Marques Mendes aponta aumento extraordinário de pensões

  • ECO
  • 4 Setembro 2022

O comentador da SIC refere que o plano de apoio social que será apresentado esta segunda-feira vale pouco menos de dois mil milhões de euros.

O plano de apoio social do Governo será um pouco abaixo dos dois mil milhões de euros e a medida mais emblemática será um aumento extraordinário das pensões, revelou Luís Marques Mendes na SIC. O plano “é muito urgente, e já deveria ter sido. É necessário e há condições financeiras para isso”, diz Marques Mendes.

Luís Marques Mendes antecipa que, além das pensões, o Governo avançará também com medidas nas áreas social, fiscal e da energia. Na área das rendas, o comentador da SIC sinaliza que o Governo tem dois caminhos possíveis, um travão aos 5,43% previstos ou uma subsidiação dos inquilinos. Ainda assim, Marques Mendes considera que a solução mais provável será um travão ao aumento anunciado. “Mas o Governo tem de arranjar forma de apoiar os proprietários”, acrescentou.

Sobre a demissão de Marta Temido, o comentador da SIC considera que foi uma decisão positiva. “Marta Temido fez bem em demitir-se. Foi uma decisão inteligente”. Mas criticou o processo de substituição. “Foi surreal”, disse. Mendes referia-se à decisão de António Costa de manter a ministra em funções por mais duas ou três semanas.

Marques Mendes antecipa que Costa escolherá o novo ministro entre dois perfis: Mais reformador, e o nome mais indicado será Fernando Araújo, ou mais pacificador, e aí a escolha poderá ser Manuel Pizarro ou o atual secretário de Estado Lacerda Sales. “Fernando Araújo era a melhor solução, agora, eu não acredito. Ele [Fernando Araújo] tem sido muito crítico do Governo”.

 

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Hannover Re e Munich Re com maiores reservas de resseguros

  • ECO Seguros
  • 4 Setembro 2022

A Keefe, Bruyette & Woods (KBW) divulgou um relatório onde alerta para a redução das reservas de resseguros na Europa.

A Keefe, Bruyette & Woods (KBW) divulgou um relatório onde destaca uma diminuição das reservas das resseguradoras na Europa.

Segundo o relatório da casa de investimento, a inflação é a causa da diminuição da capacidade das resseguradoras europeias.

“Efetuámos uma análise sobre as liability lines, que destacou as perdas reportadas, e demonstrou que estas continuam a acentuar-se, enquanto as IBNRs declinaram, na maioria”, realça o relatório.

“Embora a Swiss Re já tivesse registado um movimento acentuado nas liability lines, a intensificação tem sido pronunciada, desde o último estudo”.

Em análises recentes da KBW, sob o título Spotlight, e focadas no subsetor europeu de resseguros, verificou-se que o excedente de reserva médio ascendia a ~4% no final de 2020.

Este é um valor inferior aos ~5% relativos ao estudo de 2018, e está agora no nível mais baixo desde que se começou a estimar a adequação das reservas das resseguradoras europeias.

Cerca de ~4% da média, Hannover Re (~9%) e Munich Re (~6%) são mais fortes do que a Scor (~2%) e Swiss Re (~1%), o que implica uma tendência relativamente inalterada, constata o relatório.

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APS reentra em força na formação em seguros

  • ECO Seguros
  • 4 Setembro 2022

A APS oferece, até ao final do ano, vários cursos, online e presenciais, para quem procura formação complementar adequada para as suas qualificações profissionais.

Estudos indicam que as companhias apostam cada vez mais na formação contínua dos seus funcionários. Segundo os autores do estudo Benchmarking 2021, no qual participaram quase 450 empresas europeias, a promoção de competências de autoaprendizagem desempenha um papel central no sucesso das empresas.

A Academia da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) oferece, até ao final do ano, cursos on-line e presenciais, seminários e programas de aprendizagem em diversas áreas especializadas.

