Espanha: Oney lança um empréstimo pessoal “ecológico”

  • Servimedia
  • 14 Setembro 2022

Este novo empréstimo vai financiar e apoiar todos os projetos domésticos sustentáveis em Espanha. A empresa está empenhada em plantar uma árvore para cada empréstimo que for assinado.

A Oney, uma empresa especializada em pagamentos a prestações e financiamento na Europa, anunciou na quarta-feira que está a lançar o “Empréstimo Pessoal Eco” em Espanha, que tem como objetivo financiar e apoiar todos os projetos domésticos sustentáveis, noticia a Servimedia.

Em troca, a Oney oferece juros bonificados sobre empréstimos de até 35 mil euros. A empresa afirmou que “está empenhada numa sociedade mais sustentável e responsável e, por essa razão, está a desenvolver várias iniciativas empresariais que permitem aos seus clientes consumir melhor, de forma a apoiar a economia circular e oferecer soluções financeiras especialmente concebidas para promover o consumo sustentável“.

A este respeito, indicou que, em conformidade com os acordos de Paris sobre alterações climáticas, está empenhada em alcançar a neutralidade de carbono, de forma a oferecer aos seus clientes soluções “com uma elevada componente sustentável”.

A empresa indicou que o seu “Empréstimo Eco” é o mais completo do mercado, “100% único, que lhe permite financiar qualquer tipo de projeto sustentável no campo da mobilidade e casas eficientes em termos energéticos. Isso inclui reformas para isolar casas, instalar fontes de energia renováveis, caldeiras, aparelhos de baixo consumo energético, e a compra ou adaptação de veículos como carros, motocicletas ou bicicletas elétricas. Além disso, o processo é 100% digital e sem papel, com uma resposta em menos de 24 horas“.

Além disso, para apoiar o seu compromisso “para o planeta” e para apoiar a proteção da biodiversidade, a empresa compromete-se a plantar uma árvore para cada Empréstimo Ecológico que for assinado.

“A Oney está empenhada em Espanha e é o primeiro país do grupo onde este empréstimo está disponível. No nosso país há uma procura deste tipo de produto porque, de acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a pandemia desencadeou a habitação sustentável em 30%, a fim de reduzir o consumo e melhorar a sustentabilidade e os especialistas acreditam que se pode poupar até 20% do consumo de energia se for realizada uma boa reabilitação“, disse a empresa.

A Oney tem outros serviços neste sentido. Entre eles está o financiamento especial para energias renováveis da Leroy Merlin, um dos parceiros da empresa, através do qual os clientes têm acesso a financiamentos especiais para a instalação de painéis solares com uma solução feita à medida dos seus clientes.

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Eurodeputados aprovam novas regras sobre salários mínimos adequados na UE

  • Lusa
  • 14 Setembro 2022

Após a aprovação no Parlamento Europeu, o Conselho da UE deverá dar a "luz verde" final à legislação ainda em setembro. Estados-membros terão dois anos para a completa transposição da diretiva.

O Parlamento Europeu (PE) aprovou esta quarta-feira por larga maioria a nova legislação sobre salários mínimos adequados na União Europeia (UE), faltando agora o aval final dos Estados-membros. Com 505 votos a favor, 92 contra e 44 abstenções, os eurodeputados respaldaram a proposta da Comissão Europeia que promove a adequação dos salários mínimos nacionais, contribuindo assim para alcançar condições de trabalho e de vida dignas para os trabalhadores europeus.

O Conselho da UE deverá aprovar a legislação ainda em setembro, tendo depois os 27 Estados-membros dois anos para a completa transposição da diretiva nas legislações nacionais.

A diretiva estabelece procedimentos para a adequação dos salários mínimos nacionais, promove a negociação coletiva em matéria de fixação de salários e melhora o acesso efetivo à proteção salarial mínima para os trabalhadores que têm direito a um salário mínimo nos termos da legislação nacional, por exemplo, por meio de um salário mínimo nacional ou de convenções coletivas.

