 horas, no Porto de Leixões.

“Celebrar o Passado, Sublinhar o Presente e Perspetivar o Futuro” foi o mote escolhido pela Portugal Ventures para organizar um evento comemorativo do seu 10º aniversário, no qual vai reunir toda a sua comunidade para falarem sobre empreendedorismo. O evento acontece esta quarta-feira, pelas 17 horas, no Terminal de Cruzeiros de Leixões, em Matosinhos.

Além do mote principal, a Portugal Ventures reuniu ainda outros temas a ser discutidos em várias talks ao longo do programa. São eles: “Como tudo começou… o início do Ecossistema Empreendedor em Portugal”, que terá como orador Francisco Banha, CEO da GesEntrepreneur; “Clusters de Inovação: Organização e Comportamentos”, com a oradora Virgínia Trigo, investigadora associada da ISCTE-IUL e, por fim, “O futuro do Ecossistema”, com o professor Miguel Duarte, da Nova SBE.

Haverá, ainda, espaço para uma visão no empreendedorismo a nível internacional, nomeadamente pela perspetiva de Silicon Valley, que será apresentada por Teresa Fernandes, AICEP São Francisco e por Simon Wistow, Co-Founder &VP of Strategic Inititives, Fastly.

O evento, que também acontecerá em formato digital, pode ser acompanhado aqui.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O Impacto da Nova Ordem Mundial na Economia Europeia

  • ECO
  • 14 Setembro 2022

Qual será o impacto da crise internacional na economia europeia e em Portugal? O ECO promove uma conferência no dia 27 de Setembro, com a Morais Leitão, PLMJ e VdA.

Após mais de seis meses de uma guerra que veio (re)equacionar novos meandros geopolíticos numa Europa que saída de um estágio pandémico está na altura de parar, para analisar, perceber e descobrir: Qual é o impacto desta crise na economia europeia e, consequentemente, em Portugal. O ECO, em parceria com a Morais Leitão, PLMJ e VDA, vai promover uma conferência no próximo dia 27, terça-feira, no CCB em Lisboa, para discutir estes temas, será encerrado por Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, e Carlos Moedas fará a abertura da conferência. Inscreva-se já aqui.

Em termos económicos, como reagirá a União Europeia à crise? Qual o próximo cenário geopolítico que se adivinha? Vamos trabalhar numa ‘desglobalização’ ou na fragmentação dos blocos económicos? Num contexto de choque energético e de preços, com uma recessão no horizonte, que respostas poderão ser dadas, em termos políticos? E como é que as empresas poderão reagir à crise?

Todas as questões que assolam os europeus, e em particular os portugueses, vão ser colocadas a especialistas, que deverão contribuir para traçar um rumo, um caminho, alternativas possíveis. Queremos promover uma abordagem macro, explorar o cenário Europeu e, chegar à visão micro, percebendo e interpretando as consequências para o Portugal do século XXI.

O ECO organiza uma grande conferência, onde key opinion makers de referência nacional, moderados pelo redator principal do ECO, André Veríssimo, visam debater estas temáticas e pretendem equacionar respostas.

Desafiamos os leitores do ECO a assistir à conferência O impacto da nova ordem mundial na economia europeia no dia 27 de setembro, no CCB, em Lisboa.

Conheça o programa na íntegra:

8h30
Welcome Coffee

8h45
Abertura
Carlos Moedas
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
António Costa
Director ECO

9h30
Keynote Speaker
Paulo Portas
Consultor e vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa

10h10
Europa e Portugal: Quais devem ser as prioridades da politica económica à luz da nova ordem geoestratégica?
Vítor Bento
Presidente da APB
João Moreira Rato
Chairman Banco CTT
Nazaré da Costa Cabral
Presidente Conselho de Finanças Públicas

10h45
Coffee Break

11h00
Entrevista
Álvaro Santos Pereira
Director OCDE

11h10
O impacto na globalização e comércio internacional – estratégias empresariais de reação à crise.
Ana Lehman
International Business and Innovation Expert
Carlos Moreira da Silva
CEO Teak Capital
Isabel Ucha
CEO Euronext Lisbon
Miguel Azevedo
Head of Investment Banking MEA & Africa, Citi

11h50
Encerramento
Mário Centeno
Governador Banco de Portugal

Inscreva-se já aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas diz que Portugal e Espanha podem manter mecanismo ibérico, mas adaptado às novas medidas

  • Lusa
  • 14 Setembro 2022

A comissária europeia indicou que Portugal e Espanha poderão “continuar com a sua exceção” relativamente ao mecanismo ibérico por não terem capacidade de interligação suficiente com o resto da Europa.