Nos dias 7 e 8 de setembro terá lugar o curso RISCO DE MERCADO E RISCO DE ILIQUIDEZ ALM. A formação digital será uma oportunidade para conhecer as metodologias de riscos de mercado e as suas medições, e perceber como funciona o risco de ALM.

A 13, 14, 20 e 21 de setembro, na formação digital SEGURO MULTIRRISCOS HABITAÇÃO serão analisados os fatores essenciais para o contrato de multirriscos habitação, da subscrição ao sinistro.

O curso IFRS 17 – CONTRATOS DE SEGURO será nos dias 15, 16, 22 e 23 de setembro. A norma IFRS 17 representa uma (re)evolução significativa no tratamento contabilístico de contratos de seguro, no que respeita à mensuração das responsabilidades a estes inerentes. Importa conhecer os potenciais impactos para garantir a preparação para o novo normativo, quer ao nível dos sistemas contabilísticos, quer dos recursos humanos. Permite a atribuição de 21 créditos aos Contabilistas Certificados por parte da OCC.

A formação presencial TAR – Curso de Qualificação de Técnicos Analistas de Riscos Industriais terá lugar em Lisboa, de 19 de setembro a 27 de junho de 2023.

O curso BANCASSURANCE, on-line, nos dias 26, 27 e 29 de setembro, apresenta as características do canal de distribuição bancassurance e os seus modelos de gestão, desde a criação da oferta até à sua dinamização e monitorização.

O curso digital intensivo CONTROLE INTERNO, no dia 27 setembro, vai permite estabelecer um controle interno avançado e alinhado com as principais práticas de referência do mercado.

O Ciclo SEGUROS DE ACIDENTES DE TRABALHO será entre 13 outubro a 4 novembro, em Lisboa. Explora o estudo do regime jurídico dos acidentes de trabalho e respetivo seguro, assim como o papel do Fundo de Acidentes de Trabalho (FAT), a gestão de sinistros e pensões e o provisionamento no seguro de acidentes de trabalho, apresentando as melhores práticas nesta matéria para a estimativa de despesas futuras com pensões e assistência vitalícia. O curso contempla igualmente o contencioso e jurisprudência.

Para conhecer as etapas de cálculos das provisões, além de entender os diversos conceitos existentes nas provisões de Solvência II e IFRS17 poderá inscrever-se no curso digital PROVISÕES TÉCNICAS VIDA E NÃO VIDA (Solvência II e IFRS17) nos dias 13 e 14 de outubro.

Mais informações e inscrições no site da APS.

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AXA desculpa-se por encenação de incêndio com Tesla

  • ECO Seguros
  • 4 Setembro 2022

Durante testes de colisão, a AXA Suíça destruiu um modelo S da Tesla. Após indignação nas redes sociais devido a vídeo enganador, a AXA emitiu um pedido de desculpas.

Durante testes de colisão, a AXA Suíça destruiu, e filmou em vídeo, um modelo S da Tesla. O objetivo era demonstrar que as baterias dos veículos elétricos se incendeiam se o chassis for danificado. Após indignação nas redes sociais, a seguradora emitiu um pedido de desculpas.

No vídeo partilhado pela AXA, um Tesla Modelo S é visto a subir uma rampa antes de capotar e se incendiar. O evento espalhou-se nas redes sociais antes de a seguradora admitir à publicação alemã 24AutoDE que não havia bateria no veículo, e que, em vez disso, teria utilizado pirotecnia.

“O objetivo, com os testes de colisão deste ano, foi chamar a atenção para as estatísticas e, ao mesmo tempo, sensibilizar para os riscos que podem potencialmente surgir com acidentes de carros movidos a bateria”, explicou a AXA Suíça.

“Por razões de segurança, não seria possível criar um verdadeiro incêndio com bateria num evento com cerca de 500 pessoas, razão pela qual foi encenado um incêndio com pirotecnia”, disse a AXA à publicação automóvel.