Os Estados-membros que dispõem de salários mínimos nacionais devem estabelecer um quadro processual para a fixação e atualização desses salários mínimos de acordo com um conjunto de critérios claros. O Conselho e o PE tinham já concordado que as atualizações dos salários mínimos nacionais terão lugar pelo menos de dois em dois anos (ou, no máximo, de quatro em quatro anos, no caso dos países que utilizam um mecanismo automático de indexação).

Os parceiros sociais deverão participar nos procedimentos de fixação e atualização dos salários mínimos nacionais.

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“Não aceito lições do PSD sobre pensões ou sustentabilidade da Segurança Social”, diz ministra

Em 2024, os aumentos das pensões serão determinados em função da avaliação feita em 2023 e tendo em conta os contributos da comissão criada para estudar a sustentabilidade da Segurança Social.

“Não aceito lições do PSD sobre pensões ou sustentabilidade da Segurança Social.” A frase categórica é da ministra do Trabalho e da Segurança Social, que está esta quarta-feira a ser ouvida no Parlamento. Ana Mendes Godinho reiterou que o aumento das pensões em 2024 ainda não está definido, mas reconheceu que o Executivo avalia a aplicação da fórmula de cálculo de atualização das pensões e opta por não a aplicar sempre que não responde à conjuntura.

“Os únicos anos em que houve diminuição das pensões pagas foi nos amos de governação do PSD, quando o PSD decidiu não aplicar a fórmula [de atualização das pensões] para cortar e pagar menos”, disse Mendes Godinho, na audição regimental desta quarta-feira. “Nós avaliamos a aplicação da fórmula e, quando não responde ao momento em que vivemos, não a aplicamos”, frisou, dando como exemplo o facto de, nos últimos seis anos, o Executivo ter optado por “não a aplicar nos seus termos para garantir” um maior aumento do rendimento dos pensionistas.

Ou seja, com a aplicação da fórmula, os pensionistas teriam tido um aumento médio de 6,1%. E, “por considerar que da aplicação da fórmula resultava em perder de rendimento das pensões mais baixas”, foi feito um aumento extraordinário que ditou uma subida média de 14%.

É este tipo de flexibilidade que vários elementos do Executivo de António Costa, incluindo o próprio, têm vindo a invocar desde a apresentação do pacote de medidas para ajudar as famílias a mitigar o impacto da inflação. Entre elas está a decisão de pagar meia pensão a todos os pensionistas, num adiantamento extraordinário do aumento que iriam receber em 2023 em virtude da taxa de inflação registada este ano – pelas contas do Executivo, será de 7,4%.

O complemento excecional a pensionistas será pago a 8 e 19 de outubro, para os pensionistas da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações, respetivamente, recordou a ministra do Trabalho, uma informação que já tinha sido avançada por António Costa na entrevista à TVI e CNN Portugal na segunda-feira.

Mas este adiantamento “para fazer face a tão extraordinário momento para apoiar o poder de compra dos pensionistas” vai comprometer a base de cálculo para o aumento futuro das pensões. A oposição acusa o Governo de truques e de iludir os pensionistas — crítica liminarmente rejeitada –, mas o Executivo responde com a necessidade de não criar um lastro permanente nas contas da Segurança Social decorrente de uma situação extraordinária.

Por isso, apesar das insistências do PSD, a ministra do Trabalho e da Segurança Social rejeitou sempre admitir que os pensionistas vão perder rendimentos, dizendo apenas que, “em relação a 2024, os aumentos serão determinados em função da avaliação feita em 2023 e tendo em conta os contributos da comissão criada para estudar a sustentabilidade da Segurança Social”.

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Programa Emprego Sustentável recebeu 13 mil candidaturas

Iniciativa lançada em março, que visa incentivar as empresas a contratarem desempregados, já recebeu 13 mil candidaturas.

O Compromisso Emprego Sustentável, iniciativa lançada pelo Governo em março, e que visa incentivar as empresas a contratarem desempregados, já recebeu 13 mil candidaturas, adiantou esta quarta-feira, a ministra do Trabalho e da Segurança Social. Candidaturas encerram no final do ano.

A medida entrou em vigor em março e o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) já recebeu 13 mil candidaturas neste espaço de seis meses, revelou Ana Mendes Godinho, durante uma audição regimental na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão.