A Comissão Europeia indicou esta quarta-feira que Portugal e Espanha poderão “continuar com a sua exceção” relativamente ao mecanismo ibérico, que permite limitar o preço de gás na produção de eletricidade até 2023, devendo adaptar-se às novas regras europeias.

Será possível a Espanha e Portugal continuarem com a sua exceção, [mas] a regulamentação refere-se às receitas e não ao preço de mercado e, por isso, as autoridades nacionais devem avaliar se as receitas das empresas estarão acima do limite máximo de acordo com o seu esquema”, o mecanismo ibérico, declarou a comissária europeia da Energia, Kadri Simson.

Falando em conferência de imprensa no dia em que o executivo comunitário propôs uma intervenção de emergência para fazer face aos preços elevados da energia, a responsável apontou que a exceção da Península Ibérica “é possível porque dois países não têm capacidade de interligação suficiente com o resto do mercado europeu de energia e têm uma melhor disponibilidade de gás do que os seus lotes globais de terminais de GNL [gás natural liquefeito] e a possibilidade de cobrir a procura de gás por parte das centrais elétricas”. “Isto não seria possível em toda a Europa para este inverno”, adiantou Kadri Simson.

Em junho passado, a Comissão Europeia aprovou o mecanismo temporário ibérico para limitar o preço de gás na produção de eletricidade até 2023, orçado em 8,4 mil milhões de euros e dos quais 2,1 mil milhões são referentes a Portugal.

Em causa está o mecanismo temporário na Península Ibérica para colocar limites ao preço médio do gás na produção de eletricidade, a cerca de 50 euros por Megawatt-hora (MWh), que foi solicitado por Portugal e Espanha devido à crise energética e à guerra da Ucrânia, que pressionou ainda mais o mercado energético.

Esta quarta, a Comissão Europeia propôs um teto temporário de 180 euros por MWh para eletricidade produzida sem recorrer ao gás, mas a partir de fontes como renováveis e nuclear, prevendo cobrança das receitas acima deste limite.

Fontes comunitárias explicaram à Lusa que “não existe qualquer conflito entre o que está em vigor na Península Ibérica e a proposta de limite das receitas inframarginais”, dado que o regulamento agora proposto por Bruxelas impõe uma obrigação de resultado, mas deixa os Estados-membros optarem pelas medidas a adotar. “Por enquanto, não há necessidade de quaisquer alterações em relação ao que vimos”, adiantaram as mesmas fontes.

Também esta quarta, o executivo comunitário propôs uma taxação de 33% sobre os lucros extraordinários das empresas de petróleo, gás, carvão e refinaria, cujas receitas deverão ser “cobradas pelos Estados-membros e redirecionadas para os consumidores de energia”, para aliviar preços.

Além disso, a instituição defendeu uma redução obrigatória temporária de 5% no consumo da eletricidade nas horas de pico, mais caras, e uma diminuição de 10% para a procura em geral, visando assim reduzir os preços do gás.

Já no seu discurso sobre o Estado da União, na manhã de hoje, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou uma “reforma profunda e abrangente” do mercado da eletricidade da União Europeia (UE) no próximo ano, que visará “dissociar a influência dominante do gás” no preço da luz.

Questionado pela Lusa na conferência de imprensa sobre as propostas energéticas, o vice-presidente executivo da Comissão Europeia com a pasta do Pacto Ecológico Verde, Frans Timmermans, explicou que a diferença entre essa reforma e medidas como o mecanismo ibérico é que a UE “se encontra numa situação de emergência”, para qual estão a ser adotadas “medidas de emergência”.

“A relação entre as diferentes componentes do mercado da energia está a mudar porque a introdução das energias renováveis está a mudar, pelo que é preciso ter isso melhor em conta na forma como o mercado funciona, mas leva tempo”, explicou Frans Timmermans, adiantando que a reforma do mercado elétrico só será anunciada “nos primeiros meses do próximo ano”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.