“Felizmente, os incêndios são muito raros em carros elétricos, bem como em motores de combustão convencionais”, admitiu a seguradora. “Lamentamos que a edição de 2022 dos testes de impacto possa ter transmitido uma má impressão da eletromobilidade ou criado dúvidas sobre a mesma. Estamos convencidos de que a mudança para a eletricidade irá desempenhar um papel central no futuro do tráfego automóvel. É por isso que acreditamos que é importante analisar de perto a eletromobilidade e a segurança que ela oferece”.

Todos os anos, como parte do trabalho de investigação e prevenção de acidentes da AXA Suíça, a companhia realiza testes de colisão para simular acidentes num ambiente seguro.

Em 2020, o foco foi nos veículos utilitários desportivos; em 2021, nos veículos recreativos ou camionetas de campismo; e 2022, na eletromobilidade.

As estatísticas da AXA Suíça indicam que os veículos elétricos não se incendeiam com mais frequência do que os com motor de combustão. A companhia disse ser agora obrigada a admitir que, na ausência de qualquer contexto, o material de imagem correspondente parece retratar o contrário.

“Lamentamos muito a confusão causada e queremos expressar as nossas sinceras desculpas”, declarou a AXA Suíça. “Vamos analisar novamente os testes de colisão de 2022 com mais pormenor, aprender as lições e utilizar as ideias no nosso trabalho futuro para ajudar a aumentar a segurança rodoviária”.

As estatísticas da AXA Suíça demonstram que, “em comparação com os condutores de veículos de combustão tradicionais, os proprietários de veículos elétricos são responsáveis por 50% mais colisões que causam danos no seu próprio veículo”. Demonstram ainda que os condutores de veículos elétricos potentes são mais suscetíveis de causar danos ao seu próprio veículo ou a veículos de terceiros.

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Primeiro-ministro ucraniano quer Alemanha a liderar apoio da UE

  • Lusa
  • 4 Setembro 2022

A Ucrânia estima receber na próxima semana um novo lote de cinco mil milhões de euros de ajuda financeira e militar prometida pela UE.

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Schmyhal, agradeceu neste domingo a ajuda prestada pela Alemanha ao seu país, mas exortou Berlim a assumir uma maior liderança na União Europeia (UE) para a reconstrução da Ucrânia.

“Agradeci ao Presidente germânico a solidariedade e o apoio recebido da Alemanha”, disse Schmyhalna sua conta no Twitter, após realizar uma reunião, que durou uma hora, com o chefe de Estado alemão, Frank-Walter Steinmeier, no âmbito da visita uma Berlim.

Schmyhal, que foi recebido com honras militares pelo chanceler alemão Olaf Scholz, manifestou também a sua gratidão pela receção na Alemanha de quase um milhão de refugiados do seu país, desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.

A Ucrânia estima receber na próxima semana um novo lote de cinco mil milhões de euros de ajuda financeira e militar prometida pela UE, lembrou Schmyhal, que considerou que a Alemanha deveria assumir um papel de maior liderança para promover a reconstrução do seu país.

O encontro entre o primeiro-ministro ucraniano e o Presidente alemão serviu para encerrar as divergências bilaterais, depois de o próprio Steinmeier desistir de viajar para a capital ucraniana, em abril passado, quando lhe foi dito de Kiev que a sua presença não era desejada.

A crítica ao Presidente alemão esteve ligada às suas funções anteriores como chefe da Chancelaria, sob o mandato do chanceler social-democrata, Gerhard Schröder, e dos Negócios Estrangeiros, sob o mandato da conservadora Angela Merkel, etapas em que a dependência energética da Alemanha em relação à Rússia foi consolidada.

Após intensos esforços diplomáticos, tais divergências foram consideradas ultrapassadas, a que se seguiu uma viagem de Scholz a Kiev, juntamente com o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o então primeiro-ministro italiano, Mario Draghi.

A Alemanha é o principal contribuinte da ajuda militar e financeira à Ucrânia por parte de parceiros da UE, mas Scholz tem sido frequentemente criticado pela falta de determinação ou lentidão na materialização desse apoio.