A meta para esta medida, que está inscrita no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que tem uma dotação de 230 milhões de euros, é “conseguir ter 30 mil contratos apoiados até ao final deste programa”, disse o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, em maio, quando já tinham sido criados cerca de três mil empregos através deste programa.

Esta medida dá à entidade empregadora um apoio financeiro à contratação sem termo de desempregados inscritos no IEFP, conjugado com um apoio financeiro ao pagamento de contribuições para a Segurança Social, no primeiro ano de vigência dos contratos de trabalho apoiados.

O apoio financeiro corresponde ao valor de 12 Indexantes de Apoios Sociais (5.318,4 euros). No entanto, estão contempladas situações em que o valor pode ser majorado, podendo chegar a um máximo de 11.434,56 euros.

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Bruxelas quer proibir produtos fabricados com trabalho forçado

  • Lusa
  • 14 Setembro 2022

Proposta apresentada esta quarta-feira pela Comissão Europeia visa proibir no mercado da União produtos fabricados com recurso a trabalho forçado, incluindo os importados.

A Comissão Europeia quer proibir no mercado da União Europeia (UE) produtos fabricados com recurso a trabalho forçado, importados ou produzidos no bloco.

Segundo a proposta hoje apresentada, as autoridades nacionais passam a ter a possibilidade de retirar do mercado interno os produtos fabricados com trabalho forçado na sequência de uma investigação.

Por outro lado, as autoridades aduaneiras da UE identificarão e bloquearão os produtos fabricados com recurso ao trabalho forçado nas fronteiras do bloco.

Segundo estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), existem 27,6 milhões de pessoas, incluindo crianças, em situação de trabalho forçado, em muitas indústrias e em todos os continentes.

A proposta deve agora ser debatida e aprovada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da UE antes de poder entrar em vigor, aplicando-se dois anos após.

Bruxelas formulará um conjunto de orientações no prazo de 18 meses a partir da data de entrada em vigor do presente regulamento, incluindo orientações relativas ao dever de diligência em matéria de trabalho forçado e informações sobre os indicadores de risco do trabalho forçado.

A nova rede da UE sobre os produtos do trabalho forçado servirá de plataforma para estruturar a coordenação e cooperação entre as autoridades competentes e a Comissão Europeia.

O trabalho forçado é definido pela OIT como “todo o trabalho ou serviço que seja exigido a qualquer pessoa sob a ameaça de uma sanção e pelo qual a pessoa não se tenha oferecido voluntariamente”.

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Governo espera concluir “em breve” o processo de reestruturação do Novobanco. Estado não fará novas injeções

O processo de reestruturação do Novobanco negociado com a Comissão Europeia em 2017 terminava no ano passado, mas tem ainda de ser formalmente dado como concluído.

O Governo espera que “em breve” se possa “ter concluído o processo de reestruturação” do Novobanco, adiantou o ministro das Finanças numa audição no Parlamento. Fernando Medina reforça que o Estado “não fará novas injeções através do mecanismo de capital contingente”.

Questionado pela deputada da Iniciativa Liberal, Carla Castro, sobre a situação do banco, o ministro assegurou que “o Estado não fará novas injeções através do mecanismo de capital contingente, como está definido”. “O assunto já foi clarificado pelo Fundo de Resolução e o Ministério das Finanças, nessa frente o dossiê Novobanco encontra-se encerrado”, reforçou.

Medina apontou que “há de facto litígios sobre contestações que o Novobanco fez”, acrescentando que “até agora, o saldo tem sido amplamente favorável ao Estado mas são litígios que poderão ocorrer e terão o seu curso”.

O ministro adiantou ainda que espera “em breve que possamos ter concluído o processo de reestruturação do banco”. O período de reestruturação acordado entre o Governo português e Bruxelas em 2017 terminava no final do ano passado, mas o processo tem de ser formalmente concluído por parte da Comissão.

Por conta desta reestruturação, o Novobanco reduziu o quadro de pessoal, desfez-se de operaçõesno estrangeiro (no ano passado anunciou a venda da sucursal espanhola) e concentrou toda atividade em Portugal.