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Rússia defende-se das críticas da UE pelo corte de gás à Europa

  • Lusa
  • 4 Setembro 2022

Dirigentes russos admitem que preço do gás possa subir ainda mais na Europa e falam em "colapso" do mercado.

A Rússia defendeu-se neste domingo das críticas da União Europeia por cortar o fornecimento através do gasoduto Nord Stream afirmando ser o resultado das sanções e ações ocidentais e alertou que os preços do gás podem subir ainda mais.

No programa “Moscovo.Kremlin.Putin” do canal de televisão público Rossía-1, tanto o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, como o vice-primeiro-ministro Alexander Novak, responsável pelas questões energéticas, asseguraram que a suspensão indefinida do fornecimento de gás através do Nord Stream não é responsabilidade da Gazprom.

O consórcio russo de gás anunciou na sexta-feira que ia suspender por completo o fluxo de gás para a Europa através da Alemanha devido a uma fuga de óleo encontrada numa turbina da única unidade compressora que ainda estava em operação, algo que a União Europeia (UE) classificou de “falácia” e apontou como mais uma prova de que a Rússia não é um fornecedor confiável.

“A Gazprom conquistou a sua reputação como garante confiável de segurança energética e fornecedora de confiança durante muitas décadas. E estamos convencidos de que a Gazprom não deu um único passo que abale essa reputação”, disse Peskov.

“Se os europeus tomarem uma decisão absolutamente absurda de se recusarem a reparar o seu equipamento, ou melhor, o equipamento que pertence à Gazprom, mas que, segundo o contrato, devem reparar, não é culpa da Gazprom, é culpa dos políticos que tomaram a decisão sobre as sanções”, acrescentou.

Peskov enfatizou que “são esses políticos infelizes que agora estão a obrigar os seus cidadãos a morrer de derrames cerebrais quando veem as faturas de eletricidade”.

“E agora, quando estiver mais frio, a situação piorará ainda mais”, previu.

O vice-primeiro-ministro Alexander Novak expressou-se em termos semelhantes, afirmando que “foram completamente violadas todas as condições do contrato de reparação” e “violadas as condições de transporte deste equipamento”.

“Tanto o Canadá quanto a União Europeia impuseram sanções sobre equipamentos importantes, pelo que devem alinhar [as suas ações] com os termos do contrato para que esse equipamento realmente continue realmente a funcionar”, disse.

Uma das turbinas reparadas pela Siemens nas suas instalações no Canadá pôde ser devolvida à Alemanha apesar das sanções, mas ainda não chegou até à Rússia porque Moscovo exige garantias legais de que o equipamento não está sujeito a restrições.

Novak, tal como Peskov, não descartou mais aumentos no preço do gás na Europa devido às políticas “míopes” da UE que, na sua opinião, levam ao colapso do mercado de energia no Velho Continente.

“A política míope leva à situação a que estamos a assistir de um colapso nos mercados de energia da Europa. E este não é o limite, porque ainda estamos na estação quente, ainda temos o inverno pela frente e há muitas coisas imprevisíveis”, avisou.

Questionado se poderia haver um novo aumento no preço do gás, Novak respondeu: “Na minha opinião, é possível”.

Entretanto, também o ex-Presidente da Rússia e vice-presidente do Conselho de Segurança, Dmitry Medvedev, se referiu às declarações do chanceler alemão Olaf Scholz de que a Rússia já não é um fornecedor confiável de energia.

Na sua conta no Telegram, afirmou que a Alemanha é “um país hostil, impôs sanções contra toda a economia russa e os seus cidadãos e fornece à Ucrânia armas letais direcionadas contra Forças Armadas” da Rússia.

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Nuno Melo defende IVA à taxa zero nos produtos essenciais e entidade reguladora para setor alimentar

  • Lusa
  • 4 Setembro 2022

Líder do CDS-PP referiu que “o Estado já angariou mais de 5.000 milhões de euros de receita extraordinária até maio”, receita considerada "perversa".

O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, desafiou neste domingo o primeiro-ministro a reduzir o IVA dos produtos essenciais “temporariamente à taxa zero” e a criar uma entidade reguladora para o setor agroalimentar.

“Com a inflação dos bens alimentares a superar os 15%, desafiamos António Costa a reduzir o IVA dos produtos essenciais temporariamente à taxa zero”, afirmou o líder centrista no discurso de encerramento da Escola de Quadros do CDS, que decorre desde quinta-feira em Espinho.

Referindo que “o Estado já angariou mais de 5.000 milhões de euros de receita extraordinária até maio”, Nuno Melo considerou tratar-se de receita “necessariamente perversa, porque à conta da inflação e à custa do sacrifício absurdo dos contribuintes e das famílias portuguesas”.

É imoral que o Estado esteja a arrecadar todos os dias ganhos milionários à conta da inflação e do sacrifício das famílias portuguesas”, sustentou.

Outra das propostas avançadas pelo presidente do CDS-PP foi a criação de uma entidade reguladora para o setor agroalimentar: “Desafiamos o primeiro-ministro a criar uma entidade reguladora para o setor, que traga equilíbrio e justiça aos preços dos produtos, [cujo preço ao produtor está] até agora esmagados nos mecanismos da relação entre produtores, intermediários e distribuidores”, sustentou.

Salientando que “em Portugal praticam-se os preços mais baixos da União Europeia”, Nuno Melo afirmou que “os produtores desesperam para sobreviver e não fechar portas”.

No seu discurso, o líder centrista deixou ainda uma crítica ao facto de ser a ministra da Saúde demissionária a apresentar o diploma que regula a nova direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Para o CDS, não é aceitável que a substituição da ministra da Saúde não seja rápida e menos aceitável é que Marta Temido possa concluir o processo de apresentação em Conselho de Ministros do diploma que regula a nova direção executiva do SNS”, disse.

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Montenegro acusa Costa de ser “o maior amigo da saúde privada”

Líder do PSD considera que primeiro-ministro "está a matar" substituto de Marta Temido ao manter política na saúde. Montenegro diz que medidas do Governo para as famílias "chegam muito tarde".

Sem pressa para apresentar um novo programa para o país, Luís Montenegro encerrou a Universidade de Verão do PSD ao ataque a António Costa. A demissão da ministra da Saúde e o comentário à apresentação das medidas do Governo foram os destaques do discurso deste domingo.

O dr. António Costa já está a matar o próximo ministro da saúde porque vai aplicar a mesma receita. Se vai continuar na mesma, o estado de caos na Saúde vai continuar. António Costa não tem a humildade de reconhecer que houve um projeto que faliu. Tem de mudar as políticas para obter outros resultados“, referiu Luís Montenegro a partir de Castelo de Vide.

O líder do PSD afirmou também que “este PS quis fechar o Serviço Nacional de Saúde na esfera estatal, não percebendo que aquilo que importa é o cidadão. O cidadão precisa do cuidado de saúde independentemente do local. É preciso que o serviço público de saúde seja cumprido. Ao depauperar o SNS nos últimos anos, nunca o setor privado ganhou tanto dinheiro e nunca os portugueses tiveram de fazer tantos seguros de saúde. O maior amigo da saúde privada em Portugal é o Dr. António Costa”, acrescentou.

Na véspera da apresentação das medidas do Governo para as famílias enfrentarem a escalada dos preços, o presidente dos sociais-democratas considerou que as propostas “vêm muito tarde” e que “há três meses de diferença entre o que o PS apresenta e o que apresenta o PSD”.

Este PS quis fechar o Serviço Nacional de Saúde na esfera estatal, não percebendo que aquilo que importa é o cidadão. O cidadão precisa do cuidado de saúde independentemente do local. É preciso que o serviço público de saúde seja cumprido. Ao depauperar o SNS nos últimos anos, nunca o setor privado ganhou tanto dinheiro e nunca os portugueses tiveram de fazer tantos seguros de saúde. O maior amigo da saúde privada em Portugal é o dr. António Costa

Luís Montenegro

Presidente do PSD

No final desta semana, o PSD apresentou o Programa de Emergência Social, no valor de 1,5 mil milhões de euros. Luís Montenegro considera que as medidas “deviam vigorar durante seis meses” e não apenas três. A apresentação de amanhã será a “expressão da habilidade política do primeiro-ministro e do PS”, referiu o líder dos sociais-democratas.