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Lei das Ordens Profissionais arrisca ir para o TC. Bastonário da OA pede aos advogados que se mobilizem contra lei

O bastonário da OA pediu à classe que se posicionasse contra o novo projeto-lei das ordens profissionais. Lei corre o risco de ser enviada para o Tribunal Constitucional.

Luís Menezes Leitão, bastonário da Ordem dos Advogados (OA), pediu à classe que se posicionasse contra o novo projeto-lei das ordens profissionais. O bastonário lamentou “a total ausência de oposição de advogados que também são deputados”, considerando que o diploma apresentado pelo PS – que foi aprovado na generalidade e será agora alvo de trabalho em sede de especialidade – “põe em causa a liberdade do exercício da profissão”.

Num evento Luís Menezes Leitão reafirmou o seu compromisso de “combater de forma intransigente este diploma e a sua aprovação na especialidade, na versão em que atualmente se encontra”, apelando à “mobilização da classe para esta luta”.

Reiterando as críticas de uma alegada tentativa de ingerência nas ordens profissionais com este diploma, o bastonário assinalou que no passado já se registaram tentativas similares a nível político, recordando um episódio de 1928, em que a contestação generalizada dos advogados levou à anulação de um diploma que visaria o controlo das ordens profissionais.

O projeto de lei das ordens profissionais é um dos diplomas do Governo que pode ser travado em Belém por suscitar dúvidas e ser enviado por Marcelo Rebelo de Sousa para a fiscalização preventiva da constitucionalidade, segundo avançou o Jornal Negócios.

A discussão pública desta lei em questão tem levantado diversas questões sobre uma eventual ingerência na independência das ordens profissionais. A revisão desta lei foi um compromisso assumido pelo Governo no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.

As ordens profissionais têm de oposto à alteração desta lei e acusam o PS de querer interferir na sua independência. O Conselho Nacional das Ordens Profissionais acusou os deputados socialistas de quererem “governamentalizar” as ordens e os vários bastonários desdobraram-se em críticas.

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Aumento dos preços da energia agrava em mil milhões despesa do Estado

O ministro das Finanças admite que as receitas de impostos aumentaram, e não apenas as do IVA, mas salienta que a inflação também fez aumentar a despesa do Estado.

O ministro das Finanças admite que o Estado está a obter mais receitas de impostos este ano, mas salienta que a inflação também atingiu a despesa pública, levando a um agravamento dos custos em matéria energética de mil milhões de euros, numa audição na Comissão de Orçamento e Finanças.

“Só em impactos diretos da inflação na despesa do Estado temos, em matéria energética, mil milhões de euros adicionais, o que também é coberto pelo aumento de receita que tivemos relativamente a outros impostos”, salientou Fernando Medina, numa audição regimental na Assembleia da República.

O ministro respondia a questões sobre a utilização da receita adicional com impostos, avançando que “desde a aprovação do OE2022 até agora, nas previsões mais otimistas que podemos fazer relativamente ao IVA (ou seja, que mantenhamos até fevereiro do próximo ano, taxas de crescimento semelhantes aquelas até agora), teremos de receita adicional de IVA de 2.481 milhões de euros”.

Este montante “compara com programa que vamos fazer de 2.400 milhões de euros“, sublinha Medina, defendendo que se devolveu “todo o adicional de receita de IVA que contamos ter“. O ministro salienta também que este programa “vale um ponto percentual do PIB, se não o fizéssemos, o défice seria de 0,9% em vez de 1,9% em 2022, mas decidimos manter a meta”. “O que fizemos foi devolver a receita de IVA”, reitera.

Ainda assim, “há mais receitas pelo crescimento da economia e pelo emprego”, admite, “mas também há mais despesas que o Estado está a ter”. A inflação toca o “funcionamento do SNS, ambulâncias, administração interna, forças de defesa”, exemplifica.

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UE vai criar reservas de lítio e terras-raras para evitar ruturas

  • Lusa
  • 14 Setembro 2022

A presidente da Comissão Europeia anunciou que no sentido de evitar ruturas no abastecimento de matérias-primas fundamentais para a indústria, serão criadas reservas estratégicas.