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Alemanha usa lucros extraordinários das energéticas para financiar plano de 65 mil milhões

  • Lusa
  • 4 Setembro 2022

Governo alemão apresentou novo pacote de ajuda às famílias e empresas perante aumento de custa de vida e da energia no valor de 65 mil milhões de euros.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou neste domingo que o seu governo pretende usar os lucros excecionais (‘windfall profits’) das empresas de energia com as renováveis, o carvão e o nucler para reduzir a fatura energética dos consumidores, influenciada pelo preço marginal do gás, no quadro de um novo pacote de apoio social às famílias e empresas no valor de 65 mil milhões de euros.

Olaf Scholz falava na conferência de imprensa em que apresentou um novo (o terceiro) pacote de ajuda às famílias e empresas perante o aumento do custo de vida e da energia, aumentando para 95 mil milhões de euros o valor global das medidas de apoio na Alemanha, de acordo com as contas do Financial Times (em inglês, acesso pago).

No documento em que avança com um novo plano de ajuda maciça contra a inflação, o governo alemão indica que defenderá uma medida de “dedução parcial dos lucros inesperados” dessas empresas a ser implementado no âmbito da União Europeia, mas afirma-se pronto para agir a nível nacional.

“Os produtores estão simplesmente a tirar partido dos preços muito elevados do gás que determinam o preço da eletricidade”, observou o chanceler alemão na conferência de imprensa, numa referência ao que é habitualmente designado por ‘windfall profits‘.

Os dois primeiros pacotes de ajuda às famílias e empresas, que totalizam 30 mil milhões de euros, incluíam, entre outros benefícios para os cidadãos, um subsídio de transporte público com bilhetes a nove euros por mês que permitem viajar por toda a Alemanha e um desconto em combustível, limitado a três meses, que terminou em agosto.

Entre as medidas aplicadas contam-se ainda a eliminação da sobretaxa no preço da eletricidade destinada a financiar as energias renováveis e uma bonificação única de 100 euros por criança e energética até 300 euros.

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Três ‘grandes’ encaixam mais de 100 milhões com acesso à Liga dos Campeões

  • Lusa
  • 4 Setembro 2022

Apesar de ter entrado por via direta, Benfica já arrecadou praticamente o mesmo valor do que o FC Porto nesta edição da Liga dos Campeões.

O campeão nacional FC Porto, o Sporting e o Benfica já asseguraram em conjunto 106,144 milhões de euros pela participação na fase de grupos da edição 2022/23 da Liga dos Campeões de futebol, que arranca na terça-feira.

Se os ‘dragões’ receberam 39,517 milhões de euros da UEFA por serem um dos 32 finalistas da maior prova europeia de clubes, as ‘águias’, que já bateram os dinamarqueses do Midtjylland e os ucranianos do Dinamo Kiev nas pré-eliminatórias, somam 38,48 e os ‘leões’ 28,147.

Além da verba fixa de 15,64 ME como prémio de presença, os três ‘grandes’ vão ainda extrair receitas variáveis, desde a prestação nas fases seguintes da competição até ao montante associado a direitos televisivos, além do lugar no ‘ranking’ europeu a 10 anos.

Entre os participantes da edição de 2022/23, o FC Porto é 12.º classificado na tabela da UEFA, pelo que tem direito a 23,877 ME (21 vezes o valor unitário de 1,137), o Benfica, enquanto 13.º, a 22,74 (20 vezes 1,137) e o Sporting, 22.º, a 12,507 (11 vezes 1,137).

No topo da tabela está o campeão espanhol e europeu Real Madrid, recordista de êxitos da prova (14), com 52,024 ME, enquanto o campeão israelita Maccabi Haifa, de regresso à fase de grupos da ‘Champions’ 13 anos depois, é o lanterna-vermelha, com 16,777.

Atrás dos ‘merengues’, completam o ‘top-10’ Bayern Munique, FC Barcelona, Juventus, Chelsea, Atlético de Madrid, Paris Saint-Germain, Manchester City, Liverpool e Sevilha, com o Borussia Dortmund a ser 11.º colocado, à frente do campeão nacional FC Porto.

Uma vitória na fase de grupos vale 2,8 milhões de euros e cada empate está cotado em 930 mil euros, sendo que os dois primeiros classificados de cada uma das oito ‘poules’ recebem uma ‘prenda’ de 9,6 ME por atingirem a primeira fase a eliminar da prova, os oitavos de final.

Com valores idênticos a 2021/22, a chegada aos quartos de final vale 10,6 ME, a ida às ‘meias’ 12,5 e a presença na final mais 15,5, havendo ainda 4,5 destinados ao campeão.

Os 32 clubes participantes na próxima edição da Liga dos Campeões têm, assim, ao seu alcance, além da verba que já garantiram, um máximo de 69,5 ME, montante que seria alcançado pelo vencedor da prova, com triunfos nos seis encontros da fase de grupos.

A UEFA distribuirá também 300,3 milhões de euros de ‘market pool’, associado aos direitos televisivos, em função do valor proporcional dos países e dos respetivos clubes participantes, que arrecadam metade pela prestação no campeonato doméstico em 2021/22 e a verba remanescente consoante a quantidade de jogos realizados esta época na ‘Champions’.

O FC Porto, como campeão em título, tem direito a receber 45% da quota destinada a Portugal, o Sporting, vice-campeão, a 35%, e o Benfica, terceiro classificado, a 20%.

As seis jornadas da fase de grupos da 68.ª edição da Liga dos Campeões serão jogadas excecionalmente a partir de terça e quarta-feira e até 01 e 02 de novembro, por causa da fase final do Mundial2022, que decorre de 20 de novembro a 18 de dezembro, no Qatar.

A final da prova está agendada para 10 de junho de 2023, no Estádio Olímpico Atatürk, em Istambul, na Turquia, destino original dos confrontos decisivos de 2020 e 2021, que foram transferidos para Lisboa e Porto, respetivamente, devido à pandemia de covid-19.

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Turismo de Portugal promove destino “original e alternativo” em Londres

  • Lusa
  • 4 Setembro 2022

"As pessoas queriam coisas diferentes, originais, alternativas, que tenham uma ligação grande com a componente do planeta, das pessoas, com a sustentabilidade", defende líder do Turismo de Portugal.

Desde a pandemia de covid-19 que os britânicos olham mais para Portugal como um destino “original e alternativo” às férias com “sol e praia“, afirmou no sábado o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, no FTWeekend Festival, em Londres.

Foi com o objetivo de promover esta imagem que a entidade fez uma parceria com o jornal Financial Times no FTWeekend Festival, um evento onde escritores, cientistas, políticos, cozinheiros, artistas e jornalistas protagonizam palestras e debates discutem temas como o clima, ambiente ou cultura.

“Depois destes dois anos de pandemia, aquilo que nós percebemos é que as pessoas queriam coisas diferentes, originais, alternativas, que tenham uma ligação grande com a componente do planeta, das pessoas, com a sustentabilidade a servir de chapéu”, afirmou Araújo à Agência Lusa.

O evento, destinado a um público de “segmento alto”, explicou, é “uma oportunidade para, saindo da bolha do turismo ou das viagens, associar a marca Portugal (…) às artes, arquitetura, finanças, tecnologia”.

Realizado desde 2916 no parque de Hampstead Heath, no norte de Londres, o FTWeekend Festival atrai anualmente mais de 3.000 pessoas, sendo o preço do bilhete normal de acesso 119 libras (138 euros).

Entre os oradores e participantes estiveram o empresário e opositor russo Mikhail Khodorkovsky, o antigo ministro da Saúde Matt Hancock, a cozinheira Nadiya Hussain ou a decoradora de interiores Lulu Lytle.