A União Europeia (UE) vai criar reservas estratégicas para evitar ruturas no abastecimento de matérias-primas fundamentais para a indústria, como terras-raras e lítio, cuja oferta é controlada pela China, anunciou hoje a presidente da Comissão Europeia.

“Hoje, anuncio o ato legislativo sobre as matérias-primas essenciais”, disse Ursula von der Leyen, no seu terceiro discurso sobre o Estado da UE, proferido na sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo.

“Num futuro próximo, o lítio e as terras-raras tornar-se-ão mais importantes do que o petróleo e o gás”, considerou a líder do executivo comunitário, acrescentando: “Até 2030, a nossa procura de terras raras irá quintuplicar” e a procura de lítio aumenta à medida que a economia da UE se eletrifica, havendo a necessidade de os Estados-membros assegurarem o aprovisionamento de modo a “evitar um regresso à dependência, como no caso do petróleo e do gás”.

Ursula von der Leyen acrescentou, no âmbito da nova legislação sobre matérias-primas essenciais, que Bruxelas vai identificar “projetos estratégicos ao longo de toda a cadeia de abastecimento, da extração à refinação, da transformação à reciclagem”, e criar reservas estratégicas, no caso de haver riscos no abastecimento.

Neste sentido, foi anunciada para os próximos meses a construção da primeira “mega-fábrica” de ‘chips’ na UE.

“Atualmente, a China controla a indústria transformadora mundial, quase 90% das terras-raras e 60% do lítio são transformados na China”, referiu ainda.

As terras-raras são um grupo de 17 elementos químicos que podem ser utilizados em ecrãs de televisão e computadores, baterias de telemóveis e carros elétricos e turbinas eólicas.

Em Portugal, uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), promovida pela Direção-Geral de Energia e Geologia, reduziu, em fevereiro, de oito para seis as áreas com potencial de existência de lítio, havendo contestação popular à exploração do minério.

 

 

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Intellias abre hub em Portugal. Quer contratar 60 pessoas

Lisboa e Porto seguem-se às aberturas este ano de três novos escritórios na Polónia e centros de desenvolvimento na Bulgária, Espanha e Croácia.

Intellias, fornecedor global de serviços de IT, escolheu Lisboa e Porto para instalar o seu hub. Até ao final do ano, a tecnológica quer contratar cerca de 60 colaboradores para se juntarem à equipa global de mais de 2.700 talentos.

“Com o aumento do número de empresas de tecnologia e IT, Portugal tornou-se rapidamente num dos hubs tecnológicos com maior crescimento na Europa. Além dos especialistas locais, o país também recebe especialistas em IT de todo o mundo, que escolhem Portugal como lugar para viver e trabalhar. Ao entrar neste mercado, esperamos fazer parte da comunidade IT local e estimular o seu desenvolvimento. A Intellias oferece um conjunto de projetos interessantes em diferentes domínios tecnológicos. Convidamos os engenheiros portugueses a juntarem-se e a crescerem connosco”, diz Vitaly Sedler, CEO e cofundador da Intellias, citado em comunicado.

Lisboa e Porto seguem-se às aberturas este ano de três novos escritórios na Polónia e centros de desenvolvimento na Bulgária, Espanha e Croácia. A empresa também planeia abrir novos escritórios na Colômbia, Índia e noutros países da Europa, América Latina e Ásia.

Em Portugal, até ao final do ano a companhia, que planeia prestar atenção especial aos projetos do setor automóvel no mercado português, quer contratar cerca de 60 pessoas.

“Uma grande parte de nossa equipa de engenharia – mais de 60% – são engenheiros de nível sénior. Com experiência de alto nível e profundo conhecimento do próprio setor, os nossos especialistas desenvolvem soluções para veículos definidos por software que moldam o futuro da mobilidade. Além disso, a nossa equipa preserva um ambiente acolhedor, onde todos se sentem ouvidos e apoiados. Espero que os engenheiros portugueses apreciem o nosso know-how e cultura de parceria e se juntem a nós para criarmos soluções inovadoras em conjunto”, diz João Belfo, country head da Intellias em Portugal, em comunicado.