O programa incluiu três painéis dedicados especificamente a Portugal, nomeadamente uma prova de vinhos portugueses conduzida pelas críticas Jancis Robinson e Julia Harding, um ‘workshop’ onde o ‘chef’ Nuno Mendes, que abriu este ano o restaurante Lisboa em Londres, cozinhou bacalhau à brás e arroz de marisco, e uma conversa de Luís Araújo com o surfista profissional português Nic Von Rupp sobre as ondas da Nazaré.

“Queremos mostrar um Portugal diferente, que se preparou durante estes dois anos, e que está mais do que pronto para receber turistas que procuram destinos alternativos. O Douro, o Porto e Norte foram das regiões que mais cresceram nos últimos anos, juntamente com a região Centro, o Alentejo e os Açores”, vincou o presidente do Turismo de Portugal.

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Investimento imobiliário pode crescer cerca de 30% em 2022

  • Lusa
  • 4 Setembro 2022

Portugal contraria incerteza de outros mercados europeus neste ano mas há receios de abrandamento relativamente a 2023, sobretudo no primeiro semestre.

A consultora imobiliária Cushman & Wakefield estima que o investimento no setor em Portugal este ano possa atingir 2,7 mil milhões de euros, face aos 2,1 mil milhões de euros de 2021, com a ajuda da hotelaria e logística. O crescimento previsto é de 28,6%.

Em declarações à Lusa, Eric van Leuven, diretor-geral da Cushman & Wakefield em Portugal, destacou “na primeira metade do ano a grande preponderância de investimento em duas classes de ativos que nunca foram tão populares que são a hotelaria e a logística” e que representaram “quase 90% de todo o investimento institucional em imobiliário”.

De acordo com o mesmo responsável, no primeiro semestre houve um volume de investimento superior a 600 milhões de euros, mas em julho e agosto estes valores “quase que duplicaram e regista-se 1,2 mil milhões de euros de investimento concluído em 2022”.

Eric van Leuven referiu ainda que, tendo em conta os negócios anunciados, há mais cerca de 1,5 mil milhões de euros de investimento na calha até ao final do ano, totalizando 2,7 mil milhões de euros.

O mercado português tem-se portado muito bem nestes últimos seis meses contrariamente a outros mercados europeus que claramente se ressentiram da guerra, da incerteza, do aumento dos custos e da taxa de juro, que não deixa de ser muito importante no imobiliário”, sublinhou, avisando, no entanto, que esta situação pode alterar-se.

Para 2023, o diretor-geral da consultora admitiu que está “um bocadinho mais apreensivo”.

Acho que vai haver uma retração no mercado imobiliário em termos de volume e sobretudo de valores. Neste momento os investidores não sabem muito bem onde está o ‘chão’ dos preços. Num investimento de qualidade é mais difícil determinar onde está o preço e, por isso, acredito que vá haver um abrandamento em 2023, sobretudo na primeira metade, mas isso é a minha visão”, ressalvou, acrescentando que “depende muito da crise energética ou da guerra na Ucrânia”, entre outros fatores.

Mas para já, destacou, “há muito investimento à vista” que a empresa está convencida “que se vai concretizar”, e ainda não assistiu “a situações como outros colegas em outros países em que os investidores retraem as propostas” ou reduzem preços.

Quanto à área residencial, Eric van Leuven disse que “há tanta falta de casas que não será por falta de procura que entrará em crise”.

“Podem eventualmente estar a fazer-se casas que não sejam acessíveis para os portugueses e que dependem muito da compra por estrangeiros”, ressalvou, assinalando que estes continuam a escolher Portugal para viver.

Eric van Leuven reconheceu que existe um problema “para a população local”, mas que “não é por falta de interesse de promotores e construtores para fazer casas para essas faixas”, apontando problemas de licenciamento, impostos e outros obstáculos, que encarecem os projetos.

“É um problema que tem de ser resolvido a nível político”, rematou.

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