A equipa portuguesa terá a oportunidade de trabalhar em soluções tecnológicas para clientes internacionais. Os especialistas, diz a empresa, “têm a oportunidade de assumir o controlo das suas carreiras, trabalhar remotamente ou nos escritórios, aprender novas competências, tornarem-se mentores, participar em comunidades de engenharia e desfrutar de um ambiente de trabalho amigável“.

A empresa foi nomeada como “Best IT Employer” pela Forbes e EY em 2020 e 2021. A Intellias também foi considerada uma das empresas mais amigas das famílias de acordo com o UNFPA na Ucrânia.

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Desafios da IFRS 17: aplicação do Variable Fee Approach

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  • 14 Setembro 2022

A implementação da IFSR 17 tem sido um dos maiores desafios das empresas de seguros nos últimos anos, introduzindo novos requisitos contabilísticos para contratos de seguro e resseguro.

A IFRS 17 entra em vigor para os períodos com início em ou após 1 de janeiro de 2023 e substitui as regras aplicáveis da IFRS 4 – Contratos de Seguros, introduzindo alterações significativas às abordagens e pressupostos de cálculo considerados na mensuração dos contratos, com o propósito de fornecer maior transparência e comparabilidade das demonstrações financeiras aos vários stakeholders do mercado segurador.

A norma é complexa e baseada em princípios, o que acarreta alguma subjetividade das entidades na adoção dessas abordagens e pressupostos e torna esta implementação um importante desafio para o setor.

Quando se fala em subjetividade na interpretação da norma, uma das matérias que tem sido alvo de maior discussão e preocupação no mercado nacional prende-se com a mensuração dos contratos, utilizando o modelo modificado, denominado também como Variable Fee Approach (VFA). A norma prevê três modelos distintos para a apreciação contabilística de contratos de seguro: o modelo geral, o modelo simplificado e o modelo modificado. O último é baseado no modelo geral, mas com especificidades adicionais para contratos de seguro com características de participação direta.

Os contratos de seguro com características de participação direta incluem contratos de investimento com características de participação discricionária ou não discricionária que verifiquem as condições de participação direta. Estas condições, em conformidade com o disposto na norma, são as seguintes:

  • O contrato especifica a participação do tomador numa pool de ativos subjacentes, claramente identificáveis;
  • A entidade espera pagar um montante igual a uma parte substancial do justo valor do retorno dos itens subjacentes;
  • É expectável que uma parte substancial de qualquer alteração nos montantes a pagar varie em função da alteração do justo valor dos itens subjacentes.

Contratos que cumpram os três requisitos, de forma cumulativa, são identificados como contratos com participação direta e mensurados através do VFA. Os restantes são contratos com participação indireta e avaliados de acordo com o modelo geral ou simplificado. No entanto, estes critérios incluem termos sujeitos a subjetividade, sendo, por isso, conferido algum grau de liberdade na sua interpretação e corroboração. Veja-se, por exemplo:

  • Relativamente à condição a), de que forma o contrato deve especificar esta pool? Quando é que os ativos são “claramente identificáveis”? É aceitável o contrato referir uma pool de ativos de uma forma lata ou o polo oposto, em que esta é identificada ativo a ativo? Existe um meio termo entre estes cenários que seja razoável para cumprir este ponto?
  • No que respeita ao critério b), quando é que uma parte do retorno dos ativos subjacentes é “substancial”? Pelo menos 50% deste retorno? Ou poder-se-á ponderar um outro valor? E como apurar esta percentagem? É possível equacionar diferentes rácios plausíveis para efetuar este cálculo.
  • Finalmente, na alínea c), e à semelhança do ponto anterior, o que se considera uma “parte substancial”? E, para comprovar esta substancialidade, qual o método mais apropriado para captar a correlação entre as alterações dos montantes a pagar e as variações do justo valor dos itens subjacentes?

Estas questões servem para evidenciar que a norma não é taxativa na forma de verificar estas condições, sendo que o risco que advém deste quadro é nítido: racionais díspares adotados pelas seguradoras para avaliar e classificar contratos como tendo participação direta ou não, com o consequente impacto na seleção do VFA, ou um dos outros modelos, para os mensurar.

Este potencial desalinhamento pode originar distorções significativas na consistência e comparabilidade das demonstrações financeiras entre estas entidades, já que contratos com as mesmas características podem ter por base modelos distintos de mensuração, e uma vez atribuída a classificação a cada contrato, não existe a possibilidade de reavaliar essa classificação.

Por tudo isto, o estudo do VFA é exigente e desafiante. A análise apresentada tem como objetivo refletir sobre os critérios de cumprimento das condições de participação direta, mas existem outras matérias relacionas com a aplicação do VFA que carecem de uma análise aprofundada e consenso no setor. Ficam, para debate futuro, as seguintes interrogações:

  • Uma vez que muitos destes contratos apresentam alguma antiguidade, terá o mercado informação histórica suficiente que permita, na data de transição da norma, aplicar a abordagem retrospetiva completa para calcular os mesmos? Se, e apenas se, não for praticável acomodar esta abordagem, deve-se eleger uma das abordagens alternativas: abordagem retrospetiva modificada ou abordagem do justo valor. Será que a metodologia para selecionar as abordagens de transição é concordante entre as seguradoras?
  • Fará sentido que, à luz da IFRS 4, produtos que no passado foram classificados como contratos de investimento com características de participação discricionária, mas onde se constata, ao serem reavaliados em ambiente IFRS 17, que desde a sua origem nunca distribuíram essa participação (e não é expectável que a distribuam no futuro), passem a ser aferidos através da IFRS 9 – Instrumentos Financeiros? Há espaço para argumentar que estes são, na sua essência, contratos de investimento e não contratos de seguro?

Esta reflexão deixa claro que as questões em torno do VFA, e da norma como um todo, são muitas e nem sempre de resposta evidente. Mesmo sabendo-se que não existem respostas one size fits all para todas estas interrogações, a conclusão é inequívoca: é essencial um esforço conjunto e coordenado entre todos – regulador, seguradoras e auditores – no sentido de antecipar dificuldades e alcançar entendimentos comuns que garantam, na entrada em vigor da norma, a harmonização do relato financeiro das empresas de seguros.

Texto por João Ferreira de Sousa, Manager EY, Assurance Financial Services

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Taxas Euribor continuam a subir a três, seis e 12 meses (e faça as suas contas)

  • Lusa e ECO
  • 14 Setembro 2022

Euribor renovam máximos de mais de dez anos em todos os prazos, com prazo a seis meses nos 1,548%, Euribor a três meses a 1,013%, e prazo de 12 meses nos 2,156%. Use o simulador.

As taxas Euribor continuaram esta quarta-feira a subir a três, a seis e a 12 meses para novos máximos em mais de dez anos.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, avançou esta quarta-feira, para 1,548%, mais 0,010 pontos do que na terça-feira e num novo máximo desde janeiro de 2012. A média da Euribor a seis meses subiu de 0,466% em julho para 0,837% em agosto. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).

Euribor a 6 meses supera 1,5%

Fonte: Euribor Rates
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu esta quarta-feira, ao ser fixada em 1,013%, mais 0,013 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2012. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 0,037% em julho para 0,395% em agosto.
  • No prazo de 12 meses, a Euribor também avançou esta quarta-feira, ao ser fixada em 2,156%, mais 0,054 pontos e um novo máximo desde agosto de 2011. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 0,992% em julho para 1,249% em agosto.

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Tenho um crédito à habitação no valor de euros, contratualizado por um prazo de anos, indexado à Euribor a 12 meses (que há um ano estava nos % ), com um spread de %. A prestação da casa que pago atualmente é de 308 euros, mas caso a Euribor a 12 meses passe para %, a prestação passa para 432 euros. (Mude os campos sublinhados para descobrir os números mais próximos da sua previsão.)

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As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Na reunião de política monetária realizada em 21 de julho, o BCE aumentou em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação. Na quinta-feira, dia 8 de setembro, o BCE decidiu aumentar em 75 pontos base as suas três taxas de juro diretoras, o segundo aumento consecutivo, então, deste ano.

No final da reunião, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o aumento histórico de 75 pontos base nas taxas de juros não é a “norma”, mas salientou que a avaliação será reunião a reunião.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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